1. Spirit Fanfics >
  2. I Need You, Akashi-kun... >
  3. Capítulo 20

História I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 20


Escrita por: LadyWhistle

Notas do Autor


Hehe, chegay! E como eu to com sono, precisando fazer um trabalho de espanhol, e sem criatividade pra bolar uma nota inicial legal, vou calar a boca agora.

[CAPÍTULO NÃO REVISADO]

Capítulo 22 - Capítulo 20


Fanfic / Fanfiction I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 20

  -Você está pronto, Akashi-kun? – perguntou o treinador Shirogane de repente, com os olhos focados nos jogadores que se dirigiam para a quadra.

  Seijuurou pausou as mãos, que antes ocupavam-se em secar o cabelo do suor, e olhou para o homem.

  -Pronto? Pra quê? – perguntou confuso.

  Shirogane abriu um sorriso ladino.

  -Sabe, eu percebi que você e o Kuroko-kun já se conhecem a algum tempo, estou certo?

  Opa, terreno perigoso. Os olhos dicromáticos do ruivo tornaram-se afiados. Por que de repente todos pareciam interessados pelo seu Tetsu-chan?

  -Somos amigos de infância – respondeu, a voz dura enviando um arrepio pela espinha do treinador – Por quê?

  O mais velho ergueu as sobrancelhas, cruzou os braços e deixou um sorriso malicioso delinear seus lábios.

  -Curiosidade, apenas. Kuroko-kun é realmente incrível, não acha? Poucos tem o coração de leão que esse garoto tem – olhou-o, e Akashi não gostou do que viu nos olhos cinzentos daquele homem – Tenho certeza de que concorda comigo.

  Seijuurou lambeu os lábios e virou-se para frente, seus olhos procurando seu pequeno azulado freneticamente, querendo ter certeza de que Tetsuya ainda estava ali, a distância de alguns poucos passos que ele pudesse dar.

  Estava lá, sorrindo pequeno para um jogador que lhe afagava os cabelos. Todo seu ser rugiu ao vê-lo rir levemente e dar tapas de brincadeira na mão do ruivo. Pra piorar, o desgraçado era ruivo. Que brincadeira era aquela? O único ruivo na vida de Tetsuya devia ser ele.

  Então, sem nem mesmo olhar em sua direção, Kuroko endireitou-se como se sentisse seu olhar mortal, e afastou-se com um sorriso envergonhado, e foi na direção de Takao, seu marcador.

  Akashi sorriu e concordou com o treinador.

  -Ele é mesmo incrível.

***

  Aomine não sabia por quanto mais tempo podia aguentar aquilo. Ele jogava como sempre, impedia seus adversários como sempre. Era implacável.

  Ele não havia mudado.

  Mas Kise havia. Ele estava... Tenso. Assustado. Com medo até da própria sombra, e Aomine não queria mais ver aquilo sempre que desviava o olhar da bola. E ele via, pois em uma quadra de basquete, quando seu olhar não estava na bola laranja, estava em Kise. Seus olhos eram atraídos para o modelo e isso era incrivelmente irritante. O quê aquele loiro idiota e excessivamente alegre tinha de tão especial?

  Era assim que Daiki pensava no amigo/ex-amante. Uma mãezona, sempre ao lado deles quando precisavam, um verdadeiro amigo fiel, sempre sorrindo e tentando animar todos ao seu redor. Pra ele, era deprimente ver Ryouta tão... Diferente do normal?

  Balançou a cabeça e resolveu preocupar-se com aquilo depois do jogo. Só esperava aguentar até lá. Deus sabia o quanto Daiki queria ir até o loiro e berrar-lhe para tirar aquela expressão do rosto, que não aguentava mais vê-lo daquele jeito.

  -Seu amigo não parece muito bem – observou seu marcador, Himuro Tatsuya, deixando a cabeça cair para o lado em uma pose pensativa – Não seria melhor tirá-lo do jogo?

  Aomine bufou.

  -Kise vai ficar bem.

  Himuro o encarou demoradamente, antes de balançar a cabeça e deixar um mini sorriso delinear seus lábios finos.

  -Se você diz – deu de ombros e moveu seu olhar para outro ponto – Por que colocaram o Tetsuya agora? Aquele novato ruivo era muito bom.

  Aomine estalou a língua no céu da boca e balançou a cabeça coçando a nuca.

