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História I Need You - Força


Escrita por: Cereijinha-

Notas do Autor


Olha eu aqui de madrugada e sem sono.

Capítulo 11 - Força


I Need You

A visão estava turva, confusa, não se lembrava de já ter visto o lugar em que estava antes. Ela tinha certeza de que aquelas cortinas pretas não eram suas, nem os quadros na parede que pareciam ser bem caros por sinal.

Sakura deu uma boa olhada no quarto em que estava não conseguindo entender o que fazia ali.

— Sai? — a voz saiu em um murmuro confuso ao ver o moreno entrar no quarto.

— Veja quem acordou, como se sente? — o garoto se aproximou sorrindo.

Sakura passou as mãos pelo rosto e olhou mais uma vez a sua volta tentando se lembrar o que havia acontecido.

— Esquecida eu acho...onde é que eu estou?

— Minha casa, você desmaiou na escola e eu lhe trouxe para cá.

Pequenos fleches voltaram a sua mente e ela se lembrou do momento em que se sentiu zonza no meio do corredor. Se recostou no travesseiro levando as mãos a cabeça, estaria doente por estar se sentindo daquela forma? Afinal, não era de sair caindo pelos cantos.

— Obrigada mas porque não me levou para casa? que horas são? — perguntou atordoada pois Mikoto deveria estar preocupada.

— Duas. — o garoto respondeu olhando para o relógio no criado mudo.

— O que? Meu deus Sai você ao menos avisou a alguém que eu estou aqui? — exclamou nervosa se arrastando para fora da cama.

— Não deu desculpa, fiquei tão preocupado que não me lembrei disso na hora.

— Minha mãe deve estar louca. — balançou a cabeça pegando seu par de botas próximo a cama.

— Ei calma não se exalte. — ele tentou acalma-la vendo a mesma se calçar apressada.

Sakura balançou a cabeça se levantando.

— Eu preciso ir embora.

— Você não vai embora agora, tem uma tempestade lá fora. — ele apontou para a janela onde a chuva batia com violência contra o vidro.

— Não acredito.

A garota respirou fundo levando as mãos a cintura. Por que tudo de repente resolveu dar errado? Estaria alguém conspirando contra si?

— Relaxa, você está pálida, senta ai que eu vou mandar a empregada trazer um chá ou um chocolate quente.

— Não precisa eu só quero ir embora. Tem algum guarda-chuva por ai?

Não conformado com a insistência da garota Sai começou a se irritar.

— Sakura você não irá embora agora. — ele disse alto o bastante para faze-la encara-lo em silêncio.

A garota o fitou surpresa por alguns segundos, a feição antes calma de Sai agora estava dura. Mas o que ele não sabia era que Sakura também odiava ser afrontada e contrariada, ainda mais quando alguém que amava estava a sua procura.

— Eu agradeço por ter me amparado mas eu irei embora agora. — disse séria dando os primeiros passos para saída do quarto.

O filho do Xerife entortou os lábios em uma carranca, odiava o fato de Sakura ser tão escorregadinha.

— Você está sempre fugindo de mim, mas hoje isso não vai acontecer. — grunhiu a puxando pelo braço empurrando-a de volta para cama.

Sakura apertou os olhos caindo sentada no colchão, incrédula.

— O que pensa que está fazendo? — o olhou mostrando toda sua irritação.

Odiava joguinhos.

Sai aproximou-se da garota ficando próximo o bastante para a mesma recuar para trás.

— Eu quero você. — havia algo em seu olhar que deixou Sakura desconfiada.

— Se afaste de mim. — disse em tom de aviso.

Sai analisou a rosada que se mantinha longe, parecia estar querendo fugir de si.

— Todas me querem,  por que você seria diferente?

— Sai não destrua o pouco de consideração que eu ainda tenho por você. Pare de brincadeira e me deixe passar e ir embora agora.

— Só me responda, por que não gosta de mim? Eu sou tão ruim assim? — abriu os braços apontando pra si mesmo.

— Não gosto de você dessa forma Sai eu simplesmente não escolho isso, não pode me obrigar a gostar de você. — as palavras saíram cautelosas.

