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História I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 25


Escrita por: LadyWhistle

Notas do Autor


Haha, olha quem voltou? Ah, eu adoro esse capítulo, e espero que os aqui presentes fãs de Midotaka façam o mesmo. Porque, basicamente, é só isso aí que tem no capítulo.

E venho avisar que já comecei a responder os comentários de vocês! *palmas* De trinta, agora só tem dezoito! Veem a eficiência da criança?

Até lá embaixo!
[CAPÍTULO NÃO REVISADO]

Capítulo 27 - Capítulo 25


Fanfic / Fanfiction I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 25

  Quando deu sete horas da noite Midorima Shintarou acenou para os médicos e enfermeiros que passavam pela recepção e saiu do hospital, esfregando os olhos por trás dos óculos. Estava cansado, com fome, e com uma sensação de derrota por não ter conseguido cumprir a promessa de levar o conteúdo da aula para Kuroko, na casa dele. Pelo menos Akashi fora em seu lugar.

  Suspirou e saiu andando pela rua. Seu item da sorte no dia era um chapéu de caubói, que agora escondia boa parte de suas madeixas cor de grama.

  Se quisesse, podia ter esperado as 21h e ir de carro com o pai, mas ele estava realmente com vontade de ir pra casa, além de que não gostava de deixar a irmã sozinha, mesmo ela já “tendo doze anos e saber se cuidar sozinha.”

  Nas ruas, as lojas e restaurantes e cafeterias estavam todos alertas, e a cidade continuava bem movimentada, misturando asiáticos e turistas.

  Tóquio nunca ficava parada.

  Midorima cogitou a ideia de parar em uma loja de conveniência por ali e comprar algo para aplacar sua fome, mas lembrou-se se que havia uma na esquina de onde morava. Se estava mesmo indo naquela direção, esperar mais um pouco não faria mal.

  Quando por fim entrou na rua de sua casa e viu as luzes da lojinha iluminarem a estrada, começou a pensar o que Shinju gostaria de comer. Um doce talvez? Ou algo gelado?

  Arrumou o chapéu na cabeça e estrou no estabelecimento. Corria as prateleiras despreocupado, sussurrando quase inconscientemente o nome dos produtos e seus preços, considerando se precisava mesmo deles e seus prós e contras, até que uma risada o interrompeu.

  -Você não mudou nada, Shin-chan – disse Takao Kazunari apoiando-se em uma vassoura e com um sorriso no rosto.

  Midorima abriu a boca, surpreso.

  -Takao?! O quê faz aqui?

  O moreno deu de ombros.

  -Eu trabalho aqui – apontou para suas roupas que, agora que ele realmente prestava atenção, eram parte do uniforme – Não queria um emprego tão perto da sua casa, mas era o único lugar disponível e que aceita menores de idade, então... – deu de ombros novamente, como se ele não se importasse, como se não fizesse diferença.

  Mas Midorima o conhecia bem o suficiente para ver através de sua máscara de indiferença, e Takao sabia disso. Inferno, ele sabia.

  -Entendo... – arrumou os óculos – Sinto muito.

  O outro riu balançando a cabeça e segurando a vassoura ao lado do corpo.

  -Por que está se desculpando? Você não tem culpa de morar... – então ele olhou para o rosto do maior, e percebeu algo. Os olhos verdes de Midorima falavam de algo que ele gostaria de esquecer, e seu rosto estava sério. Voltou a baixar a cabeça, voltando a falar, dessa vez em um tom mais baixo -... Onde mora.

  Shintarou suspirou um sorriso resignado.

  -Será que não, nanodayo? – sussurrou baixinho, mas o outro o escutou do mesmo jeito, e comprimiu os lábios, segurando o cabo da vassoura com mais força.

  -Shin-chan, eu – começou, mas Midorima deu-lhe as costas antes que pudesse terminar, indo na direção do caixa com as coisas que já tinha escolhido, decidindo que não precisava de mais nada daquele lugar. Não estava com saco pra discutir, além de ter sido a segunda vez que via Takao em menos de um mês. Seria a última, se fosse por ele.

  Kazunari fechou os olhos, irritado. Como as coisas haviam acabado daquele jeito?

