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História I Need You - Problemas


Escrita por: Cereijinha-

Notas do Autor


Boa noite meus amores.

Capítulo 12 - Problemas


I Need You

Sakura entrou no quarto fechando a porta com cuidado, soltou um suspiro se encostando na mesma e escorregou até o chão cobrindo o rosto com as mãos. As lágrimas vieram imediatamente a deixando frustrada, estava fraca e muito emotiva.

— Não chora, não chora, não chora. — brigou consigo mesma.

Odiava chorar. Se sentia uma inútil quando não conseguia se controlar.

Seu cachorrinho correu em sua direção querendo carinho, ele tentou de várias formas atrair a atenção da dona e tudo que conseguiu foi um resmungo.

— Agora não algodão, é melhor ficar longe de mim agora tudo bem?

Sakura temia machucar seu cachorrinho já que estava parecendo um brutamontes quebrando tudo.

Se afastou do animalzinho que insistia em segui-la abanando o rabo e parou em frente ao espelho fitando sua imagem cansada enquanto se livrava das peças de roupas molhadas.

Não se surpreenderia se pegasse uma gripe. Mas nada mais importava naquele momento, Sakura só queria entender o que diachos estava acontecendo com ela.

— Que tipo de aberração eu sou? — resmungou se cobrindo com uma toalha.

Batidas na porta a tiraram de seus devaneios. Apertou a toalha com força já sabendo quem era.

— Vá embora. — gritou encarando a madeira.

— Sakura.

— Me deixa sozinha eu não quero ver ninguém.

— Pequena abra a porta. — a voz dele agora estava mansa.

— Vá embora Sasuke eu não vou abrir não insista.

O silêncio reinou no local e as batidas pararam, Sakura suspirou cansada e seguiu para o banheiro sabendo que sua mãe reclamaria depois por estar molhando todo quarto.

Estava quase chegando onde queria mas parou ao ouvir o barulho das portas de sua varanda se abrindo. Apertou os olhos com força sentindo a presença do Uchiha em seu quarto.

Devia ter desconfiado, ele havia desistido fácil demais.

— Eu só quero te ajudar, pode me dizer o que está acontecendo com você?

Ele estava preocupado afinal não era todos os dias que via Sakura quebrando tudo por ai.

— Eu não sei, eu estou mal Sasuke, estou cansada de tudo isso. — a garota se virou abalada para o moreno.

Ele estava a poucos metros de si a encarando com uma seriedade e preocupação intensa, nem parecia se importar em estar inteiramente molhado.

Sakura mordeu os lábios com força se sentindo sufocada, não pensou direito quando correu para o colo do Uchiha. Ela precisava se sentir bem e segura, só ele conseguia fazer isso, e agora que parecia mais calmo seria a ajuda que ela precisava.

— Sakura. — Sasuke afagou os cabelos rosados abraçando o corpo pequeno que estava grudado ao seu.

A respiração dele estava pesada, não sabia ao certo o que fazer, Sakura estava o deixando louco.

— Por favor me faça esquecer o dia de hoje. — ela implorou com o rosto afundado em seu pescoço.

O cheiro másculo do moreno a deixava anestesiada. Ele era tudo que era queria mesmo a irritando profundamente algumas vezes.

Sasuke não suportava vê-la sofrendo daquela forma.

— Vai ficar tudo bem.

Ele se sentou na cama com ela em seu colo e ficaram em silêncio sentindo a presença um do outro. Não precisavam dizer nada, apenas sentir aquela sensação boa de paz.

Com o tempo Sakura acabou adormecendo, estava exausta e cansada, foram muitas surpresas para apenas metade de um dia.

E ali ao seu lado Sasuke velou o seu sono, não sairia do lado da garota até que ela acordasse e se sentisse melhor. Mas em sua mente ele não conseguia esquecer as cenas de mais cedo.

— O que está acontecendo com você pequena?

— Como ela está? — Mikoto entrou no quarto analisando a rosada preocupada.