— Eu posso te ensinar a gostar de mim. — respondeu certo.

— Não, você não pode.

— Claro que posso, só precisa ficar comigo. — a olhou com a expressão contorcida.

— Não posso gostar de você Sai, nunca irei gostar.

— Por que? Anda me responda. Por que não pode gostar de mim? — ele segurou o rosto da garota em um aperto firme a fazendo encara-lo.

Sakura fechou os olhos por incontáveis segundos o deixando mais agoniado.

— Porque eu já amo alguém e nada vai mudar isso. — declarou com um pequeno sorriso.

Foi inevitável não pensar em Sasuke e nas suas últimas palavras que mexeram totalmente consigo.

“ Você é minha mulher, minha marcada, companheira para a eternidade. ”

“ Não sabe o quanto eu sou louco por você pequena. ”

“ Eu soube que seria minha e esperei todos esses anos por esse momento. ”

“ É um sentimento forte, verdadeiro, você é capaz de dar a vida por ela. ”

Ela sentia isso, todo aquele sentimento avassalador, intenso e verdadeiro. Com Sasuke ela se sentia segura, viva, amada, apaixonada, feliz. Tudo parecia fazer sentindo mesmo não fazendo sentindo algum.

Não tinha para onde correr, estava condenada a ele e era bom, pois o amava.

— Quem é ele? Vamos Sakura me diga quem é. — Sai disse alterado intensificando o aperto no rosto da garota.

Os dedos cravados na pele branca chegava a deixar marcas. Sakura soltou um grunhido não gostando nada daquela atitude agressiva.

Não hesitou em chuta-lo para longe, mas o golpe foi além do que ela previu. Olhou estática para o corpo de Sai que foi jogado contra a parede caindo desmaiado no chão.

Por deus havia se formado uma rachadura na parede.

Completamente incrédula Sakura correu até o corpo do garoto o balançando com as mãos desesperada.

— Sai, Sai por favor acorda.

Engoliu em seco sentindo um nó se formar em sua garganta. Suas mãos tremiam e ela teve que limpar o suor na calça jeans.

— Socorro, por favor alguém ajude.

Não soube o quanto tempo gritou mas parou assim que a empregada entrou no quarto.

— O que aconteceu? Senhor Sai. — a empregada o balançava desesperada.

— Precisa chamar alguém.

— Vou ligar para um médico.

(...)

Sasuke socou o volante pela milésima vez em apenas vinte minutos. Já havia rodado a vila inteira e não tinha encontrado nenhum sinal de Sakura, não estava conseguindo sentir o aroma da rosada em lugar algum, ela parecia ter evaporado e ele não estava gostando nada disso.

Sua opção agora era se transformar, seu lobo o levaria até a garota, não queria correr risco de algum humano o ver mas no momento não estava se importando muito com isso.

Seu autocontrole já havia ido para o espaço.

A situação estava séria, Sakura poderia ter sido sequestrada e levada para fora da vila ou algo pior poderia ter acontecido. Ele mataria qualquer um que ousasse chegar perto dela.

Qualquer um que ousasse machuca-la.

Desceu do carro batendo a porta não se importando com a tempestade que o cercava. Já iria tirar a camisa quando avistou sua garota correndo pela calçada mais a frente.

O alivio veio instantaneamente.

— Sakura.

Assim que o viu ela correu até ele. Estava encharcada pela chuva e não parecia bem.

— Sasuke. — Sakura o abraçou por impulso.

Ele circulou os braços em volta do corpo pequeno e molhado sentindo-se menos nervoso. Ela estava ali em seus braços, segura.

O Uchiha segurou o rosto da garota vendo seu estado péssimo. O cabelo molhado estava colado na face molhada, face essa que estava vermelha e era nítida a marca arroxeada, marcas de dedos.

Isso foi o bastante para Sasuke se enfurecer.

— Quem foi? — rosnou.

— Eu tô bem. — ela tentou acalma-lo.

Já se sentia culpada demais por ter feito aquilo com Sai, não precisaria de Sasuke querendo mata-lo agora.

— Quem Sakura? — insistiu alterado.

