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História I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 30


Escrita por: LadyWhistle

Notas do Autor


Tô aqui na hora certa, viram? Eu disse que não ia atrasar mais.
Me enrolei um pouco pra conseguir passar o capítulo todo pro computador, mas deu certo! Yay!

Só não tenho muito pra dizer. Quero só ver a reação de vocês nesse capítulo, hehe

Até lá embaixo!

[CAPÍTULO NÃO REVISADO]

Capítulo 32 - Capítulo 30


Fanfic / Fanfiction I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 30

Algumas horas mais cedo...

  Kuroko suspirou ao colocar a última muda de roupa na mala, fechando o zíper em seguida. Aparentemente, o pai de Akashi havia mandando preparar um quarto para ele, de acordo com suas preferências – que ele conseguira com Shiori. Dito isso, ele ligara na noite anterior, pedindo que levasse algumas peças do seu vestuário e deixasse-as no armário de lá.

  Ele não queria pensar no que isso significava. Não queria pensar em nada.

  -Tetsu – chamou sua mãe do andar de baixo – Já está pronto, querido?

  Era estranho como seu relacionamento com Shiori estava bom aquela manhã, especialmente depois dos tensos tempos que vinham tendo. Mas ele entendia. Entendia, mas doía do mesmo jeito. Era como se ela estivesse esforçando-se ao máximo para tudo parecer como sempre fora: os dois juntos, rindo e brincando, cooperando para terem bons dias.

  Era como se ela quisesse que ele levasse aquela última lembrança daquela casa, e dela mesma.

  Não era como se ele nunca mais fosse vê-la, ou se nunca mais fosse morar ali, não é?

  -Sim! Já vou descer, okaa-s... – tossiu secamente, a garganta arranhando e doendo. Seus olhos ficaram tristes. Ele teria que dar um jeito naquilo logo.

  -O motorista que o Akashi-dono disse que mandaria já está aqui – ela não tinha percebido a interrupção abrupta em sua fala. Que bom – Você não deve deixa-lo esperando, é falta de educação!

  Kuroko suspirou uma risada e pegou a mala, começando o lento processo de chegar até o andar de baixo enquanto escutava a voz de um homem responder.

  -Por favor, não se preocupe com isso, Shiori-dono – esse devia ser o tal motorista que o pai de Akashi mandara.

  “Pai de Akashi”. Sim. Ele ainda não conseguia pensar naquele homem frio e calculista como pai, como da família. Para Tetsuya, o único jeito que conseguia ver Akashi Masaomi era: “O homem que contribuiu com metade dos meus genes”, e mesmo esse título era difícil de aceitar. Será que chegaria o dia em que esse fato mudaria?

  Alcançou a escada e começou a descer, seus músculos frágeis protestando pelo esforço extra.

  Mas ele não chamaria ajuda. Não iria incomodar alguém que nem conhecia, e sua mãe tinha mais o que fazer para ajuda-lo a lidar com as próprias fraquezas.

  -Akashi-sama disse-me apenas para chegar antes do almoço – continuou o homem gentilmente. Sua voz era tenra e calma, e passava uma sensação de paz. Tetsuya gostou dele de imediato, mesmo ainda não tendo visto seu rosto – Por favor, não se incomode com o tempo, Tetsuya-sama.

  Aquilo quase o fez tropeçar nas escadas. “Sama” era um sufixo que ele realmente nunca havia associado a si mesmo. Bem, com aquela grande reviravolta em sua vida – que ele também não esperava, só pra deixar registrado –, ele supunha que deveria começar a se acostumar com essas pequenas mudanças. Não seria fácil, mas ele tentaria.

  Quando por fim chegou ao pé da escada, Kuroko precisou parar para recuperar o fôlego, soltando a mala e apoiando-se no corrimão com as duas mãos.

  O estrondo do couro batendo no chão chamou a atenção dos presentes na sala, que correram ao ver o pequeno sem forças, pálido e suando.

