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História I Need U (Kim Taehyung) - XII - Hari


Escrita por: psycholojin

Notas do Autor


Mais atrasada do que noiva no dia do casamento, mas consegui trazer o novo capítulo

Capítulo 12 - XII - Hari


Fanfic / Fanfiction I Need U (Kim Taehyung) - XII - Hari

Não me lembro bem do momento em que dormi na noite anterior, apenas de que ainda passei um tempo assistindo TV e perdida em pensamentos sobre como faria para me tornar mais próxima de Taehyung sem que parecesse algo forçado e começasse a aborrecê-lo. Comecei a despertar quando senti uma luz bater em meu rosto, mas meus olhos se recusaram a abrir, e eu não tinha certeza se queria realmente abri-los. Ao que tudo indicava, havia pegado no sono com a TV ainda aberta, pois ouvia o barulho de algum programa que estava passando.

Não tive sonhos na noite passada e nem lembro se acordei durante a noite, mas sabia que eu havia tido uma noite ruim, pois me sentia cansada e minhas costas doíam por conta que meu sofá era duro e desconfortável para deitar-se. Eu já estava acordada, mas meus olhos ainda se recusavam a abrir, meu corpo parecia ainda estar adormecido. Junto ao barulho da TV, comecei a ouvir passos e logo em seguida a TV foi desligada. Não sabia quem era e nem quis saber, mas logo senti a pessoa que estava em minha casa me cutucar e meu corpo correspondeu ao seu toque, pois consegui tomar controle dele gradualmente.

— Hari…

Uma voz rouca e bonita me chamava, finalmente abri meus olhos. As cortinas da janela estavam abertas como todas as noites em que eu esquecia de fechar essa merda e uma cabeleira bagunçada e escura estava na minha frente.

Taehyung!

Dei um sorriso quando consegui ver seu rosto inchado e os olhos semicerrados, seus cabelos estavam emaranhados. Taehyung deu um enorme bocejo e coçou os olhos.

— Você passou a noite toda no sofá? — demorei para respondê-lo.

Meus pensamentos estavam concentrados em como ele parecia fofo ao acordar, e eu tive a certeza de que Taehyung era a primeira pessoa que eu via acordar e ainda continuava bonito.

— Acho que passei. Que horas são?

Dei um bocejo e me levantei do sofá. Por dormir de cabelos soltos, acho que eles estavam uma bagunça, mas diferente de Taehyung eles não estariam nada fofos e atraentes. Logo tratei de passar a mão no cabelo na tentativa de baixá-los sem que ele percebesse o desastre em que eu me encontrava.

— Sete da manhã. — Tae me respondeu ao olhar para o relógio que estava na estante — Obrigada por me deixar passar a noite aqui, mas preciso ir. Não avisei aos meninos de que dormiria aqui.

— Não vou deixar que você vá embora com fome. Vou fazer algo para comermos.

— Não quero te incomodar com isso.

— Você vai comer sim!

Cambaleei até a cozinha e abri os armários a procura de algo, já que não fazia ideia do que fazer. Felizmente encontrei farinha, ovos e leite na geladeira.

— Gosta de café da manhã tipicamente americano?

Ele não me respondeu, também veio cambaleando até a cozinha e me ajudou a pegar os ingredientes.

— Não sou um bom cozinheiro, por isso o máximo que posso fazer é lhe ajudar entregando os ingredientes e dando apoio moral.

— Vou precisar do apoio moral.

Eu iria fazer panquecas, primeiro por ser a única coisa que daria para fazer com o que eu tinha em casa e seria rápido. Sentia falta das panquecas da minha mãe, ela fazia um café da manhã impecável todos os dias antes de eu ir à escola. Era nesses momentos que eu queria que ela estivesse aqui comigo, tenho certeza de que minha mãe adoraria conhecer Taehyung e faria um café da manhã melhor do que só panquecas.

