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História I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 28


Escrita por: LadyWhistle

Notas do Autor


Gente, eu acho que finalmente sei como os pedreiros da Muralha da China se sentiram quando terminaram ela. Uma eternidade construindo, a ponto de o início já ta velho quando o cimento do fim ainda seca. EU FINALMENTE ACABEI O LEMON, VOCÊS ACREDITAM? To comemorando aqui. Terminei ele fim de semana, depois de mais de duas semanas escrevendo. Os capítulos tão tudo atrasado agora, mas a gente corre atrás e consegue driblar isso, então comemoremos!
Tô com medo de quando for escrever o próximo. Escrever lemonadas sempre foi assim tão difícil?
Esse capítulo aqui é o que vocês podem chamar de "início de um novo arco". Enfiei mais um personagem? Sim, eu fiz. Ele é vilão? Obviamente. Os pensamentos do Akashi em itálico são o Imperador falando na cabeça dele? Talvez, tirem suas próprias conclusões.
Minha ideia é ir encerrando a fic depois que passar por essa parte, mas eu sou uma pessoa que inconscientemente fala, escreve, tanto faz, muita coisa desnecessária. Pode ser que eu estenda ela mais, mas vamos ver. Mas se preocupem não, essa parte é comprida. Nos meus rascunhos, eu ainda nem terminei de escrever ela (em parte porque tô com dificuldadezinhas pra desenvolver, mas enfim).
Pode não parecer, mas esse capítulo é importante. Mais ou menos, mas importante.
Espero que gostem!

[CAPÍTULO NÃO REVISADO]

Capítulo 30 - Capítulo 28


Fanfic / Fanfiction I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 28

  -Tetsu! – chamou sua mãe ao telefone durante o intervalo.

  -Okaa-san? – atendeu afastando-se um pouco de onde estava sentado com os amigos em busca de privacidade. Depois da conversa naquela manhã o clima entre eles se tornara estranho, até mesmo seus amigos haviam percebido.

  Mas ele e Akashi não contaram. Ainda não. O único que sabia era Midorima, mas ele também parecia distante naquele dia, e nem contestara a decisão.

  -Eu, hum, preciso que avise o seu treinador que vai faltar o treino amanhã – disse em uma voz cautelosa. Kuroko culpou-se por aquilo. Se não tivesse puxado o assunto quando estavam em casa, talvez Shiori não ficasse com tanto medo de conversar com ele.

  Franziu o cenho.

  -Vou dizer a ele, mas eu não sabia que teria que faltar – disse inquiridor. O resto de sua trupe o encarava, tentando pegar traços da conversa (Kise, em especial), menos o ruivo. Ele já sabia do que se tratava.

  Shiori respirou fundo do outro lado da linha, tentando juntar coragem para prosseguir a conversação.

  -Você passara o fim de semana na casa do Akashi-dono, meu filho.

***

  Naquele dia Akashi estava fazendo o máximo para evitar seu “irmão”. E era tão, tão difícil! Mas ele não iria se aproximar de Tetsuya, não como ele queria fazer. Seus sentimentos eram feios e errados, e ele tinha que esquecê-los.

  E pra isso, ele deveria afastar-se o máximo que podia do azulado, o máximo que podia...

  -Akashi-kun – chamou a voz de Kuroko, fazendo-o saltar. Desde quando o menor estava ali?

  Afastar-se o máximo possível.

  A expressão no rosto do azulado lhe quebrou o coração – o coração que congelara havia muito tempo, mas que com a volta dele para perto de Kuroko, talvez voltasse a bater. Ele mantinha o olhar baixo e os músculos tensos, e seus pés pareciam não saber se ele devia ficar ou ir embora.

  -Tetsuya – a voz de Akashi estava rouca, como se a não usasse há muito tempo. E assim era, pois ele não dizia uma palavra desde a discussão com o pai na noite anterior, em um voto de silêncio auto imposto, em luto pelos sentimentos que assassinara.

  Kuroko pareceu surpreso, não esperava que o irmão o respondesse. Respirou fundo.

  -V-você pode ir comigo até o Shirogane-sensei? – perguntou hesitante, com medo de o ruivo rechaça-lo. Eles ainda não haviam conversado sobre o tão importante assunto do dia anterior, e nem sobre o que acontecera antes dele ser abordado.

