História I Need You - Cap. 18 - Let Her Go

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Acordei com uma claridade em meu rosto. Tudo era branco, me levantei em um salto.

- Onde eu estou?- Pergunto desesperada esperando uma resposta.

- Calma, calma Hasel - Fala Alex se levantando de uma cadeira ao meu lado- Sou eu.

Respiro aliviada, pelo menos ele estava ali.

- O que aconteceu?- Pergunto me jongando de volta no travesseiro. Dei outra olhada no lugar, era a enfermaria. Era literalmente tudo branco, das paredes aos moveis mais pequenos, como as seringas de injeções ao meu lado. Só de velas já me estremeci, odeio agulhas.

- Você levou uma bolada na cabeça e apagou- Fala se sentando ao meu lado na cama.

- Quanto tempo fiquei inconsciente?- Pergunto notando que ao meu lado tinha um buque de flores.

O que é isso?!

- Só algumas horas, não se preocupe- Fala pegando uma lata de refrigerante da mochila, a abrindo e me entregando- Vai, toma. Você só comeu essas comidas ruins, merece pelo menos algo melhor para beber.

Suspiro e pego a lata de sua mão, dando um gole.

- Vieram te ver...- Fala ele tentando se lembrar- Zöe, Mel, Jake ficou aqui o tempo todo e foi em bora quase agora, o aquaman e um tal de...

- Esse filho da mãe veio aqui!?- Pergunto com raiva quase gritando.

- Quem?- Pergunta ele confuso

- Charlie- Falo quase cuspindo as palavras.

- Ué, porque você...- Olho para ele, e o mesmo parece que entendeu- Ata, você ficou sabendo- Fala suspirando.

- Porque ele falou...sei lá o que ele falou. O panaca nem me conhece- Falo dando outro gole no refrigerante.

- Não importa, Deixa ele para lá- Fala levantando da cama-...Mas eu sei que você não vai deixar essa barata.

- Não vou mesmo- Falo tirando o lençol de cima de mim e levantando- ...Alex, quem deixou essas flores?- Pergunto pegando o buque, agora que o peguei notei que as flores eram tulipas, tulipas amarelas as minhas favoritas.

- Foi aquele garoto...um tal de Taehyung- Fala tirando um cartão do bolso e me entregando- Antes de você ler, saiba que foi ele que deu a bolada na sua cara.

- Espera, então foi ele...- Falo abrindo o cartão.

Me esculpe

era a unica coisa escrita, a letra era de uma caligrafia estranha mais bonita, acho que devia ser a letra dele.

- Foi ele que te socorreu- Fala Alex.

- Mesmo?- Pergunto não acreditando.

- Não estou brincando Hasel, eu tinha acabado de entrar na quadra. Eu gritei seu nome e...

- Então foi você que gritou me nome?

- Bem, foi.- O olho séria, dando um sinal para que ele se explicasse antes que eu o acertasse na cabeça- Mas não foi minha culpa, a Mary estava mirando em você e você nem notou, se não fosse eu teria sido bem pior.

- Tudo bem- Falo me sentando na cama e passando a mão na cabeça, que ainda doia.

- Mais não é isso, ele saiu correndo e segurou sua cabeça bem na hora que você ia cair no chão. A cena foi tão rápida que nem eu vi como ele conseguiu chegar até você tão rápido.

Olho para ele perplexa, então foi Taehyung que me ajudou? Não sabia se eu ficava com raiva por ter sido ele ou se agradecia por ter me ajudado.

Foi nessa hora que alguém entra pela porta.

- Oi- fala Zöe entrando pela porta com uma bandeja de comprimidos- Hasel, esta se sentindo melhor?

- você é minha médica?- pergunto rindo, ela estava de macacão branco e um e uma prancheta. Estava muito fofa.

- Claro que não né- Fala arrimando as seringas na bandeja- Sou a ajudante do colégio esqueceu?

- Você está muito fofa com essa roupa- Falo apertando suas bochechas.

- Para com isso, eu não sou fofa.- Fala levantando uma das seringas.

-Tudo bem você não é fofa, você não é fofa- Falo me afastando.

Ela ri.

- Você já levou alta, já pode ir para as aulas. Embora se fosse eu iria para meu quarto.

- não, é melhor eu ir para a aula- Falo me levantando, eu estava com o uniforme. 
É melhor eu não pensar em como eu fui parar com essa roupa.

Arrumei a gravata e coloquei meus fiéis tênis cinza. Peguei minha mochila que estava em um canto da sala e passei a mão no cabelo, dando uma leve ajeitada.

- Vamos? -pergunta Alex arrumando sua camisa social.

- Vamos.-Falo.

- Eu levo suas flores para seu quarto, Tchau Hasel -Fala Zöe se jogando em minha cama.

Crianças

- Tchau Zöe- Falo dando um beijo em sua bochecha e correndo para acompanhar Alex.

Qualé, porque todo mundo sai na minha frente?! Minhas pernas são curtas! 
 

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- Se alguém falar alguma coisa de você, você me conta que eu tiro essa história a limpo- Fala Alex parando na porta da aula de cálculo onde eu ia entrar.

- Tudo bem- Falo entrando pela porta.

- Espera vou te levar até sua mesa- Fala entrando atrás de mim.

- Não precisa- Falo caminhando pelas fileiras de carteiras, não olhei para ninguém. Mais podia sentir o olhar de algumas pessoas em mim.

A coordenadora tinha me entregado o número da minha mesa na aula de cálculo, pelo que estava sabendo a professora dessa aula era muito rígida.

- Eu faço questão de te acompanhar- Fala entrando na minha frente e fazendo um sinal com a cabeça para minha mesa.

Só agora tinha entendido.

Lá estava meu companheiro na aula de cálculo. Charlie.