— Dormindo a algum tempo.

— Eu vi o que ela fez com a maçaneta da porta, como isso é possível? — Mikoto se aproximou se sentando ao lado de Sakura.

Sasuke soltou um suspiro frustrado passando as mãos pelo rosto com força.

— Eu não sei, ela simplesmente detonou a porta da minha Picape. — resmungou revoltado.

Mikoto analisou Sakura por alguns instantes tentando entender o que estava acontecendo. Estava surpresa mas precisava manter a calma para conseguir resolver aquele problema.

— Essa força é algum tipo de poder. — ela concluiu.

— Está insinuando que Sakura não é humana?

— Não tem como uma garota de 18 anos ter uma força dessas meu filho, não sei o que é isso mas Sakura não é normal. — foi a vez de Mikoto suspirar e passar as mãos pelos cabelos da filha.

— Era só o que faltava.

(...)

O homem entrou no quarto do filho o encontrando deitado em sua cama, estava desacordado com algumas fachas cobrindo seu corpo.

Sai parecia mais pálido que o normal o que não agradou nada o pai.

— O que aconteceu? — perguntou para a empregada ao lado.

A mulher parecia temerosa ao encarar o homem de postura intimidante a sua frente.

— Não sei ao certo Senhor Danzou, Sai estava com uma amiga da escola, eu ouvi gritos e quando cheguei ao quarto ele se encontrava desmaiado.

— O que o médico disso?

— Ele faturou 2 costelas.

O homem encarou mais uma vez o filho adormecido e fitou a parede rachada do outro lado do quarto.

— Quem era a garota?

— Sakura Uchiha Senhor.

(...)

Sasuke velou o sono de Sakura e no tempo que se passou o moreno pensava nas inúmeras possibilidades que poderiam estar acontecendo com a rosada. Ela parecia tão inofensiva dormindo mas quando estava acordada virava um furacão.

Sakura era tão pequena e delicada, foi um tanto estranho presenciar seu momento de fúria, sua força bruta era impressionante. Teria que tomar cuidado com ela, agir com cautela e não deixa-la se descontrolar outra vez.

— Sasuke?

A voz suave e sonolenta o tirou de seus pensamentos conturbados.

— Está melhor? — o moreno se aproximou da garota que se sentou na cama sonolenta.

— Eu peguei no sono me desculpe.

— Você estava muito estressada precisava descansar.

Sakuta assentiu abaixando a cabeça e só agora tinha percebido que ainda estava de toalha. Corou se sentindo exposta na frente do moreno, o que ele iria pensar?

— Vou tomar um banho. — ela pulou para fora da cama com agilidade.

— Eu vou estar lá fora. — Sasuke avisou fazendo o possível para não pensar em coisas pecaminosas no momento.

Sakura a sua frente coberta apenas por uma pequena toalha não estava ajudando muito, mas para seu alivio ela se trancou no banheiro rapidamente.

E dessa vez a garota não destruiu nada.

No andar debaixo Mikoto se encontrava alimentando o cachorrinho da filha, a pequena bolinha de pelos balançava o rabo felpudo enquanto degustava de sua ração.

— Você é adorável. — a mulher sorriu fazendo carinho no animal.

— Até que enfim essa tempestade passou.

Mikoto foi atraída pela voz de Naruto e viu o loiro entrando em sua casa vestindo apenas uma calça molhada assim como o resto do corpo.

— Todos vocês resolveram banhar na chuva hoje? — a mulher repreendeu indo buscar uma toalha.

— Eu estava fazendo uma ronda pela floresta, isso não é nada a Senhora sabe como curto uma chuva.

— Sei. Toma ou vai molhar a casa toda.

Mikoto jogou uma toalha branca em direção ao loiro que a pegou no ar.

— Valeu Dona Mikoto, onde está o Sasuke?

— O que houve Naruto? — o Uchiha apareceu descendo as escadas.