  -Akashi? Ele é mesmo muito bom – riu – O bastardo me venceu em um melhor de cinco – o olho verde à vista do emo dobrou de tamanho, mas o moreno não deixou-o falar – E sobre o Tetsu... – deu de ombros e colocou-se em posição – Digamos apenas que o Akashi quer ver sua mágica.

  Himuro balançou a cabeça, ainda abismado com a notícia de que havia alguém capaz de vencer Aomine no mano a mano, e espelhou a postura do adversário.

  -Vocês são todos um bando de monstros.

  Haizaki, que até o momento mantivera-se quieto, apenas escutando a conversa entre os ala-pivôs, andou a passos largos até seu capitão.

  -Hyuuga! Aquele ruivo da Teiko, ele...

  -Aho! – gritou o outro dando-lhe uma bofetada na cabeça – Dirija-se aos seus senpais com respeito, gaki!

  Shougo lhe lançou um olhar afiado.

  -Tanto faz – desconversou – De acordou com aquele cara ali – apontou para Aomine – O novato baixinho é bom o suficiente para vencê-lo. Por que...?

  -O que? – Hyuuga arregalou os olhos – Bom o suficiente para vencer o Aomine? O quão forte esse cara é? – perguntou-se assombrado.

  O albino rangeu os dentes por ter sido interrompido pela segunda vez (essas pessoas não tinham educação?), e obrigou-se a manter a calma.

  - O que importa é: por que trocar um cara tão bom por um fracote como ele? – acenou para Kuroko, que no momento conversava com Takao.

  Junpei balançou a cabeça negativamente.

  -Tenho certeza que o Takao-kun já te disse, Haizaki, mas não deixe-se levar pela aparência do Kuroko. Ele é como um lobo em pele de ovelha – seus olhos verdes estavam sérios por trás das lentes – É o coringa do time da Teiko. Mantenha sua guarda e atenção no máximo – e se afastou para perto de Midorima, que apenas arrumou os óculos de volta pra cima.

  “Esse pirralho não pode ser tão bom assim”, murmurou Haizaki em seus pensamentos. “Mas não posso negar que é uma bela visão”, sorriu malicioso enquanto olhava para a bunda do menor.

  O apito soou, e o jogo começou. A bola iniciou-se com o time de Seirin, onde o capitão, Hyuuga Junpei, tentou uma de três, mas encontrou a mão de Murasakibara no caminho.

  -Kuro-chin está no jogo agora – resmungou o gigante, mandando a bola para um canto vazio da quadra – Não vamos perder.

  -Droga! – o xingamento de Takao foi audível.

  A bola laranja então fez uma curva, como se atraída por algum tipo de imã, e antes que a defesa pudesse se mover, ela estava na mão de um Aomine sorridente.

  Teiko pontuou com uma bela enterrada, estando agora treze pontos a frente de Seirin.

  -Heh? – Akashi franziu o cenho. A bola não era um bumerangue. Como um arco daqueles foi possível? – O quê acabou de acontecer?

  -Guuddopasu, Tetsu!* – gritou Aomine erguendo o punho.

  E lá estava o baixinho da Teiko, um sorriso pequeno no rosto e batendo a mão fechada na de Aomine.

  -Arigato, Aomine-kun. Foi uma enterrada incrível aquela.

  Os novatos – Akashi e Haizaki – estavam chocados.

  -Foi aquele cara que fez aquilo com a bola? – indagou Haizaki com os olhos do tamanho de pratos – Mas...

  -Ele nem estava lá quando aconteceu – completou Seijuurou para o treinador – Não tinha ninguém lá.

  Shirogane franziu o cenho, curvando os lábios em divertimento.

  -Ora, mas é claro que havia – piscou um olho – Você só não o viu – voltou os olhos para o jogo, assentindo para si mesmo com satisfação – Essa é a habilidade do Kuroko-kun, seus poderes, por assim dizer. Ele é o sexto homem fantasma da Teiko.

  “Eu sou uma sombra, Akashi-kun. Quanto maior a luz, maior será a sombra”, lembrou-se do que o menor dissera-lhe alguns dias atrás, antes de ser internado. “E vocês cinco simplesmente brilham demais.”

  -Era disso que ele falava – murmurou, chamando a atenção do treinador – Tetsuya aproveita sua falta de presença para manter-se nas sombras, e faz passes calculados que duram segundos – enquanto o entendimento aparecia em sua mente, mais e mais impressionado ele ficava.

