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História I Need U (Kim Taehyung) - XXVII - Namjoon


Escrita por: psycholojin

Notas do Autor


🚨🚨🚨🚨 ESSE CAPÍTULO PODE CONTER CENAS DE VIOLÊNCIA 🚨🚨🚨🚨

Capítulo 27 - XXVII - Namjoon


Fanfic / Fanfiction I Need U (Kim Taehyung) - XXVII - Namjoon

Conforme os dias iam se passando, mais feliz eu estava. Tudo parecia começar a dar certo na minha vida e na vida dos garotos, tudo estava indo do jeito que havíamos planejado. Ainda estávamos meio incertos com tudo o que estava acontecendo, então depois de muito conversar e pensar, decidimos não abandonarmos nossos empregos, já que tinha muitas chances de tudo dar errado.

Eu me sentia ansioso, pois como líder, tinha muito trabalho a ser feito. A empresa e Yang Sook aceitaram nossas exigências, de que nossas posições, já definidas, não seriam alteradas nem agora e nem quando o contrato de estreia for assinado. Apesar das incertezas, eu me sentia confiante e muito esperançoso. A coisa que mais queria naquele momento era que todo esse negócio desse certo, pois queria ter uma vida melhor e mais digna, até mesmo para minha família. Queria uma casa melhor, um carro melhor e uma vida melhor.

Não que eu não gostasse de morar com os rapazes, muito pelo contrário, eu amava. Mas nossa casa, apesar de grande, já não era mais o suficiente para nós sete. Se fosse preciso, uma casa maior em que cada um tivesse seu quarto e sua privacidade seria perfeito, até nos desprendermos uns dos outros e cada um seguir sua vida em sua própria casa.

Aquele era meu maior desejo.

Já não aguentava mais trabalhar naquele posto de gasolina, mesmo que todos os dias eu esteja acompanhado de Jin hyung, as humilhações estavam cada vez mais constantes e rotineiras. Era todos os dias, algumas vezes mais de uma vez ao dia, e mesmo que eu dissesse que estava tudo bem e que aguentava, a verdade era que algumas palavras maldosas abalavam minha autoestima e saúde mental.

Minha vida nunca foi perfeita, sempre tive que dar duro para poder conseguir um pouco de sustento e conforto para mim e minha família. Mas sinceramente, toda essa grosseria que aquele homem tinha para cima de mim já estava me causando muitos problemas. Tanto no trabalho como pessoal, pois apesar de ainda ter um pouco de confiança, me sentia inseguro e colocava todo o peso do grupo em minhas costas. Se eu falhar, não falharei sozinho, trarei comigo todos os garotos, e eu queria evitar isso a qualquer custo, nem que eles precisassem seguir a carreira sem mim. Só não jogava tudo para cima, pois eu realmente precisava daquele emprego naquele maldito posto, mesmo que eu receba pouco e seja menosprezado não só pelos clientes como pelo dono. Seokjin até que tentava me ajudar, dando uma “bronca” em alguns encrenqueiros que chegavam e não pareciam uma ameaça, mas acontece que as consequências caiam em Jin também, e eu me culpava muito.

O dia de hoje não era diferente, hyung ficava na garagem, onde costumava lavar os carros com o devido cuidado, pois qualquer arranhão ou outros danos no veículo era descontado em seu salário, o valor dependia do que havia sido danificado.

Havia alguns clientes que tinham o costume de frequentar o posto, e pelo tempo que eu trabalhava aqui, eles me conheciam. Alguns eram simpáticos e humildes, me dando gorjetas até que generosas, a depender do humor do cliente. Mas havia outros que eram iguais aquele bêbado, mas nenhum chegava a ser pior do que ele.

Não passava das quatro da tarde quando meus olhos reviraram automaticamente quando vi aquele Rolls Royce cor de chumbo parar em um dos pontos de abastecimento. Essa semana um novato havia começado a trabalhar aqui, e eu esperava que ele fosse atender aquele homem, mas o vi ocupado com outro cliente que chegou quase ao mesmo tempo que aquele babava. Dei um longo suspiro, completamente desgostoso.

Eu odeio tudo isso!

Me aproximei da janela do lado do motorista e o homem, que parecia estar no final da casa dos quarenta anos, deu um sorriso ao notar que seria eu quem faria seu atendimento. Já não sentia mais tanto nervosismo como das outras vezes, mas odiava estar naquela situação de completa humilhação. Em um pensamento egoísta, queria que o novato estivesse em meu lugar e recebesse as ofensas que seriam dirigidas a mim. Ele não tinha culpa daquilo, obviamente. Mas algumas vezes deixava minha ética de lado em troca de um pouco de paz.

