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História I Need U (Kim Taehyung) - VII - Yoongi


Escrita por: psycholojin

Notas do Autor


Um capítulo QUASE atrasado pq dormi quase a tarde toda
:D

Capítulo 7 - VII - Yoongi


Fanfic / Fanfiction I Need U (Kim Taehyung) - VII - Yoongi

Havia alguma coisa naquela garota que despertava o meu lado mais doce e gentil. Eu não era um mar de gentileza com os outros, mas também não era um bruto. Não fui um amoroso nem mesmo com outras garotas com quem flertei e namorei, mas com ela, eu tinha uma necessidade de ser o mais gentil possível e de estar presente. Nunca havia me sentido assim por garota alguma.

Depois daquele piquenique, eu não a vi mais. Como o esperado, esqueci de pegar seu número e ela nunca me ligou ou mandou mensagem. Já fazia algumas semanas desde quando Tae saiu do hospital, ele nem sequer mencionou mais sobre Hari, como se a garota nunca tivesse existido. Sempre que eu ousava falar sobre ela ou mencionar o seu nome, Taehyung mudava de assunto ou revirava os olhos. Não o julgava, talvez aquele dia Taehyung houvesse sido legal por ver que Hari estava assustada e preocupada com sua saúde, mas isso não deixava de me irritar.

Estava sempre com meu celular em mãos, na esperança de que ela pudesse me ligar e eu poder encontrá-la de novo, mas Hari nunca me ligava.

Talvez eu tenha me precipitado um pouco. Acho que posso estar tão desesperado em vê-la novamente, que criei a ilusão de que ela queria o mesmo, mas se quisesse, ela teria me ligado, não teria? Teria pelo menos para perguntar como Taehyung estava. Não me importaria de falar com Hari somente para ela saber de outra pessoa, eu apenas queria ter um contato com ela. Queria ouvir sua voz, ouvir sua risada e saber se ela estava bem, se pensava em mim tanto quanto eu pensava nela.

É meio bobo e inusitado isso, pois jamais pensei que fosse querer tão desesperadamente estar com outra pessoa. Me sentia um maluco, mas só de pensar que eu poderia ter algum tipo de contato com ela, minhas mãos soavam. Que doideira!

Já estava começando a ficar sem esperanças, talvez Hari não tenha sentido o mesmo que eu quando nos encontramos naquela praça. E apesar de Hari ser a primeira a me fazer ficar ansioso dessa maneira, ela não é a primeira a quem tenho um grande interesse desde o momento em que a vi. Havia algo naquela garota que era diferente. Talvez seja o jeito tímido, ou até mesmo como ela não atende as minhas expectativas. Se fosse qualquer outra pessoa, tenho certeza de que já teria recebido alguma ligação sequer. Acho que nunca iria saber o que me deixava tão emotivo.

Deixei meu celular em casa e saí. Iria dar uma passada no restaurante onde os meninos trabalhavam. Certo dia, chegaram comentando sobre a funcionária nova, e rapidamente me lembrei de Hari ter mencionado que começaria a trabalhar naquele restaurante também. Era uma boa desculpa para vê-la.

Estava escurecendo e a previsão era de que ficaria frio, então não hesitei em pegar um casaco antes de sair. Andava com as mãos nos bolsos e assobiava enquanto chutava uma pedrinha, minha mente estava bem pensativa naquele dia.

Não sabia qual seria sua reação ao me ver. Me acharia um perseguidor? Ficaria feliz igual eu ficaria? Essas perguntas me deixavam ansioso, tinha a sensação de que comi algo ruim e deu um embrulho no estômago. Talvez devesse consultar um médico, pois não achava tais reações normais para alguém que só queria ver uma garota. Querendo ou não, aquilo me deixava um pouco irritado. Não gostava da ideia de não possuir controle de algo, e naquele momento eu não tinha controle de mim mesmo. Era frustrante os pensamentos e reações involuntárias. Queria poder tirar aquela garota da minha mente nem que fosse por um segundo, quem sabe assim eu não teria um pouco mais de tranquilidade.