Nunca havia visto tanta raiva em seu olhar.

— Só me leva pra casa. — ela o olhou em súplica.

— Não até você dizer quem foi o desgraçado que te machucou.

— Ninguém, eu passei mal só isso.

— Mentira.

— Sasuke.

— Me diga Sakura, quem ousou fazer mal a você? — ele se exaltou.

— Me leva pra casa por favor, eu não aguento mais isso. — ela gritou chorando.

As lágrimas se misturavam com a água da chuva mas os olhos vermelhos a denunciava. Se sentia péssima, só queria se afundar em sua cama e esquecer do resto do mundo.

O Uchiha cerrou os dentes a guiando em direção a caminhonete, toda aquela chuva a deixaria doente. Ela iria confessar em algum momento e ele não hesitaria em ir atrás do maldito.

Sakura se encolheu no banco sentindo frio, estava encharcada e tinha certeza que Sasuke reclamaria por estar molhando o estofado mas ele parecia ocupado odiando alguém.

Ele nunca pareceu tão irritado antes.

— Eu estou com alguns problemas. — ela comentou baixo.

Sasuke a encarou começando a dirigir impaciente.

— Que problemas Sakura? Vamos me diga. — tentou controlar a voz alterada.

— Eu não sei, não estava me sentindo muito bem hoje. — respondeu nervosa.

Estava confusa com toda aquela loucura que estava acontecendo consigo. Era surreal demais pra ser verdade.

— Eu preciso saber, você precisa me contar Sakura. — a voz dele se alterou.

Não conseguia pensar em mais nada a não ser em alguém que havia machucado sua garota.

— Você está alterado, eu preciso que você me ajude, não que saia por ai ameaçando pessoas.

Sasuke riu enfurecido.

— Ameaçando? Eu vou matar quem fez isso com você.

— Não você não vai. — ela o cortou incrédula.

— Me diga o que aconteceu ou eu irei descobrir de outra forma e será muito pior acredite. — Sasuke ameaçou apertando o volante com força.

— Eu passei mal na escola e acabei desmaiando.

— O que esta sentindo? Precisamos ir a um médico. — ele parou o carro pronto para dar meia volta.

A preocupação o atingiu em cheio.

— Hoje não por favor, eu só quero ir pra casa Sasuke. — Sakura suplicou cansada.

— Conte mais. — ele instigou voltando a dirigir.

— Eu estou quebrando tudo o que toco. — disse não acreditando nas próprias palavras.

— Esta nervosa é natural quebrar as coisas.

— Não é isso eu não sei explicar.

— Ta legal Sakura, dá para pular pra parte que interessa?

— Você não entende. — ela virou o rosto balançando a cabeça.

— Sakura. — ele rosnou.

— Agora não Sasuke minha cabeça esta doendo. — ela se irritou.

— Por que está escondendo a verdade?

Sasuke odiava quando escondiam algo de si. Ainda mais algo que estava o deixando perturbado.

— Quando você estiver calmo a gente conversa. — Sakura suspirou.

— Eu estou calmo caramba. — gritou.

Ele estava longe de estar calmo.

— Não grita no meu ouvido. — Sakura o olhou irritada.

— Você não vai falar não é?

— Não com você assim.

— Foda-se eu descubro sozinho. — bufou freando de uma forma brusca em frente a casa.

Sakura pulou pra fora do carro depois de lançar um olhar reprovador ao Uchiha. Estava sem cinto e quase fora jogada pela janela com toda aquela brutalidade.

— Boa sorte. — grunhiu batendo a porta com força.

Sasuke deveria estar irritado pela audácia dela de afronta-lo e lhe dar as costas o deixando falando sozinho, mas o balançar do carro causado pelo impacto violento da o porta tomou toda sua atenção. E quando o veículo voltou ao lugar ele observou surpreso e indignado sua porta cair no chão.

Foram cinco segundos de silêncio não acreditando no que estava vendo.

Ergueu o olhar para Sakura que andava a passos pesados em direção a casa e não conseguiu esconder a incredulidade ao ver a garota arrancar a maçaneta da porta ao tentar abri-la.


— Mas que caralhos...



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