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História I Need U (Kim Taehyung) - XXVIII - Hari


Escrita por: psycholojin

Notas do Autor


🚨🚨🚨 ESSE CAPÍTULO POSSUI CENAS EXPLÍCITAS DE SEXO 🚨🚨🚨

Capítulo 28 - XXVIII - Hari


Fanfic / Fanfiction I Need U (Kim Taehyung) - XXVIII - Hari

Quando decidi que me dedicaria ao vestibular, não havia pensado em como meu dia ficaria mais curto e estressante. Havia feito minha inscrição e daqui a algumas semanas seria o grande dia da prova, então decidi me dedicar o dobro, pois iria concorrer com quem estava estudando desde a prova anterior. Estava muito atrasada, mas havia assinado um plano de estudos com um cronograma até o dia do vestibular. Não irei mentir, sentia saudades de ficar na minha cama sem ter o que fazer, mas se essa era a oportunidade que eu tinha para permanecer na Coreia, farias vários sacrifícios que teria pela frente.

Pedi para mudar um pouco meu horário no restaurante, agora entraria duas horas mais tarde e ficaria até o fechamento. Jimin não gostou, pois teria que fazer algumas coisas sozinho e ficaria menos tempo comigo — como se o fato de viver sob o mesmo teto que eu já não fosse o bastante —. Infelizmente não me senti culpada por causar essas frustrações no Park, afinal, eu precisava da vaga e de uma bolsa de estudos caso quisesse conquistar todas as minhas metas.

Minha mãe havia me dado o tempo de um ano, já se passaram sete, o que significava que se eu não tivesse um propósito teria apenas cinco meses antes de ir embora. Estando mais estabilizada, me sentia confiante em continuar com meu relacionamento, se não fosse isso, não teria aceitado o pedido de namoro de Yoongi.

O que eu poderia falar sobre meu relacionamento?

Tudo era perfeito.

Yoongi demonstrou ser um namorado muito dedicado e atencioso, sempre respeitando os limites que eu havia colocado, por mais que algumas vezes tenha tentado ser ousado. Nunca passamos de beijos e toques um pouco mais quentes, mas nada que envolvesse tocar diretamente nas partes íntimas um do outro. Yoongi queria muito me tocar e fazer coisas inimagináveis comigo, mas era muito paciente quanto a minha decisão de esperar mais um pouco até me sentir verdadeiramente confortável com aquilo. Não nego, também queria. Mas todas às vezes que dizia para mim mesma que iria deixar ele me tocar um pouco mais, meu corpo travava e eu parava suas investidas.

Eu sabia que não era fácil para ele, pois já o vi ficar excitado e reclamar de dor em seus testículos. Não sabia que isso era possível, até o dia em que ele ficou tão excitado que sentiu dor e teve que se aliviar depois que fui embora de sua casa. Tudo era muito novo para mim, e pensar em nós dois daquele jeito fazia meu rosto corar e meu corpo ficar quente. Queria poder descobrir mais sobre seu corpo e o que poderíamos fazer, mas não estava totalmente preparada para isso.

Estava chovendo naquela tarde, e eu não estava esperando por uma chuva tão inesperada como aquela. Era novembro, final de novembro, para ser mais específica. O outono estava quase terminando, mas ainda iria demorar algumas semanas até o cair da primeira neve. O laranja das árvores estava começando a sumir, dando às ruas uma aparência mais fria e sem graça, várias árvores já estavam quase que completamente sem folhas, e, apesar de ser sem graça, eu achava lindo a transição do outono para o inverno. Na Califórnia o inverno era completamente diferente da Coreia, tínhamos as estações bem definidas, mas nada como aqui. O inverno californiano tinha temperaturas amenas, mas nada insuportável e no pico das montanhas era possível ver neve. O ponto negativo era que aquelas camadas de neve rapidamente derretiam, então nunca pude apreciar bem a neve.

Corri o mais rápido que podia até o restaurante e tentava a todo custo não molhar os livros que comprei para estudar, pois eles foram bastante caros, além de que eu também carregava comigo alguns cadernos com anotações que costumava ler para revisar entre meu intervalo e os momentos mais calmos no restaurante. Me ver totalmente dedicada era um evento até que raro, pois normalmente não tinha expectativa de nada e fazia tudo de qualquer jeito. Uma vez fui em uma psicóloga e ela disse serem características de algum tipo de ansiedade, e deve ser mesmo, por ter noites que não durmo bem e quando durmo sonho com essa prova. Era algo que eu almejava muito, pois nas últimas semanas a minha vida se resumia apenas aos estudos, trabalho e beijos roubados de Yoongi.

Eu não era de ferro.

Quanto mais pesquisava sobre o curso e a universidade, mais empolgada ficava, tinha certeza de que havia feito a escolha certa e que não me arrependeria, meu único arrependimento é de ter demorado tanto para perceber isso. Se tivesse pensado a respeito cedo, creio que já estaria vários semestres a frente e não me matando por uma vaga.

Quando abri as portas de vidro do restaurante, chamei atenção de algumas pessoas que estavam ali. Podia entrar pelos fundos sem ser percebida, mas virara um costume entrar pela frente e chamar atenção de alguns olhares. Sorri ao ver Hoseok, que logo acenou animadamente ao me ver chegar. Enquanto ia ao vestiário trocar de roupa e colocar meu uniforme, comecei a pensar sobre como algumas coisas mudaram dentro de quase dois meses.

Por mais que eu me sentisse realizada e focada em meus objetivos, tudo na minha vida mudou muito rapidamente nesse curto período. Não era de todo ruim. Na verdade, eu estava superfeliz em ver que o sonho dos meninos finalmente estava saindo da imaginação e ganhando vida. Eles se preparavam muito para as gravações das músicas e muito em breve começariam a filmar os vídeos, aquilo me dava orgulho. Entretanto, apesar de tudo estar dando certo e não ter nada do que reclamar, eu sentia uma imensa falta de Taehyung.

Iria mentir se dissesse que o que havia acontecido naquela festa já não me afetava mais, pois me afetava profundamente. Nos distanciamos desde aquele dia, e admito que foi até “bom” para nós dois, pois assim seus sentimentos por mim poderiam diminuir e meus sentimentos ficavam menos confusos. Acontece que eu achava Taehyung uma ameaça, não por parecer perigoso e que faria algo ruim para mim, mas sim porque, quando estava com ele, ignorava todas as consequências que teriam se eu o permitisse se aproximar. Não trocamos mais que as palavras necessárias um com o outro, geralmente para pedir para passar algo que estava longe na mesa quando jantamos todos juntos.

Yoongi pareceu notar e me perguntou se algo havia acontecido, pois éramos “próximos” e agora parecíamos dois estranhos. Senti como se alguém tivesse colocado um peso em meus ombros no qual era difícil de suportar, pois tive que omitir coisas para Yoongi. Não queria ter que contar que havia beijado Tae antes de começarmos a namorar, não sabia como ele iria reagir a essa informação. Lhe disse que não havia nada de errado, só não tínhamos mais tanto em comum para conversar. Felizmente, ele não insistiu no assunto, apenas assentiu e disse que esperava que um dia Taehyung e eu pudéssemos nos entender sem sermos associados ao acidente.

Se meus problemas fossem somente esses, eu estaria feliz.

Fazia algumas semanas que via Jimin e Taehyung sussurrarem entre si e trocarem olhares suspeitos sempre que eu demonstrava afeto ao Yoongi em público, isso me irritava muito. Sabia que eles conversavam sobre mim e tinha quase certeza de que Tae contou seus sentimentos para Jimin, pois ele ficava ainda mais insistente na ideia de que não aprovava meu relacionamento. Era injusto, pois parecia que Yoongi não era amigo deles também, parecia mais um intruso. Me colocava no lugar dele, pois Yoon não sabia de nada do que estava acontecendo. Uma vez, tentei fazer com que Jimin contasse o que ele e Taehyung falavam sobre mim, mas foi uma tentativa em vão. 

Eis o seguinte diálogo:

“O que você e Taehyung tanto falam pelas minhas costas?”

“Nada para se preocupar, apenas conversas de homens.” lógico que não havia ficado contente com aquela conversa.

“Que tipo de conversa?” eu havia perguntado.

“Que sua bunda e seus peitos são bonitos de apreciar. Deveria usar decote mais vezes, Hari.” e essa foi a resposta que tive.

Nesse dia Park Jimin teve em uma de suas bochechas redondinhas e cheinhas uma marca vermelha de dedos pequenos, mas fortes. Aquilo deve ter ardido como o inferno. Levou cerca de um dia e meio para a vermelhidão sair de seu rosto, e ao ser questionado, dizia que se atreveu demais com uma garota e levou o que merecia.

— Hari, tem uma pilha de louças para lavar e eu estou precisando urgentemente da sua ajuda.

A voz suave de Jimin me tirou dos meus pensamentos enquanto eu saia do vestiário e voltava para a realidade. Guardei minhas coisas em um armário e fui para a cozinha. Dei um sorriso para a senhora Chang que auxiliava um grupo de cozinheiros novatos, depois da viagem que ela fez para a China, a senhora Chang aumentou o número de funcionários e estava ampliando o segundo andar para ser uma parte privada e uma aberta. Nessa mudança, vários funcionários foram demitidos e outros entraram em seus lugares, mas para meu maior desespero, Woojin não havia ido junto.

— O que você estava fazendo? Faz uns quinze minutos que Hoseok me avisou de que você havia chegado e nada de você sair do vestiário. Achei que tivesse passado mal ou fugido e me abandonado com esse monte de louça e uma cozinha imunda.

