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História I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 31


Escrita por: LadyWhistle

Notas do Autor


Oi gente!!!! Como você vão?
Eu tô péssima (rainha do drama, eu mesma), preciso das minhas férias de volta. Tava tudo tão bem comigo vivendo só a metade dos dias, já que passava a manhã toda dormindo.
E pensar que tem todo o ensino médio e a faculdade pela frente. Alguém me socorre.

Enfim. Acho que vocês estão um pouco ansiosos por esse capítulo, né? Sinto informar que ele não mostra o Kuroko. O Tetsu só aparece mais pra frente, só pra mim fazer suspense e deixar a aparição dele ainda mais impactante. Eu sou muito malvada, meu Deus.

Espero que gostem!

[CAPÍTULO NÃO REVISADO]

Capítulo 33 - Capítulo 31


Fanfic / Fanfiction I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 31

  Akashi soube que algo estava errado antes mesmo da notícia cegar até eles. Ele estava no “quarto” de Tetsuya, que seu pai havia mandado decorar para o filho que chegaria. As paredes eram em sua maioria brancas, menos a da cabeceira, que fora pintada de um azul extremamente forte. Era quase ridículo comparar este com os aposentos que Kuroko tinha na casa da mãe, a começar pelas proporções.

 Pode-se dizer que tinha o dobro do tamanho, e a cama era de casal, com travesseiros de pena e lençóis egípcios. Só o melhor para os filhos de Akashi Masaomi.

  Mas, claro, você sempre podia ver apenas como chantagem.

  Seijuurou suspirou e deu um passo para dentro do quarto. Havia ido lá analisar se estava tudo do gosto de Tetsuya. Ele e o azulado podiam estar tensos um com o outro, mas ele ainda preocupava-se com o bem-estar do menor.

  Então o chão sumiu debaixo de seus pés e sua visão turvou. Teria caído se sua mão não houvesse se movido por instinto, agarrando o batente da porta atrás de si.

  -Tetsuya... – arfou por entre os lábios. Seu Tetsu-chan, algo havia acontecido com ele, sabia disso. Não tinha ideia de como, mas sabia. Tinha absoluta certeza.

  Desceu as escadas correndo, quase derrapando em alguns pontos. Seu peito doía, era como se houvesse bebido ácido e agora ele corroesse seus órgãos por dentro. Algo estava muito, muito errado. Sabia, sentia em seu íntimo.

  O quê faria se tivesse acontecido alguma coisa grave com Kuroko? Não ia conseguir continuar.

  Chegou à porta da frente, onde seu pai conversava com um dos motoristas, arfante, precisando apoiar-se nos joelhos e recuperar o ar antes de conseguir falar.

  -Seijuurou! – disse seu pai em tom de aviso. Onde estavam seus modos? Masaomi não pagara os melhores professores de etiqueta para eu filho inútil se portar daquele modo desleixado.

  Mas Akashi estava pouco ligando para a porcaria dos seus modos. Levantou o rosto e, com o olhar agitado e assombrado, encarou o pai.

  - Onde está Tetsuya?

 O homem apenas o mediu, seus olhos indecifráveis, então fez um estopara o lado, indicando o senhor com quem conversava antes.

  Akashi o conhecia de vista. Era um dos motoristas de seu pai, Mibuchi Qualquer-Coisa. Ele parecia abatido, o rosto pálido e com aspecto mais envelhecido que o normal.

  O senhor baixou os olhos.

  - Seijuurou-sama tem bens instintos – sua voz estava rouca, rachada – Não sabemos onde o Tetsuya-sama está.

 O ruivo piscou endireitando-se, o cenho se franzindo.

  - O quê? Você não deveria ter ido buscá-lo? – sua sobrancelha tremeu.

 Mibuchi encolheu-se minimamente, o que não passou despercebido por Akashi.

 - Aconteceram alguns, hum, imprevistos, e, etto... – ele gaguejava, torcendo as mãos pelo nervosismo.

  Seijuurou estava pronto para pular no pescoço do homem, descobrir o que acontecera com Kuroko nem que precisasse ser à força, mas seu pai interpôs-se sem sua frente, lançando sua imponência sobre o pobre homem.

  - Ele está querendo dizer que Tetsuya foi sequestrado, Seijuurou – o tom de Masaomi era gélido e prometia uma vida na miséria, mas não foi isso que fez os olhos de seu filho arregalarem-se de terror.