  -Tetsu! Por que não pediu ajuda, querido?

  Realmente, sua decisão de descer a bagagem sozinho não foi uma das mais inteligentes que já tivera.

  Shiori suspirou. Sabia que seu filho era um cabeça-dura teimoso, mas ele também era inteligente e sabia das consequências de uma ação impensada.

  Tudo aquilo para não preocupa-la, francamente.

  -Vou pegar um lenço para secarmos todo esse suor – acariciou o rosto bonito do seu menino e começou a afastar-se na direção da cozinha.

  -Precisa de ajuda com algo, Shiori-dono? – perguntou o motorista aproximando-se do garoto fraco. Arregalou os olhos. Seu patrão havia lhe dito que a criança que estava indo buscar era extremamente parecida com o jovem mestre, mas não achava que a semelhança seria tanta.

  O formato do rosto e do nariz, dos olhos e da boca, tudo era igual. Igual de um jeito assustador, pois onde os olhos de Kuroko Tetsuya brilhavam em pureza e inocência, os de Akashi Seijuurou transbordavam de malícia e desprezo.

  A semelhança de meus meninos é quase absoluta, não concorda, Vossa Graça? Mas, como notou esse bom senhor, suas diferenças talvez sejam ainda maiores. Acho que isso era esperado, não é verdade? Para resistir ao tempo e às épocas, sempre mudando e mudando, as almas que nasceram para crescerem juntas também devem fazê-lo.

  Sempre mudando, mudando, mudando.

  Enquanto sabia que o homem o analisava, Tetsuya resolveu estuda-lo de volta. Devia estar na casa dos sessenta anos, os cabelos quase completamente acinzentados, gentis olhos verdes e um semblante gentil coberto por rugas. Aquele rosto encaixava-se perfeitamente com a voz que ouvira antes.

  -Você é o motorista? – perguntou, a voz arranhando na garganta e saindo tão baixa que parecia sussurrada. Ainda estava ofegante, sua respiração saia em lufadas, mas aos poucos começava a se acalmar. Tudo aquilo só por descer as escadas com uma mala. O quê faria quando mesmo o peso do próprio corpo fosse demais?

  O senhor pareceu surpreso, e levou a mão enluvada ao peito, baixando a cabeça em sinal de reverência.

  -Meu nome é Mibuchi Rensou, Tetsuya-sama – disse educadamente – Sou um dos motoristas a serviço da família Akashi, sim, senhor.

  O azulado tomou uma respiração enquanto tentava endireitar-se, mas mantendo uma mão no corrimão para melhor apoio. Sua mãe saiu da cozinha.

  Eu suponho que já saiba disso, Mibuchi-san, mas eu sou Kuroko Tetsuya – estendeu a mão livre enquanto abria um sorriso pequeno e adorável – Por favor, tome conta de mim.

  O senhor sentiu as bochechas tingirem-se de vermelho. Seu novo jovem mestre era realmente uma coisa fofa. Afastar os interesseiros dele deveria ser uma tarefa difícil. Shiori merecia ser respeito por conseguir.

  A mulher balançou a cabeça em negativa, divertindo-se com o embaraço do homem quanto à beleza de seu Tetsu. Seu gêmeo podia ser lindo e fazer as menininhas desmaiares com uma olhadela, mas Kuroko era como um cachorrinho de olhos pidões, que todos protegeriam com unhas e dentes caso fosse preciso.

  Aproximou-se do filho e passou a secar o suor de seu rosto e pescoço. Tetsu parecia pensar que não via, mas ela notava como ele vinha parecendo mais e mais fraco ultimamente, a pele mais pálida e o fôlego mais curto. Uma mãe sempre sabe, e ela sabia que ele vinha fazendo isso para evitar preocupa-la, mas só acabava por aumentar sua aflição ainda mais.

  Suspirou.