— Ai, me desculpe, Jimin! Estou tão avoada esses dias.

— O fato de você estar namorando é um perigo para o seu emprego. — Ele pegou uma colher de madeira e bateu levemente na minha cabeça, não causando nenhum tipo de dor — Pense mais em suas obrigações e menos no pauzão do Yoongi.

Passei a ignorar todos os comentários ridículos de Jimin, e tinha certeza de que ele iria passar o resto da minha insignificante vida me atormentando devido às suas expectativas destruídas. Se eu fosse retrucar, ele falaria algo que me lembrava do dia em que o mandei ir embora. Fiquei tão chateada com ele que passei várias semanas chorando só ao lembrar de suas palavras duras, pois eu me sentia culpada até hoje por brincar com os sentimentos de Taehyung. Depois que Jimin passou o dia fora, ele voltou para casa e me pediu desculpas, então chorei como um bebê em seu colo e desabafei sobre como me sentia confusa.

Depois de um tempo morando juntos — para a minha segurança — contei a minha mãe sobre meu colega de apartamento, e obviamente ela surtou por eu estar morando com um homem que nem era meu namorado. Quando ela o viu em uma de nossas chamadas por vídeo, quase o expulsou, mesmo morando a quilômetros de distância. Foram necessárias várias conversas e ligações até ela passar a adorar o Park e concordar que ele era uma ótima companhia.

Peguei uma parte da louça que já estava lavada e comecei a guardá-las em seu devido lugar, enquanto isso, Jimin comentava sobre algo que nem me dei o trabalho de prestar atenção.

 

[…]

 

As horas iam passando rapidamente, e mesmo assim, não via a hora em que eu iria fechar as portas daquele restaurante e iria me jogar na minha cama. Infelizmente, esse seria apenas um desejo que ficaria somente em meus pensamentos, pois era quase certeza que Jimin iria passar vários minutos conversando antes de irmos dormir. Além de minha mãe, meus avós também adoravam Park Jimin, e eu achava incrível como ele conseguia cativar as pessoas somente com aqueles olhinhos e sorriso adorável. Com o tempo, vovô passou a confiar tanto em Jimin que o deixava pegar seu carro, com a desculpa de que Jimin era responsável o suficiente para ir me buscar e me levar nos lugares quando o carro que os meninos compraram tivesse ocupado.

Hoje, entretanto, foi um dos dias em que Jimin não podia pegar nem no carro do vovô como o dos meninos, pois ambos estariam ocupados.

Não fazia ideia de que horas eram, mas sabia que já passava das dez. Fechamos o restaurante um pouco mais cedo por conta de algumas festividades numa rua mais adiante, e por mais que se manter aberto fosse bom para os negócios, o evento era de jovens universitários que certamente causaria alguma baderna.

Em alguns momentos, achava que a vida não estava ao meu favor. Para meu azar, fechava o restaurante com Woojin, o que me fazia ter que interagir com ele, pois ele era responsável por ficar com as chaves do restaurante. Não entendia toda essa confiança que a senhora Chang tinha com ele, tendo em vista a denúncia que fiz há alguns meses. Mesmo que não tenha dado em nada, achei que ela teria algum tipo de consideração, por ser muito próxima da minha família. Nunca questionei sua atitude de tentar fazer com que eu me entendesse com aquele homem, mas não faria isso nem se me amarrassem e jogassem meu corpo no mar como forma de ameaça. Mesmo que fosse uma hora depois do expediente deles, Jimin e Hoseok me esperavam até a hora em que eu teria que fechar o restaurante. A essa altura, todos os meninos sabiam dos ataques de Woojin, então do nada passei a ter um esquadrão de proteção em todo lugar que eu fosse.

— Não gosto desse cara. — Hoseok disse e franziu o nariz quando nos distanciamos do restaurante — Ele fica dando em cima de você descaradamente, já não bastasse o que tentou fazer com você. Conheço uma pessoa que não ficará feliz em saber disso.

— Eu também conheço, e essa pessoa se chama Park Jimin. — Ele retirou seu casaco e o colocou em meus ombros, ao perceber que eu estava com frio.

— Me sinto um idiota. — Hoseok disse, dando um suspiro em seguida — Eu sabia que Jimin odiava Woojin, mas nunca imaginei o porquê.

— Não se lamente por isso, com essa cara de anjinho, ninguém nunca iria imaginar que ele fosse um babaca.

Jimin deu leve batidinhas no ombro de Hoseok, como uma espécie de consolo.

— Acho que vou direto para casa, depois marcamos de jantar nós três. — Hoseok me deu um abraço e acenou para Jimin — Até mais, gente!

Fiquei na calçada, ao lado de Jimin. Hoseok deu outro aceno quando estava do outro lado da rua, depois ele sumiu em meio as ruas estreitas que levavam até a casa dos meninos.

— Ele quer tomar meu posto de BFF. — Jimin sussurrou.

Dei uma cotovelada nele e ri.

— O que quer comer hoje? Aproveite, pois estou com vontade de dar uma voltinha antes de me jogar na minha cama.

— Pois, ótimo! Hoseok me deu uma pequena cesta. — Ele apontou para a mochila — com o jantar dos garotos, aproveitamos para passar na conveniência e comprar alguma comida congelada. Esses dias vi uma pizza que me deu água na boca.

— Podíamos pedir pizza quando chegarmos em casa.

— Para quê? Quando pedimos pizza, é sempre na pizzaria onde o Yoon trabalha e vocês ficam se pegando no corredor enquanto a pizza esfria.

— Que mentira! Eu não fico beijando o Yoongi no horário de trabalho dele.

— É isso que você diz todas às vezes, e eu, como um amigo fiel, confio todas às vezes.

Me dei por vencida, pois aquilo não era uma completa mentira. Mas Jimin não precisava saber que eu pedia da pizzaria que Yoongi trabalhava não porque era gostosa, mas sim porque eu queria vê-lo. Nos víamos poucas vezes durante a semana, e quando estávamos juntos queria aproveitar cada segundo.

— Então… pizza congelada?

O Park me olhou esperançoso. Dei um suspiro e assenti, sem olhar para ele.

— Pizza congelada.

 

[…]

 

Não demorou muito para que chegássemos ao posto. Porém, estranhei quando vi o lugar calmo. Pelo que Jimin disse, os meninos iriam trabalhar até tarde para conseguir um dinheiro extra, por isso ficou encarregado de levar o jantar para eles. Ji não se preocupou tanto com isso, disse que eles poderiam estar matando o tempo já que o posto estava vazio, tal qual a loja de conveniência. Mas havia algo me incomodando, parecia me cutucar avisando de que havia algo errado.

Entramos no estabelecimento e um senhor sorriu para nós, enquanto limpava o caixa. Acompanhei Jimin até os congelados, fiquei tentada a comprar um sorvete de morango, mas meu dinheiro estava contado para as despesas de casa e o cursinho que comprei para o preparatório do vestibular.

— Pepperoni ou quatro queijos? — Jimin perguntou, erguendo as duas caixas de pizza.

— Quatro queijos.

— Mas eu queria pepperoni. — Fez um bico — Vamos, Hari, eu estou grávido. Vai querer que seus filhos ou sobrinhos nasçam com cara de pepperoni?

— Você é ridículo! — revirei os olhos e peguei as duas caixas, levaria os dois sabores.

Quando fomos ao caixa, continuei sentindo que alguma coisa estava errada. Olhei para as janelas da conveniência, procurando por algum sinal de Namjoon e Seokjin, mas do lado de fora estava calmo, não havia ninguém lá.

— Você pode passar as pizzas? Verei se encontro os garotos e tomo um pouco de ar.

Park Jimin, apesar de ser muito protetor, não discutia muito quando queria ter meus momentos sozinha. Após passarmos um bom tempo morando juntos, ele começou a aprender coisas sobre mim que nem mesmo Yoongi sabia. Por passar tantos anos sozinha, sem a presença irritante e agradável de um amigo intrometido, tinha vários momentos em que eu gostava de ficar quieta, sem dizer uma palavra e apenas ficar ouvindo música em meus fones de ouvido olhando para o além.

Quando saí da conveniência, aquela sensação ruim apenas aumentou, me causando calafrios. Não era normal a ausência de Namjoon e Seokjin, principalmente quando eles estavam sempre de olho para quando viesse um cliente.

De repente, escutei alguns barulhos vindo dos fundos do posto de gasolina, atrás da oficina. Senti meu coração acelerar, e um medo tomou conta do meu corpo, mesmo assim segui em direção aquela área escura e esquisita. Segurava a cesta com o jantar dos meninos, os nós dos meus dedos estavam brancos por conta da força que depositei em segurar a alça do objeto, pois aquilo era a única coisa que eu podia depositar meu receio e medo. Ao chegar mais perto vi a luz de um carro iluminar pouquíssimo o local e barulhos de gemidos. Pensei que veria algo que me deixasse constrangida, mas o que presenciei ali era muito pior.

Meu corpo travou e não consegui reagir, ainda tentando entender o que estava acontecendo ali. Quando finalmente entendi que Namjoon e Seokjin estavam sendo espancados, soltei a cesta e coloquei as mãos na boca para sufocar um grito, temendo que me notassem. Mas nada saiu como o planejado, meu grito veio sem que eu pudesse impedi-lo. Fui notada por todos os homens ali, com exceção de Seokjin que estava ensanguentado no chão, inconsciente.

Dei alguns passos para trás, mas meus pés vacilaram e tropecei neles, caindo no chão e ficando vulnerável aqueles homens. Não consegui segurar, minhas lágrimas caíram como uma cachoeira e quando vi, estava chorando como um bebê. Odiava parecer fraca e vulnerável, me lembrava de todos os momentos em que estive em apuros e não consegui fazer nada para me defender.

