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História I Need U (Kim Taehyung) - IX - Hari


Escrita por: psycholojin

Capítulo 9 - IX - Hari


Fanfic / Fanfiction I Need U (Kim Taehyung) - IX - Hari

Não eram nem dezesseis horas da tarde e o movimento no restaurante já estava agitado. Hoje fui dispensada dos serviços de ajudar Jimin na cozinha e iria auxiliar no salão. Por estar cheio, a senhora Chang me mandou para dar uma pequena ajuda a Hoseok no atendimento das mesas. Não iria negar, eu estava aliviada por estar longe da cozinha e dos olhares horríveis de Woojin.

Depois do que aconteceu na noite anterior, o que eu mais queria era ficar longe daquele babaca. Fiz Jimin prometer que o que ele havia presenciado ficaria somente entre nós dois, não queria nem mesmo que Hoseok soubesse. Ji foi muito relutante com a ideia, até me xingou algumas vezes, mas por fim, aceitou. Não foi uma tarefa fácil, ele já estava pronto para denunciar o caso a senhora Chang assim que chegasse do expediente de hoje, mas com muito esforço consegui intervir. Eu não queria causar mais problemas do que já estava causando.

Havia ao todo cinco pessoas cuidando desde a recepção até a entrega da refeição dos clientes, e por nunca ter um contato direto com o salão, não conhecia os meus outros colegas, com exceção de Hoseok. Infelizmente não tive tempo para conversar com os outros, o movimento tanto no salão como na cozinha foi uma verdadeira loucura e eu queria dar o melhor de mim depois de ontem. Quase não falei com Hoseok, mas sempre que passávamos um pelo outro nos cumprimentávamos e dávamos um sorriso.

Eu estava atendendo a uma mesa próxima à entrada do restaurante quando vi Yoongi entrar no restaurante com um sorriso no rosto ao me ver. Fechei minha cara quando notei aquele sorriso cretino e fingi que ele não estava ali. Anotei o pedido do homem que atendia e deixei o papel em um mural próximo à janela da cozinha, onde os cozinheiros pegavam por ordem de pedido e montavam os pratos. Depois de Yoongi, não havia entrado mais ninguém e eu continuei ignorando a sua presença enquanto ele estava sentado na mesa mais ao fundo do estabelecimento, me encarando enquanto conversava com Hoseok. Aquilo me incomodou, pois estávamos com tanta demanda e Yoongi ainda vinha aqui atrapalhar seu amigo com conversas paralelas. Vi o mais alto vir em minha direção com um sorriso no rosto enquanto continuei com minha cara fechada.

— O Yoongi quer falar com você. Não sabia que se conheciam.

— Eu não quero falar com ele. — respondi sem olhar para Hoseok. Queria ser o mais fria possível.

— Para você estar irritada, ele deve ter feito algo muito ruim com você. Relaxa, o Yoongi é assim mesmo! Geralmente ele não se contenta só com uma garota, ele sabe ser cafajeste quando quer.

— Acho que você já está falando demais.

— Ele nunca volta depois de uma transa.

— Nós não transamos! — disse rápido e alto, mas não tão alto a ponto de alguém nos escutar. Senti que aquela conversa tomava um rumo nada agradável.

— Não? Achei que tivessem! Por você estar zangada com ele, devia ser porque ele não ligou ou foi embora após dormirem juntos.

— Eu não dormi com ninguém! — esbravejei.

— Certo, é só que...

— Eu só não quero falar com ele. Pode dizer para o seu amigo ir embora?

Hoseok não discutiu mais, resmungou alguma coisa que eu não entendi e foi até a mesa em que Yoongi estava. Deve ter falado que eu não queria falar com ele, pois Yoongi arqueou as sobrancelhas e me olhou. Evitei ficar observando aqueles dois e procurei por Jimin que estava limpando o chão da cozinha, ao me ver ele soltou um beijinho no ar e acabei rindo. Nessas últimas semanas nos tornamos bem amigos, e meu maior medo era que quando ele descobrisse que fui eu quem atropelou Taehyung ele parasse de falar comigo e me odiasse. Eu gostava da presença de Jimin, gostava de sua amizade, por mais implicante que Ji fosse, era bom ter ele por perto.

