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História I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 35


Escrita por: LadyWhistle

Notas do Autor


Olha quem veio aqui na maior cara de pau? Hehe, eu mesma.

Não me matem, juro que posso explicar.
Esse mês passado foi muito conturbado por aqui, vocês não tem noção. Fiquei doente, tive trezentas provas, um monte de amigos meus fez aniversário, eu fiz aniversário, tive que estudar pra recuperar as provas que eu perdi quando fiquei doente, meus parentes de outro estado vieram visitar, e mais um monte de coisa.
Esse capítulo é gigante, e cada vez que eu sentava pra escrever ele, cada pouquinho tinha que parar pra ir fazer alguma outra coisa. E ele tem LEMON! Acreditam? Tudo isso e mais a vergonha de digitar algo assim?

Aliás, é tudo culpa desse capítulo que eu tô atrasada na produção de capítulos. Só por que ele ficou grande demais, hihihi

Parece que eu tô inventando desculpas, mas eu me sinto na obrigação de me explicar pra vocês. Sei que não é legal atrasar tanto, e peço desculpas. Acredito que vocês entendem, porque muitos aqui escrevem também, e sabem como é difícil casar a vida fora do site com o Spirit, e fazer tudo ao mesmo tempo, mas mesmo assim fiz mal. Desculpa mesmo, gente.

Enfim! Tava todo mundo querendo lemon, aí está o lemon. Hehe, espero que gostem!

[CAPÍTULO NÃO REVISADO POR CAUSA DA VERGONHA EM EXCESSO]

Capítulo 37 - Capítulo 35


Fanfic / Fanfiction I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 35

            Depois de deixar Shiori cochilando em um dos quartos vagos da mansão Akashi, Kise esbarrou com Aomine no corredor. O moreno estava esperando ali desde que entrara no quarto, e o tempo todo que demorou para fazer a tia dormir. Se uma atitude fofa ou digna de um stalker, ele não sabia.

            Quando Masaomi sumiu com Izuki Shun por trás de uma porta, com a explicação de que iam tecer um plano para o resgate do azulado, os outros hóspedes ficaram sem saber o que fazer. Então Akashi desaparecera escada acima, Akira voltara para o hospital com a clara ordem de ser informado assim que seu estado de inércia mudasse, Himuro e Murasakibara se juntaram a Haizaki e Nijimura, jogando shogi em um caríssimo tabuleiro por ali, procurando ocupar suas mentes em outras coisas, e Midorima saltara para fora da casa, dizendo que iria ligar para os outros amigos e as mães de Kise e Aomine, que eram as mais próximas da família.

            O loiro apenas esperava que ele as aconselhasse a permanecer onde quer que estivessem também. Não sabiam lidar com UMA mulher chorosa. Duas ou três então, estariam mortos antes de resgatar Kuroko.

            Aomine estalou a língua no céu da boca.

            - Você demorou. Achei que ficaria lá pelo resto da vida – resmungou enquanto cruzava os braços atrás da nuca em uma postura relaxada.

            Kise sorriu, mas era um sorriso débil, frágil e quebradiço, e Aomine percebeu. O modelo andava encurvado, as mãos nos bolsos, os olhos presos nos pés.

            Soltou um riso sem humor.

            - Você está acabado. Isso te afetou tanto assim? – torceu os lábios – Nem quando terminamos você ficou tão mal.

            E bastou apenas aquilo para fazer o outro parar, faiscando com raiva mal contida. Estava reprimindo-se, se impedindo de explodir desde que chegara até ali, mas aquela era a chamada gota d’água. Não conseguia mais.

            Empurrou o ás do time pelo ombro com força, fazendo- o chocar-se com a parede e por milímetros não bater o quadril na quina de uma mesa pequena. Aomine não reagiu.

            - Cale a boca, você não sabe de nada! Nem se importa! Aposto que nem faria diferença pra você se o Kurokocchi morresse lá, não é? Você não liga pra nada! Não liga pra ele, e não liga pra mim. Por que não vai logo para o inferno, Aomine? – com os olhos enchendo de água Kise deixou a cabeça cair contra o peito do mais novo, bem sobre o coração e ouvindo-o bater lento. Socou o estômago alheio algumas vezes, mas o adolescente nem se mexeu.

            - Acabou? – perguntou levianamente afagando os cabelos alourados. O modelo prendeu a camiseta entre os dedos, agarrando-se a ela como um condenado agarra-se à corda em seu pescoço, desesperado por mais um minuto de vida. Balançou a cabeça em afirmativo – E eu tenho certeza de que você sabe, Kise, que muito do que disse é mentira. Pode me acusar de tudo, menos de não me importar. Isso eu não admito.

            Kise se encolheu. Sabia bem daquilo. Apesar de não demonstrar e se fazer de forte, Daiki devia estar tão afetado quanto ele próprio. Todos estavam.

            - Desculpe – levantou o queixo do mais baixo com carinho, tentando transmitir pelos olhos tudo que sentia. Sendo quem era, dizer aquelas três palavrinhas era muito difícil pra si, e Kise sabia disso. Confiava (e rezava para) que o loiro não o abandonaria até que conseguisse.

            Prendeu a respiração. Conhecia Aomine há bastante tempo, e conhecia aquele olhar. Pro inferno se ele não fazia suas pernas virarem gelatina.

            - Não podemos fazer isso aqui – sussurrou enquanto tinha sua boca cada vez mais perto da do mais alto.

            Aomine soltou uma risadinha.

            - E quem é que vai impedir? – brincou antes do colar os lábios nos do amante.