O homem saiu do carro, jogando a chave em minha direção, a peguei mesmo tendo ficado surpreso com o seu ato. Ele olhou para mim, de cima a baixo, como se analisasse o que iria caçoar ou estava apenas rindo internamente da minha insignificância para ele.

— Abasteça e lave-o bem. Volto em uma hora, e espero que meu carro já esteja pronto, não me importo se tem trezentos carros à minha frente. Quando eu voltar, e o trabalho não estiver finalizado, não vou querer estar na sua pele e nem da do seu amiguinho ali.

Engoli em seco quando ele apontou para Seokjin, que nos olhava de maneira preocupada. Assenti levemente com a cabeça e me aprontei para abastecer o carro e levá-lo ao lava-jato.

— Uma hora.

O babaca disse, andando de costas em passos lentos, seu dedo indicador estava apontado diretamente para mim e um sorriso perverso dominava seus lábios.

Uma hora.

Pode parecer que uma hora seja muito tempo para abastecer um carro e lavá-lo, mas se tratando daquele homem, ele iria querer um serviço completo e bem-feito. Certamente não ia se contentar com uma lavagem apenas por fora, mas iria querer por dentro também.

Apesar das ameaças, nunca aconteceu nada que fosse considerado sério, apenas insultos e algumas pancadas em nossas cabeças com os nós de seus dedos. Doía, claro. Mas não considerava algo a ser levado tão a sério. Por conta das reclamações que ele fazia ao meu chefe sobre Seokjin e eu, fomos quase demitidos várias vezes, mas ele sabia que alguns clientes tinham preferências em nosso trabalho e atendimento, e nossa falta seria ruim para o seu estabelecimento. Além de que, mesmo que aquele homem fizesse de tudo para nos prejudicar sem motivo algum, ele nunca deixava nosso chefe nos demitir.

Após abastecer, entrei no carro e o levei até a garagem do lava-jato, informando a Jin que aquele era um serviço prioritário. Ele entendeu na hora, pois não fez objeções.

Eu o odiava. O odiava com todas as minhas forças.

Aquele ciclo de humilhações um dia iria acabar, e em um futuro que eu tanto almejava, esperava que ele fosse humilhado por mim.

Seokjin veio até mim, balançando a cabeça em negação e de braços cruzados. Estávamos de frente para aquele Rolls Royce.

— O que ele pediu para fazermos?

— Abastecer e lavar bem. — disse sem olhá-lo.

— Por fora? Por dentro? — Jin sabia como aquele homem era, então sempre estava querendo a informação completa para que não acontecessem confusões.

— Ambos. — Dei uma batida em suas costas, já que agora o serviço era dele — Rápido! Temos apenas uma hora até que aquele estrume volte.

O hyung assentiu, se preparando para começar o seu trabalho. Com aquele carro Seokjin tinha um cuidado especial, pois qualquer coisa fora de ordem era motivo para escândalos e humilhações em público.

A proposta de Yang Sook tinha que dar certo. Precisava dar certo.

 

[...]

 

Lavado? Ok.

Abastecido? Ok.

Dentro do prazo estabelecido pelo cliente? Ok.

Cliente satisfeito? Sem respostas obtidas, pois o cara está atrasado uns quinze minutos do prazo que ele mesmo havia dado. Eu havia cronometrado o tempo que tínhamos em meu celular, pois tinha medo de que tudo desse errado.

Chequei se tudo estava em ordem mais uma vez, enquanto Jin reclamava do atraso do homem. Não fazíamos ideia de onde ele estava, mas seu carro ficaria seguro e sob nossa responsabilidade. Naquele horário o movimento era pouco até mesmo na loja de conveniência, as únicas pessoas que passaram por ali apenas calibraram seus pneus ou abasteceram.

Jin estava escorado no carro com uma expressão emburrada, enquanto eu andava de um lado para o outro, olhando para todos os lados à procura do homem. Chegou em um ponto em que o lugar ficou vazio, até mesmo o novato havia se escondido em algum lugar para não ter que trabalhar. O sol estava quente, e o calor não ajudava a controlar meu nervosismo.

— Vinte minutos. — Jin hyung disse olhando para seu relógio de pulso — Dava tempo até para a gente modificar a pintura, assim ele quisesse.

— Não seja exagerado! — me virei para ele — No máximo dava para calibrarmos os pneus, já que eles parecem um pouco murchos. — Ele murmurou algo que eu não consegui compreender — Esse carro é novo? Nunca o vi com ele por aqui, era sempre aquele preto ou o branco. Ambos caros e de luxo.