Taehyung não mentiu quando disse não ser um bom cozinheiro, só demoramos mais a preparar a comida, pois ele se atrapalhava todo e fazia bagunça. Eu ria da situação enquanto ele pedia desculpas várias e várias vezes. Por fim, nos sentamos juntos na mesa que ficava próximo à janela. Com certeza não eram as panquecas mais gostosas que Taehyung havia comido, mas estavam boas.

— Você sente falta da sua família?

O moreno perguntou enquanto voltava a encarar a foto abandonada no balcão ontem à noite.

— Todos os dias.

— É difícil deixar a família para seguir seu caminho só, principalmente quando você é apegado a eles. Lembro que quase voltei para casa diversas vezes nos primeiros seis meses em que me mudei.

— Esse pensamento passa pela minha cabeça todos os dias, acredite. Ainda não fui embora, pois é complicado ir até o outro lado do mundo.

— Sua situação é ainda pior do que a minha. Eu podia ver a minha mãe quando sentia saudades, passar um final de semana em sua casa. Imagino como deve ser para você.

— É por isso que agradeço todos os dias por ter meus avós, sem eles eu estaria completamente perdida aqui.

— E o seu pai biológico?

Taehyung tocou em um ponto sensível e percebeu, pois baixou a cabeça e começou a comer. Eu não queria tocar no assunto, mas para que Taehyung me contasse mais sobre seus problemas eu também teria que fazer o mesmo. Era difícil falar do meu progenitor, nem mesmo com meus amigos mais próximos eu falava sobre ele.

— Eu não o conheço, nem mesmo por fotos.

Ele continuou comendo, mas estava atento ao que eu falava.

— Meu pai foi muito presente durante a gravidez da minha mãe, acho que nunca chegaram a oficializar um casamento, mas viviam juntos e acredito serem noivos. Eles foram felizes, pelo menos minha mãe acredita que ela era feliz. Eu tinha poucos meses quando meu pai decidiu querer se dedicar à carreira e separou-se da minha mãe. Estaria tudo bem se ele não tivesse sumido, e quando minha mãe teve notícias ela descobriu que logo após ter nos deixado ele casou-se com uma mulher e ela estava grávida. Mamãe sofreu muito, esperou apenas terminar a faculdade para ir embora e me levar junto, ficar aqui só trazia sofrimento.

— Eu sinto muito.

O ambiente ficou melancólico, e a última coisa que eu queria era uma manhã deprimente por causa de um homem que me abandonou por outra família, por isso tratei de mudar de assunto.

— Mas aí ela conheceu Robert, um homem de verdade que cuida muito bem dela.

— Você gosta dele e do filho?

— Eles são tudo para mim!

— Quando morava com minha mãe, eu dividia o quarto com minha irmã mais nova. Era um saco não ter um pingo de privacidade.

— Quantos anos sua irmã tem?

— Quinze anos. Quero que ela estude, faça faculdade e seja uma mulher forte e bem-sucedida, me disponho até mesmo a financiar seus estudos no exterior quando eu tiver condição.

— Você é um ótimo irmão mais velho!

Taehyung deu um sorriso orgulhoso.

— Ela quer te conhecer!

— O quê?

— Falei bastante de você e da forma horrorosa que nos conhecemos, agora ela está animada com a ideia de passar com um carro por cima de você.

— Por favor, nem brinque com isso!

— Mas, de verdade, ela ia gostar de você.

— Eu disse a você que todo mundo gostava de mim.

Ficamos um tempo em silêncio, apenas aproveitando a vista do outro lado da rua e o café da manhã. Quando terminei de comer, Taehyung ainda estava aproveitando a sua comida. Foi então que comecei a observar melhor os seus traços. Seu cabelo era comprido, os fios chegavam até a sua nuca e eram encaracolados e estavam bagunçados, seu rosto começava a desinchar e eu não pude deixar de notar uma pintinha na ponta de seu nariz. Era atraente, isso eu não podia negar nem se eu quisesse.

— Você é bonito.

Taehyung parou de comer e me encarou com os olhos arregalados, depois sufocou um riso e bebeu um gole do suco enquanto ainda se segurava para não rir. Ele estava ficando um pouco vermelho, e acredito que eu estava da mesma forma.