— Eu estava passando e vi sua caminhonete estacionada, ela estava com a porta quebrada e eu achei estranho.

— Foi um pequeno acidente. — Sasuke respondeu com a expressão contorcida.

Aquela cena ainda lhe atormentava.

— Está tudo bem? — Naruto o fitou cauteloso.

— Estamos com um problema e eu preciso de um favor seu.

— Diga.

— Preciso que vá até a casa de Kakashi e traga a bruxa que está morando com ele, talvez ela consiga resolver nosso problema.

O Uzumaki não escondeu a surpresa mas logo sua postura ficou séria.

— Vai me dizer o que está acontecendo?

— Traga a bruxa e depois eu explico tudo.

(...)

Hinata se encontrava sentada no sofá bastante concentrada em um livro de suspense. Havia encontrado o livro velho nas coisas de Kakashi enquanto limpava a casa e o titulo do livro tinha lhe interessado.

Sempre fora amante de livros e em sua antiga casa seu pai havia construído uma biblioteca apenas para ela já que sua irmã mais nova não curtia leitura e sim uma bela aventura. Hinata amava aquele lugar, era seu cômodo preferido da mansão. Mas agora não restava nada, apenas destroços de um lugar que um dia foi seu lar.

Estava tudo acabado, ela não tinha mais nada, mais ninguém.

Apertou o livro com força em suas mãos encarando as chamas da lareira a sua frente que agora pareciam mais violentas. Ela não teria seu final feliz, mas os causadores da sua desgraça também não.

Sua vida estava acabada e não se cansaria até destruir uma certa Portadora do Byakugou. Odiava aquela raça, elas sempre se acharam superior, achavam-se deusas e amavam ver todos aos seus pés adorando sua beleza que encantava até o mais forte dos homens.

— Consegui um emprego pra você. — Kakashi apareceu com uma xícara de café em mãos atraindo a atenção da garota.

As chamas da lareira diminuíram e Hinata olhou de soslaio para o grisalho.

— Mikoto a mãe de Sasuke tem uma floricultura, conversei com ela sobre sua situação e a mesma lhe convidou para ajuda-la, você vai gostar Sakura e Ino também trabalham lá e assim você poderá fazer amigas.

Hinata voltou a folhear o livro se sentindo satisfeita. As coisas estavam fluindo muito bem, se aproximaria do seu alvo sem ao menos se esforçar.

— Hum.

— Vou tomar uma banho, tem café na cozinha. — o homem avisou subindo as pequenas escadas para o segundo andar não se preocupando com o silêncio da Hyuuga.

Ela não era de muitas palavras.

Depois de ler mais um pouco Hinata se rendeu a sede e se levantou pronta para seguir a cozinha, mas batidas frenéticas na porta atrapalharam seus planos.

A garota revirou os olhos e seguiu até o barulho irritante abrindo a porta de supetão dando de cara com um certo loiro.

Ele parecia estar a provocando com o peitoral musculoso a mostrar e o sorriso encantador.

Hinata o odiava.

Se fitaram tempo suficiente para sentirem toda aquela atração que os puxava de uma maneira nada discreta, era nítido nos olhares o desejo que sentiam um pelo outro, ao menos por parte de Naruto já que Hinata tentava se camuflar odiando o loiro.

— Oi. — Naruto sorriu adorando o olhar felino que ela lhe lançava.

Hinata era linda ainda mais quando parecia uma leoa brava.

— Você é algum psicopata maluco? — perguntou séria odiando aquele loiro idiota que de alguma forma mexia com algo dentro de si.

Se sentia de alguma forma diminuída perto dele e não gostava nada disso. Fora uma atração louca e um desejo absurdo que a deixava sem chão.

— É o que pareço pra você?

— Desde que eu cheguei aqui você vive me perseguido como um cachorro fedorento que é.

— E você parece adorar me insultar, é uma bruxa muito rancorosa sabia? E eu não sou nenhum cachorro é lobo pra você doçura.

