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História I Need You - Cap.7 - Drag me Down


Escrita por: Wonuars

Notas do Autor


hellooooo peopless~~

Capitulo fresquinho pra vcs, espero que gostem <333
Boa leitura I love U <3

Capítulo 8 - Cap.7 - Drag me Down


 

Passei o resto da semana inteira dentro de meu quarto. Lendo alguns dos livros que tinham nas prateleiras, escrevendo, e às vezes saia para explorar mais a casa, fora quando saia para comer algo. Às vezes chorava quando as lembranças voltavam, às vezes ria quando me lembrava de Alex...

Não ousei entrar pela passagem secreta, mesmo com uma imensa vontade de ir até a estufa secreta.

Sempre olhava para a janela na esperança de ver outra vez o leão negro. Suas pegadas ainda estavam queimadas intactas na terra.

Tentava procurar vestígios de meu pai pela mansão, uma fotografia ou até saber qual era seu cômodo favorito, mas toda vez que perguntava a Max ele mudava automaticamente de assunto, isso nas raras vezes que nos encontrávamos pela casa.

Eu e ele estávamos mais próximos, ele havia me levado para conhecer o jardim algumas vezes e tentará me ensinar a entender contabilidade, não me interessava aquela matéria, mas Max estava disposto a passar um tempo comigo como um família e eu não negaria a isso, eu sempre quis ter uma família.

Às vezes, na hora do almoço ou no café ele ficava calado olhando para a floresta pelas janelas.
Queria saber o que o atormentava.

Martha tentava me ensinar a aulas de etiqueta, como qual talher pegar para comer o que quer que fosse. Mas desistiu quando confundi pegar uma colher para comer um pedaço de bolo ao invés de usar o garfo médio. Ainda não entendo no que errei.

E enquanto ao homem misterioso que tinha visto na entrada da floresta, nunca mais o vi. Embora as noites quando olhava pela janela, conseguia ver movimentos na escuridão.

Mas nada disso importava. Daqui a um dia eu iria para um colégio interno no meio da floresta, e que mais parecia um castelo mal assombrado. Eu não devia ficar desconfiada daquele lugar? Porque eu sentia que muita coisa aconteceria naquele lugar?

Estava sentada na mesa de jantar terminando de comer, enquanto Max lia documentos e Martha anotava algo em seu bloquinho. O que ela tanto escrevia?

Respiro fundo tomando coragem.

- Tio... – Ele não levanta o olhar- Max.

- Sim Hasel?- Fala ele sem tirar os olhos do documento e só agora prestando atenção em mim

Lá vai

- Posso ir à floresta?- Pergunto rápido. Parecia bobagem, queria poder ter ficado calada em meu canto. Mas aquilo me atentava.

A pergunta pareceu chocar os dois, agora Max, Martha e até os seguranças estavam me encarando receosos e depois olhando para Max esperando uma resposta do mesmo.

Mas a cara que mais parecia descrente era a de Max.

- Não- fala em um tom frio, voltando a olhar para seus documentos.

- Porque não?- Pergunto incrédula, já me alterando.

- porque não é seguro- Fala voltando a me fitar, como se sua resposta fosse obvia.

- porque não é seguro?- Pergunto o encarando- Por que...

- não é para você ir à floresta!- Ele grita batendo com força as mãos na mesa se levantando.

Todos ficaram calados de cabeça baixa, eu continuei sentada o olhando, agora com raiva. Meus dedos formigavam e eu sentia uma quentura se apossar em minhas mãos.

Todos ficaram quietos por alguns segundos, sem se pronunciar.

- Ladrões- Fala Max passando as mãos nos cabelos se sentando novamente na cadeira

- Ladrões? Na floresta?- pergunto confusa

- saqueadores, bárbaros das árvores, eles não pensam antes de matar. Se encontrar com algum deles, você já estará morta- Fala ele dando um gole em seu café.

Engulo a seco. Será que aquele homem que eu tinha visto era um dos ladrões?

- Então porque estou indo para um colégio interno?- pergunto encarando minhas mãos- Imagino que aqui seja mais seguro do que lá.

- Acredite... - Fala Martha fitando a mesa, como se tivesse medo de levantar o olhar- Lá é o lugar mais seguro que existe.

- duvido- murmuro revirando os olhos. Martha me olha apreensiva.

- Hasel, apenas prometa que não sairá do colégio- Fala Max- Em hipótese alguma.