— Você me deixa envergonhado falando desse jeito!

Coloquei a mão na boca e comecei a rir, fiquei feliz por não ficar em uma situação ruim, eu estava me divertindo. Taehyung se aproximou de mim e parei imediatamente de rir, ele estava sério. Devagar, ele tirou minha mão da minha boca.

— Você tem um sorriso tão bonito, não precisa esconder. — agora eu definitivamente deveria estar vermelha — Você me lembra o Jin hyung.

— Por quê?

— Ele também é inseguro com o sorriso dele.

Tae voltou a comer enquanto piscava inúmeras vezes tentando controlar o seu sono. Em pouco tempo eu consegui notar que Taehyung piscava freneticamente seus olhos quando estava sonolento, e quando abria a boca para comer arregalava levemente seus olhos. Era engraçado, eu poderia passar horas só descobrindo peculiaridades que nem mesmo ele notava em si.

Taehyung comia devagar, algumas vezes achava que ele contava quantas mastigadas dava em cada pedaço da panqueca. Suas bochechas inflavam quando ele colocava algo na boca e sua expressão me lembrava um bebê. Coloquei a mão no queixo e fiquei o encarando enquanto o moreno olhava para o centro da mesa enquanto mastigava.

— Você deveria tirar uma foto para poder ficar admirando depois que eu for embora. — Taehyung riu e olhou para mim. Acompanhei a sua risada.

— O que você vai fazer nesse sábado?

Perguntei.

— Ficar com a minha mãe, eu acho. — bebericou seu suco — Por quê?

— Nada não.

— Ah, Jimin e eu vamos para um parque de diversões hoje à noite, quer ir com a gente? Isso se você não tiver nada para fazer, é claro. Queria pedir desculpas pela maneira como tratei você algumas vezes, acho que seria uma boa oportunidade para recomeçarmos.

— Eu iria adorar!

Ouvi a campainha tocar e olhei em direção à porta. Não estava esperando ninguém. Pedi licença a Taehyung e ele assentiu, voltando a comer em seguida. Me levantei e abri a porta imediatamente, dando de cara com uma senhora bem-vestida e com uma bolsa bem bonita e cara para o meu gosto. A senhora usava um vestido cor-de-rosa com botões que iam até metade do seu joelho, ela estava cheirosa e maquiada como se fosse sair para um lugar importante.

Essa senhora era a minha vó.

Meu coração começou a acelerar e eu olhei para Taehyung que já havia terminado de comer, ele não notou meu desespero, pois encarava a janela. Eu não sabia o que fazer, e esconder Taehyung estava fora de cogitação. Não sei que reação minha avó teria ao ver um homem que claramente havia passado a noite aqui, também não saberia a reação de minha mãe caso minha avó contasse, o que claramente faria.

— Não vai me convidar para entrar?

Não sei quanto tempo se passou enquanto eu olhava para ela, mas vovó era esperta e já sabia que algo estava errado.

— A sua mãe não te educou direito?

Já era tarde demais para fazer qualquer coisa, vovó entrou no meu apartamento sem que eu tivesse tempo para dizer alguma coisa. Foi quando ela imediatamente parou e ficou olhando para Taehyung e depois para mim que eu soube que teria muita coisa para explicar. Não sabia onde enfiar minha cara, pois a cabeça de minha avó era fértil e ela estava imaginando várias coisas que prefiro nem mencionar.

Taehyung, percebendo o que estava acontecendo, levantou-se em um sobressalto e arrumou os cabelos bagunçados. Eu estava morta de vergonha pela situação, mas não havia nada a ser feito a não ser convencer minha avó de que nada havia acontecido.

— Ah, o motivo para você ter voltado até que é bonitinho! — ela deu de ombros.

Ai meu deus!

— Vovó! Não é isso que a senhora está pensando!

— Qual seu nome, rapaz?

Vovó colocou sua bolsa no balcão e puxou Taehyung para o sofá, me ignorando completamente.