— Cachorro e não ouse me dar apelidos idiotas. — a garota se irritou apontando o dedo no rosto do Uzumaki.

Ele tinha que admitir que estava gostando daquele jogo, mesmo sabendo que já estava ganho, Hinata não resistiria por muito tempo isso era um fato e ele iria adorar amansar aquela fera.

— Você é uma grande megera bruxa.

Naruto segurou o dedo da garota sem desviar dos olhares fulminantes que ela lhe lançava, achou graça da incredulidade que tomou conta do rosto dela quando a puxou até que o corpo feminino estivesse grudado ao seu.

Não esperou ela tentar escapar e roubou os lábios que tanto desejava. Foi perfeito, sentiam toda aquela eletricidade queimando em seus corpos e os lábios se encaixavam em sincronia.

O gosto dela era delicioso. Era o primeiro beijo de Hinata e ela havia perdido todas as forças para conseguir relutar aquilo.

— Sentiu isso? — o loiro sorriu terminando de beija-la com leves selinhos.

Não queria solta-la nunca mais.

Ainda aturdida e zonza Hinata meteu a mão na cara do loiro completamente envergonhada. Naruto passou a mão no rosto dolorido e fez uma careta.

Ao menos o tapa havia valido apena.

— Isso foi um sim? Bom depois resolvemos isso, Sasuke lhe chama agora.

(...)

— Se sente melhor querida? — Mikoto perguntou para Sakura que estava sentada ao seu lado no sofá.

Ela parecia entristecida e preocupada mas mesmo assim tentou forçar um sorriso.

— Sim.

— Vai nos contar o que aconteceu com você hoje? Eu fiquei preocupada com o seu sumiço. — a mulher perguntou gentilmente fazendo Sakura encarar Sasuke que estava sentado no sofá a frente atento a cada movimento seu.

Ela sabia que ele não desistiria até descobrir com quem ela estava e quem havia deixado as marcas em seu rosto.

Sasuke era teimoso e quando se tratava dela ele só descansava até conseguir o que queria. Iria até o inferno por aquela garota.

— Eu passei mal na escola e desmaie, um amigo meu me ajudou. — disse medindo as palavras.

— O querida eu fiquei tão preocupada, por que seu amigo não lhe trouxe pra casa?

Sakura juntou as mãos mordendo os lábios com força.

— É Sakura por que seu amigo não lhe trouxe pra casa? — ouviu o rosnado de Sasuke e não ousou encara-lo.

Ele já estava alterado de novo.

— Ele não queria preocupar ninguém.

— E esse machucado em seu rosto? — Mikoto continuou a perguntar agora séria.

Sakura ficou em silêncio.

— Esquece mãe ela não vai falar. — Sasuke se levantou irritado.

— Aquieta a bunda ai. — Mikoto brigou.

— Ela insisti em proteger esse desgraçado, aposto que é aquele seu amiguinho que vive não seu pé não é?

— Não foi o Shino, eu... — Sakura começou a falar mas batidas na porta a interrompeu.

— Fiquem calmos.

Mikoto se levantou indo ver quem era deixando uma Sakura nervosa e um Sasuke irritado para trás.

— Xerife. — a mulher cumprimentou o homem sério parado a sua porta

Estava surpresa e desconfiada pois aquele homem nunca batia em sua porta, ao menos não para fazer uma visita amistosa.

— Senhora Uchiha será que podemos conversar?

— Claro entre.

Ela deu passagem para ele e Danzou entrou atraindo a atenção de Sakura e Sasuke. Os olhos escuros do homem pararam na rosada que prendeu a respiração imaginando o pior.

Sasuke notou os olhares do homem na rosada e o nervosismo aparente da mesma, não demorou para o mesmo ligar os fatos e pelos deuses ele iria matar alguém hoje.

Sakura percebeu o estado do Uchiha e sentiu medo pois sabia que as coisas não ficariam boas.


— Parece que sua filha passou a tarde com meu filho. Temos algumas coisas para conversar.



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