Um dos homens se aproximou de mim, e como reflexo me arrastei pelo chão, indo para trás na esperança de que aquilo fosse uma fuga. Mas era em vão.

Aquele homem iria me matar. E Park Jimin estava demorando muito na loja de conveniência, nem mesmo ouviu meu grito.

Entretanto, um dos homens sacou a sua arma e eu jurei que apontaria para mim. Só não esperava que ela fosse apontada para o outro homem que ameaçou me bater. Não sentia meus batimentos cardíacos e meu corpo não reagia mais aos meus comandos, parecia que eu estava assistindo à hora da minha morte. Mesmo estando surpresa com a atitude daquele homem, o que garantia que não queria terminar o trabalho ele mesmo?

— Juro que se você ousar tocar nessa garota vou estourar os seus miolos.

Não esperava por aquilo, acho que me chocou mais do que a arma apontada para a cabeça do homem que se aproximou de mim.

Engoli em seco ao ouvir suas palavras, mas rapidamente comecei a me questionar de onde havia ouvido a sua voz. Vasculhei em minha memória, buscando alguma vaga lembrança, até que cheguei ao dia do parque de diversões.

Ele era o homem que havia se aproximado de mim naquele dia.

Algo me dizia que aquela não seria a última vez que eu o encontraria, e todas às vezes que nos víamos era em uma situação estranha e até embaraçosa. Mas hoje foi diferente, não era apenas uma situação em que ele me fazia sentir desprezo e repulsa, estava me sentindo até aliviada por aquele homem estar ali. Não esperava uma atitude como aquela, talvez ele só devesse ter alguma ética de não mexer com mulheres, o que era provável.

Mas ele me conhecia. Não sei como, mas conhecia. Assim como também conhecia minha mãe. Jamais esquecerei quando ele me abordou e disse que eu era igual a ela, e nem de como ficou me olhando enquanto me afastava. Naquele dia não quis conversar com ele, pois além de me sentir incomodada com seu toque repentino, os meninos me afastaram dele quando notaram meu desconforto.

— Senhor? E se ela denunciar o que estávamos fazendo? Temos que dar um jeito na garota também.

Aquilo pareceu ter irritado ainda mais o homem, pois ele destravou a arma e continuou apontando para o seu subordinado.

— Você quer morrer? — gritou — Não entendeu que não quero que você toque em um único fio de cabelo dela?

Apesar de eu estar sentada no chão, totalmente paralisada, senti elas tremerem ainda mais por conta da voz do homem que se tornava mais grossa e cheia de ódio. Me senti segura por um momento, mas me amaldiçoei por pensar isso quando ainda estava em situação de perigo.

— O que faremos? — Um dos homens, que segurava o corpo quase desfalecido de Namjoon, perguntou.

— Todos vocês entrem no carro!

Sem hesitar, os homens seguiram as ordens do chefe e seguiram para dentro do carro. Aquilo deveria me acalmar, já que não existia mais a ameaça de vários homens me olhando, mas a arma destravada que antes apontava para um dos homens agora estava apontada para mim. Meus olhos arregalaram-se, principalmente quando o detestável homem se aproximou de mim ainda com o revólver apontado em minha direção.

— Espero que você um dia me perdoe por isso.

Ele parecia me conhecer. Não. Ele definitivamente me conhecia.

Sem ter tempo para processar o que o homem queria dizer, senti uma forte dor em minha têmpora e todo o meu corpo ficou fraco. Minha visão ficou turva e antes que eu apagasse fiquei aliviada por já estar no chão antes que o resto do meu corpo caísse.

 

[…]

 

Ao abrir meus olhos, tive dificuldade em descobrir onde estava, pois uma grande claridade me impedia de ver corretamente. Minha cabeça girava e não me lembrava do que havia acontecido na última noite. Sabia que estava de dia, pois quando consegui ver um pouco pude ver os raios solares vindo da janela. Então tudo veio à tona quando me dei conta de que não estava em meu quarto e nem fazia ideia de como havia chegado até ali.

Lembrei que havia ido comprar pizza com Jimin e de Namjoon e Seokjin estarem sendo espancados atrás da oficina.

Observei o lugar em que estava e, realmente, não era o meu quarto. Nem mesmo algum quarto da casa dos meninos ou dos meus avós. A cama em que eu estava deitada não era macia, mas também não era dura ao ponto de ser muito desconfortável. As paredes eram claras e combinavam com os móveis brancos que decoravam o lugar, deixando tudo ainda mais claro e difícil de me acostumar. Ao meu lado, vi uma bolsa de soro que estava quase seca, deixando óbvio que estava em um hospital.

A porta do quarto foi aberta e vozes masculinas preencheram o local.

— Ela acordou! — Yoongi entrou com um sorriso no rosto e veio até mim um pouco afoito. Deu um selar em meus lábios e na minha testa — Você me deixou preocupado, sabia?

— Onde… onde estão meus avós?

Minha voz saiu rouca e percebi que minha garganta estava seca.

Dei um pigarro e meu namorado me ofereceu um copo d’água que estava na mesa ao lado da maca. Perguntei primeiro pelos meus avós, pois conhecendo eles, sabia que não me deixariam sozinha em um hospital, principalmente quando eu estava desacordada em uma maca.

— Eles estavam aqui não faz nem uma hora — um arrepio tomou conta do meu corpo ao ouvir essa voz — Pedi para irem para casa descansar e avisaria se tivesse notícias. Seus avós passaram a noite com você.

Taehyung entrou no quarto com um semblante sério, ele me olhava desse jeito desde quando comecei a namorar Yoongi. Era o mesmo olhar de quando nos conhecemos, distante e frio.

— Como você está? — perguntou.

— Bem… eu acho. O que aconteceu?

Apesar de ter lembranças da noite passada, tudo ainda estava muito confuso.

— Aquele cara acertou em cheio a sua cabeça. — Seokjin disse entrando no quarto, sendo acompanhado pelos outros. Seu rosto estava com alguns curativos, assim como o de Namjoon — Todos fugiram, mas demos queixa na delegacia quando saímos do hospital.

Yoongi pegou minha mão, entrelaçando nossos dedos enquanto não tirava os olhos de mim.

— Jimin me ligou assim que a viu no chão. Disse que o velho da loja o trancou quando ouviu seu grito, e ficou insistindo que era perigoso sair, mesmo que fosse para ver se algo havia acontecido com você. A polícia também pediu o depoimento dele e responderá por omissão de socorro. Quando soube o que aconteceu, pedi para que Taehyung levasse vocês ao hospital.

Olhei para Tae, que ainda estava me olhando sem expressão alguma.

— Não queria preocupar vocês, me desculpem.

— Você precisa parar de se desculpar por coisas que não foram sua culpa. — Tae soltou um suspiro.

— O importante é que você está bem. — Hoseok se aproximou da maca, colocando a mão em meu ombro — Você passou a noite desacordada, já estava ficando desesperado. Felizmente nada grave aconteceu, só esse corte na testa.

— Quando vou poder ir para casa?

— Hoje à tarde.

Estava estranhando a atitude de Taehyung, que me respondia ríspido, mas estava falando comigo mais do que nos outros dias, que nem olhar direito para mim ele fazia.

Sinceramente, não conseguia entendê-lo.

Não tínhamos nada quando tudo aconteceu, apenas nos beijamos uma vez e foi o “calor do momento”. Sentia vontade de beijá-lo novamente? Sim, eu sentia. E me amaldiçoava por ter esse tipo de pensamento, mas querer beijá-lo não significava que eu nutria sentimentos por ele.

Nunca foi minha intenção iludi-lo dessa maneira, mas acho que quando passamos um tempo juntos ele pensou que eu sentia o mesmo e realmente espero que Taehyung possa me perdoar por ferir seus sentimentos.

Quando a tarde finalmente chegou, me senti satisfeita por receber alta rapidamente. Como os meninos mesmo disseram, não havia acontecido nada mais sério, mas por conta do susto eu devia ficar em observação e devido à pancada na cabeça, além de que eu teria que continuar o tratamento em casa com remédios, pois podia sentir fortes dores de cabeça.

Assim que cheguei em casa, a primeira coisa que fiz foi me jogar no sofá e soltar um longo suspiro. Estava cansada e não aceitava que perdi um dia de estudo, pois minha prova para o vestibular estava se aproximando.

Jimin foi até a cozinha e voltou com um copo d’água e um dos remédios que o médico me passou, ele fez questão de comprar assim que vimos uma farmácia no caminho de casa.

— São quatro da tarde, o próximo será na madrugada, certo? — assenti. Ele estava cuidando de mim como se eu fosse uma criança.

— As dores de cabeça não são tão fortes, então não me incomodam.

— Hari, você poderia ter levado um tiro. Aquele homem foi gentil com você em só ter te apagado.

— Ele me conhece.

Revelei.

Jimin calou-se, esperando que eu continuasse.

— Lembra daquele homem do parque? Era ele. Não sei como, mas ele me conhece. E conhece minha mãe.

— Como assim?

— Eu não sei. Talvez ele tenha me confundido com alguém, meu rosto é comum o suficiente para ser confundido por aí.

— Espero que seja isso, não quero que ele fique atrás de você. — Concordei, assentindo com a cabeça — Vá para sua cama, apesar de ter passado muito tempo desacordada, você precisa descansar. Deve estar sentindo dores, mas como é teimosa vai ficar negando.