  Shirogane Kouzou cruzou os braços e sorriu falsamente gentil. Até que o nanico era inteligente.

  -Em quadra, o que tem mais presença é a bola. Os jogadores não tiram os olhos dela nunca. Kuroko-kun tem pouca presença, é ruim em lançamentos, e por conta de sua doença, também não tem tanta força nas pernas para pular e enterrar, e sua resistência é baixa para o jogo todo – explicou, curioso com o fato do capitão temporário do time o escutar atentamente, sem nunca desviar os olhos – Então ele criou um estilo único.

  -Passes invisíveis de um jogador invisível – balançou a cabeça descrente. Quantos mais segredos o baixinho tinha? Ele adoraria desvendar cada um deles.

  -Kuroko-kun é inacreditável – os olhos do mais velho brilharam com malícia e ganância na direção do azulado, e Akashi pensou que talvez os problemas deles não se resumissem apenas à casa, com seu pai e a mãe de Kuroko.

  “Maldição, Tetsuya”, pensou bufando. “Por que você tinha que ser tão irresistível? Assim fica difícil espantar todos os pervertidos de você! Agora eu vou precisar ficar de olho até na escola”. Após esse pensamento, Seijuurou precisou segurar-se para não rir sadicamente. Como se alguma vez ele tivesse desgostado de assustar as pessoas. Era seu passatempo preferido, afinal.

  Tinha a impressão de que gostaria ainda mais de afastar os tarados e pervertidos do seu Tetsu-chan.

  Fechou os olhos e tentou se acalmar antes de pulasse no pescoço do treinador para ensiná-lo que Kuroko era dele, e que deveria parar de fantasiar com o que lhe pertencia.

  Na quadra, Kise soltou um riso, retirando um Haizaki paralisado de seu choque.

  -É tão mais divertido jogar com o Kurokocchi no seu time!

   O albino abriu um sorriso tão maldoso quanto sua personalidade, e olhou para o antigo namorado.

  -Tenho certeza de que é muito divertido – seu rosto deixava claro do que ele falava.

  Ryouta o olhou incrédulo.

  -O que quer dizer com isso? – grasnou.

  O outro deixou a cabeça cair para o lado e fez-se de desentendido.

  -Você é inteligente, Kisecchi. Tenho certeza de que entendeu.

  O loiro rosnou.

  -Mantenha seus pensamentos sujos longe dele, Haizaki.

  Sentindo os ânimos esquentarem, os jogadores pararam o jogo e se reuniram atrás de seus companheiros.

  -Kise, agora não é hora para discutir, nanodayo – disse Midorima comprimindo os lábios em uma linha fina – Deixe isso para depois do jogo.

  -Ouça-o, Haizaki – interferiu o capitão de Seirin – Qualquer que seja o seu problema com o Kise, resolvam-se depois.

  Shougo piscou inocentemente.

  -Mas eu não tenho nenhum problema com ele – colocou o braço em volta do pescoço do loiro – Somos amigos, né Kise?

  O mais velho fez uma expressão assustada e afastou-se bruscamente, como se o outro tivesse de repente desenvolvido lepra.

  -Não toque em mim! E fique longe do Kurokocchi!

  -Kise-kun – disse Tetsuya colocando a mão no ombro do primo – Não faça isso. Não vale a pena perder tempo com uma coisa dessas – por mais que sua face estivesse branca de emoções, seus olhos estavam suplicantes.

  -Não! – disse alto, fazendo o menor afastar a mão por reflexo. Naquele momento os treinadores aproximaram-se, com Momoi e Akashi ao lado, querendo saber por que seus jogadores haviam parado de vez o jogo já conturbado – Não vou deixar esse cara acabar com a minha vida novamente! Não vou deixar ele envolver meus amigos nisso! – seu timbre aumentava a cada palavra, até ele estar quase gritando – Kurokocchi, você viu! Sabe como eu fiquei depois daquilo! Eu não vou perd...

  A voz de Aomine o interrompeu antes que pudesse terminar:

  -Ah, cale a boca, loira – a mão forte pousou em seu ombro e virou-o sem nenhuma delicadeza.

  Sérios olhos azuis escuros foram à última coisa que ele viu antes de lábios já conhecidos caírem nos seus.


Notas Finais


*Guuddopasu, Tetsu! = Bom passe, Tetsu!

É, isso aí. Até terça que vem!
Beijos, Sei-chan


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...