  Ah, é mesmo. Ele e seus ciúmes estúpidos. Shintarou pedira inúmeras vezes para confiar nele, mas ele não o fizera. Então o esverdeado cansou.

  -Droga! – murmurou para si mesmo e olhou pra trás, mas o mais velho já havia ido embora.

  Midorima andou a passos rápidos até sua casa, resistindo à tentação de olhar pra trás. Ele e Takao haviam passado cerca de um ano juntos, e o tsundere realmente gostava do moreno, mas era impossível proteger uma relação com o ciúme do mais novo o mantendo a rédeas curtas. Mensagem há cada meia hora, querendo saber onde estava e com quem estava, lista dos seus colegas de classe, onde costumava passar as horas livres, quem eram seus amigos e conhecidos próximos.

  Ele tolerava, por saber que o moreno não fazia por mal, mas quando ele surtou ao vê-lo conversando com a filha dos vizinhos quando fora visitá-lo, Midorima terminou tudo. Naquele tempo, ele pensava em apresentar Takao como seu namorado aos amigos – que ele tinha certeza que aceitariam mesmo sendo de escolas rivais – como uma forma de mostrar que não precisava ter receios quanto às suas companhias. Mas um dia até a sua paciência precisava acabar.

  Entrou em casa e não se incomodou em trancar a porta. Seu pai chegaria em pouco tempo, de qualquer forma.

  Pousou a sacola com as compras na bancada da cozinha, gritando para avisar a irmã que estava em casa.

  Midorima Shinju apareceu saltitando pela porta pouco depois, derrapando com as meias pelo assoalho e quase caindo. Diferente dele, que apesar de puxar os olhos da mãe, era parecido com o pai, sua irmã era a perfeita mistura dos progenitores. Puxara a aparência do pai, os olhos castanhos brilhantes e cabelos verdes, que mantinha em duas tranças até os ombros, e a personalidade animada da mãe, mesmo que não acreditasse muito em destino e horóscopos. Nesse ponto era parecida com Akira.

  -Trouxe alguma coisa pra eu comer? – perguntou ao parar ao seu lado, salivando.

  -Acho que sim – respondeu começando a esvaziar a sacola, sendo bem observado pelos olhos atentos da irmã – Sabe, você poderia comprar sua própria comida, nanodayo – ralhou – Tem uma loja de conveniência na esquina.

  E sim, ela percebeu o modo como ele ficou tenso ao mencionar aquilo, mas não comentou.

  -Por que eu faria isso? – perguntou retoricamente enquanto abria um pacote de biscoitos – Eu tenho você para trazer ela pra mim – deu de ombros.

  Midorima bufou e arrumou os óculos.

  -Então, pelo menos guarde isso como agradecimento, nanodayo – acenou para as compras – Eu vou pra cama – viu a mais nova bater continência com a boca cheia e foi para o quarto.

  Massageou o ombro depois de fechar a porta, sentindo as juntas estralarem. Aguentar o treino demoníaco de Nijimura e depois ficar horas sentado em uma cadeira dura na recepção realmente acabaram com ele. Como fizera os deveres enquanto ainda estava no hospital, apenas iria tomar um banho e dormir.

  Retirou as roupas com lentidão, sentindo o corpo protestar. Sabia que, no momento em que encostasse a cabeça no travesseiro, dormiria como uma pedra.

  Como não estava com paciência para encher a banheira, seu corpo e mente concordaram em apenas uma ducha.

  Quando entrou debaixo do chuveiro e sentiu a água correr por seu corpo, negou-se a pensar em Takao. Não deixaria o moreno controlar sua vida novamente. Enquanto estavam juntos ele precisava ficar o tempo todo medindo suas ações, tomando cuidado para não demonstrar tanto afeto, ou o namorado teria uma crise de ciúmes. Até fora por aquele motivo que ele, que já era uma pessoa reservada e tímida, começou a ser conhecido com um verdadeiro tsundere.

  Balançou a cabeça com irritação. E lá estava ele, pensando no maldito novamente. Chega de banho.

  Saiu do banheiro secando os cabelos verdes e sentindo-se renovado. Xingou-se por ter esquecido os óculos em cima da cômoda ao lado da cama. Ele teria que atravessar, basicamente, o quarto todo, e com sua impressionante miopia de quatro graus, os móveis e objetos não passavam de borrões.