Ele estava sentado com os fones de ouvido, mexendo no celular com as pernas em cima na mesa.

- Pensando bem, pode vir comigo- Falo e ele coloca o braço em volta do meu pescoço.- Além de ter que aguentar a cara dele na aula, também vou ter que fazer tudo sozinha.- Sussurro.

- Maneiras de como fazer Hasel de lascar.

- A vida não vai com a minha cara.

- Bomba em 3...2...1...Iai Charlie!- Fala ele quando vê que Charlie tinha notado nossa aproximação. 

- Iai Alex- Fala Charlie tirando os fones e olhando para nós- Oi Hasel

- Oi- Falo dando um sorriso fingido.

- Senhor Alexander- Fala uma voz atrás de nós, fazendo eu e Alex quase cairmos de susto- Pode se retirar, o senhor não é dessa aula.

Alex suspira.

- Bom...esta entregue -Fala Alex tirando o braço de meu pescoço- Se cuida Hasel.

- saia agora- Fala a professora, ela tinha os cabelos Chanel pretos, óculos pequenos e uma verruga do lado esquerdo do nariz.

Caramba, sério ela parece uma bruxa.

Alex sai pela sala e faz careta para a professora quando sai pela porta.

Me sento na cadeira ao lado de Charlie, que parece desconfortável com minha companhia.

Que bom que ele sabia que o sentimento era recíproco.

A aula começou e eu fiquei quieta no meu canto anotando tudo, enquanto Charlie ficava brincando com o lápis em sua mão, que parecia a brincadeira mais interessante do mundo.

- É engraçado- Fala ele rindo do nada, nem me viro continuo olhando para a professora que explicava a matéria na lousa- Tipo, você pode controlar o fogo e tem o cabelo ruivo, é irônico e engraçado.

Olho para ele com cara de paisagem.

- olha isso- Fala apontando para uma garrafa de água na mesa a nossa frente, a garrafa devia ser da garota do lado, ela estava de costas, mais pelos traços parecia ser uma nerd.

Charlie fez um gesto com a mão e a água que estava dentro da garrafa saiu silenciosamente. Parecia uma cobra, a água se arrastou devagar até a garota, conforme os movimentos que Charlie fazia com a mão.

Como em um piscar de olhos a água estava em formato de poça, sentimentos acima da garota.

- Não! -Grito e todos olham para mim. Charlie esconde a mão e a água volta para a garrafa de onde tinha saído.

- Senhorita Madlens, a senhora discorda da teoria?- Pergunta a professora me olhando intrigada. 
- Não, não...concordo sim, pode continuar- falo dando um pequeno sorriso tentando amenizar a situação.

- Que decepção- Fala se virando para a lousa e voltando a escrever alguma coisa a ver com raiz quadrada de PI.

- Que primeiro dia em- Fala Charlie ao meu lado quando todos já não estavam mais nos olhando. O ignorei- Você levou uma bolada do Tae, não foi?

Não o respondi continuei olhando para a lousa, mesmo que não estivesse entendendo completamente nada.

- Você está bem?- Pergunta ele.

- Sim...

- Mentir é feio, sabia?

- Fingir que se importa também- Falo me virando para ele- Sabia?

- Calma, que disse que eu não me importo?

Hã, todo mundo?

Não o respondo.

- Que ótimo, estou levando um gelo- Fala se jogando de novo na cadeira.

Se você continuar falando vai ser um Iceberg.

O sinal bateu e eu fui a primeira a me levantar e sai pela porta, que nem um foguete.

Naquela noite eu não sai do meu quarto. Zöe tinha vindo umas duas vezes me mostrar o que tinha aprendido na aula de enfermaria e me falando as tarefas que a diretora tinha posto ela para fazer.

Acho que separar fixas em ordem alfabética não agradava muito Zöe.

Alex tinha vindo uma vez, ficamos comendo doces e salgadinhos que ele tinha furtado das máquinas de lanches e jogando um pouco de vídeo Game, que ele teve o prazer de arrasta-lo do seu quarto para o meu.

Que injustiça, porque o dos meninos tinham que ter essas coisas legais e o meu não ter?!

Ficamos discutindo sobre as garotas do colégio, vendo as variáveis que combinavam com ele. Nenhuma das que eu palpite o o agradavam, ele disse que estava de olho em uma garota chamada Klara da aula de História Americana.

Falei que ia fazer o possível para saber mais sobre ela, além de que seu nome era Klara, e fazia aula de História Americana.

Já deviam ter passado das três horas da madrugada. Eu não conseguia dormir, teve uma hora da qual eu me assustei e quase queimei meus livros.

O único que não deu para salvar foi o de Biologia.

Parei na frente da janela e me sentei no batente. As estrelas estavam brilhando no escuro do céu, coloquei uma perna para fora da janela e encostei minha cabeça na madeira da janela.

Fiquei ali por horas brincando com as chamas em minha mão. Conseguia fazer firmas engraçadas no fogo, qualquer coisa que eu pensasse aparecia no fogo.

Fechei a mão e as chamas se apagaram.

Olhei para a floresta, uma pessoa estava olhando para mim.

Ele estava usando as mesmas roupas pretas, com correntes de prata e com um véu cobrindo a boca. Mais seus olhos eram bem visíveis na noite.
Era o mesmo garoto que estava me observando na casa de Max.

Ele estava encostado em uma árvore e inclinou a cabeça para o lado quando viu que eu o tinha visto.

Coloquei minha perna para dentro da janela e a fechei junto com a cortina.

Deixei uma brecha na cortina e olhei para a floresta. Ele continuou lá por mais uns cinco minutos e desapareceu na escuridão.

Me afastei da janela e me joguei na cama.

Então esse colégio não era tão seguro quanto falavam.
 

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