  -Da próxima vez, peça por ajuda, Senhor Teimosia – ralhou, baixando o lenço.

  Kuroko deu um sorriso constrangido.

  -Sinto muito, okaa-san. Vou ter mais cuidado.

  Shiori estalou os lábios, brincalhona.

  -Francamente – e afastou-se para pegar a mala. Seu coração doeu ao perceber que conseguia levantá-la sem dificuldades, mas seu filho sofrera e fizera um esforço parecido com levar o mundo nos ombros.

  Mas ela não tirou o sorriso do rosto. Por Tetsuya, ela não faria.

  -Deixe que eu a leve para a senhora, Shiori-dono – prontificou-se o motorista, e permitindo-se de desfrutar desse pequeno luxo por uma única vez, a mulher entregou-lhe a maleta. A julgar pela reação do senhor ao sentir seu peso, ele deduzira o mesmo que ela, mas não fez comentários, abençoado seja.

  -Obrigada, Mibuchi-san – agradeceu-o correndo para abrir a porta da frente para o homem passar. No mesmo segundo, uma bolinha preta e branca entrou em casa como um borrão, atirando-se sobre as pernas de Kuroko, implorando pra subir.

  O jovem pegou o filhote no colo sorrindo, encarando os olhos azuis tão parecidos com os seus, brilhando de felicidade por uns momentos com seu dono. Como Kuroko não passava muito tempo em casa, indo da escola ao hospital tão frequentemente, e com Midorima Akira tendo proibido explicitamente a permanência de um cachorro nos aposentos de Tetsuya, o pobre animal mal podia conviver com ele. Mas amava-o mesmo assim, mesmo ele estando fraco demais para brincar com ele no quintal, ou para sair para passear. Afinal, ele o acarinhava todas as manhãs antes de sair para o colégio, orientava a mãe para lhe comprar comidas gostosas, e às vezes jogava o graveto para ele pegar no jardim da frente.

  Nigou estava feliz por estar no colo quentinho e aconchegante de seu dono de cabelos azuis.

  Até que uma mulher odiosa resolveu tirá-lo de lá. Ele a amava também, mas no momento só pensava em como ela estava pensando em monopolizar o SEU Tetsuya só pra ela.

  -Ora, Tetsu, vamos! Você vai se atrasar! – apressou-o Shiori. A mala já estava no bagageiro do carro, e o senhor Rensou aguardava junto à porta, parecendo um verdadeiro chofer dos filmes.

  -Sim, okaa-san – fez um novo rápido carinho entre as orelhas de Nigou, que lambeu-lhe a mão em animação, e foi na direção da porta – Está tudo pronto? – parou incerto na calçada. Até o momento, havia tentado evitar pensar no assunto, mas o quê encontraria na casa de Akashi? Como devia se portar? O quê devia dizer?

  Mibuchi deu um sorriso tranquilo.

  -Não se preocupe. Vai dar tudo certo.

  Fácil pra ele falar. Kuroko apostava tudo que tinha na hipótese de que aquele senhor havia descoberto que o melhor amigo dele era na verdade seu irmão gêmeo, e nem estava indo passar um fim de semana na casa de sua família de sangue extremamente assustadora.

  Abriu a boca para agradecer pela tentativa de conforto, mas foi cortado.

  -Kuroko-kun?

  Eles viraram-se para ver o treinador de seu time de basquete na Teiko, Shirogane Kouzou-sensei, parado na calçada com roupas casuais, encarando-o com surpresa.

  Tetsuya franziu o cenho, confuso.

  -Shirogane-sensei! O quê o senhor...?

  O homem balançou a cabeça abrindo um sorriso e dando batidinhas na mochila/maleta que tinha debaixo do braço.

  -Estou voltando do treino do time – analisou-o de cima abaixo – Sentimos sua falta hoje.

  O menos sentiu suas bochechar corarem.

