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História I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 27


Escrita por: LadyWhistle

Notas do Autor


Nossa, eu jurava que não ia dar tempo de postar hoje. Eu sou o Flash. Se eu dissesse que comecei a digitar esse capítulo uma hora e meia atrás, e terminei as 23h, acreditem, eu sou incrível. E isso é um milagre, hehe
Ele capítulo tem bastante quebras de tempo, mas são necessárias, e qualquer erro que vocês encontrarem, culpem meu sono. Tô quase dormindo enquanto escrevo isso, sem mentira, e meu gato (Banguela, seu lindo <3) tá esparramado no meu colo, meio que me ordenando pra dormir com ele. Gatos são animais maravilhosos, e entendem minha necessidade de dormir tanto quanto eles melhor do que ninguém.
Ah, finalmente vai aparecer um pouco de Kiyohyu (Kiyoshi x Hyuuga)! Essa é a primeira vez que eu escreve - e leio, também - sobre esse casal, então me perdoem se estiver horrível.
E o "Vossa Graça" aparece! Iuupi!! Tô vendo vocês pularem de animação com essa notícia, hehe

Enfim, boa leitura!
[CAPÍTULO NÃO-REVISADO PORQUE TÔ COM SONO]

Capítulo 29 - Capítulo 27


Fanfic / Fanfiction I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 27

  A porta da mansão bateu com força quando o jovem mestre daquela família entrou, fazendo os empregados saltarem com o susto.

  -Seijuurou-sama? – perguntou o mordomo, alguém de quem ele não se interessara em lembrar o nome, observando-o com o cenho franzido em preocupação.

  Akashi o encarou e o pobre homem deu um passo pra trás com a fúria que viu nos olhos bicolores de seu jovem senhor.

  -Onde está o meu pai? – rosnou, deliciando-se com o terror estampado no rosto do mordomo. Sabia que não era justo descontar sua raiva naquela pessoa, mas pouco importava. Gritar com seu pai era uma ideia inconcebível, então ele gritaria com todos os outros que aparecessem em sua frente.

  -A-akashi-sama e-está em seu escritório – engoliu um seco, ainda em posição defensiva – M-mas eu c-creio que ele não deseja ser incomodado.

  Akashi deu-lhe um olhar afiado e passou pelo mordomo sem responde-lo. Não ia perder tempo com meros plebeus naquele momento.

  Só lhe importava discutir um assunto importante com seu pai.

  Um assunto extremamente importante.

  Importante como ter um irmão gêmeo.

  Muito importante.

  Controlou seu temperamento e a segunda personalidade que sussurrava-lhe para arrombar a porá e sufocar o homem atrás dela até a morte, e deu batidinhas na madeira.

  Ouviu o sorriso na voz de seu pai quando ele o mandou entrar, e cerrou a mandíbula.

  Akashi Masaomi estava sentado atrás de sua mesa de mogno, parecendo respeitável e sério de um jeito que fazia seu filho ter vontade de lhe quebrar os dentes com um soco.

  O que, claro, não aconteceria.

  -Seijuurou – disse o homem em um sorrisinho sem mostrar os dentes (por medo de tê-los quebrados, talvez) – Suponho que tenha algo para me dizer.

  Akashi respirou fundo para se acalmar e entrou mais no cômodo, parando bem em frente à mesa.

  -Por que nunca me contou? – disse olhando dentro dos olhos de seu progenitor, desafiando-o. Provavelmente se arrependeria disso mais tarde, mas estava cansado de precisar medir suas palavras sempre que estava perto deste. Naquele momento, estava cansado de ter medo.

  Masaomi suspirou, parecendo desapontado.

  -É só isso que quer? Nada mais? – gesticulou com as mãos – Saia, Seijuurou.

  -Não! – elevou a voz, fazendo o pai erguer as sobrancelhas em sua direção. Akashi sabia que estava passando dos limites. Além de erguer a voz para o outro home, sendo ele quem era, também estava o estava contestando e questionando, o que com certeza lhe renderia um severo castigo mais tarde – Disse que minha mãe havia proibido, mas não é só isso. Você não dava a mínima para o que ela pensava.

  Os olhos do mais velho tornaram-se afiados.