Fiz uma careta, mas Jimin sabia que estava certo. Ele me conhecia bem demais.

— Quer que eu peça para Jin vir fazer uma comida gostosa?

— O Yoongi pode vir também? — Fiz um bico.

— Odeio que vocês parecem um chiclete.

Apesar de minha cabeça latejar, me senti melhor quando Yoongi e Jin chegaram. Com eles, veio Jungkook, que disse que Seokjin pediu para que ajudasse a fazer algo delicioso para comermos.

— Comprei algumas coisas para fazer uma sopa e macarronada.

Seokjin disse ao chegar já entrando em meu apartamento, como se ele fosse o dono.

— E eu trouxe o PlayStation para a gente jogar. — Kookie já estava conectando o PlayStation na TV — Hoseok hyung brigou comigo por causa dessa porra.

— Ele só cedeu, pois você passou por momentos traumáticos e merece se distrair. — Yoongi selou meus lábios — Você comprou os remédios?

Assenti e me sentei no sofá ao lado de Jungkook.

— Você trouxe algum jogo, Kook?

— Acho que você vai gostar de atropelar algumas pessoas e trazer o exército atrás de você, por isso trouxe GTA V. Mas também trouxe outros jogos mais leves, de terror, de lutinha como você gosta de chamar. Fica a sua escolha.

— Garoto esperto! — ele riu.

— HARI!

Jin deu um grito da cozinha e eu rapidamente fui ao seu encontro. Ao chegar, o vi brigando com Jimin por causa da carne.

— Você prefere carne moída ou frango? Pois esse paspalhão insiste em comer carne, mas não estou fazendo comida para ele e sim para você.

— Gosto de frango.

Soltando um grande suspiro, Jimin resmungou:

— Ah, não! Já comia frango todos os dias quando morava com os meninos, aqui também não!

— Pode chamar o Jungkook para me ajudar? Prefiro ele aqui do que o Jimin.

— Vem, Jimin! Vem jogar comigo!

Durante o resto do dia fiquei jogando os jogos que Kookie trouxe, comi bastante durante o jantar, pois Seokjin disse que eu devia permanecer saudável para continuar os estudos já que o vestibular estava cada vez mais próximo. Além de ter me mimado muito durante o dia, deixou uma sopa de galinha para que eu tomasse antes de ir para cama. Deixei a sopa para tomar no café da manhã do outro dia, já que comi duas porções da deliciosa macarronada que ele fez no jantar.

Yoongi quis dormir comigo, mas foi praticamente expulso por Jimin, que disse que eu precisava descansar. Mas eu sabia que aquilo era uma mentira, pois apesar de ainda saber que eu era virgem, Jimin estava parecendo um pai quando se tratava de Yoongi dormir comigo. Repetia várias vezes que homens não passavam a noite na casa da namorada apenas para dormir, e que a depender dele, iria impedir qualquer avanço obsceno que Yoongi fizesse.

Me sentia feliz com o rumo que minha vida estava tomando. Pela primeira vez em muito tempo me sentia amparada e com pessoas ao meu redor, não me sentia mais sozinha e sem amigos, deslocada da maioria das pessoas.

Foi com esses pensamentos que dormi feliz e em paz.

 

[…]

 

Aos poucos fui esquecendo o que aconteceu no posto de gasolina, pois minhas preocupações estavam maiores conforme os dias passavam. Voltei para minha rotina normal, estava tão cansada que não queria nem mesmo receber visitas ou ir para a casa de outras pessoas. Meus avós me ligavam todos os dias, quase implorando para que eu os visitasse, mas estava cansada e ansiosa demais para ir até eles. Mas hoje seria o dia em que prestaria o vestibular. Estava ansiosa, mas com boas expectativas.

Após ter rejeitado várias visitas, todas as pessoas importantes para mim estavam reunidas em frente ao campus da universidade, onde realizaria minha prova. Estava frio, e os primeiros flocos de neve caíam, fazendo o dia ser ainda mais especial.

— Tem certeza de que está com tudo? Documentação, comprovante de inscrição? — Vovó colocava as mãos nos bolsos do meu casaco enquanto vovô olhava a pequena mochila que carregava comigo.

— Tenho, sim, olhei tudo antes de sair de casa! — peguei minhas coisas de volta.

— Só quero garantir de que não esquecerá nada. Minha neta se dedicou tanto para esse dia, seria injusto ser desclassificada por algo tão bobo. — Ela beijava minha bochecha várias vezes enquanto chorava, parecia que eu estava indo embora — Aigoo! Está tão crescida!

Era um pouco vergonhoso aquela situação, mas deixei que minha avó me apertasse e me beijasse o quanto queria, pois imaginava como ela devia estar emocionada. Se minha mãe estivesse aqui, teria feito o mesmo.

— Coloquei alguns lanchinhos na sua bolsa. — Jin disse, me ajudando a colocar a mochila nas costas — Vai dar tudo certo!

— Assim eu espero. Estou tão nervosa!

— Você passou várias noites trancada no quarto estudando, recusou várias festas que chamei… Você vai arrasar nessa prova, Hari!

Não era mentira. Desde a primeira vez que Jimin me levou em uma boate, ele insistia que eu fosse com ele, pois eu precisava me divertir e aproveitar minha juventude o máximo que eu podia. Não bebi mais como da primeira vez, mas ficava suficientemente alterada para dar risadas de besteiras durante a noite.

Yoongi, que até então estava quieto, se aproximou de mim e deu um selar em meus lábios. Fiquei envergonhada, já que estávamos em público e meus avós estavam conosco, mesmo que eles soubessem do meu recente namoro com Yoongi.

— Quero me gabar que minha namorada faz faculdade.

— Mas você também faz…

— Shhh! — me interrompeu — Minha namorada será uma grande enfermeira.

Quando Yoon me soltou, acenei para todos os meninos e segui para entrar no campus. Meu coração estava acelerado, mas não deixaria que o nervosismo tomasse conta e acabasse me prejudicando. Eu era mais forte do que isso.

— Hari!

Ao ouvir meu nome ser chamado por aquela voz, rapidamente me virei em sua direção.

Já fazia algum tempo que não nos falávamos direito, e todas às vezes que o ouvia meu nome sair de sua boca, meu coração parecia queimar no peito. Queria reprimir aqueles sentimentos, pois não era certo, mas era impossível me controlar quando eu estava sob o efeito de Kim Taehyung.

— Sim?

Ele aproximou-se de mim, em passos largos e lentos. Não estávamos tão longe dos outros, mas era o suficiente para que não conseguissem nos ouvir. Percebi que todos estavam olhando para nós, e aquilo me deixou ainda mais nervosa. A sensação que eu tinha era que todos os meus sentimentos estavam transparentes, que todos os meus muros foram derrubados e era possível ver o efeito que Tae tinha em mim.

— Só por hoje, deixo meus sentimentos conflituosos por você de lado. — Tae disse quando ficou de frente para mim — É um dia importante, e seria insensível da minha parte não oferecer meu apoio.

Taehyung tirou uma pulseira que estava em seu bolso. Era uma pulseira feita com um cordão preto e três bolinhas roxas, parecidas com pérolas. Ele a colocou em meu braço e só de sentir seu toque meu corpo todo se arrepiou.

— É minha pulseira da sorte.

Tae era ousado, e isso sempre ficou evidente. Ele aproveitou que estava próximo e passou seu polegar em meu braço, onde estava a pulseira, fazendo um carinho acolhedor ali.

— Não sou a pessoa mais supersticiosa do mundo, mas acredito em boas sortes. Quando carrego essa pulseira coisas positivas acontecem, e por um acaso, eu estava com ela no bolso no dia em que te conheci. — Aquilo me pegou totalmente desprevenida. Minhas bochechas coraram e percebi que Taehyung notou, pois abafou uma risada — Espero que ela te dê tanta sorte como me deu naquele dia.

Aquele pequeno gesto foi o suficiente para que eu me sentisse mais confiante. Entrei no campus sorrindo, tendo certeza de que iria fazer uma boa prova.

 

[…]

 

Era domingo. Um dia depois da minha prova.

Já chorei, já me esperneei e já briguei com todo mundo que me perguntou como havia sido a prova.

Não foi ruim, mas também não foi ótima. Sei que tenho muita chance de ter me saído bem, pois estudei muito e sinto que até fiz uma boa prova. Mas nada garante que eu só esteja com muita confiança e a realidade seja amarga e horrível.

Havia três pacotes de salgadinhos e uma garrafa de Coca-Cola na mesinha de centro e em minhas mãos estava um pote de sorvete de baunilha. Normalmente, em finais de semana eu gostava de ficar em casa fazendo uma maratona de séries ou lendo livros, mas desde quando Jimin apareceu em minha vida tenho ido em festas e baladas como sua companhia. Isso quando ele não queria namorar, quando queria ficar com alguém o Park nem fazia questão que eu fosse, dizia que eu iria atrapalhar seus esquemas. Também não bebia exageradamente, pois a prova do meu desastre com bebidas até pouco tempo em sua tela de bloqueio, ele só tirou, pois um de seus ficantes acabou vendo e lhe deu um tapa por achar que Jimin namorava. Na manhã seguinte recebi uma solicitação de mensagem no Instagram dizendo que meu namorado era um cafajeste, o que resultou em uma briga com o Yoongi. Depois esclareci para o ficante de Jimin que meu namorado era outro e que éramos apenas amigos.

Ridículo. Park Jimin era ridículo.

— Vai mesmo passar o final de semana com essa bunda suada no sofá? — Jimin apareceu e ficou em frente à TV, me impedindo de assistir. Acho que ele decidiu tirar o dia para infernizar minha vida, pois desde manhã cedo que ele não parava de encher o meu saco — Se levanta!