— Eu posso escovar os dentes? Acho que não estou com o hálito muito agradável para conversar tão de perto com a senhora.

— Ai que menino adorável! — vovó apertou suas bochechas — Hari, você arrumou um namorado muito lindo!

— No banheiro dos hóspedes deixei escovas extras, todas são novas, pode abri-las!

A ignorei também.

O moreno deu um sorriso sem graça para a vovó e foi correndo para o banheiro, se fosse esperto demoraria bastante ali. Me sentei no sofá ao lado dela e coloquei as mãos no rosto lamentando a minha vergonha.

— Quem é esse rapaz, Hari? Não esperava você trazer um homem para casa. Foi por isso que você não quis que seu avô te trouxesse? Foi se encontrar com esse rapaz?

— Por Deus, não!

Suspirei. Seria difícil convencê-la.

— Me encontrei com alguns amigos que fiz, estava tarde e não me deixaram vir para casa sozinha. Taehyung foi um querido quando se ofereceu para me deixar em casa, então pedi que passasse a noite aqui já que estava muito tarde para que ele voltasse para casa.

— Não acha que foi imprudente deixar que um homem que acabou de conhecer passar a noite aqui?

— Ele disse o mesmo. Mas acredite, não tenho namorado e ele é apenas um amigo que deixei dormir aqui. Não aconteceu nada entre nós dois.

— Mas você queria?

— Vovó!

— E ele? Sabe, vocês são jovens e eu sei bem como é ser jovem.

— Meu Deus, vovó!

Acho que preferiria que ela me desse sermões ao invés de fazer perguntas constrangedoras, as coisas seriam mais fáceis se ela fosse uma senhora conservadora. Taehyung voltou do banheiro com o rosto molhado e os cabelos arrumados, ele parecia sem graça.

— Hari, agradeço por ter me deixado dormir aqui e pelo café da manhã, mas eu realmente preciso ir embora, os meninos podem ficar preocupados. — ele se virou para vovó e fez uma reverência — Me perdoe não poder conversar mais, mas foi um prazer conhecê-la, senhora…

— Rose — vovó estendeu a mão e Taehyung a apertou.

— Senhora Rose. Foi realmente um prazer.

— Digo o mesmo! Taehyung, não é? — assentiu — Espero que possamos nos encontrar novamente, dessa vez em circunstâncias melhores.

A senhora riu.

— Eu acompanho você até a porta.

Taehyung nada disse, apenas me seguiu enquanto evitava contato visual com minha avó. Eu entendia, pois também evitava encará-la enquanto ela nos acompanhava com os olhos.

— Me desculpe por isso! — disse quando abri a porta do meu apartamento e Taehyung estava no corredor — Eu não sabia que ela viria!

— Tudo bem, só fiquei um pouco surpreso.

Ficamos nos encarando por alguns segundos esperando que alguém falasse algo, mas nenhum de nós falou.

— Bom, eu vou indo agora. Te vejo à noite?

— Ah, sim! Onde nos encontramos?

— Passo aqui às dezessete horas com Jimin para irmos juntos.

— Ótimo!

E Taehyung foi embora.

— Eu gostei dele. — Vovó disse quando fechei a porta.


Notas Finais


Oii!!

Então, eu sei que não postei na quinta-feira como havia prometido, mas aconteceram tantas coisas essa semana que não sei nem por onde começar.

Primeiro que levei um choque de realidade que me deixou desestabilizada, então eu tava um pouco triste por conta disso. Depois, aconteceu uma coisa - secret - que me deixou mega feliz.

Mas aí veio o pior de tudo...

Travei a coluna e passei uns dois dias sentindo muita dor e não conseguia nem ficar sentada direito e abrir o pc pra poder publicar os capítulos

É, gente, eu só sei postar e escrever se for no computador.

Mas esperei me recuperar bem para poder dar as caras, então não ia deixar vcs na mão. Não se preocupem, os caps dessa semana não vão ser afetados por conta desse imprevisto, vamos seguir com o cronograma normal.

Então é isso!!!


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