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História I Need U (Kim Taehyung) - I - Taehyung


Escrita por: psycholojin

Notas do Autor


Gente, to reescrevendo a história de novo kkkkkk mas agora é pra valer, já to bem avançadinha desde onde parei e adicionei muitas coisas no decorrer dos capítulos.
Eu espero que vocês gostem

Capítulo 1 - I - Taehyung


Fanfic / Fanfiction I Need U (Kim Taehyung) - I - Taehyung

Novembro de 2015

Eu tinha tudo o que precisava, mas por algum motivo sentia que algo estava errado, algo faltava.

Meus amigos estavam sempre ao meu lado, tinha boas memórias da vida escolar e fora da escola. Não que não houvesse memórias ruins, mas as positivas eram mais marcantes do que as negativas. E tudo isso me fazia imensamente feliz.

Ou pelo menos, quase tudo.

Já fazia um tempo em que estava preocupado com minha mãe e com minha irmã. Elas estavam tendo problemas com meu padrasto, que pelo que fiquei sabendo, estava dando uma dor de cabeça. Minhyuk não era uma má pessoa, afinal, cuidou de mim e de minha mãe desde que eu tinha apenas cinco anos. Quando Taeri nasceu, éramos uma família feliz, do tipo em que se via em propagandas de televisão. Eu tinha alguém para chamar de pai, uma mãe maravilhosa e uma irmã que eu amava. Mas desde que saí de casa, as coisas pareciam não ser mais como antes.

Todavia, minha mãe insistia que eu não devia me preocupar, não era nada alarmante. Meu padrasto havia criado um vício em bebidas e apostas e o pouco dinheiro que ele ganhava como mecânico em uma oficina de carros estava indo para bebidas e jogos de apostas. Mamãe era cozinheira, mas não era um trabalho fixo, geralmente ganhava um bom dinheiro apenas quando era convidada para cozinhar para um evento ou festa, principalmente quando eram festas de famílias ricas e poderosas. Ela já era conhecida pelas suas graciosas mãos de fada, como costumavam chamá-la. Já Taeri tinha apenas quinze anos, estava começando o ensino médio e minha mãe queria que ela procurasse um emprego de meio período para ajudar com as despesas de casa. Eu era contra, queria que Taeri se concentrasse na escola caso quisesse entrar em uma boa universidade e ter uma vida melhor, uma condição que ela merece.

Apesar de minha mãe garantir que estava tudo bem, eu não deixava de ficar preocupado. Já conseguia ouvir a mamãe insistindo que não era nada e que eu devia focar em meus sonhos. Mas elas ainda eram minha família, não podia simplesmente deixar para lá. Passei a enviar algum dinheiro sem que meu padrasto soubesse para que ambas não passassem tanta dificuldade, dinheiro esse que foi devolvido várias e várias vezes. Foi difícil convencer minha mãe de que não era um incômodo e que aquele dinheiro não iria me fazer falta. Eu odiava a ideia de que ela precisava trabalhar o dobro para que pagasse o básico para sobreviver.

Eu não desistiria e a senhora Eunjin sabia perfeitamente disso.

Estava acostumado a receber suas ligações ao menos duas vezes ao dia, a receber mensagens nos horários do café da manhã, almoço e jantar. Ela sempre queria saber se eu estava comendo bem, se precisava de algo. Era realmente uma mãe coruja. Mas já fazia alguns dias que a mulher parou de ligar e de mandar mensagens, as poucas que recebia eram curtas e vagas.

Aquilo me deixava inquieto, pois eu sabia que meu padrasto estava bebendo e tinha medo do que poderia acontecer. Não conseguia parar de pensar no pior, mesmo sabendo que ele nunca havia sido um homem violento, muito pelo contrário. Minhyuk sempre foi um homem amoroso e gentil.

Peguei meu celular e visualizei as últimas mensagens que trocamos, que haviam sido ontem pela manhã. Depois disso, nenhuma das minhas ligações foram atendidas.

 

Tae, estou com saudades!

Como estão as coisas com seus amigos?

Yoongi me disse que pretendem formar um grupo de música, é verdade?

— Mãe

Sim, é verdade! Namjoon e Yoongi hyung são ótimos compositores. Você deveria ver! Estou ansioso para o dia em que poderei me apresentar para uma plateia de verdade.