— Hoje é domingo!

— E?

— Amanhã a gente trabalha. Podemos ir para a balada que você quiser no próximo sábado.

— Vamos ser irresponsáveis uma vez na vida, você merece. — Ele disse tirando o pote de sorvete das minhas mãos.

— Eu não quero! — resmunguei.

— Vamos, vai ser legal! Prometo que não vou ficar paquerando ninguém e passar a noite só com você. Consigo um atestado com uma colega que trabalha num hospital.

O olhei com as sobrancelhas arqueadas.

— Quando você diz colega, você quer dizer…

— Que já transei com ela.

— Eca! — fiz uma careta e Jimin soltou uma gargalhada.

— Com ciúmes, minha doce Hari? — o Park pegou em meu queixo, aproximando seu rosto do meu enquanto exibia um sorriso ladino. Dei um tapa em sua mão.

— Meu pau que estou com ciúmes!

Ele riu, afastando-se de mim.

Entretanto, percebi que Jimin estava ficando impaciente com minha teimosia. Era um pouco cruel, pois eu já havia passado por uma prova estressante e só queria passar meu domingo deitada. Era tão errado assim uma pessoa querer passar o dia mofando em casa?

Jimin pegou o pote de sorvete esquecido na mesa e comeu uma colherada bem cheia do doce, o olhei indignada, pois queria comê-lo sozinha. Sem eu perceber, meu até então melhor amigo estava me empurrando em direção ao meu quarto. Retirou algumas peças de roupa de dentro do meu guarda-roupa até encontrar o que procurava, que era uma calça jeans skinny, um cropped de alcinha preto e uma jaqueta jeans.

— Está bom? — perguntou, dando um sorriso.

— Não vou sair hoje com você.

— Relaxa, pois não vamos na balada que costumo te levar. Hoje uma amiga dará uma super festa de aniversário e me sinto no dever de fazer você socializar. — Deu uma piscadela — Ela não disse que não podia levar acompanhante, mas amo ser uma das pessoas inconvenientes que levam pessoas para festas alheias. Acontece que ela dá em cima de mim, e eu não tenho intenção alguma de ficar com ela outra vez.

Revirei os olhos, mesmo que já tivesse imaginado que essas amigas de Park Jimin eram ex casos.

— E o que tenho a ver com isso? — perguntei, sem muita paciência.

— Preciso que você me ajude.

— Que tipo de ajuda?

Jimin me deu um sorriso diabólico. E ali eu soube que me arrependeria amargamente de ter feito amizade com ele.

— Vou te apresentar como a minha mais nova namorada.

 

[…]

 

Eu odiava Jimin, odiava muito mesmo.

Logicamente, não aceitei o ajudar com aquela ideia absurda, minha vontade de ficar em casa mofando só fez aumentar depois que ouvi a sua proposta ridícula. E nessas horas, com certeza eu já estaria no final da sétima temporada de The Vampire Diaries se eu não tivesse o coração mole e ter aceitado participar de um fake dating com o Jimin quando ele se ajoelhou e fez um biquinho muito fofo.

Eu o odeio por ser surpreendentemente fofo quando queria, pois o cretino sabia que eu não resistia.

E lá estava eu. Em uma festa de aniversário de uma pessoa desconhecida, em uma casa desconhecida. Pelas poucas informações que o Park me passou, era uma festa somente entre amigos, nada de família ou parentes. A casa em que acontecia a festa não era grande, mas a piscina na parte de fora era imensa, então a aniversariante deve ter um padrão de vida bom para conseguir fazer a manutenção da piscina daquele tamanho. Além da piscina, havia uma casa de hóspedes atrás da casa principal. Jimin me deu a informação desnecessária de que foi na casa hospedes que ele ficou com a aniversariante,

Pedi que me poupasse nos detalhes, pois eu não precisava ficar sabendo de todas as suas aventuras românticas e sem compromissos só porque ele era meu melhor amigo, morávamos juntos e trocávamos saliva quando dividimos um pote de sorvete.

Pensar nisso me lembrou Taehyung, então olhei para a pulseira que ainda estava em meu braço. Não pretendia devolvê-la, por mais que fosse antiético, queria algo dele que me desse a sensação de que ainda éramos próximos.

A dona da festa se chamava Jisoo e era um amor de pessoa, pelo menos essa foi a primeira impressão que tive antes de Jimin dizer que eu era uma amiga muito próxima. Não deixei que ele dissesse que eu era sua namorada, era demais para mim. O fato de ser “amiga próxima” já indicava termos algo, mas Jisoo não precisava saber que eu não era tão próxima quanto ela imaginava.

E não demorou mais que uma hora até que Jimin começasse a exagerar na bebida. Prometi que não beberia naquela noite, pois ainda tinha planos de ir trabalhar no dia seguinte e não falsificar um atestado.

Por estar sóbria, passei a ficar de olho em Jimin, pois ele bêbado tinha o costume de fazer alguma coisa que não lembraria ou se arrependeria, como pular na piscina de roupa e tudo. Não queria que ele voltasse para casa todo molhado e pegasse um resfriado, pois lá fora estava fazendo muito frio.

A casa tinha aquecedores, então fiquei sem o casaco que havia levado, pois a roupa que Jimin havia escolhido para mim era um pouco reveladora por causa do cropped. Estava começando a ficar tarde e eu queria ir embora, mesmo que meu trabalho começasse pela tarde, não queria dormir até tarde.

Já eram duas da manhã quando não consegui mais contar quantas latas de cerveja Jimin havia bebido. Foi questão de tempo até ele correr para o banheiro mais próximo e vomitar tudo o que havia comido no dia. Hoje entendi como ele sentiu quando foi na minha vez, era nojento. Enquanto ele vomitava, eu dava batidinhas em suas costas e tentava decifrar o que ele tanto murmurava entre golfadas e soluços.

— Quero ir para casa, Hari! — Jimin passou a palma em seus lábios, limpando a saliva que escorria no canto de sua boca.

Eu que iria vomitar depois.

— Está tarde e não sei se algum táxi estará disponível para vir nos buscar. Vamos ter que ir a pé, será que você aguenta?

Ele negou e vomitou outra vez. Dei um suspiro, tentando não olhar para o conteúdo nojento na privada.

— Chama o Taehyung, por favor!

— O Taehyung?

— Eu que bebi e quem está com amnésia é você? — riu e soluçou — Liga para ele!

— Acho que o Yoongi é mais fácil de me atender. Não sei se o Tae vai querer atender uma ligação minha…

— O Tae é mais rápido em casos de emergência, só liga para ele!

Já estava ficando impaciente com o bêbado ao meu lado. Peguei meu celular e disquei o número de Taehyung, torcendo para que Jimin estivesse certo e ele me atendesse. Apesar de ontem termos dado uma trégua, não sei se foi só por solidariedade ou ele queria resolver as coisas entre nós.

Para minha sorte, Tae não demorou para atender, e quando ouvi a sua voz de sono senti um pouco de culpa por estar ligando a essa hora da noite.

Alô? — acho que ele não olhou para quem estava telefonando para ele.

— Taehyung? — um silêncio se fez presente, mas o lado bom é que ele não desligou na minha cara — Eu estou com Jimin e ele está bêbado, quase não se aguenta em pé. Será que você poderia me ajudar a levar ele para casa?

Qual o endereço? — suspirei, aliviada.

— Vou passar por SMS.

E sem responder mais nada, Taehyung desligou a chamada.

Grosso!

Ajudei Jimin a se levantar e pedi que se apoiasse em mim, mas eu não esperava que ele fosse ser tão pesado, então tinha que ser forte para aguentá-lo. Em passos lentos e curtos, fomos até a frente da casa esperar por Taehyung.

— Você é uma péssima garota, Hari. — Jimin disse após passar vários segundos me encarando — Uma péssima garota.

— Do que você está falando?

— E muito cega, caso não tenha percebido.

Park Jimin fechou os olhos e dormiu.

Com dificuldade, me sentei no meio fio enquanto tentava não cair ou derrubar Jimin. Foi difícil, mas consegui. Nunca admitiria diretamente para ele, mas o Park tinha razão. Não demorou para Taehyung chegar e me ajudar com o corpo desfalecido de Jimin.

— Vamos colocar ele no banco de trás.

Sei que Tae também achava Jimin pesado, mas ele era muito mais forte do que eu, então não teve tanta dificuldade. Colocou Jimin cuidadosamente deitado no banco de trás, mas as suas pernas ainda ficaram para fora do carro.

— Ele não vai caber assim, olha o tamanho dessas pernas!

— Você que é do tamanho de um gnomo!

Impaciente, Tae colocou Jimin sentado no banco e afivelou o cinto, recebendo um resmungo em resposta. Após colocá-lo confortavelmente no banco, entrei no lado do passageiro e dei um sorriso para Taehyung, porém, não fui correspondida. Teria ignorado isso e fingido que ele não viu, mas me deixou chateada, não queria ser ignorada para sempre.

Park dormia no banco de trás serenamente enquanto eu pensava se devia ter ido ou não ao seu lado, tenho certeza de que seria mais confortável do que ir ao lado de Taehyung. Por fim, decidi que iria fazê-lo engolir a minha presença a todo custo.

Da casa dos meninos até o local da festa não era uma distância grande, agora até minha casa era consideravelmente maior. Durante boa parte do caminho o silêncio nos dominava, tentei até amenizar o clima ruim ao ligar o rádio, mas não amenizou. Queria ouvir sua voz, cantar músicas bregas e rir com ele, igual fazíamos antes. Era frustrante ontem ele ter falado comigo normalmente e hoje estar agindo com tanta indiferença.