Ao chegar, entrei no restaurante e vi Hoseok indo entregar um pedido em uma mesa que ficava próxima a enorme janela que dava vista a rua. Ao me ver, deu um sorriso e acenou. Sentei-me em uma mesa para duas pessoas que ficava encostada a uma parede pintada em vermelho, onde havia desenhos de vários símbolos do alfabeto chinês que eu saberia se tivesse estudado mais e outras pinturas de chefes de cozinha. A mesa e as cadeiras eram simples, apesar de não serem muito chamativas, eram confortáveis e a mesa pequena era do tamanho apropriado para uma ou duas pessoas comerem. Hoseok veio rapidamente me atender depois que terminou de servir a outra mesa.

— Qual o pedido, senhor? — com ironia no "senhor", ele me perguntou.

— Na verdade, não vim aqui para comer. Só estava um pouco entediado e queria sair de casa.

— Jin e Namjoon ainda não chegaram?

— Namjoon me mandou mensagem avisando que Seokjin hyung estava cuidando de um carro e chegaria um pouco mais tarde. Ele também chegará tarde, disse precisar de um dinheiro extra, mesmo que seu chefe tenha prometido que iria dar um aumento no próximo pagamento.

— E você não deveria estar no mercadinho com o Tae?

— Sobre isso... — cocei a nuca — fui demitido.

Tentei dar o meu melhor sorriso falso. Hoseok abriu um pouco a boca como se fosse dizer alguma coisa e depois negou com a cabeça, ele devia estar chateado.

— Como você foi demitido dessa vez?

Seu tom era rude e chateado.

— Em minha defesa, eu não fiz nada de errado, apenas defendi o Taehyung. O desprezível do dono daquele mercadinho não tem um pingo de educação, sabia? Ele derrubou uma pilha de Pringles e colocou a culpa em Taehyung, dizendo que ele era culpado por fazer a pilha no meio da passagem. O homem começou a gritar com o Tae, até que eu me meti e o defendi. Chamei ele de feio, fedido e sem educação.

— Min... — Hoseok colocou as mãos na cabeça — temos despesas para pagar.

— Eu sei.

— Você deveria aproveitar esse tempo que não está fazendo nada para arrumar outro emprego. Não acha que você deveria deixar todo esse seu orgulho de arrogância um pouco de lado?

— Eu sei, Hobi. Mas não consegui evitar.

Um barulho de algo se quebrando na cozinha foi ouvido não só por mim, mas todos ali presentes, fazendo todos olharmos para a direção do barulho. A dona do restaurante imediatamente entrou naquele lugar e pela pequena janela que dava a visão da cozinha eu a vi negar com a cabeça e Jimin pedir desculpas várias vezes.

Nada de novidade.

Hoseok soltou um suspiro enquanto cruzava os braços e balançava a cabeça em forma de negação.

— Parece que temos um novo Deus da destruição.

Continuei olhando para a cozinha e vi a silhueta de uma garota segurando uma vassoura, ela estava de costas e não consegui ver o seu rosto, mas apenas pelo seu tamanho e pelo cabelo levemente ondulado eu já sabia quem era.

Quando a vi sair da cozinha às pressas, meus olhos se arregalaram por finalmente ter conseguido encontrá-la. Eu a vi novamente, e ela estava ali na minha frente. Infelizmente Hari não notou minha presença, apenas tirou seu avental e o colocou em cima de um balcão enquanto saia com uma expressão nada agradável. Eu deveria ir lá perguntar o que havia acontecido?

Havia acontecido algo na cozinha, pois seu rosto mostrava grande decepção e quando olhei novamente para Jimin, este estava sério.

Sem que eu me desse conta, o meu corpo já havia decidido que iria levantar-se e ir atrás de Hari. Eu podia vê-la com as mãos no rosto, ela parecia muito chateada com alguma coisa. Hesitei quando a garota parou em uma esquina, abaixou a cabeça e colocou as mãos na testa e eu pude ver seu pequeno corpo tremer.

— Hari? — a morena assustou-se com minha presença ali, mas quando ela finalmente virou e me encarou, pude jurar que meu coração havia se quebrado em mil pedaços. Hari estava ali na minha frente. Chorando — Vi você sair...

Fui surpreendido quando ela me abraçou e soluçou de tanto chorar. Hari era bem mais baixa que eu, de forma que o topo de sua cabeça ficava um pouco abaixo do meu queixo. Ela enterrou seu rosto em meu pescoço e agarrou com mais força minha cintura, confesso que me senti um pouco sufocado, mas não ousei reclamar. Não entendi o motivo dela estar tão triste e me perguntei se havia sido por conta da bagunça que ouvi vindo da cozinha.

— Me leva para longe daqui! — Hari pediu em prantos.