  -Sinto muito. Mas ontem, eu... – Shirogane balançou os dedos, descartando as desculpas.

  -Está tudo bem. Todos tem seus imprevistos – olhou para sua mãe, alguns metros de distância – Kuroko Shiori-san. É um prazer vê-la novamente – avançou alguns passos e estendeu a mão. A mulher apertou-a de volta, firme.

  -Há quanto tempo, Shirogane-sensei – afastou-se e indicou o senhor parado perto do carro, o mesmo que havia vindo buscar Akashi da última vez que estivera ali, um Grandeur Hyundai preto – Esse é Mibuchi Rensou-san, motorista dos Akashi.

  As sobrancelhas de Shirogane se ergueram ao efetuar o tradicional cumprimento japonês ao conhecer alguém, o ato de curvar-se em respeito. O outro homem o imitou em silêncio, como sempre fora instruído pra fazer.

  -Motorista?

  Kuroko percebeu o constrangimento do homem na companhia do treinador, e avançou com uma resposta.

  -Akashi-san mandou-o para me buscar. Eu vou passar o fim de semana com eles.

  Diferente do que pensava, o semblante do treinador não ficou surpreso ou algo assim, mas contemplativo, pensante. Quando falou, sua voz não parecia em nada com a que conhecia, havia se tornado fria, inóspita, distante.

  -Acho que não será possível, Kuroko-kun – estalou os dedos. Um homem surgiu por trás do motorista, batendo com o cano de uma arma em sua nuca e o fazendo desmaiar.

  Shiori gritou, mas alguém já a segurava por trás, impedindo que avançasse e fizesse alguma burrice colossal. Logo ela também foi silenciada, caindo no chão como um saco de batatas.

  Tudo foi tão rápido que Kuroko não sabia como havia conseguido registrar tudo, mal conseguindo formar uma frase coerente.

  -O q... Mibuchi-san, okaa-san! – gritou e tentou dar um passo na direção de um deles, mas alguém enganchou os braços por baixo dos seus, parando seus movimentos e levantando-o do chão sem dificuldade – Ei, o quê...? Pare!

  Esperneou, até que um pano foi colocado sobre sua boca e nariz, e ele arregalou os olhos.

  Ah, era um sequestro.

  -É esse aqui que quer, Shirogane? – perguntou o homem que o segurava. Pela voz, não parecia velho. Vinte ou trinta anos, talvez, mas não mais que isso.

  Kouzou aproximou-se, sorrindo lascivo. Aquele não era mais o treinador de sua escola. Aliás, aquele homem sequer existira de verdade?

  -Ele é lindo, não acha? – passou os dedos pela lateral de seu rosto, e Kuroko encolheu-se para longe com asco, sua consciência se esvaindo. Shirogane recolheu a mão, o sorriso nunca saindo de seu rosto.

  -É realmente uma coisinha interessante, este aqui – respondeu seu captor. Cada vez mais e mais, ficar de olhos abertos, e ele sentia o sono ameaçando dominá-lo – Talvez você devesse me deixar brincar com ele também.

  Shirogane fez uma expressão de desagrado.

  -Fique longe, ele é meu – aproximou o rosto do menor. Agora, Tetsuya só conseguia ver seus contornos borrados, e seus olhos pesavam – Não se preocupe, Kuroko-kun. Vou me certificar de ninguém mais tocar em você. Não posso deixa-los danificar a minha bonequinha. Só eu posso fazer isso.

  E com a visão clara do sorriso maldoso de Shirogane, escorregou para a inconsciência.


Notas Finais


Então? Alguém esperava? Deu só um pouquinho de ódio do Shirogane, mas juro pra vocês que isso não é nem a ponta do iceberg que eu tenho preparado pra essa fanfic. Boa sorte pros coraçõezinhos de vocês, MUÁHAHAHAHA

Tô me sentindo sentindo muito má agora.

Até o próximo!
Beijos, Sei-chan


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