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História I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 26


Escrita por: LadyWhistle

Notas do Autor


Hehe, voltei! Gente, tô animada. Além de ter começado mais duas estórias (Akakuro, duh), eu tô finalmente escrevendo o primeiro lemon dessa fanfic. Podem começar a gritar "aleluia", porque é bem isso. Mas que Deus me ajude, eu tô com medo de ficar ruim.

Enfim, até lá embaixo!

[CAPÍTULO NÃO REVISADO]

Capítulo 28 - Capítulo 26


Fanfic / Fanfiction I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 26

  Quando Akashi saiu do quarto de Tetsuya, o relógio já marcava quase dez horas da noite, e Shiori o esperava sentada no sofá da sala, roendo as unhas. Suspirou. Pelo visto, não teria como escapar daquela conversa.

  -Akashi-chan! – exclamou levantando-se em um pulo ao vê-lo entrar no ambiente e o encarando com arregalados olhos pedintes.

  “Ah, inferno”, praguejou. Kuroko podia não ser filho biológico daquela mulher, mas seu olhar de cachorrinho pidão com certeza era o mesmo.

  -Yo, Shiori-san – disse em um murmúrio enquanto abaixava-se e coçava atrás da cabeça do filhote de malamute do alasca, que lambeu-lhe a mão, contente por receber atenção do gigante de cabelos cor de tomate.

  A morena comprimiu os lábios e observou-o.

  -Como você está? – perguntou apesar do visível medo que tinha da resposta.

  O garoto não a olhou, apenas deu de ombros enquanto brincava com o cachorro, a face indiferente. Ainda não havia aceitado completamente o fato de que seu melhor amigo de infância era também seu irmão gêmeo. Sua mente já havia entendido, mas ainda parecia tão irreal. Tão irreal quanto ver Kuroko derramando-se em lágrimas no quarto.

  Quando deixaram a sala e subiram, Tetsuya se encolhera na cama, rodeando os joelhos com os braços e enfiando o rosto entre eles. Segundos depois Akashi ouvira seus soluços, e eles lhe cortaram o coração. Ele queria aproximar-se, abraça-lo, acariciar seus cabelos e garantir que tudo ficaria bem, mas o motivo do choro do azulado era ele.

  Então apenas ficou lá, quieto, ouvindo o lamento sofrido do menor, até que ele caísse em um sono cansado.

  -Akashi-chan – a voz da mãe do irmão trouxe-o de suas memórias, e ele contraiu os músculos – Sinto muito – disse com sinceridade – Eu devia ter contado. Não foi certo esconder de vocês.

  Ele manteve-se quieto por um momento, encarando os olhos azuis cintilantes do cão.

  -Eu também sinto muito – disse por fim, e ficou em silêncio durante todo o tempo que levou para colocar de volta seus calçados e sair pela porta.

  Shiori soltou o ar e deixou-se cair no sofá enquanto passava a mão nos olhos, segurando-se para não chorar. Ela sabia que a reação dos gêmeos seria daquele jeito, e estava preparada.

  Mas não tornava menos doloroso.

  Akashi saiu da casa e quase desmoronou. As lágrimas que vinha segurando durante todo aquele dia ameaçaram sair todas de uma vez só, e o desejo foi tão forte que ele precisou apoiar-se na parede.

  Ele segurou. Era um Akashi, não podia desesperar-se por algo tão banal quanto aquilo. Em qualquer outro momento ele adoraria descobrir que tinha um irmão. Seria algo ótimo, sem motivo algum para ficar tão triste.

  O problema era que o irmão era Kuroko. Seu amigo de infância, a pessoa por quem tinha sentimentos não-tão-fraternos, e de quem já tinha roubado três beijos – o primeiro aos dez anos de idade.

  E ele tinha certeza de que era por esse mesmo motivo que Tetsuya adormecera chorando mais cedo. Saber que o azulado também pensava em si de forma não completamente pura chegava a levantar seu ego, mesmo naquelas circunstâncias. Entretanto, por esses exatos motivos, a situação era difícil e complicada para os dois.

  Como conviveriam juntos, como irmãos, sabendo que seus corações desejavam algo mais?

  Seu pai devia ter mandado um motorista para esperar por ele depois de ir embora, pois um belo Grandeur Hyundai preto e lustroso estava estacionado na frente do quintal bem cuidado dos Kuroko. Seijuurou revirou os olhos quando viu os olhares curiosos das pessoas nas janelas das casas vizinhas. Ele supunha que aquilo não era algo frequente naquele bairro, mas por vir acontecendo bastante nas últimas semanas, acabava por chamar a atenção alheia.