— Acho que se fosse novo os pneus não pareceriam tão desgastados e murchos assim. — bati de leve no pneu dianteiro.

Kim Seokjin podia ser considerado o cara mais paciente que eu já conheci em toda minha vida, mas naquele momento, pude notar o quanto que em relação ao trabalho ele ficava extremamente estressado e sem paciência. Não era a primeira vez que algum cliente descumpria com o horário combinado, e isso prejudicava o fluxo do nosso trabalho, pois atrasamos várias entregas de carro e o que estava parado só esperando o dono vir buscá-lo acabava ocupando espaço na garagem que podia ser de outro carro aguardando serviço. Alguns clientes deixavam seus números para que pudéssemos avisar quando o trabalho fosse concluído, mas havia outros que simplesmente deixavam seus carros ali e iam embora, demorando algumas vezes o dia inteiro para voltar.

O carro do babaca estava brilhando depois do excelente trabalho que Seokjin havia feito, e eu me sentia orgulhoso, pois ainda fui capaz de ajudar sem que acontecesse um estrago. Já podia sentir o gosto da vitória, pois se tudo estava em perfeitas condições, não haveria motivos para que aquele homem pudesse causar confusão, mas sabendo da sua conduta, era provável que alguma coisa ele iria aprontar. Aquele gosto adocicado não durou muito, pois algo me dizia que alguma coisa estava errada.

Jin tagarelava sobre alguma coisa e passei a analisar melhor o carro.

Nada.

Não havia absolutamente nada de errado.

Olhei para Jin hyung e ele me encarava de volta com as mãos nos bolsos de sua calça jeans completamente desgastada por ser velha demais. Tudo estava em perfeita ordem, se não fosse as calças de Jin. Entenda, o problema não era necessariamente suas calças, mas seus bolsos tinham botões e enfeites pontiagudos que estavam encostando na pintura do carro. Não sei há quanto tempo ele vinha andando apoiado naquela maldita lata luxuosa, mas queria me certificar de que não havia causado nenhum dano.

— SEOKJIN, DESENCOSTA DA PORRA DO CARRO!

Talvez eu tenha falado alto e desesperado demais.

— Mas qual é o problema?

Jin afastou-se do carro e eu corri para ver se não havia causado danos. Para a minha infelicidade, na porta do motorista havia um pequeno arranhão, e pelo fato do carro ser escuro, estava um pouco visível. Apesar de ser minúsculo e não tão perceptível, aquele homem iria notar aquele arranhão.

Odeio carros de luxo.

Odeio os botões da calça de Seokjin.

Odeio o dono daquele carro e toda a sua família, mesmo que eles não tenham nada a ver com essa merda.

— Jin… você arranhou o carro… — ele não me respondeu, mas vi seus olhos que seus olhos se arregalaram enquanto ele olhava para mim e para o Rolls Royce.

— Mal dá para perceber!

— Você está falando do carro daquele homem, o homem que percebe até mesmo uma poeirinha que passou despercebida no carro perfeitinho dele.

A sensação que eu tive era de que quando algo ruim acontecia com o carro ele chamava logo pelo dono.

Não demorou mais que cinco minutos até que o homem — já muito atrasado — resolvesse aparecer com um sorriso sínico no rosto como se já soubesse o que havia acontecido. Engoli em seco quando ele olhou para o arranhão e soltou uma leve gargalhada, retirou os óculos escuros e nos olhou. Não sabia se meu coração se acalmava ou ficava preocupado com isso, ele nunca olhou para algum defeito e riu, sempre começava com os xingamentos e humilhações.

— Era de se esperar que algo do tipo acontecesse. — Olhei para Seokjin, que deu de ombros — Relaxem, eu não vou fazer nada para prejudicá-los. Acidentes acontecem, não é mesmo?

Aquilo não parecia certo, pois estava esperando outra reação vinda daquele homem.

— Não vai? — perguntei e o homem apenas riu, me dando tapinhas nas costas.

— Não. A propósito, acho que começamos com o pé errado. — Ele estendeu a mão em um cumprimento — Eu me chamo Minjae.

 

[...]

 

Era quase nove da noite quando tudo começou a parecer fazer sentido pela primeira vez naquele dia.

Estava atendendo um cliente supersimpático que me deu uma boa gorjeta quando avistei um homem grande e forte vindo em minha direção. Ele não tinha uma aparência muito boa e era careca, estava de roupa social, a camisa por baixo do blazer estava com alguns botões abertos, exibindo algumas tatuagens no peitoral. Acenei para o cliente que estava indo embora.

Foi então que eu vi Seokjin ser puxado por outro homem grande e forte que apareceu logo depois do tatuado, ele havia o levado para atrás da loja de conveniência. Já estava indo atrás deles quando o tatuado me pegou e me arrastou para ali também.