— Então… como está a sua mãe? — tentei quebrar o silêncio.

— Do mesmo jeito que antes. Ela disse que Minhyuk tem bebido com menos frequência, mas se tratando da senhora Eunjin, não confio muito nisso.

Não estava esperando que ele falasse mais do que três palavras, mas aceitei isso como um sinal de que eu poderia conversar. Contudo, não consegui mais dar continuidade a conversa, ainda estava com receio de falar alguma coisa ou ele ignorar, ou responder com arrogância.

— Você mudou de número? — perguntou.

— O quê? Não.

Tae assentiu, comprimindo os lábios.

— Acho que devo ter apagado seu contato sem querer. — Deu uma risada sem graça.

Certo. Ele apagou meu contato, então isso explicava ter atendido e dito um “alô”. Não acreditava nessa história de que foi “sem querer” e era decepcionante saber que nossa amizade esfriou a esse ponto. Vendo que não o respondi, Taehyung fechou a cara.

— Você não ajuda!

— O quê?

— Estou tentando ter uma conversa legal e voltar a ser como éramos antes. — Nem percebi que já tinha se passado tanto tempo, pois Taehyung já estava no estacionamento do meu prédio quando ele parou o carro e virou-se para mim — Só que você está agindo como se fôssemos estranhos.

— Eu? — apontei para mim mesma e arregalei os olhos, virando-me para ele. Estávamos de frente um para o outro — Foi você quem apagou meu contato!

— Não apaguei seu contato porque quis. Devo ter apagado o seu ao invés da garota que não parava de me mandar mensagens. Não tenho culpa se o contato das duas estavam próximos e apaguei o seu.

Não o respondi, não conseguia nem o encarar mais.

— Essa foi a coisa mais homem que você disse para mim. — Abri a porta do carro — Me ajuda com o Jimin!

Não o esperei, fechei a porta e fui até o banco traseiro. O escutei bufando, mas o ignorei.

— Como assim a coisa mais homem?

O ignorei, assim como ele havia feito comigo outras vezes. Tae murmurou alguma coisa, mas não dei o trabalho de ouvir. Jimin ainda dormia, sem nem se dar conta do furacão que estava se formando ao seu redor. Quando o tiramos do carro, apoiando seus braços em nossos ombros, o Park reclamou e abriu os olhos. Parecia que ele havia se dado conta de onde estava, mas sabia que Jimin não estava completamente acordado, pois cambaleava ao longo da caminhada até nosso apartamento.

Foi um sufoco colocá-lo em sua cama e retirar seus sapatos, pois ele chutava e se esperneava. Me senti frustrada, pois os lençóis branquinhos ficaram manchados com o sapato imundo que ele quase não deixou que eu tirasse. Taehyung se irritou, pois o deixou apenas de meias e saiu do quarto. Cobri Jimin, pois estava ficando mais frio conforme a madrugada avançava.

Ao voltar para a sala, achei que Tae já tivesse ido embora, já que não tinha mais motivos para ele ficar em minha presença, mas o encontrei sentado no sofá, com o braço cobrindo os olhos e a cabeça apoiada no encosto do sofá.

— Quer alguma coisa? — perguntei, sentando-se ao seu lado.

Taehyung negou com a cabeça. Dei um suspiro frustrado, não aguentava mais essa situação.

— Então… não deu certo com essa garota?

— Que garota?

— A que você quis apagar o contato.

— Eu não queria nada sério com ela. — Ajeitou-se no sofá e me olhou — Sabe aquela festa em que… — hesitou — Yoongi hyung te pediu em namoro? Então… você me viu saindo com uma moça?

Senti meu rosto enrugar, não estava gostando do rumo daquela conversa. Assenti, mas lembro de vê-lo conversando com alguém, não saindo.

— Essa é a garota.

— Ah…

Foi a única coisa que consegui responder.

Aquele assunto me deixou desconfortável e me perguntei por qual motivo Tae não havia ido embora. Ele não precisava mais estar aqui, Jimin estava em casa e seguro. Não que eu quisesse que ele fosse, pois eu não queria.

— Podia ter dado certo entre vocês….

— Poderia. Mas eu queria apenas um caso de uma noite e não uma garota chata que fica me mandando mensagem o dia inteiro.

Ri em deboche.

— Essa é a segunda coisa homem que você diz hoje.

— O que você quer dizer com isso?

— Você está agindo como um homem babaca.

— Talvez eu seja babaca. — Levantou-se, já alterando a voz. Fiz o mesmo, cruzando os braços — Me diga o que me faz ser um homem babaca.

— Acha que sou ingênua o suficiente para acreditar na sua historinha de que você apagou o meu número sem querer?

Taehyung deu um passo em minha direção, e eu me afastei.

— Certo! Apaguei o seu número porque eu quis! A verdade é que não suporto nem estar no mesmo ambiente que você. Achei que te apagar da minha vida de pouco em pouco ia fazer com que eu te esquecesse. Mas como te esquecer se todos os dias você está na minha casa?

Meus olhos começaram a arder e quando dei por mim, as lágrimas estavam caindo, não queria ter chorado em sua frente. Taehyung pareceu não se importar, pois não desfez sua expressão raivosa. Ele me olhava nos olhos, o peito estava estufado, subindo e descendo, como se tivesse feito esforço para dizer aquelas palavras que tanto me magoaram.

— Eu não tive culpa de você ter criado expectativas, sendo que desde o início estive envolvida com o Yoongi.

Taehyung riu em deboche, olhou para cima, ainda rindo. Então se aproximou mais, com aquele sorriso debochado ainda estampado no rosto.

— Eu criei expectativas? Você me deu esperanças!

— Quando eu te dei esperanças?

Se aproximou mais. Tentei dar um passo para trás, mas meus pés não obedeceram, então permaneci parada.

Taehyung estava mais perto de mim, e eu sentia seu hálito com cheiro de menta bater em meu rosto. Não queria me afastar, mas tinha que me afastar. Sua aproximação estava ficando mais perigosa, e meu coração batia rápido em expectativa. De quê? Eu não fazia ideia. Sua aproximação mexia comigo, e aquilo não era bom.

— Quando você me beijou. Quando disse que tinha sentimentos muito intensos por mim. Vai me dizer que aquilo era uma mentira?

E se aproximou ainda mais de mim até estar com o rosto quase colado ao meu. Todos os pelos do meu corpo se arrepiaram, assim como todas às vezes em que ele se aproximava de mim. Por impulso, coloquei minhas mãos em seu peito e Tae fechou os olhos, soltando um longo suspiro.

— Só quero que diga a verdade. — Ele ainda estava de olhos fechados — Só seja sincera consigo mesma, é isso que te peço.

Ele segurou meu rosto com as suas mãos, me fazendo olhar para ele, para os seus olhos que agora estavam abertos.

— Vou me arrepender disso até o dia da minha morte.

E me beijou.

Me beijou como se fosse a última coisa que faria em vida. Me beijou como se precisasse dos meus lábios para sobreviver. Seus dedos envolveram meus cabelos, em um puxão gostoso que fez meu corpo se arrepiar. Minhas mãos, que ainda estavam em seu peito, foram para os seus ombros o puxando para mais perto.

Eu não queria.

Mas, ao mesmo tempo, queria tanto.

Permiti que sua língua entrasse em minha boca, dando início a um beijo ainda mais afoito e cheio de desejo. Taehyung passava suas mãos pelo meu corpo, tocando e apalpando lugares que me faziam querer por mais. Seus lábios eram viciantes, como uma droga e eu me amaldiçoava por querer cada vez mais. Eu queria cada pedacinho de Taehyung, desde os seus lábios até lugares que não deveria querer.

Isso era loucura! Não poderia desejá-lo. Mas desejo.

Antes eu não sabia, mas Taehyung era minha maior alegria e a minha ruína.

— Você me devia esse beijo, Hari. — Ele disse, depositando beijos e chupões em meu pescoço, descendo para o meu colo.

Senti saudades de seus lábios nos meus, mas as carícias que ele fazia ali também estavam gostosas.

— Eu… não te devo nada! — minha voz falhou e eu odiei isso.

Eu odeio esse homem, e agora sei que também o amo.

— Eu não te devo nada. — Repeti, mais para mim mesma do que para ele. Não podia fraquejar.

— Não se faça de difícil, Hari.

Outro beijo foi depositado em meu pescoço, dessa vez mais demorado. Tae passou o nariz naquela região, inspirando o meu perfume e me causando arrepios desconhecidos. Fechei os olhos, me deliciando com aquelas sensações. Suas mãos foram até minha cintura dando um aperto ali com delicadeza, Taehyung aproximou meu corpo do seu, como se fosse possível. E eu senti algo diferente.

— Você não faz o tipo que fica em dívida com os outros.

E ele deu um sorriso, sorriso esse que acabou com toda minha sanidade. Dessa vez eu o beijei.

Agarrei seus cabelos igual ele fez anteriormente comigo, e ele deu um gemido. Sua voz estava mais rouca que o normal, e aquilo foi o bastante para que eu avançasse mais. Nossas línguas se chocavam em uma dança gostosa, o sabor de menta de Taehyung era evidente e aquilo só fez com que eu sentisse mais prazer em seus lábios. Em um ato ousado, Tae tirou minha jaqueta jeans, devagar e delicado, como se estivesse aguardando minha resposta em seu avanço. Vendo que eu não havia demonstrado estar desconfortável, ele colocou sua mão por baixo do meu cropped.