  A mais interessada parecia ser uma mulher bonita de pele escura e longos cabelos negros, parada na calçada do outro lado da rua, na frente de sua própria casa, talvez. Ela tinha os olhos – ele não conseguia distinguir a cor daquela distância – estreitos, e os braços cruzados. Akashi sentia-se avaliado.

  Entã, como se controlada por um ímpeto, ela atravessou a rua e o abordou antes que pudesse chegar ao carro.

  -Ei, garoto – chamou sua atenção. O ruivo ergueu-lhe uma sobrancelha e endireitou a postura – Por que está aqui?

  O heterocrômico bufou.

  -Não devia ser eu a perguntar?

  Ela riu.

  -Sim, certo. Meu nome é Suri. Moro ali – apontou para a casa exatamente em frente – E você é Akashi Seijuurou – olhou-o curiosa.

  O garoto tentou não parecer surpreso e a encarou com superioridade, mesmo sendo mais baixo, seu olho dourado cintilando. A mãe do ás da Teiko sentiu um arrepio subir por sua espinha.

  -E como sabe quem eu sou? – perguntou friamente.

  Suri negou-se a deixar o medo transparecer e voltou a observar o mais novo. Era quase como olhar para Tetsuya, tirando, claro, os olhos e os cabelos. A semelhança a incomodava.

  -Shiori me contou sobre... – fez alguns gestos estranhos com as mãos, como se esperasse que ele entendesse – Tudo. O que vem acontecendo.

  Mesmo sendo vários anos mais velha que aquela criança, Aomine Suri não conseguiu sustentar seu olhar indecifrável.

  Akashi não tinha certeza de como se sentia com aquela informação. Não sabia se devia deixar pra lá, ou importar-se com o fato da mãe de Kuroko sair espalhando assuntos pessoais e familiares com pessoas que não eram eles e nem da família.

  -Eu preciso ir pra casa – disse enquanto se desviava da mulher e ia na direção do carro, onde o chofer já saia de trás do banco do motorista e abria  a porta para ele entrar.

  A voz dela alcançou-lhe enquanto colocava uma perna para dento do veículo.

  -Você pode tentar esconder, mas está escrito no seu rosto – Akashi virou o tronco para vê-la encarando-o séria – Não pode fugir disso.

  Ele fechou a porta, e foi embora.

  É cômico pra mim, Vossa Graça, que nunca estive em tal situação, pensar em como Seijuurou sempre fora quem mais escondia seus sentimentos, embora quem soubesse falsifica-los com perfeição tenha sido meu adorável Tetsuya.

  E gosto de pensar que os conheci bem.

  Você vê, Vossa Graça, como a personalidade dessas duas crianças se coincide e completa? Se percebe, lhe peço, não os abandone agora. Deve estar impaciente, reconheço, mas não acha esse amor proibido excitante?

  Suri observou o Hyundai desaparecer de vista antes de virar-se e entrar na casa dos Kuroko, encontrando Shiori sentada no sofá com os olhos fixos à frente, parecendo nem notar as lágrimas que corriam por seu rosto, e assustou-se quando a amiga colocou os braços ao seu redor e a abraçou.

  -Você sempre pode me contar o que aconteceu, sabe? – inqueriu a Aomine depois de alguns minutos em silêncio. Nigou enfiou-se entre elas, parecendo sentir que precisavam de carinho, e Suri coçou-lhe atrás da orelha.

  A mais baixa suspirou e afastou-se, virando-se para se deitar, descansando a cabeça no colo da melhor amiga.

  -Quando foi que tudo ficou assim? – perguntou retórica e melancolicamente.

  -Acho que sempre foi desse jeito, mas estávamos todos muito presos às nossas bolhas de felicidade que acabamos por não perceber – disse após pensar um pouco.

  Uma lágrima correu do canto do olho de Shiori, e a amiga limpou-a delicadamente, como uma mãe cuidando do machucado de seu filhote.

  Mas aquele era um ferimento que o Merthiolate não podia curar.

  Era uma ferida no coração.

  -Ele disse que quer passar um tempo com o Tetsu – chorou Shiori, e Suri apertou os lábios – Akashi-dono. Quer que o meu Tetsu vá passar os fins de semana com ele e o filho.