Senti uma mão tocar meu ombro e todo o meu corpo entrou em sinal de alerta, esperava que fosse Hoseok com algum outro recado do seu amigo, mas ao me virar e ver aquele rosto confuso me olhando, fiquei decepcionada. Ali na minha frente estava Yoongi que deu um sorriso doce quando enfim olhei para ele, como se o garoto não tivesse me dado um selinho e me abandonado em uma pista de skate que eu não fazia ideia de onde ficava.

Fechei minha cara assim que o vi.

— Oi!

Oi? É só isso que ele tem a dizer?

— O que você quer?

— O que fiz para você ter acordado com tanto mau-humor hoje? — meu rosto queimou de raiva e não queria apostar que eu estava vermelha.

— Você quer mesmo que eu responda? — ele assentiu — Você se aproveitou de um momento de fragilidade meu, me fez de palhaça só para o seu divertimento. Você acha engraçado brincar com meninas desse jeito?

— Eu não me aproveitei de nada!

— Jura?

Yoongi assentiu mais uma vez e naquele momento eu queria dar-lhe um tapa.

— Eu só te consolei com um selinho.

— Você me beijou!

— Não beijei!

— E o que diabos foi aquilo?

— Um selinho. Um selinho não é realmente um beijo. Eu te dei um selinho e fui embora, nada demais.

— Nada demais? — o olhei incrédula — Eu te disse que nunca havia beijado alguém e que aquilo era importante para mim! — Yoongi deu de ombros, me deixando cada vez mais furiosa — Selinho é um beijo sim! Para você pode não parecer grande coisa, já estou sabendo sobre a sua fama com mulheres.

— Hoseok te contou, foi?

Ele riu enquanto balançava a cabeça em negação.

— Eu não vou fazer com você o que faço com outras mulheres por aí. Admito, meus amigos me conhecem por ter ficado com muitas, mas sou um jovem solteiro.

— E quem disse que isso é problema meu?

— Sou bonito, te chamei atenção, não foi? Naquela quadra de basquete você não parava de me encarar.

— Não tinha só você naquela quadra ridícula de basquete.

— Você não estaria olhando adolescentes, estaria?

— Havia outras pessoas naquela maldita praça.

— Então, o que explica as suas bochechas vermelhas quando fui falar com você?

Cretino!

— Não percebe que estou correndo atrás de você desde quando nos conhecemos? Seu coreano péssimo é engraçadinho, seu jeito de se preocupar demais é engraçadinho, você é toda engraçadinha.

— Do que é que você está falando?

— Que estou implorando para que você me deixe conhecê-la melhor.

— Acho que você já me conhece o suficiente.

Vi uma família entrar no restaurante e procurarem uma mesa. Eu teria ido atendê-los se Yoongi não tivesse segurado meu braço e ter trocado olhares cúmplices com Hoseok para atendê-los no meu lugar. Eu juro por tudo que é mais sagrado que Hoseok ainda iria sofrer nas minhas mãos.

— Vamos ser amigos, certo? Te prometi que faria seu primeiro beijo ser especial e assim farei, mas para isso precisamos ser pelo menos bons amigos. Como você é nova na cidade, não conhece quase ninguém, com exceção daqueles idiotas ali... — apontou para Jimin que estava no nosso campo de visão da cozinha e para Hoseok — vou te apresentar aos outros caras. Amanhã depois do seu trabalho venho buscar vocês!

— E se eu não quiser?

— Então três caras vão aparecer nos jornais acusados de sequestro de uma garota teimosa.

(...)

Vovô havia levado o carro para o conserto e ele estava novinho em folha, minha única objeção era que eu tinha que pagá-lo com uma boa parte do meu salário. Não queria reclamar e nem mesmo negar, mas eu trabalhava tanto por aquele suado dinheirinho que me arrependia amargamente do dia que decidi que iria dirigir aquele carro.

Combinamos de que vovô iria me buscar no trabalho e me levaria para casa em segurança, minha avó era extremamente preocupada comigo e meio que o obrigou a fazer isso depois que o carro havia saído dos reparos. No fundo, eu gostei, só de pensar em voltar para casa de transporte público já me dava preguiça e com vovô indo me buscar eu economizaria bons minutos do meu tempo. Eu não chegaria tão tarde em casa e poderia fazer outras coisas antes de me deitar e dormir.

— Espere aqui, ok? Vou comprar alguma coisa, quando o frentista tiver enchido o tanque você só paga e me espera.

Assenti.