Mais para cima.

Cada vez mais para cima.

Seu polegar já estava próximo à base do meu sutiã e ele brincava ali. Ameaçava me tocar por baixo do sutiã, um leve toque e eu já estava entregue. Tae voltou com os beijos em meu pescoço, depositando um chupão que me fez gemer alto.

— Quieta… — sussurrou — Jimin pode estar bêbado e dormindo, mas não queremos acordar ele, não é?

Taehyung pegou atrás das minhas coxas, um pouco abaixo da bunda e eu entendi o que ele queria. Dei um impulso para cima e enlacei minhas pernas em sua cintura, sentindo nossas intimidades se chocarem. Ele deu um gemido. E foi um gemido tão delicioso de ouvir, queria mais daquilo.

Fomos até meu quarto enquanto nos beijávamos, tropeçando e esbarrando em coisas pelo corredor, mas não nos importávamos. Naquele momento só existia nós dois e aquele momento. Acho que finalmente chegamos em meu quarto, pois ouvi a porta fechar em um baque. Pensei que Jimin pudesse ouvir e acordar, mas quem era Jimin naquele momento? O moreno sentou-se na cama comigo em seu colo e a essa altura era bem evidente que Taehyung estava excitado.

Separamos nossas bocas quando senti meu cropped ser puxado para cima, o ajudei a retirar aquela peça e o vi dar um sorriso ao ver que meu sutiã era tomara-que-caia, o que facilitaria as coisas para ele.

Acho que foi nesse momento que percebemos a besteira que estávamos fazendo e a maior que iríamos fazer, pois seu sorriso se desfez quando Tae olhou para mim. Meus olhos estavam arregalados, minha respiração estava ofegante e um rubor dominava minhas bochechas.

— Nós não deveríamos estar fazendo isso. Não posso fazer isso com o Yoongi! — Tae me tirou de seu colo, me colocando ao seu lado na cama — Me desculpe, Hari. Não devia ter te beijado!

Taehyung depositou um beijo em minha testa e se afastou, mas eu sabia que ele não queria se afastar. Meu corpo sentia falta de seu corpo, sentia falta de seus beijos e carícias. Segurei em seu pulso antes que ele se afastasse mais.

— Fica.

— Não posso.

— Fica, por favor.

Ainda segurando seu pulso, me deitei na cama, o trazendo para cima de mim. Seus lábios voltaram aos meus, mas diferente dos beijos anteriores, esse era calmo e triste, mas ainda cheio de desejo. Eu estava louca, definitivamente estava enlouquecendo. Mas eu precisava de Taehyung mais do que qualquer coisa, nunca havia desejado alguém como o desejava.

Estar excitado mexia com a mente das pessoas, isso era um fato, pois tímida do jeito que sou jamais teria levantado a camisa de Taehyung em meu juízo normal, e eu estava fazendo isso nesse exato momento. Ver Tae sem camisa não era uma novidade para mim, nem mesmo tocá-lo, fiz os dois quando passei a pomada caseira de sua mãe. Mas a situação era diferente agora. Dedilhei meus dedos por seus leves músculos, contando os poucos quadradinhos que ele tinha. Tae encolheu seu abdômen e fechou os olhos, dando aquele delicioso gemido que eu tanto queria ouvir.

— Hari… Você é cruel.

Coloquei minha mão em sua nuca e depositei um beijo em seu pescoço, ele arfou com meu toque. Estava me deliciando em vê-lo assim, tão submisso e necessitado dos meus toques. Descobri que gostava daquilo mais do que deveria. Parei meus toques para apreciar seu peitoral, estava impressionada com a beleza daquele homem.

— Isso não é nenhuma novidade para você. — Riu, mordiscando meu lábio inferior.

— Mas agora é diferente… — quando não estava sob seu efeito, voltava ao meu juízo perfeito. Desviei o olhar, me sentindo envergonhada por estar agindo tão descaradamente — Agora você está me vendo.

— Não completamente. Estamos em uma situação injusta — apontou para meu sutiã.

Agora nossos papéis se inverteram, pois era Taehyung quem estava me provocando. Ele colocou o dedo por dentro do meu sutiã, passando levemente seu indicador pelo bico. Arfei. Aquilo era gostoso, nunca deixei que me tocassem nessas áreas. Arqueei as costas, deixando que Taehyung retirasse aquela peça e jogasse pelo quarto. Por instinto, cobri meus seios e Taehyung riu.

— Você está vendo os meus, por que não posso ver os seus?

— Você está brincando comigo, não é? — ri enquanto ele tirava meus braços de cima dos meus seios, depositando beijos molhados logo em seguida. Tae circulou o meu bico direito com a língua, me fazendo delirar de prazer — Isso é tão errado…

— O que é errado?

 — Isso que estamos fazendo. Tae, nunca fiz isso! Nunca passei de beijos e apalpadas com alguém.

Talvez aquilo possa ter o surpreendido, pois ele arregalou os olhos, sorriu e deu outra lambida em meu mamilo.

Cafajeste!

— Se não quiser ir adiante, podemos parar por aqui. Ou, se estiver muito curiosa, podemos ir até onde você der limite.

Ficava difícil pensar enquanto ele lambia meus mamilos, intercalando entre um seio e outro. O que ficava sem carícia, Tae colocava o bico rígido entre seus dedos, dando leves puxões e carícias com seus dedos longos e finos.

— Não vou negar que quero te foder. — Sussurrou em meu ouvido e mordeu o lóbulo da minha orelha — Mas o que escolher está bom para mim, só vou precisar que me deixe usar o banheiro depois.

Então ele sugou meu seio direito, como uma última provocação. Era injusto, muito injusto. Mas eu já havia feito minha escolha.

— Continue! — pedi — Por favor, continue!

— Até que ponto?

Ali ele foi baixo demais. Literalmente.

Esperando minha resposta, Taehyung abriu o zíper da minha calça, enfiando sua mão ali. Minha calcinha estava encharcada e o amaldiçoei quando ele passou o dedo por cima, dando um sorriso ladino. Aquele toque foi o suficiente para que eu tivesse mais certeza do que eu queria. Meu corpo inteiro tremeu, meus pelos se arrepiaram e um gemido escapou dos meus lábios.

— Até o fim. — Respondi — Quero até o fim.

E ele colocou a mão por dentro da minha calcinha, tocando bem no meu clitóris. O que estava bom antes só ficou melhor.

— Eu vou fazer a sua primeira vez ser especial, Hari. Eu prometo! 

E eu sabia que seria, pois estava com Taehyung e ele faria com que eu me sentisse confortável durante toda a noite. Ele tinha minha confiança e minha permissão para avançar onde quisesse.

Deixei de lado todos os problemas que criaríamos depois daqueles atos obscenos, não me permiti pensar nas consequências se deixasse aquilo ir adiante. Tae iria parar no momento que eu pedisse, mas não queria que ele parasse. Pegou no cós da minha calça, tirando-a de forma lenta e torturante enquanto olhava em meus olhos. Apenas observava seus atos, preparando minha mente para o que viria a seguir.

Assim que retirou minha calça, Tae também retirou as suas, talvez tenha imaginado que eu protestaria a injustiça que era ele ter mais peças de roupas do que eu. Nossos lábios voltaram a se encontrar, em mais um dos beijos repletos de desejo. Meu corpo parecia entrar em combustão com a expectativa, o quarto de repente pareceu ficar mais quente e minha pele parecia febril. Eram sensações novas, mas não deixavam de ser boas. Cada palpitada que meu coração dava era mais uma certeza de que queria que Taehyung me tomasse e tornasse dele.

Quando foi que deixei Taehyung entrar em meu coração e criar uma avalanche?

Seus beijos foram descendo. Depositou selinhos e chupões por meu pescoço, colo, seios e barriga. Cada vez mais baixo, cada vez mais próximo de onde eu queria que ele estivesse. Ao mesmo tempo que sentia vergonha por estar tão exposta assim, me sentia bela e ousada. Minha barriga contraiu-se com seus beijos e quanto mais Taehyung descia mais gemidos escapavam de meus lábios.

— Não quero acabar com o clima, mas preciso perguntar mais uma vez; você tem certeza de que quer ir até o fim?

— Eu quero que você cale a boca e continue o trabalho.

Taehyung gostava quando eu era ousada, e eu pretendia ser o quanto ele quisesse. Ele passou novamente seus dedos em minha intimidade por cima da calcinha e estava ainda mais molhada do que antes. Sentia o líquido escorrer e não via a hora de quando ele desse atenção aquele lugar.

Apesar de ser virgem, não era nenhuma santa. Nunca mencionei nem mesmo para Jimin, mas me masturbava com uma certa frequência. Não era porque nunca transei que eu não sentia tesão, mas até então não estava pronta para que alguém me visse tão vulnerável como estava agora.

Tae beijou , e mesmo que fosse por cima de um tecido ridículo e inútil naquele momento, segurei com força nos lençóis da cama e gemi alto. Fiquei surpresa, esperava mais provocações antes dele colocar a boca ali.

— Ainda não fiz nada e você já está assim? — roçou um de seus dedos por cima do meu clitóris, rindo ao me ver suspirar — Quer que eu te chupe, Hari? Você gosta quando minha boca está na sua, mas acho que vai preferir que eu coloque aqui.

E mais uma vez sendo surpreendida, o senti colocar minha calcinha para o lado e seu polegar tocar meu clitóris, em uma massagem lenta e em movimentos circulares. Minhas pernas tremeram, o obrigando a segurar firme em minhas coxas para que eu não as fechasse. Seus lábios foram até a parte interna das coxas, deixando longos beijos enquanto seu dedo ainda trabalhava em meu clitóris. Arqueei as costas, arfando em prazer. Era delicioso o movimento de seus dedos, melhor do que qualquer coisa que eu tenha sentido.