  Kuroko estava com tanta vergonha de ter chorado na frente do amigo! Logo ele, que nunca se deixava abalar por nada. E Akashi não dissera nada durante todo o tempo em que chorara até dormir. Apenas ficara lá, sentado, encostado na porta.

  Seijuurou continuou olhando-o, analisando e estudando suas reações, e Kuroko lutou para não demonstrar nada. O olhar bicolor de Akashi desnudava-o, parecia olha sua alma, obriga-la a abrir-se pra ele.

  -Claro – concordou antes de se virar de costas e sair andando na direção do ginásio. O azulado soltou o ar que nem sabia que estava prendendo e apressou-se para acompanha-lo.

  Hesitou, desacelerando seus passos e passando a andar atrás do mais velho. Não conseguia aceitar o fato de serem irmãos – gêmeos, pelo amor de Deus –, e não conseguiria lidar caso alguém os parasse e comentasse como eram parecidos.

  Esse movimento não passou despercebido por Akashi, mas ele não comentou. Naquele dia, estava sendo desconcertantemente difícil pra ele ignorar Tetsuya, mesmo com a falta de presença. Os olhos do irmão o chamavam; os cheiro do irmão o atraía; a fragilidade do irmão despertava um lado seu que ele acreditava ter morrido quando mudou-se para a Inglaterra.

  Mas, pelo bem do irmão, pelo bem do seu Tetsu-chan, ele faria. Agiria com frieza e indiferença como se o dia anterior nunca tivesse acontecido, como se nunca houvesse beijado aqueles lábios avermelhados...

  Tetsuya tem cheiro de baunilha.

  ...e o prendido na cama. Nunca acontecera, e não significava nada. Ele não sentira nada com aquele pequeno episódio.

  Mentiroso, mentiroso, mentiroso.

  Então ele ia apenas esquecer, e se comportar como a situação exigia: um irmão, apenas.

  A boca de Tetsuya era pequena e quente...

  -Akashi-kun? Você está bem? Parece pálido.

  Como será seu interior?

  Piscou fora de seus pensamentos e virou-se para encontrar Kuroko encarando-o preocupado. Por quê? O que fizera?

  Ah.

  -Desculpe – voltou a andar. Aparentemente, em meio a seus pensamentos libidinosos, Akashi havia parado de caminhar – só estou com muita coisa na cabeça.

  O menor encolheu-se, e ele imediatamente arrependeu-se de suas palavras.

  -Sinto muito. Eu não devia incomodá-lo com isso.

  Ambos sabiam que ele não se referia àquela visita repentina ao treinador.

  -Está tudo bem – abanou com a mão em um gesto de descaso, rezando para a porta do ginásio aparecer logo para ele poder focar sua atenção em algo que não fosse o corpo pequeno movimentando-se atrás de si.

  Movimentando-se... Pra cima e para baixo...

  Tetsuya é tão pequeno.

  Má escolha de palavras. Xingou-se e balançou a cabeça mentalmente como se para espantar aqueles pensamentos. Eles não trariam nada de bom, apenas um momento com a mão no banheiro.

  -Não me importo de acompanha-lo – conseguiu concluir com esforço. Estava começando a suar. Controle-se, Akashi.

  Tetsuya tem a pele tão branquinha...

  -Eu suponho que já sabe do fim de semana – disse o pequeno, tentando não deixar o assunto morrer e dar lugar a um silêncio incômodo.

  As marcas que fizer nela serão impossíveis de esconder...

  -Sim – concordou flexionando os dedos, lutando para afastar aqueles pensamentos impuros – Meu pai me disse isso essa manhã.

  Tetsuya passará dois dias dormindo no quarto ao lado...

  Kuroko fez um biquinho e ele precisou segurar-se para não mordê-lo.

  -Espero não atrapalhar sua rotina com a minha chegada, Akashi-kun.

  Será que ele dorme vestido?

  O ruivo abanou com os dedos em um gesto de descaso, mandando seu pequeno amigo lá embaixo se aquietar.

  -Não fique pensando em besteiras, Tetsuya. Se meu pai o convidou, ele tem certeza de que quer você lá.