  -Cuidado com a língua, criança – disse suavemente, mas seria melhor se tivesse gritado. Seu pai era alguém que nunca vira realmente com raiva, mas que o assustava como o inferno.

  -Só me diga. Eu tenho direito de saber! Eu... – não terminou, pois o pai bateu com o punho na mesa, a expressão falsamente amigável nunca saindo de sua face.

  -Você não tem direito algum. É meu filho, me pertence. É meu herdeiro, Seijuurou, por mais incompetente que seja, e vai liderar a minha empresa um dia. Até lá, você não pode falar, ver ou ouvir sem que eu permita, estamos entendidos?

  Akashi não esboçou reação, mas deixou que o ódio brilhasse em seus olhos dicromáticos. Por que ainda deixava que aquelas palavras duras atingissem seu coração? Coração que já devia estar congelado há anos?

  Suspirou e curvou-se antes de deixar a sala, sentindo o olhar triunfante do pai queimar um buraco em suas costas enquanto mais uma vez via seu filho, seu boneco de ventríloquo, baixar a cabeça e acatar a ordem.

  A questão é que quando o amor de um pai e de um filho se perde, Vossa Graça, é impossível recuperá-lo novamente. Não importa quantos perdões sejam ditos e quantas súplicas choradas, sempre haverá uma semente de desconfiança no coração de cada um deles.

  E ninguém é capaz de mudar isso.

***

  Quando Kiyoshi saiu de casa naquela manhã, pronto para enfrentar a sexta-feira fria, havia um garoto encostado distraidamente no seu carro estacionado na rua, mexendo no celular e arrumando os óculos que escorregavam por seu nariz ocasionalmente.

  Riu em meio a um suspiro e andou na direção dele, aninhando a pasta de couro marrom debaixo do braço e pescando as chaves do carro no bolso do sobretudo negro.

  -É bem, cedo, Hyuuga-kun – disse ao parar na frente dele. O jovem ergueu a cabeça e o encarou com irritação – Cedo demais pra tanto mau-humor – sorriu divertido.

  Hyuuga Junpei bufou em alto e bom som, e empurrou o celular para dentro do bolso lateral na mochila.

  -Se continuar com as piadinhas, vou embora – avisou irritadiço, os olhos verdes estreitando-se por trás das lentes.

  Kiyoshi riu e deu a volta no veículo, destravando-o.

  -Vamos, entre – gesticulou com a mão – Eu o deixo na escola.

  -Não preciso de carona – ouviu-o murmurar, mas o garoto acabou entrando no carro, como Kiyoshi sabia que ele faria.

  Não conversaram durante boa parte do caminho, apenas ouvindo as músicas que tocavam no rádio.

  -Você não estava no jogo duas semanas atrás – disse Hyuuga alguns minutos antes de chegarem ao Colégio Seirin.

  O professor o olhou lateralmente por um momento, logo voltando a olhar para a estrada.

  -Seria estranho se eu fosse, as pessoas podiam desconfiar – era uma desculpa esfarrapada, e ele sabia.

  Hyuuga soltou um riso de escárnio que ecoou no peito do mais velho.

  -Acha que sou idiota, Kiyoshi? – debochou retoricamente – Sei que estava com ela. Com a sua noiva – Teppei não soube interpretar o tom que o adolescente usara para se referir àquela pessoa.

  Lentamente, concordou com a cabeça.

  -Sim. Eu levei Riko ao cinema.

  Como se esperava, Kiyoshi sabia que o errado daquela história toda era ele.

  Ele era quem tinha uma noiva.

  Ele era quem começara a sentir atração por um estudante do ensino médio.

  Ele era quem dormia com os dois ao mesmo tempo.

  Ele era quem dizia para ambos que os amava.

  Ele era quem brincava com os sentimentos dos dois.

  Ele era quem traía.

  Ele era quem não conseguia decidir entre um e outro.

  E, que o Diabo o levasse, era ele que insistia em continuar com ambas as relações e gostava.

  Mas Riko não sabia da existência de Hyuuga, e Kiyoshi sempre procurava tomar cuidado com as palavras perto dela, não podia deixar escapar nada.