Era um pouco tarde e só havia um frentista e outro rapaz que estava no lava-jato. Eu não sabia que o lava-jato ficava aberto até mesmo bem depois do horário convencional. Quando vovô parou naquele posto de gasolina, eu pude perceber os dois conversando, já que até então não tinha mais ninguém além de nós e outro carro que havia chegado segundos na nossa frente. Ao lado do lava-jato havia uma loja de conveniência que o vovô havia entrado para comprar sorvete. Minha avó adorava sorvete e ele gostava de mimá-la comprando o seu sabor favorito, choco menta.

— Ei, alguém já disse que você fica ótimo nesse uniforme de frentista? Combina com a sua vida patética e ridícula!

Olhei de onde vinha a voz e pude ver um homem bêbado em um carro de luxo, ele estava acompanhado de outros homens que riam do frentista que estava apenas fazendo o seu trabalho enquanto não dizia uma única palavra.

— Além de ridículo, é insuportavelmente lento! — reclamou, dando uma gargalhada em seguida.

Revirei os olhos para a imbecilidade daqueles homens, não conseguia entender por que aquele frentista não revidava. Depois que ele encheu o tanque do cliente mal-humorado, o frentista esperou pelo dinheiro com paciência, mas o que recebeu além de algumas cédulas foram latas de cerveja e mais lixo jogado em cima dele. O homem saiu disparado, dando gargalhadas altas com os seus colegas. Retirei meu cinto de segurança vendo aquela cena e saí do carro indo em direção àquele pobre rapaz. Ele tinha um semblante nada agradável e começou lentamente a coletar o lixo que havia sido jogado, guardou o dinheiro em uma pochete que usava em sua cintura. Me aproximei e me abaixei na intenção de ajudá-lo a jogar aquele lixo fora. O rapaz não falou nada enquanto coletávamos o lixo e nem olhou em meu rosto, estava sempre com a cabeça baixa. O outro rapaz do lava-jato veio correndo quando viu a situação.

Quando tudo já estava no cesto de lixo, me virei para voltar ao carro, mas o frentista segurou em meu braço e finalmente me olhou nos olhos.

Pude ver melhor o seu rosto. Ele era bonito, tinha lábios grossos e bem hidratados, sua pele era bronzeada e o rosto era muito bem-marcado. Usava um boné, mas pude perceber que seu cabelo estava raspado e descolorido, aquela cor combinava com ele.

O rapaz do lava-jato também era bonito e com lábios grossos, seu cabelo era escuro e um pouco comprido, de forma que a franja quase cobria seus olhos. Usava um moletom grande e rosa, que parecia estar um pouco molhado, o que indicava que ele devia ter feito um serviço há pouco tempo. Os dois rapazes não pareciam ameaçadores, e pelas suas expressões, foi notável que aquele homem já tinha vindo aqui outras vezes.

— Obrigada.

Seu agradecimento veio com um leve sorriso, que não tardei a retribuir.

— De nada.

Voltei para o carro quando o frentista soltou meu braço, mas antes indiquei que precisava que ele enchesse o tanque. O rapaz entendeu o recado e me acompanhou para encher o veículo.

— Você conhecia aquele homem? — perguntei, quebrando o silêncio.

— Ele vem aqui ao menos duas vezes na semana, quando não está bêbado ele apenas xinga todo mundo e joga o dinheiro no chão.

— Não deixe ele te tratar assim!

— Infelizmente não posso fazer nada, moça. Agradeço muito pelo que você fez, mas não precisava. Já estou acostumado com essa situação e não me importo.

O rapaz terminou seu serviço e me olhou por alguns segundos, lhe entreguei o dinheiro e ele foi até o amigo que ainda só observava. Entrei no carro e minutos depois vovô veio com uma sacola com algumas caixas de leite e dois potes de sorvete de chocomenta.

— Que cara é essa? — perguntou ao olhar para mim.

— É a única que tenho.

— Você está cada vez mais parecida com a sua mãe. — o mais velho revirou os olhos, colocando seu cinto e dando partida no carro.


Notas Finais


Eii!!!

Hoje vim mais cedo, né? Vou tentar postar sempre a tarde.

Apesar de que hoje estava pensando em postar só de noite, pois to morta de cansada. Esses dias tive minha rotina alterada, então to mortinha kkkk

Mas o que estão achando???

Até quinta!


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