Tae lambeu seus lábios, olhando para minhas pernas abertas e minha vagina à mostra. Ousei olhar a sua cueca e admirei o volume que estava escondido pelo tecido. Taehyung usava uma cueca box branca e havia uma mancha onde deveria estar a sua glande. Vendo que eu o encarava, deu um sorriso perverso e se livrou de minha calcinha, dando o mesmo destino a sua cueca.

Estávamos completamente nus.

O primeiro homem que eu via completamente despido.

Apesar de nunca ter visto um pênis na vida, Taehyung tinha um tamanho considerável. Era o suficiente para me fazer repensar se aquilo daria certo, pois tinha minhas dúvidas de que aguentaria colocar aquilo em mim.

Ele aproximou o rosto de minha intimidade, e se só o leve toque de seus dedos havia me levado à loucura, o momento em que Taehyung colocou sua língua ali me fez ver as estrelas. Era uma sensação diferente, minha pele estava quente e sua língua era gelada, o que tornou tudo mais delicioso. Passou a língua por toda aquela região, desde meu clitóris até minha entrada, ameaçando enfiá-la ali. Segurei em seus cabelos e apoiei minhas pernas em seu pescoço e tive que ter forças para não as fechar quando Tae sugou meu clitóris.

Ele sugava, lambia e dava beijos. Não controlava mais os gemidos que me escapavam, só me concentrava em todo o prazer que Taehyung me proporcionava naquele momento. Levantei o quadril quando ele deu uma sugada forte, tentando de alguma forma aumentar o contato de minha buceta até sua boca.

O barulho que fazia pelo quarto, os estalos que sua boca fazia quando Tae soltava meu clitóris era erótico demais. Entrelacei meus dedos em seus cabelos e os puxei, tentando de alguma forma liberar todo o prazer que sentia. Aquilo era a coisa mais gostosa que havia feito na vida.

E quando senti sua língua adentrar minha entrada foi o ápice para mim. Minhas pernas contraíram e não consegui segurá-las quando prendi sua cabeça ali. Aquilo pareceu estimulá-lo, pois Taehyung continuou a enfiar sua língua em mim, mas logo voltou sua atenção em meu pontinho de prazer ao ouvir um gemido ainda mais alto vindo de mim. Deu uma chupada longa, e foi naquele momento que senti meu coração errar batidas, minhas pernas que já estavam bambas pareceram morrer e minha respiração foi cortada.

Minha mente se apagou, fechei forte meus olhos e esperei que voltasse ao normal. Meu peito doía, como se tivesse acabado de ter uma parada cardíaca, minha boca estava seca e quando voltei a respirar estava ofegante.

Taehyung afastou sua boca, e aquilo me deixou triste. Seus lábios estavam vermelhos e molhados e senti vontade de beijá-lo. Foi justamente o que fiz, beijei seus lábios como se fosse a primeira vez que eu estivesse o beijando.

— Você gostou? — perguntou entre o beijo.

— Eu amei. Quero mais. — Pedi, voltando a beijar seus lábios com fervor.

— Você terá mais, meu amor. Muito mais. — Ele voltou a colocar sua mão em minha intimidade, circulando minha entrada — Se doer, você me diz, certo?

Assenti. Achava que ele já iria colocar seu pau dentro de mim, pois nunca quis tanto dar quanto estava querendo no momento, mas Tae deslizou seu dedo para dentro de mim.

Não doeu, mas foi uma sensação estranha. Senti seu dedo entrar devagar e minha vagina apertar seu dedo. Tae começou a fazer movimentos de vai e vem, devagar para eu me acostumar. Estava delicioso, mais uma sensação nova que queria repetir várias vezes. Com ele. Só com ele.

E então ele colocou um segundo dedo.

E aí sim, doeu.

Fechei os olhos, apertando seus ombros e dei um gemido manhoso quando senti o segundo dedo.

— Vai passar, prometo!

Não queria que ele parasse, mas ele ficou com os dedos enfiados em mim, apenas esperando para que voltasse a me estimular por dentro. Balancei a cabeça, dizendo que ele podia continuar. E os movimentos de vai e vem se tornou um movimento como um gancho, estimulando uma região lá dentro que era ainda mais prazerosa do que fora.

Soltei outro gemido que foi interrompido por um beijo, e era delicioso beijá-lo enquanto ele me fodia com seus dedos. Apesar de estar amando seus movimentos e seus dedos, eu queria mais.

— Mais! — saiu como um choro.

Eu queria tanto que ele fosse para os finalmentes.

— Tem certeza? Não estava preparado para isso, então não tenho preservativo comigo.

— Me fode, por favor! Eu quero te sentir. Quero ser sua.

Tae xingou algo que não consegui ouvir.

Retirou os dedos de mim e ficou de joelhos na cama, masturbando seu pau com uma mão enquanto abria mais minhas pernas.

Era agora.

Tae deitou o corpo por cima de mim, se posicionando entre minhas pernas. Gemi quando nossas intimidades se chocaram, o que me deu ainda mais expectativas. Sua glande estava encostando na minha entrada e tentei não pensar no que viria a seguir, queria me manter o mais relaxada possível. Devagar, Taehyung entrou em mim.

Passei as unhas por suas costas conforme ele me preenchia. Doía, mais do que quando ele colocou os dedos em mim. Mas a sensação era diferente do que esperava, pois sentia minha parte íntima arder conforme Taehyung avançava. Ele depositou beijos por meu rosto e ombros, tentando fazer com que eu me distraísse daquela dor.

Tae já estava quase por inteiro dentro de mim quando movimentou seu quadril para a frente, me preenchendo por completo e me arrancando um gemido.

— Está tudo bem? Te machuquei? — neguei — Quando eu puder continuar, me beije.

Deixei que ele ficasse ali, parado. Minha vagina ainda ardia e meus olhos lacrimejavam, mas conforme Tae ficava ali a dor ia passando. Virei meu rosto para ele e o beijei, então rapidamente Taehyung se movimentou. Devagar, calmo e paciente. Ele era perfeito, extremamente perfeito.

Seus movimentos iam acelerando conforme eu o beijava, seu pau entrava e saia com facilidade, pois ainda estava muito molhada, o que pode ter contribuído para que a dor fosse passageira. Abri mais minhas pernas, dando mais acesso a ele. Taehyung apertava meus seios enquanto se movimentava, aumentando cada vez mais suas estocadas. Gemia meu nome, me chamava de linda e gostosa. Me sentia fantástica.

Apesar de eu não sentir mais dor e estar gemendo em prazer, Taehyung ainda estava receoso em me machucar. Seus movimentos, apesar de mais rápidos, ainda eram cuidadosos e delicados, como se fosse me quebrar caso ele fosse mais forte.

— Mais forte!

O estímulo funcionou, pois Taehyung passou a meter mais fundo e forte, rangendo os dentes. Seu pau ia bem fundo, tocando em lugares estratégicos que me faziam revirar os olhos. O barulho de nossos corpos ecoava entre aquelas quatro paredes, assim como nossos gemidos. Tae entrelaçou seus dedos nos meus, se impulsionando para frente.

De repente, ele parou. Colocou minhas pernas em seus ombros, ainda com seu pau dentro de mim.

Aquilo me deixaria dolorida no dia seguinte, mas estava preparada para o que viesse depois.

A posição favorecia, pois seu pau foi ainda mais fundo dentro de mim. Tae segurava na cabeceira da cama enquanto me fodia forte, as estocadas mais rápidas e mais brutas, como eu havia pedido. Meu corpo arrepiou, senti um frio me dominar junto com um formigamento na barriga. Meus gemidos eram altos, e eu não sabia se gritava seu nome ou se o xingava por ser tão bom no que estava fazendo.

Senti suas veias aumentarem e seu pênis ficar ainda mais rígido conforme Tae estocava. Ele estava perto e ambos sabíamos disso, pois eu também estava.

Foi quando ele deu uma última estocada que Taehyung se retirou de mim e se desmanchou nos lençóis da cama. Como eu não havia chegado lá, Tae meteu dois dedos em mim em movimentos rápidos. Sua mão tocava batia em meu clitóris, me trazendo mais prazer. Soltei um grito quando minhas pernas amoleceram, tendo a mesma reação que momentos antes.

Completamente cansados, ficamos deitados na cama, com as respirações ofegantes e sorrisos nos lábios. Eu estava feliz, muito feliz.

— Eu estou apaixonado por você, Hari.

Tae confessou, virando-se para mim e beijando meus lábios.

Entretanto, a sua confissão deveria me deixar feliz, radiante. Mas apenas me trouxe de volta a realidade cruel, a realidade que fiquei negando para mim mesma, desde que começamos aquilo.

A culpa me dominou como um tsunami, e não consegui reagir quando Tae me ajeitou em seus braços para podermos dormir.


Notas Finais


GENTE DO CÉU, O QUE ACONTECEU AQUI???

Um mega capítulo e apesar dos pesares, esse foi o meu preferido. Mas alguém quer meter o soco na cara da Hari? pq eu quero

O que estão achando???? Gente ainda tem tanto babado pra vcs ficarem sabendo, juro. Daqui pra frente só pra trás

Agradeço aos comentários que recebi, isso me motiva DEMAIS a continuar e trazer atualizações em dia pra vcs, amo muuuuuito cada um que lê, favorita e comenta (até mesmo meus fantasminhas).

ATÉ SEXTA!!


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