Mordi minha língua contendo um palavrão. Ele pensava que eu era o que? Okay, eu sei que sou a sobrinha dele, e que agora dependo de suas custas, mas eu sempre tive esse meu jeito de rebeldia, já era um costume meu

-... Prometo- falo baixo. Essa seria a maior mentira que eu contaria para alguém... Por isso eu nunca prometia nada a ninguém, para mim era inevitável quebrar promessas

- ótimo- Ele fala se levantando da mesa caminhando até a porta polida a ouro- estarei em meu quarto, por favor não me perturbem essa noite.

Então o silêncio permaneceu no cômodo enquanto ele passava pela porta.

Silêncio.

- Querida, não pressione seu tio. Ele só quer seu bem- Fala Martha a minha frente. Ela me olhava com pena, como eu odiava quando os outros me olhavam desse jeito.

- Isso nunca fez diferença, depois de dezessete anos ele lembrou que eu existo. E minha mãe? Abandonou-me na porta de um orfanato em Miami? Por quê? Ninguém me conta nada sobre meu pai, é como se ele nunca tivesse existido, nunca mais vou ver meu melhor amigo, a vida esta sento um inferno para mim- Grito com raiva pondo tudo para fora, tinha que botar tudo para fora, era como se minha cabeça fosse explodir- Me diz Martha porque isso está acontecendo comigo?- Pergunto já alterada.

As lágrimas estavam deslizando por meu rosto, mesmo contra minha vontade. Era como se elas estivessem queimando minha face.

Martha se levantou de sua cadeira e deu a volta pela mesa, fui um pouco para trás na cadeira a olhando desconfiada. Ela se sentou na cadeira ao meu lado, deu um sorriso doce e estendeu o braço, em um pedido mudo para que eu a abraçasse.

Encostei meu rosto em seu ombro e desmoronei ali mesmo.

Ficamos ali por alguns minutos. Martha acariciava meus cabelos e os únicos sons que se ouviam eram meus soluços ecoando pelo cômodo.

Odiava chorar, e eram raras as vezes que isso acontecia.

Geralmente eu agüentava tudo e desabava a noite, nunca chorava perto das pessoas. 
Era uma demonstração de fraqueza, e eu não queria parecer fraca.

Mas com Martha acariciando meus cabelos, notava o quanto eu necessitava de um abraço, um carinho materno. Era tão infantil minha carência.

- Tudo isso vai acabar, minha querida- fala dando um beijo em meus cabelos- a dor é passageira... Tudo vai melhorar.

Eu queria poder acreditar em suas palavras, mas francamente não conseguia acreditar em mais nada.

Toda vez que algo bom acontecia a mim, algo estragava.

- Vou ver como seu tio esta- Então ela se levantou depois de um tempo e saio andando em direção a porta de vidro.

Fiquei mais alguns minutos ali na mesa pensando. Não estava nem um pouco a fim de ir para aquele colégio... Eu tinha uma má impressão sobre ele.

Então Fox, a cachorra que parecia um lobo negro entrou na sala. Ela tinha alguma coisa na boca, mas eu não consegui identificar o que era... um frango?

Esse lugar estava ficando cada vez mais estranho.

Então limpei as lagrimas que haviam secado em meu rosto e me levantei da mesa em movimentos ágeis, Subindo as escadas.

{...}

A maior parte do tempo eu fica em meu quarto, sentada na cama e olhando para a lareira.

Minha mãe tinha dormido nesse quarto.

Não sabia se esse pensamento me deixava feliz, apavorada ou com raiva.

Helena havia me abandonado, eu não sabia o motivo. Mas deve ser um motivo bem sério para abandonar um filho do outro lado do país.

Caminhei até as prateleiras, essa seria minha última noite nesse quarto e só voltaria nos fins de semana. 
Queria ver se havia um livro interessante para passar meu tempo dentro do internato.

Eu já havia lido a metade dos livros que tinha ali... Mas havia um no canto da prateleira, ele era escuro e parecia o mais antigo entre todos.

Então por curiosidade o puxei e fitei sua capa em detalhes em ouro e prata.

- A lenda dos Escolhidos- parecia interessante. O livro parecia que me... Atraia, como uma vibração, mas não uma ruim, era como se fosse... Mágica.

Não, impossível. Mágica? Que ridículo.

Porém, já havia visto coisas bem estranhas só nesta casa. Acho que não tinha mal algum em levar um livro.

Passei a mão por sua capa e senti uma adrenalina se apossar de mim, com o susto joguei o livro no chão e o olhei assustada.

Então relutante, em um movimento rápido o peguei e guardei em minha mochila.

Agora só faltava esperar a hora de ir para a

Cloudnys Mefrens High School

O lugar onde tudo mudaria? Ou o lugar onde tudo acabaria?

{...}

 



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