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História I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 34


Escrita por: LadyWhistle

Notas do Autor


Como vão?

Eu não vou me demorar muito nas notas, porque tô meio que passando mal desde domingo, então não tô com cabeça pra elaborar muita coisa, okay? Desculpeemm!

Nesse capítulo vocês vão ficar com ódio do Shirogane e do Hanamiya, só avisando. E o "Vossa Graça" aparecee!!! Supresaaaa!!!
Ele tá meio curtinho, mas é que, quando tava escrevendo, eu me lembro de me sentir o pior ser humano da face da Terra por fazer isso com o Tetsu - o que é meio irônico, considerando o que eu faço com ele depois...

Preparem seus corações.

Até mais!

Capítulo 36 - Capítulo 34


Fanfic / Fanfiction I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 34

         Tentando em vão conter as lágrimas que corriam por seu rosto como rios, ele aguentou outra pancada. As roupas já estavam rasgadas havia muito, tanto tempo estavam naquela situação.

         O rosto de seu captor elevava-se cobre ele, e mesmo com a face ferida, como se lhe doesse causar dor ao pequeno, era fácil ver como a diversão e o prazer cintilavam em seus olhos quando levantava a mão para bater-lhe novamente.

         - Vê o que me obriga a fazer? – gritou o homem, chutando a lateral do corpo frágil – Se fosse um bom menino, não precisaríamos passar por isso!

         Ele chorou, encolhendo-se quando mais um ferimento abriu-se pouco acima do seu quadril. Mais um para se juntas a todos os outros. Mesmo seu corpo já estar todo em frangalhos, o homem não havia mais batido em seu rosto fora o tapa inicial, que lhe jogara longe. Era como se quisesse preservá-lo e ver as mudanças em seu semblante sempre inexpressivo.

         No momento, ele não conseguia se manter assim, tão distante.

         - Eu não fiz nada, juro! – choramingou, tentando terminar logo com aquilo. Não aguentaria muito mais. Seu corpo não era forte, tão frágil quanto o de um recém-nascido, e aquela violência toda para com ele podia facilmente leva-lo a morte.

         Mas se ele morresse, quem consolaria sua mãe? Seus amigos e seu irmão? Até mesmo seu pai? Quem geralmente tomava para si esse trabalho era o garoto.

         Seu captor estreitou os olhos e comprimiu os lábios com uma expressão desolada, como se ver o pequeno naquela situação, fazê-lo passar por aquilo, lhe cortasse o coração. Mas era uma mentira, apenas mais uma que o homem lhe contara.

         - Ainda está negando? Tentando me enganar? – balançou a cabeça em negativa – Sabe que mentir é feio e um pecado. Não quer ser um pecador, quer? – afastou-se um pouco, e o menino suspirou aliviado, acreditando que aquela tortura finalmente chegara ao fim, mas a única coisa foi que o homem começou a retirar o cinto de couro que prendia suas calças, fazendo-as penderem perigosamente de seu quadril.

         O menino gritou e esperneou, tentando com todas as suas forças afastar-se do sequestrador, mas seu vigor era fraco, e estava ainda pior com o tratamento violento que vinha recebendo nos últimos minutos.

         A aranha observava da parede, os lábios finos contorcidos em um sorriso de escárnio. Fez bem ao concordar em assistir a aula de etiqueta que o cúmplice daria ao garoto. Se ele já era bem bonito e desejável com aquele rostinho inocente, naquele estado de hematomas e lágrimas quase fazia seu amiguinho despertar. Bem, se isso acontecesse, seria fácil pra ele matar o outro homem e ter a criança para si, só para usar e abusar como quisesse daquele corpinho.

         Apenas queria ver por quanto tempo mais o comparsa aguentaria sem desejar o mesmo. Para deliciar-se com as reações, a aranha se conteria.

         Não por muito tempo.

         - Não fuja de mim, gatinho – disse o homem enrolando a cinta na mão e observando o pequeno correr de si com cada vez mais afinco.

         Patético.

         - Por que está fazendo isso? – perguntou choroso – Nunca te fiz nada!

         As feições do homem se torceram em raiva e os nós de seus dedos ficaram brancos com a força que fazia ao segurar a tira de couro.

         - Cale a boca! – berrou se aproximando e puxando o braço do menor, marcando as falanges na pele branca – Você é realmente um cachorrinho, não é? Tão desobediente. Vê como estou ficando nervoso? – aproximou o rosto da face do menino, divertindo-se com o modo como ele tentava afastar-se de si, ficar o mais longe possível, mas todo o esforço em vão. O homem não o deixaria sair de perto dele nunca mais. Não agora que o tinha. O menino agora era sua propriedade, e mataria qualquer outro que o tocasse – Vamos, eu não quero ficar irritado com você. Não acha?

         O menino concordou avidamente com a cabeça, seus cabelos meio molhados pelo suor desgrudando-se de sua testa.

         O homem sorriu, afagando os fios e passando levemente os dedos no lugar onde lhe batera a primeira vez. O lábio abrira no canto, e a bochecha já começava a ficar em tons violeta, indicando um provável roxo. Encantara-se ainda mais pelo menor quando o conheceu justamente pelo fato de ser fácil de marcar, mas no momento aquilo era uma desvantagem. Tinha de se lembrar de não mais agredir o rosto do menino.

         Levantou-se estalando a língua e se virando para a aranha, que ainda observava tudo, silenciosa e à espreita, como fora treinada e como sua profissão exigia.

         - Trate do rosto dele. Não posso me concentrar sabendo que está machucado por minha causa – torceu os dedos, nervoso. A aranha lhe analisava divertida, deliciando-se com o semblante ferido do homem, e sabendo que aquilo era tudo uma encenação, cujo ator principal era a personalidade sádica que ele escondia por trás de um sorriso gentil e palavras afetuosas.

         - Às suas ordens – respondeu irônico quando descolou-se da parede e se curvou ao home, um gesto de terrível desrespeito.

         O cúmplice soltou um grunhido e saiu da sala arrumando as mangas do casaco. Aturava a aranha, mas somente porque era necessária. Também a descartaria assim que tivesse a chance, então poderia ter o brinquedo apenas para si.

         Com passos lentos e calculados a aranha se aproximou da mosca e, sem tocá-la, sorriu.

         - Vou costurar o boneco, então fique paradinho, certo? – soltou uma risadinha que arrepiou o menino até os ossos – Não vai querer que eu o fure com a agulha.

         E por mais inacreditável que possa ser, Vossa Graça, a aranha o curou, deu-lhe mais vigor para continuar.

         Mas de que adianta força para lutar quando a guerra já está perdida, e as batalhas perdem seu significado?

         Se o mundo fosse justo e dos justos, eu poderia dizer algo contrário disso, que todo pequeno confronto faz sua diferença, mas aí eu estaria mentindo para vocês, Vossa Graça.

         O mundo e a sociedade pertencem aos gananciosos, aos tolos e egoístas, e àqueles que possuem melhores recursos e melhores armas.

         Quando o homem e a aranha tiraram do menino sua chance de ter e construir uma vida, na medida do possível, normal, a guerra perdeu-se e as engrenagens do destino voltaram a rodar, como deviam ter feito desde o início.

         Essa é única certeza que dou-lhes, que sirva para alentar seus corações.


Notas Finais


O que acharam? Muito ódio?

Até o próximo!
Beijos, Sei-chan


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