Sem dizer uma palavra, a levei para qualquer lugar que fosse longe o suficiente do restaurante. Havia uma pista de skate que Jungkook costumava ir desde os tempos de escola, normalmente nesse horário aquele lugar ficava vazio. Talvez ali fosse um ótimo lugar para que ela se acalmasse e eu pudesse descobrir o que havia acontecido. A única vez que a vi chorar foi quando a encontrei no hospital depois do acidente de Taehyung.

Durante todo o caminho fiquei segurando em sua mão, Hari apertava vez ou outra, como se certificasse de que eu não iria soltá-la. Aquilo despertou curiosidade em mim, mas não queria que a garota se sentisse pressionada a me contar, o que a deixou bastante chateada.

Ao chegarmos, ficamos sentados encostados em uma rampa, Hari ainda estava abraçada comigo. A pista de skate não era muito grande, dava uma boa visão do rio Han. A maioria das rampas estavam grafitadas e pichadas, lembro que um desses grafites foi feito por mim, Jungkook e Taehyung nos tempos da escola. Matávamos aula várias vezes naquele lugar, apenas nos divertindo e bebendo escondidos. Foram bons tempos.

Tentei perguntar o que havia acontecido, mas Hari negava com a cabeça várias vezes e continuava a chorar. Aquilo me matava por dentro, pois eu queria saber como poderia ajudá-la.

— Eu gosto de trabalhar lá... — depois de muito tempo, ela começou.

Hari ainda estava abraçada comigo e não me olhava, seus olhos estavam focados no cadarço desamarrado de seu tênis branco.

— Todos são bem gentis comigo, especialmente Jimin e Hoseok.

— Mas então por que você saiu de lá chorando? — Hari me olhou pelo canto do olho, como se pensasse se deveria contar ou não. Me xinguei imediatamente por isso, ela não queria ter que contar o que havia acontecido.

— Tem um cara lá... — disse depois de alguns minutos em completo silêncio — não quero revelar seu nome, então vamos chamá-lo apenas de babaca.

Assenti.

— Em meu segundo dia de trabalho, notei que o babaca estava me encarando algumas vezes. Achei que fosse por eu ser novata, então eu devia ser uma novidade para todos ali. Só que era muito além disso, sabe? Às vezes em que ele vinha falar comigo, eu era educada e o respondia, mas fui inocente demais por achar que aquele homem queria apenas minha amizade ou só ser legal comigo. Hoje, quando fui colocar o lixo para fora, o babaca me seguiu...

Hari parou por alguns segundos e enxugou algumas lágrimas que voltaram a cair.

— O babaca me encurralou entre ele e a caçamba de lixo, então tentou me beijar e quando notou que eu estava lutando demais quis levantar minha camisa. Fiquei completamente desesperada e gritei, mas parecia que ninguém me ouvia.

Eu a vi engolir em seco, como se fosse difícil relembrar tudo o que havia acontecido.

— Então... — segurei sua mão e a incentivei que continuasse a falar.

— Jimin achou estranho a minha demora e acabou vendo a situação, foi então que ele pegou uma pilha de pratos e derrubou tudo no chão. O babaca se assustou e me largou, foi embora depois que viu o Jimin. Implorei para que ele não comentasse nada com ninguém, e o Ji pareceu muito relutante antes de concordar.

— Se fosse eu, teria acabado com a cara daquele babaca!

— Acho que é o que qualquer pessoa sensata faria.

Os cabelos de Hari estavam um pouco bagunçados e ao redor de seus olhos havia uma mancha preta, provavelmente era do seu rímel que foi embora com suas lágrimas. Em meio ao silêncio que estava entre nós, a vi morder o lábio inferior devagar e olhar timidamente para mim.

— Se eu te contar uma coisa, você promete que não vai rir de mim?

— Prometo.

— Quando ele tentou me beijar, fiquei apavorada, obviamente. Mais apavorada ainda por pensar que seria daquela forma que teria meu primeiro beijo.

— Então, você nunca... — ela negou com a cabeça e a vi cora. E então eu sorri, sorri feito um bobão. Céus! O que estava acontecendo comigo? — Eu adoraria ser o seu primeiro. — Aquilo simplesmente escapou, como se eu não tivesse mais controle sobre o que dizia. Mas eu não menti — Me desculpe!

— Não... e-está... tudo bem!