  Sequestrado? Levado? Levado para longe dele? Não. Não devia ser isso. Ninguém se atreveria a levar seu Tetsu-chan para onde Akashi não podia encontra-lo. Certamente, “sequestrado” teria uma outra definição que ele desconhecia.

  Não é? Não é?

  Não era.

 - Quem fez isso? – perguntou Masaomi arrumando a gravata e cruzando os braços. Naquele momento, Akashi odiou-o por não parecer incomodado. Ele encontrara o filho depois de dezesseis anos longe, e agora que finalmente tinha a chance de tê-lo por perto, o magnata não se dignava nem a gritos ou a passar as mãos pelo cabelo impecável, frustrado? – E por quê?

  Mibuchi pareceu confuso, inclinando a cabeça para o lado e piscando repetidas vezes, como se para clarear as ideias.

  - Um... Homem. Conhecido do Tetsuya-sama. Eles o chamaram de... Shirogane-sensei?

  Akashi arregalou os olhos e colocou-se ao lado do pai. O velho pervertido finalmente fizera seu movimento, deixara de ficar apenas observando a beleza do menor de longe, cansara-se disso. E ele tinha certeza de que nunca o perdoaria por aquilo. Nunca, enquanto vivesse.

  Shirogane Kuzou sofreria lentamente por ousar levar seu irmão para longe dele, por tocá-lo com suas mãos imundas. Só Akashi tinha a permissão de tocar nele, nenhum outro desfrutava do mesmo privilégio.

  E se o treinador achava que podia simplesmente chegar e tomar-lhe algo ele o faria ver o quão enganado estava.

***

  Kise chegou à mansão Akashi desesperado, pouco ligando para o aspecto grandioso do lugar. Em sua mente, apenas uma coisa ocupava o espaço: Kurokocchi. 

  A porta estava aberta, então ele nem preocupou-se em bater ou com o segurança da entrada que o seguia desde que passou por ele correndo como o Diabo corre da Cruz.

  A visão lá dentro era a pior possível, uma que ele achava que não veria mais, não depois do dia que voltou da delegacia com os pais após o episódio com Haizaki, no qual precisou contar para toda a família o que acontecera.

  Naquela ocasião, Kuroko esteve o tempo todo ao seu lado, o abraçando, afagando seus cabelos, o consolando sem palavras enquanto chorava. Agora, era o motivo de estarem ali.

  Akashi estava sentado ali, recostado em uma poltrona com a cabeça pendendo pra trás, os olhos tão vazios e perdidos quanto ele devia sentir-se no momento. A postura imperativa e intimidante havia desaparecido.

  Midorima também estava sentado ali, ao lado do pai, o que era surpreendente. O médico nunca saia do hospital durante a manhã. Os dois mexiam freneticamente nos óculos, quase de maneira simultânea, o que demonstrava o nervosismo que tanto tentavam esconder.

  Sua tia, Shori, parecia destruída, os olhos inchados e vermelhos, o rosto terrivelmente pálido e os lábios apertados com força o suficiente para deixa-los brancos. Alguém colocara um cobertor ao seu redor, e com os pés encolhidos contra o peito daquele modo, quase parecia uma criança.

 E foi ao lado dela que Kise sentou, sentindo o olhar de Aomine em cima de si ao fazê-lo.

 Ah, o moreno estava lá também, claro. Sentado no chão, com as costas escoradas em uma parede, os braços envolvendo os joelhos. Parecendo, como sempre, relaxado e imperturbável.

  Mas Kise ele não conseguia engana. O loiro via como ele movia os olhos de um lado para o outro o tempo odo, e como lambia os lábios a intervalos curtos e irregulares.

  E quer saber? Doía demais vê-lo daquele jeito. Ryouta iria para o seu lado e o abraçaria se pudesse, mas era Shiori quem mais precisava de se apoio no momento. Então ele abraçou a tia, deixando as lágrimas silenciosas dela molharem sua camiseta, apertando seus ombros trementes, e deixando o próprio choro sair. Ninguém disse uma palavra. Não era uma hora para palavras.

  Em sua breve análise da sala, a única pessoa que ele esqueceu de catalogar foi o próprio dono da casa, sentado atrás de uma mesa e ocasionalmente levando uma xícara de café aos lábios. Masaomi assinava alguns documentos de sua empresa e escrevia declarações importantes enquanto esperava uma ligação, um homem que poderia resolver a situação sem maiores dores de cabeça. Era tudo que queria – e precisava. Encontra o filho perdido há dezesseis anos era suposto resolver seus problemas, então por que pareci estar criando ainda mais deles?