— Eu

 

Queria poder ouvir sua voz, mas ela não me atenderia e diria que está ocupada. Nem Taeri atendia as diversas ligações que eu fazia e dizia haver passado o dia estudando e havia deixado o celular no modo avião. Sentia falta até mesmo de quando minha mãe choramingava por eu não ter ido visitá-las em algum fim de semana.

Joguei o celular na cama e fui para a sala de estar, os meninos comiam alguns hambúrgueres com batata frita e tomavam refrigerante. Me sentei ao lado de Jungkook e roubei o hambúrguer que ele iria comer, ri quando o ouvi xingar baixinho e pegar outro. Era final de semana, e nossa pequena casa ficava cheia, pois estávamos os sete juntos, com algumas exceções de quando eu passava o sábado com minha família. Já fazia semanas que eu não ia visitá-las e quando pretendia ir mamãe dizia que não estaria em casa. Quando não ia para lá, jogava videogame com os meninos, assistia alguma coisa na TV ou os chamava para comer em uma lanchonete perto de nossa casa. Eu amava aquela lanchonete.

Ouvi alguns passos vindo do corredor e me ajeitei de maneira confortável no sofá quando Namjoon se aproximou com alguns papéis em mãos.

— Todos se juntem aqui!

Os meninos que estavam todos espalhados pelo primeiro andar da casa começaram a vir para a sala. Tínhamos um sofá preto e velho com espaço para três pessoas — mas se ficarmos espremidos, cabem de quatro a cinco pessoas de boa —, então nos organizamos para que cinco de nós ficássemos sentados, mesmo que no braço do sofá também. Namjoon e Yoongi hyung estavam em nossa frente, os dois com alguns papéis e caderneta nas mãos.

— Yoongi e eu escrevemos uma música nessa madrugada. Não foi fácil, mas estávamos bastante inspirados.

Eu adorava ouvi-los comentando sobre suas músicas. Afinal, eles estudavam isso na faculdade, além de me inspirarem e ter esperanças de que íamos conseguir gravá-las algum dia.

— Uau, vocês arrasam, garotos! — Hoseok disse levantando-se e dando umas tapinhas nas costas de Yoongi que revirou os olhos — Já tem um nome?

We are bulletproof. — respondeu.

— Uau! Estou ansioso para ouvir um trecho e vocês?

Jungkook, que estava até então concentrado em seu videogame, deixou o controle de lado e voltou toda sua atenção ao que os mais velhos falavam.

— Bem, ainda não está pronta.

Yoongi coçou a cabeça. Ele não estava muito seguro de apresentá-la a nós, mas eu sabia que seria incrível, como tudo o que eles fazem.

— Então nos mostre apenas o que fizeram. — Insisti.

Namjoon deu um suspiro. O nosso líder sempre lamentava por achar que suas músicas não eram boas o suficiente, a maioria de suas criações iam para o lixo por ele não achar que estava bom e ninguém iria gostar. Mas elas sempre eram incríveis, e jogá-las no lixo me deixava irritado.

Eu odiava que Namjoon se sentisse assim.

 

Rap Monster, seja qual for a batida, assim como o meu nome;

Posso devorá-la como um monstro

Aqueles que vivem à altura de seus nomes venham aqui;

Olhando para trás não é nada mais que o contrário de um idol

Haha, todos os hyungs sob mim diziam ser impossível, mas;

Veja claramente, é a parada do impossível;

Tire uma foto, sou possível, agora você já era, cara

 

Ele havia lido apenas um pequeno trecho, disse que Yoongi ainda iria compor o instrumental e mostraria melhor para nós.

— É uma letra bem forte. — Seokjin comentou, mordiscando seu hambúrguer.

Jungkook o olhou, já que o mais velho estava sentado no braço do sofá ao lado dele.

— Você acha?

— Acho que combina com o Namjoon. Tem uma pegada bem forte. — Ele pareceu pensar um pouco — Rap Monster? De onde tirou isso?

— Foi algo que pensei na hora, mas acho que não combina comigo. Seria meu nome artístico, mas trocarei por RM.

Fiz um bico, curioso com o significado do nome que Namjoon havia escolhido.

— RM?

Real Me. Gostou?

— Maneiro! — Jungkook adorava tudo que Namjoon hyung fazia.

— Um grupo precisa necessariamente que todos tenham nomes artísticos? Pois se for o caso, já tenho o meu em mente.