  É realmente uma coisa boa que os quartos tenham isolamento acústico, Tetsu...

  Aquelas palavras ditas junto com o tom frio não passaram desapercebidas por Kuroko, que baixou os olhos tristemente. “Meu pai o convidou”. Então Akashi realmente não o queria lá.

  Você parece do tipo que faz barulho quando geme.

  -Entendo – disse cabisbaixo.

  Tetsuya tem gosto de baunilha.

  Akashi quase gritou de alívio quando viraram uma curva e a porta do ginásio apareceu em seu campo de visão. Apressou o passo inconscientemente. Faria uma visita ao banheiro enquanto Kuroko conversava com o treinador.

  A pele de Tetsuya fica linda corada.

  -Shirogane-sensei? – disse Kuroko um pouco mais alto que o habitual olhando para os lados em busca do homem de cabelos grisalhos.

  -Kuroko-kun? – exclamou o treinador saindo do vestiário com um semblante surpreso. Não era comum ter o jogador fantasma  ali naquela hora, principalmente em um dia sem treino – Akashi-kun também? Precisam de algo?

  -Vou ao banheiro, Tetsuya – disse o ruivo antes de se afastar a passos rápidos.

  Os olhos de Tetsuya brilhariam até na penumbra do quarto.

  -Algum problema, Kuroko-kun? – perguntou Shirogane com um sorriso gentil.

  O menor pareceu envergonhado.

  -Quero avisar que eu e o Akashi-kun não poderemos vir ao treino de amanhã, Shirogane-sensei – disse baixo enquanto olhava para o chão.

  O homem ergueu as sobrancelhas.

  -Aconteceu alguma coisa? – tenteou ajudar. Kuroko apreciava o gesto, mas não sabia se podia contar a outras pessoas sobre seu parentesco com o ruivo. Nem seus amigos sabiam, parecia errado contar primeiro ao treinador.

  -Nada com que precise se preocupar sensei – tossiu, sua voz arranhando. Ela estava assim desde sua última crise severa no meio da noite, três semanas antes. Ele não contara a mãe, ela já tinha coisas suficientes com as quais se preocupar, e também não queria pensar sobre o que aquilo significava – Aconteceram algumas coisas e eu vou passar o fim de semana na casa do Akashi-kun.

  Eh? Os olhos do senhor pareciam ter se estreitado um pouco, mas logo desapareceu. Teria sido sua imaginação em conjunto com os olhos cansados?

  -Posso ajudar em algo? – colocou a mão no ombro do adolescentes, interpretando mal seu jeito infeliz.

  Kuroko logo tratou de levantar o rosto e colocar uma expressão calma e neutra para o outro ver. Bem, era seu semblante usual.

  -Agradeço, Shirogane-sensei. Mas não é nada grave, de verdade. Só vim dizer que faltaríamos o treino amanhã.

  -Obrigado por avisar, Kuroko-kun.

  -Tetsuya! – disse a voz de Akashi e ambos se viraram para vê-lo andar na direção deles com os passos calculados de um leão – Terminou sua conversa?

  O azulado assentiu.

  -Sim, Akashi-kun – deu um passo pra trás e o treinador tirou a mão de seu ombro com o rosto inexpressivo.

  -Ótimo – fez um gesto na direção da porta – Vamos?

  Kuroko fez que sim e voltou o olhar para o treinador do clube de basquete, curvando-se em agradecimento.

  -Arigato, Shirogane-sensei – disse antes de seguir o irmão para fora do ginásio. O homem os observou sair.

  Quando a porta do lugar bateu, Shirogane trincou os dentes com tanta força que foi surpreendente eles não quebrarem, e pescou o celular no bolso traseiro da calça, discando os números tão conhecidos por si com fúria e brutalidade.

  -Alô? – disse a voz sonolenta e preguiçosa de Hanamiya Makoto do outro lado da linha.

  -Temos um problema.


Notas Finais


Aaeeee! O que acharam desse "prólogo do novo arco"? Eu me diverti muito escrevendo isso, sério. Amo o Imperador, esse lindo sádico desgraçado.
Até o próximo!
Beijos, Sei-chan


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