  -E o que você respondeu? – perguntou com calma, tentando manter o rosto limpo. Shiori precisava de apoio no momento, não podiam as duas desmoronarem.

  Os olhos dourados a encararam aflitos.

  -Disse que a decisão é do Tetsu! – disse quase histérica, e Suri começou a acariciar seu couro cabeludo, tentando acalmá-la – Mas... – mordeu o lábio e parou.

  Suri não queria pressioná-la, forçá-la, mas se fosse ajudar, precisava do máximo de informações possíveis, ou que a outra conseguisse dar. Se a morena se fechasse naquele momento, acabaria prejudicando ambas.

  -“Mas” o quê, Shiori?

  -E se ele quiser ficar lá? – respondeu extremamente baixo, tanto que ela quase não ouviu. Quando entendeu, olhou a miga repreensiva, mas esta continuou antes que pudesse falar qualquer coisa – Quero dizer, e se o Akashi-dono e o Akashi-chan derem a ele uma vida melhor do que a que tem aqui, ou até mesmo consigam curar sua doença? Eles têm acesso a muito dinheiro, e isso pode trazer médicos incríveis de onde for! Eu sei disso! – ela falava quase sem parar pra respirar – E também sei até onde vai a gentileza do meu filho. E se ele quiser retribuir ficando pra morar com o pai e o irmão? E se...?

  Suri tapou a boca da amiga, não aguentando mais ouvir as bobagens que se derramavam dela. A mais baixa a olhou surpresa.

  -Pense antes de falar, Shiori – disse exasperada – É impossível o Tetsu querer fazer parte do clube dos ruivos. Ele ama você. Você mesma disse: é a mãe dele, não importa de quem nasceu. Aqueles dois podem ter o mesmo sangue do Tetsu-chan, mas não são a família dele, você é. Talvez um dia eles até façam parte dela, mas você sempre estaria lá também, Shiori – sorriu de leve – E eu não queria ter que te falar algo óbvio, que o mundo inteiro grita, mas parece que você não entende... Mãe é quem cria. Essa mulher, Kyoko, deu à luz ao Tetsu e teve a mesma doença, mas isso não importa mais, e o motivo trágico que o trouxe até você, também não. Tetsu-chan é seu filho, e nada pode mudar isso. Nem mesmo os esforços de um bando de cabeças de fogo.

  A última frase a fez dar risada e Nigou latiu, feliz por sua dona começar a ficar melhor.

  -Obrigada, Suri – disse honestamente, segurando a mão da amiga com ternura – Eu precisava dessas palavras. Você sempre me ajuda.

  A vizinha riu e ajeitou-se mais confortavelmente no sofá, ainda com a cabeça da outra no colo.

  -Se eu não fizer quem fará? Você não sobreviveria sem mim – gabou-se divertida,

  -Ah, eu encontraria um jeito – entrou na brincadeira, mas a outra tinha uma resposta preparada.

  -Bem, Akira-kun sempre ficaria feliz em ajuda-la, mesmo – maliciou, e o rosto de Shiori ficou tão vermelho quanto morangos.

  Suri explodiu em gargalhadas. Sentia falta daquilo. Há muito tempo que ela e a melhor amiga não se juntavam e fofocavam, Eram tempos tristes. Ficava feliz de passar aqueles momentos com ela, mesmo que por causa de uma situação tão complicada.

  Depois de quase meia-hora de conversa e provocações, Suri levantou-se para ir embora.

  -Você devia falar sobre os fins de semana com o Tetsu – disse colocando os calçados.

  A mais nova concordou com a cabeça, parecendo infinitamente mais leve do que quando a amiga chegara.

  -Vou fazer isso amanhã. Ele deve estar dormindo agora.

  Suri deu-lhe um abraço rápido e foi saindo.

  -Chame se precisar de ajuda! – gritou enquanto atravessava a rua e entrava em casa.

  -Eu vou – sussurrou Shiori antes de encostar a porta. Precisava descansar. Fora um dia cheio demais. 


Notas Finais


A Suri é ou não um amor? Eu geralmente não gosto dos personagens femininos em qualquer coisa que seja, mas eu gosto dela. Só não sei por quem o Aomine puxou, hehe

E os gêmeos? Coitadinhos, tão sofrendo os dois. Assim não dá. Akakuro tá todo complicado, mas esperamos que eles fiquem bem logo!

Até o próximo!
Beijos, Sei-chan

OBS: Eu ainda tô respondendo os comentários, juro, então guardem as tochas e forcados que logo chega a sua vez!


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