— Acho que isso pouco importa. — Jungkook me respondeu — O importante é a música e a mensagem que queremos passar para o nosso público.

— Se nome artístico fosse um pré-requisito, o Yoongi se chamaria Suga — Jimin riu.

— Suga? Por quê?

Yoongi arqueou as sobrancelhas, mostrando-se um pouco confuso com a declaração de Jimin.

— Já olhou para esse seu sorrisinho lindo? Tão doce, completamente o oposto de você.

Acabei não me segurando e bufei uma risada do comentário de Jimin que apertava as bochechas gordinhas de Yoongi.

O que eu poderia falar desse cara? O Park era simplesmente uma das melhores pessoas que eu já havia conhecido. Desde a escola somos inseparáveis, se posso dizer que tenho um melhor amigo, ele seria o felizardo. Todos eles eram meus amigos, mas a intimidade e confiança que eu tinha com Park Jimin era completamente diferente de qualquer amizade que eu já tive na vida.

Acho que por termos idades iguais e termos entrado na escola juntos, tudo isso contribuiu para que eu o considerasse a melhor pessoa que eu havia conhecido em todos os meus anos de vida.

No fundo, eu sabia que se um dia precisasse fazer uma confissão perigosa, Park Jimin seria o primeiro a me acolher e ajudar.

 

[...]

 

Tínhamos empregos que nos garantiam uma grana para conseguirmos nos manter e bancarmos algumas viagens, principalmente para nos apresentarmos em algum local público e gravar vídeos para o YouTube. Nosso canal não era tão popular, mas já tínhamos algumas pessoas que nos acompanhavam e eram fiéis. Vez ou outra, Jungkook e Jimin eram chamados para cantar em alguns bares ou casa de show e ganhavam um bom dinheiro com isso, e durante um intervalo do trabalho Hoseok nos ensinava alguns passos de dança. Nos finais de semana, além de treinarmos mais um pouco e gravar covers de dança e canto, descansávamos também.

Eu tinha a sensação de que nosso sonho estava mais próximo de dar certo.

Era quase meio-dia de um sábado, e eu havia decidido que ia passar no posto de gasolina que Seokjin e Namjoon trabalhavam para deixar o almoço deles. Às vezes, não aparecia nenhum cliente e eles apenas ficavam ociosos esperando que algo acontecesse, talvez minha presença os animasse um pouco.

O posto de gasolina no qual os meninos trabalhavam ficava em uma avenida que, apesar de bem movimentada, o lugar não era atrativo para clientes. Primeiro que o valor do combustível era muito caro se comparado a outros que tinham pela região, e segundo que a qualidade do produto era muito ruim. Até mesmo a oficina mecânica era vazia, as pessoas não gostavam do serviço prestado. Não era culpa de Seokjin, o seu chefe nunca lhe deu um treinamento adequado e os outros funcionários eram idiotas irresponsáveis que só pensavam em ganhar uma boa comissão ao invés de fazer um serviço bem-feito. O único lugar movimentado era a loja de conveniência que ficava ao lado da oficina, sempre havia alguém fazendo compras ou comendo lámen durante a noite. Naquele momento estava movimentada, pois funcionários do comércio local costumavam almoçar ali.

Chegando lá, eles estavam atendendo um cliente. Aquele eu conhecia, e eu odiava aquele cara.

— Estou com pressa, seu idiota! — o homem gritava com Namjoon.

Ele parecia bêbado, pois suas bochechas estavam levemente rosadas e suas palavras saíram emboladas, além de que ao me aproximar um pouco mais consegui sentir o cheiro forte de álcool. Namjoon e Seokjin odiavam aquele lugar, mas era melhor do que ficar sem dinheiro algum. Infelizmente tínhamos que aceitar o que viesse se quiséssemos sustentar nossa casa e guardar um pouco para o grupo. Chamávamos nossa poupança de cofre dos sonhos. Hoseok que apelidou o porquinho velho e rachado que havia pegado da casa de sua avó.

— Ainda não está cheio, senhor. — Ele respondeu para o homem impaciente.

— Só cale a porra da boca e continue enchendo essa merda!