  Como, por exemplo, aquela brincadeira ter trazido um bando de adolescentes chorosos para sua sala, inclusive seu incompetente filho. Masaomi nunca imaginou que veria seu filho tão destruído como estava no momento, não depois dele ter se certificado de quebra-lo após a morte de Kyoko. No início ele pensava que deixa-lo na cidade de nascença, rodeado de lembranças da mãe, fosse deixa-lo do jeito que precisava, mas como não funcionou, ele o levou pra longe de qualquer lembrança dela. Isso funcionou.

  Agora ele sabia porque sua primeira ideia fracassara. O irônico era que estava incomodando-se exatamente para ir atrás da pessoa que podia estragar o filho que ele moldara do zero.

  Ah, estavam chegando mais dois.

  A cabeça de Murasakibara emergiu na sala, seus olhos sérios pela primeira vez em muito tempo. Haviam manchas de pó branco em seu pescoço e camiseta, além de algumas outras coisas grudentas no tecido, ainda resultado da bagunça na cozinha, mas seu rosto estava limpo, e os cabelos amarrados para trás. Himuro Tatsuya estava ao seu lado, mas ninguém comentou isso.

  Foi preciso apenas uma breve olhada pela sala para ele chegar a conclusão de que não fora algum tipo de brincadeira dos amigos. A cara de enterro deles denunciava isso.

  - Ah, é verdade – suspirou, um tipo de brilho fugindo de seus olhos com isso. Aomine soltou uma risada sem humor.

  - Acha que brincaríamos com isso? – os olhos azuis escuros estavam ácidos, desafiando-o a dizer que sim.

  Ele não fez, apenas voltou o olhar para Akashi.

  - Já chamaram a polícia, Aka-chin?

  Só que o ruivo não o estava escutando, perdido dentro da própria mente como estava. Ele nem sabia em que lugar se encontrava, ou que haviam pessoas ao seu redor.

  Aqueles seres não mereciam sua tão preciosa atenção. Meros mortais não eram dignos dela.

  Ao ver que o amigo não responderia, Midorima mexeu nos óculos – novamente – e disse:

  - Não. O Akashi-san disse que conhece alguém que pode acha-lo rapidamente. Estamos esperando.

  Murasakibara franziu o cenho, seus olhos tornando-se afiados. Himuro assumiu uma postura quase defensiva, sabia como o gigante ficava quando irritado. Em poucas palavras, não era bom.

  - Esperar? Quanto? Não sabemos o que estão fazendo com o Kuro-chin lá, ou quanto tempo vai aguentar sem os remédios, e quer que eu espere? – rosnou, e Shiori – assim como grande parte dos demais ocupantes da sala – arregalou os olhos, aquela variável horrível pela primeira vez passando por sua cabeça.

  Tetsuya estava sem os seus comprimidos, o que queria dizer que não tinha nada para parar uma crise. Estava a própria sorte, e ainda mais vulnerável.

  Ainda mais vulnerável...

  O som de um telefone tocando assustou a todos, tirando-os de seus pensamentos. Pensamentos estes em que aquelas palavras ecoavam sem descanso.

  Calma e deliberadamente, Masaomi pousou a xícara de café na mesa e atendeu a ligação, um sorriso divertido tentando abrir-se em seus lábios.

  -Akashi Masaomi – atendeu formalmente. A voz do outro lado da linha respondeu-o, monótono.

  - Já verifiquei o que me pediu, Akashi-sama. A presença de Shirogane Kuzou e Hanamiya Makoto foi confirmada.

  Masaomi ergueu as sobrancelhas. Então o tal treinador tinha contato com alguns peixes grandes. Isso era interessante, alguém capaz de transformar Hanamiya Makoto em um cãozinho domesticado. Com certeza seria divertido descobrir como ele conseguira isso.

  - Ótimo. Volte pra cá, Izuki-kun. Temos que conversar, e venha rápido. Os amigos de Tetsuya e Seijuurou estão ficando impacientes.

  - Estou a caminho, Akashi-sama.

  Masaomi desligou e cruzou os dedos em uma pose de gangster. Talvez aquele pequeno imprevisto não fosse de todo ruim.


Notas Finais


O quê acharam? No próximo capítulo o Imperador aparece de novo, assim como aquele personagem que todo mundo queria matar esses tempos atrás.

Até semana que vem, gente!
Beijos, Sei-chan


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