— Sério que você nunca... — perguntei após alguns segundos e ela negou com a cabeça — nem um selinho? — balançou novamente — Já teve pelo menos uma oportunidade?

E enfim, Hari assentiu.

— Eu nunca quis. Todas as vezes em que tive oportunidade, não conseguia. Pode parecer loucura, mas eu sentia nojo só de pensar em beijar alguém. Já até me perguntei se era lésbica, mas esse "nojo" se aplica a homens e mulheres. É como se fosse muito errado. Para mim, essas coisas têm que ser especiais, entende? Com uma pessoa que eu gosto e... eu nunca gostei de ninguém!

— Você realmente nunca gostou de ninguém?

— Logicamente eu já achei alguém bonito e atraente, mas ter a sensação de borboletas no estômago e me apaixonar são novidades para mim.

Eu ri.

— Você faz eu me sentir bem, sabia? — Hari disse de repente.

— Como assim?

— Eu nunca contaria isso para um estranho.

— E eu sou um estranho para você?

— Em parte sim. Acabamos de nos conhecer, lembra? Faz apenas algumas semanas desde que conversamos naquela praça, e essas coisas, nunca contei nem para quem conheço já faz anos.

— Tipo você nunca ter beijado?

— Tipo eu nunca ter beijado. — riu.

O assunto morreu ali. Hari ficou olhando para o lugar, provavelmente tentando saber onde estava. Já eu? Eu estava olhando para os detalhes do rosto dela. Seu rosto era fino e pequeno, a pele tinha algumas marcas de espinhas recentes, o nariz era pequeno e adorável, os olhos eram pretos como o universo e a boca estava rosada e um pouco ressecada. E mesmo não estando perfeita, eu a considerava uma das coisas mais lindas que havia visto em toda minha vida.

Quem é você, garota? O que tem em você que me atrai tanto?

Não sei de onde veio a coragem, mas toquei levemente em seu rosto e a fiz me encarar. Notei um rubor em suas bochechas quando seus olhos viraram para mim e percebi o quão próximos estávamos, ela não havia saído de perto de mim desde que chegamos. Senti sua respiração próxima de mim e dei um leve sorriso quando vi seus olhos irem em direção a minha boca. Hari ficou alguns segundos ali, olhando para meus lábios e depois voltou o olhar para os meus olhos. Eu já me sentia ofegante só de estar tão próximo a ela, sentia sua pele esquentar conforme a situação ia ficando cada vez mais provocativa. Olhei para sua boca, que estava entreaberta e me aproximei devagar para não a assustar. Dei um leve selar e fiquei assim por um tempo. Eu estava de olhos fechados, mas podia sentir que Hari permanecia com os olhos abertos. E fiquei ali, sentindo os lábios dela encostados nos meus em um longo selinho.

Da mesma forma que me aproximei, me distanciei devagar. Meus dedos tocaram seu queixo e meus olhos ainda estavam vidrados em sua boca, o que me fez selar nossos lábios mais uma vez. Eu queria guardar aquele momento para sempre.

Não me atrevi a pedir por algo mais profundo, nem mesmo ousei a pedir passagem com a língua. Se fosse para dar um beijo de verdade em Hari, garantiria que fosse da forma mais especial que uma garota poderia ter seu primeiro beijo. Separei nossos lábios mais uma vez e ousei dar outro selinho mais rápido que os anteriores como uma forma de despedida.

— Garanto que farei seu primeiro beijo ser especial.

Talvez tenha sido a emoção que eu estava contendo naquele momento, a felicidade que guardava para mim ou a babaquice do Yoongi de antes de conhecer Cho Hari, pois eu me levantei e fui embora, a deixando ali sozinha. Quando me virei para vê-la uma última vez, sorri ao perceber que ela olhava para o chão enquanto tocava os lábios.

Lá, no fundo, algo me dizia que aquela garota ainda iria me causar problemas.


Notas Finais


Oie!!!

Eu tô mortinha hoje, pois comecei a vida fitness e fui para a academia ontem, então eu tô só o pó da rabiola.

Quando cheguei do trabalho eu ia me sentar no pc, postar o cap de hj e editar os próximos só que aí eu simplesmente dormi quase a tarde inteira kkkkkkk então tô aqui agr.

O q vcs acharam?

Yoon tá muito emocionadinho né? Vamos ver o que tem pela frente rsrsrsrrs

Até quinta, meus lindos!!

Um beijo!!


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