O cotidiano de Namjoon hyung geralmente era assim, era bem comum que aparecessem clientes como aquele. Jin já havia reclamado sobre o quanto odiava quando essas pessoas apareciam, pois Namjoon não era o único que sofria com agressões verbais e algumas vezes até físicas. Uma vez perguntei se eles denunciavam esses casos aos seus superiores, mas ambos diziam que já haviam feito de tudo, mas seus chefes simplesmente não se importam já que o cliente sempre tem razão. Enquanto Namjoon era frentista, Seokjin era responsável pela lava jato e mecânica dos automóveis. Para descontrair, o encontrava algumas vezes molhando Namjoon e quando notavam minha presença eu era o alvo da brincadeira. As broncas que recebiam dos seus supervisores valiam a pena, afinal, eles quebravam o clima ruim.

O homem arrogante e bêbado foi embora e jogou pela janela o dinheiro com algum lixo, meu rosto ferveu de ódio com aquilo. Me aproximei de Namjoon e o entreguei seu almoço, Ele já sabia que eu estava ali vendo tudo acontecer.

— Namjoon, Tae... — Jin chamou, se aproximando enquanto enxugava as mãos.

Hm?

— O que vocês acham de sairmos hoje à noite? Sabem, eu ganhei um aumento, e um pouco de diversão não vai nos prejudicar.

— Falo com os meninos? — perguntei enquanto entregava o seu almoço.

— Quando estivermos todos em casa, perguntamos se eles topam.

Namjoon olhou para Seokjin enquanto coçava a parte de trás da cabeça. Ele parecia um pouco tenso.

— Tem algum outro motivo especial para isso?

— Yoongi passou três meses no mesmo emprego sem causar confusão ou ser demitido. — Jin brincou.

Kim Namjoon soltou uma gargalhada no qual Seokjin e eu o acompanhamos. Talvez fosse bom sairmos mais tarde, esses dias estavam pesados e precisamos nos divertir um pouco, sair da rotina exaustiva e monótona que estávamos tendo.

Por ser horário de almoço, os garotos iam aproveitar para irmos até o restaurante que Jimin e Hoseok trabalhavam. Eu também estava com o almoço deles bem embalados e guardados em uma sacola de papel, já planejava mesmo dar uma passada lá após conversar com os rapazes no posto de gasolina. Porém, quando Seokjin juntou as latas de cerveja e os maços de cigarro que aquele homem jogou, ele viu um folheto que chamou sua atenção.

 

CHR ENTERTAINMENT

CRIADA PARA ENCONTRAR NOVOS TALENTOS TANTO NACIONALMENTE COMO GLOBALMENTE

AUDIÇÕES ABERTAS PARA: TRAINEES (DANÇA, VOCAL E RAPPER), COMPOSITORES E PRODUTORES

PARA MAIS INFORMAÇÕES ENTRE NO SITE E INSCREVA-SE!

 

— O que é isso? — quis saber Namjoon.

— Acho que aquele nojento trabalha em uma agência de talentos.

Revirei os olhos. Jin ficou encarando o folheto, parecia pensativo.

— Se ele for funcionário dessa agência, espero que os trainees não sejam abusados moralmente por esse cara.

— Talvez eles sejam os responsáveis pelo mau-humor daquele homem. — disse para Seokjin que riu.

— Vocês estão considerando realizar uma audição, não é?

Namjoon nos olhou com acusação, o que me fez rir e trocar um olhar cúmplice com Seokjin, esse que estava com um olhar determinado enquanto segurava o folheto.

— E se tentarmos?

— Nem todas as empresas querem debutar um grupo já formado, elas podem não ver futuro em todos nós. — Eu sabia que ele estava se referindo a si próprio — E pelo que conheço dessa empresa, ela só tem artistas solos que ainda estão conseguindo seu espaço na indústria. Nem todos estão com a carreira consolidada. Melhor esquecermos sobre isso, por enquanto.

— Você conhece a CHR Entertainment? — perguntei.

— Já vi um artigo no Naver. Vamos? Nosso horário de almoço é curto e precisamos nos encontrar com o Jimin e o Hoseok.

Seokjin e eu não estávamos convencidos a descartar a audição, por algum motivo aquilo havia despertado minha atenção e seria um erro descartar uma oportunidade dessa forma. Esperava que futuramente a agência possa abrir outras adições, pois Namjoon como nosso líder e a pessoa em quem mais confiamos não seria convencido tão cedo a aceitar participar.


Notas Finais


Vou tentar postar semanalmente, como disse, já to bem avançada e se eu continuar no ritmo consigo não deixar vocês na mão. Espero que gostem :)


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