Mesmo que Seokjin e eu tentássemos lutar contra aqueles homens, eles eram muito maiores e mais fortes. E olha que eu não sou baixo, tenho mais de 1,80 de altura. O que era tatuado apertava brutalmente os meus braços e eu me debatia inutilmente para tentar escapar, Seokjin fazia o mesmo. Atrás daquele posto não havia nada, apenas um terreno abandonado e um breu por conta da má iluminação. Fui jogado no chão ao lado de Jin, então escutei um carro se aproximar e a luz dos faróis dificultaram minha visão quando olhei para ver quem saia daquele carro.

Eu sabia que estava bom demais para ser verdade, por isso não me surpreendi quando vi Minjae saindo do carro com as mãos no bolso e aquele sorriso sínico que eu tanto odiava.

— Eu disse que não ia fazer nada… — outros homens saíram do carro, alguns com nada além de seus corpos musculosos e assustadores, enquanto outros que tinham os corpos mais magrinhos seguravam um taco de beisebol — mas não falei nada sobre outras pessoas.

Ah, que ótimo! Então é assim que eu vou morrer?

Foi questão de segundos para que os homens — ao todo seis — começassem a nos chutar e bater com aqueles tacos de beisebol malditos. Sentia o impacto em meu corpo como se milhões de pedras estivessem sendo jogadas em mim, e eu esperava que nenhuma parte do meu corpo se quebrasse naquele processo.

Fui puxado para cima por um dos grandões e um mais magrinho deu um soco na boca do meu estômago. Sentia sangue saindo com minha saliva e todo o meu corpo doía, não conseguia nem mesmo gritar para pedir ajuda para quem quer que estivesse passando pelos arredores.

Minjae apenas olhava para a cena, certamente se deliciando com aquilo. Eu odiava aquele homem, e nunca desejei tanto mal a alguém como estava desejando a Minjae.

— Não levem para o pessoal, senhores. Estou um pouco enteado, sabem?

Depois de vários socos no estômago e no rosto, caí novamente no chão. Pensei que ali eles iriam parar, mas eles continuavam a me bater como se eu fosse um saco de pancadas. Olhei para Seokjin e o vi mais na frente, jogado no chão e desacordado. Nem assim os homens paravam de espancá-lo, então senti um desespero tomar conta de mim. Seokjin e eu poderíamos morrer ali, e não havia ninguém para nos ajudar.

Hyung tinha o canto da boca e o nariz sangrando bastante, eu provavelmente não estava muito diferente. Tentei juntar forças para defender a mim e ao meu amigo, mas aqueles homens eram o triplo do meu tamanho e estavam em maior número. Por mais que eu quisesse fazer algo, nada poderia me ajudar. Revidar poderia ser pior, pois eu estava fraco e todo meu corpo doía como o inferno.

Já estava em meu limite, quase desmaiando, quando escuto um grito agudo vindo de mais longe. Olhei de onde vinha aquele grito e meu corpo tremeu em desespero quando vi a pessoa que estava ali.

A cesta que ela segurava havia caído no chão, suas mãos estavam na boca e os olhos marejados haviam se arregalado. Seu rosto estava em completo espanto. Quando os homens viraram para ver quem havia gritado, Hari deu passos para trás, mas acabou tropeçando em seus próprios pés e caiu no chão. Seu corpo inteiro tremia e ela começou a chorar.

Um dos homens ousou aproximar-se de Hari, o que a fez afastar-se ainda mais, mas não o suficiente para sair correndo dali. Então, por algum motivo, Minjae sacou uma arma e apontou para a cabeça do homem que havia ameaçado aproximar-se de Hari.

Sua expressão havia mudado, e acredito que não só eu, mas como os outros capangas de Minjae pareciam surpresos com sua atitude. O homem levantou as mãos, sua respiração estava ofegante e ele tinha os olhos arregalados enquanto olhava para a arma e para Minjae.

— Juro que se você ousar tocar nessa garota vou estourar os seus miolos.


Notas Finais


Volteeii!!

Gente e esse final??? Façam suas apostar: O QUE ACONTECEU????

Tô ansiosa para vcs lerem o próximo, q é o meu favorito até o momento. JURO VCS VAO SENTIR ÓDIO E AO MESMO TEMPO VAO GOSTAR

Muito obrigada por acompanharem até aqui, eu fico MUUUUUITO feliz por saber q vcs estao gostando e surtando como eu ♥♥♥♥ Domingo prometo que volto com um capítulo gigantesco só pra vc

BEIJOOOSSS!!! ♥♥


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