  Junpei deu uma risada sem humor e fuzilou o rádio do carro, mesmo que o aparelho não tivesse culpa alguma.

  -Certo. Avise da próxima vez que não puder cumprir sua promessa pra sair com sua noivinha, eu agradeceria.

  O professor estacionou o carro no lado oposto da rua, bem em frente ao Colégio Seirin, desligou o carro, e torceu o corpo na direção do adolescente.

  -Foi de última hora, eu não consegui mandar uma mensagem. Sinto muito – foi sincero, mas Hyuuga não estava ligando, e já abria a porta para sair.

  -Tchau, Kiyoshi – disse antes de sair do carro.

  Suspirou enquanto atravessava a rua na direção da entrada da escola. Já estava mais do que na hora de terminar aquele relacionamento conturbado e secreto que tinha com o professor da escola rival. Aquilo o machucava e machucava a noiva de Kiyoshi também, mesmo ela estando ignorante quanto àquele assunto.

  Ele era um imbecil por acreditar nas falsas declarações de Kiyoshi quando estavam juntos.

  -Você está bem, Hyuuga-senpai? – perguntou alguém começando a andar ao seu lado. Era um kouhai, companheiro de time, chamado Himuro Tatsuya. O olho verde que ele deixava à mostra o avaliava com preocupação.

  -Ah, estou sim, Himuro – tentou sorrir – Apenas acordei de mau-humor esta manhã.

  O emo fez uma careta estranha, como se a fala o divertisse, mas não comentou.

  -Encontrei com At... Murasakibara ontem – falou após um tempo. Hyuuga o olhou surpreso – Fomos em uma lanchonete.

  Junpei achava aquela velha história de ser inimigo de integrantes de outros times fora da quadra bobagem, então não ficaria bravo com o mais novo pelo passeio, só não entendia o porquê de Himuro estar contando aquilo a ele. Nunca foram muito próximos.

  -Oh, verdade? – trabalhou para não deixar a confusão aparecer em sua face, mas pelo olhar do outro não fora muito bem-sucedido.

  -É difícil, não é? – disse quase com resignação – Querer alguém fora de seus limites.

  E durante o resto do dia os olhos compreensivos e as palavras de Himuro Tatsuya o perseguiram.

***

  Quando Kuroko Tetsuya saiu do banho naquela manhã de sexta-feira, apoiando-se pelas paredes, totalmente vestido e pronto para a aula, sua mãe estava sentada na borda da cama, esperando-o.

  Shiori olhava para um quadro na escrivaninha do filho, onde dois garotinhos, um de cabelos vermelhos e outro de cabelos azuis, faziam uma pose para a foto. Como nunca notara antes? Como pudera ser tão cega?

  - Okaa-san – a palavra a atingiu como um soco, e ela se encolheu visivelmente. Ainda tinha o direito de ser chamada daquele modo?

  -Tetsu – disse de volta, e o adolescente mordeu o lábio inferior levemente antes de deixar a cabeça cair para o lado.

  -Eu só não entendo por que não me contou. Akashi-san deu a entender que já sabia há algum tempo. Por que escondeu?

  A mulher torceu as mãos e olhou para o colo quando seu menino sentou ao seu lado, tão leve que a cama quase não afundou. Aquilo enviou outra pontada ao seu coração de mãe.

  -Não sabia como contar – admitiu ela – Depois de saber que você e o Akashi-chan eram amigos, ficou ainda mais difícil. Eu não sabia como... – hesitou, a imagem do rosto de seu filho quando saiu do banheiro, os olhos avermelhados e inchados indicando o quanto ele havia chorado, impressa em sua mente como com ferro – Como você iria reagir.

  Tetsuya ficou em silêncio por um longo momento, os olhos azuis queimando sobre ela. O mesmo azul que coloria a íris direita de Akashi Masaomi.

  -Entendo – disse apenas, e ela sabia que ele havia entendido mesmo, entendido muito mais do que explicara, e aquilo a assustava de certa forma.

  O caminho para a escola foi silencioso.


Notas Finais


E foi isso! Espero que tenham gostado! Tô sem paciência e com sono demais pra elaborar as notas finais então fica por isso mesmo!
Até o próximo!
Beijos, Sei-chan


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