  Esticou as mãos a frente do corpo e foi avançando devagar, tomando cuidado com o lugar onde pisava. Tudo que não precisava era trombar em alguma coisa. Só tinha que conseguir chegar à cama, e todos os seus problemas estariam resolvidos.

   “Você consegue, Shintarou”, disse para si mesmo. “Você decorou o local de todos os móveis do quarto caso isso acontecesse. Não é difícil.”

  Mesmo assim, não saber onde ia e o que estava na sua frente era agonizante.

  Então suas mãos encontraram algo, e ele levou um susto. Vinha caminhando com os olhos fechados e contando seus passos desde a porta do banheiro, então sabia que não havia chegado em sua cama, decididamente.

  -O quê...? – confundiu-se, deixando sua mão vagar por aquela coisa, sentindo tecidos -... Roupas?

  -Shin-chan – ouviu o sussurro e arregalou os olhos ao sentir mãos quentes cobrirem as suas.

  -T-takao? – falou incrédulo, o tom de sua voz aumentando consideravelmente – O quê diabos faz aqui, nanodayo?

  Os óculos foram repentinamente colocados em seu rosto e ele pôde ver o rosto do ex-namorado. Kazunari o encarava com as bochechas coradas e olhos úmidos, além da respiração silenciosamente arfante. Midorima engoliu um seco. O que era aquela expressão? Takao, seu desgraçado!

  -Shinju-chan me deixou subir – baixou a cabeça como se estivesse envergonhado, mas sem tirar as mãos das suas, e de repente Midorima tornou-se extremamente consciente de que a única coisa que o cobria era a toalha envolta na cintura. As bochechas esquentaram – Não brigue com ela. Eu insisti – curvou os dedos, quase entrelaçando-os com os dele.

  Midorima soltou um suspiro e tentou forçar as mãos para fora do agarre do moreno, mas isso só o fez apertar mais. Takao levantou o rosto e o encarou com olhos cinzentos suplicantes.

  -Por favor, Shin-chan – implorou aproximando-se mais – Por favor.

  Shintarou abriu a boca para responder, mas fechou-a em seguida. Não conseguia. Não de novo. Ele não entendia? Não podia passar por aquele sufoco novamente.

  -Não posso – respondeu quase resignado enquanto baixava os olhos para o uniforme que o outro ainda vestia – Não me peça isso, Takao, nanodayo.

  O mais baixo pareceu ficar frenético, seus olhos correndo por seu rosto quase que de modo desesperado.

  -S-shin-chan – disse em uma espécie de gemido gago – Só desta vez. Amanhã você pode esquecer que eu estive aqui, fingir que nunca aconteceu. Por favor.

  -Takao... – soltou uma respiração que nem sabia que estava prendendo – Não dá, nanodayo. Não consigo – sua fala era dolorida, como se lamentasse (o que era mais ou menos a verdade). Sabia que, se aquilo continuasse, ele não conseguiria se controlar mais.

  Tentou recuar, mas o moreno apenas avançou os passos consigo. Midorima grunhiu e preparou-se para gritar que ele deveria soltá-lo, que deveria ir embora e que não sentia mais nada pelo mais baixo, quando viu uma lágrima sofrida correr pelo rosto adoravelmente envergonhado de Takao.

  Prendeu a respiração e jogou o bom senso pro alto. Ele cairia na sua cabeça depois, mas não importava no momento. “Ah, dane-se então”, e enterrou os dedos no uniforme da loja de conveniência para puxar o ex-namorado para si e beijá-lo com toda a mágoa que vinha guardando dentro de si desde que se separaram.

  Quer dizer, no outro dia ele podia apenas esquecer.

  Fingir que Takao nunca estivera ali.

  Fingir que nunca acontecera.

  Há, como se ele conseguisse fazer algo daquele tipo.


Notas Finais


Ta-dah! Gostaram desse novo shipp? Próximo capítulo a gente volta pra vida complicada (e agora quase inexistente) de Akakuro. Triste realidade.

Até o próximo!
Beijos, Sei-chan


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