            E quer saber? Kise não o impediria, mesmo.

            Assim como não o impediu quando Daiki o empurrou para um dos muitos quartos de hóspedes vagos e trancou a porta. Ergueu uma sobrancelha divertida e inquiridora.

            - Por que você parece saber exatamente para onde me jogar, Aominecchi? – resmungou enquanto enlaçava os braços ao redor do pescoço do moreno e se apoiava ali para tirar os calçados, coisa que nem se importara em fazer quando entrou como um furacão na casa, horas antes e em busca de respostas sobre o paradeiro do primo.

            Daiki apoiou as mãos em sua cintura, fina de um modo quase feminino, fazendo movimentos circulares naquela região, sua mente correndo em milhares de direções sobre quando não teriam mais as roupas como empecilho.

            - Eu disse que estava demorando demais lá dentro. Eu precisava fazer alguma coisa pra matar o tempo – deu de ombros inocentemente.

            Kise estremeceu quando as mãos quentes infiltraram-se dentro de sua camisa, e fez as unhas arranharem a nuca do outro em retaliação. Não importava quantas vezes eles se tocassem, ele ainda sentiria como se fosse a primeira vez e, tinha certeza, gemeria como se fosse a primeira vez também.

            - Acha que sou fácil assim? – miou quando sentiu a porta dos dedos de Aomine tocarem seus mamilos, mas diferente do que pensava, elas se afastaram logo em seguida – Por que diabos parou?

            O moreno riu e o empurrou pra cima da cama, aproveitando para tirar a jaqueta e jogá-la em algum lugar por ali. Não precisaria daquilo durante pelo menos as próximas horas.

            Aliás, ele nunca se cansaria da visão que tinha no momento. Kise, deitado e com as pernas abertas, apenas esperando-o se enfiar ali, convidando-o a fazer isso.

            Esparramado na cama, Ryouta inclinou a cabeça para o lado, impaciente e confuso.

            - Está esperando o quê? – perguntou irritado. Aomine podia tê-lo convencido àquilo, mas se enrolasse demais, iria embora. Não esquecera do fato de estarem na casa de Akashi, e que este os mataria se descobrisse o que faziam ali, e não de um jeito figurado.

            O moreno debruçou-se em cima dele, deixando os braços apoiados dos dois lados de sua cabeça e tomando cuidado para não esmagar seu corpo com o dele.

            - Tenha paciência. Eu estava apenas contemplando o quanto você é perfeito, e o quanto eu tenho de sorte de ter você só pra mim – voltou a passar suas mãos para dentro da camiseta de Kise, subindo e levando-a consigo. Ele podia não conseguir dizer aquelas três palavrinhas e ser um camelo bruto na maioria das vezes, mas também sabia ser fofo quando queria. E o fazia bem decentemente.

            As bochechas de Kise tingiram-se de vermelho e ele desviou os olhos, envergonhado. Tinha muita vontade de socar o parceiro naqueles momentos. Sendo amável apenas quando estavam para fazer aquelas coisas sujas, era muito injusto para consigo.

            Afastou-se por um segundo, só o suficiente para Aomine retirar sua camiseta, e estremeceu com o frio repentino. Quase pôde sentir o sorriso do moreno ao assistir seus mamilos se arrepiarem.

            Rosnou e enredou os dedos no cabelo azul-escuro, puxando-o para sua boca. Os lábios chocaram-se com brutalidade e em uma confusão de línguas e dentes. O momento para ser terno havia passado, e agora somente dois animais ocupavam seus lugares.

            Aomine beijou o amante. Não havia conseguido fazer aquilo por tempo demais. Depois que se acertaram, quem disse que Kise o deixara aproveitar para um bom sexo de reconciliação? Fizera-o permanecer na seca até aquele momento, e ele estava pronto para de divertir recuperando o tempo perdido.

            As línguas entrelaçaram-se de um modo cujo único adjetivo preciso era o clichê “batalha sem nenhum vencedor”. Nenhum deles queria ceder o controle, e aquilo nada tinha a ver com quem entraria em quem mais tarde. Era mais como uma brincadeira interna entre os dois, um tentando fazer o outro se curvar a sua vontade.

            Aomine mordeu o lábio alheio, e Kise gemeu em agrado. Era certo que era uma pessoa delicada, mas naquelas circunstâncias, um pouco de agressividade não faria mal. Claro, desde que em lugares escondidos de sua produtora. Ser uma figura pública era tão limitador.

            Separaram-se pela falta de fôlego, mas foi apenas uma questão de segundos até o moreno atacar a pele branca e imaculada do pescoço branco, um pouco abaixo da clavícula e quase no peito, onde a camiseta esconderia qualquer marca que distribuísse. Se fosse por sua vontade, todos saberiam que Kise já possuía um dono e que bem podiam tirar o olho do corpo que era apenas dele, mas não havia o que fazer.

            E ele aguentaria, pois os gemidinhos e arfadas que o loiro deixava escapar vez ou outra por trás das mãos, que haviam subido para tampar a boca, definitivamente faziam aquele pequeno sacrifício valer a pena.

            Deixou as mãos espalmarem no abdômen meio definido, amando o contraste de peles, e continuou divertindo-se com o pescoço, distribuindo beijos e lambidas ocasionais pelo meio do colarinho de chupões que já era bem visível.

            - Aominecchi... – miou, manhoso, ouvindo um resmungo como comprovação de que o outro o escutava como resposta. Daiki subiu as mãos, travando-as perigosamente perto dos seus “pontos sensíveis”, e aproveitou aquele segundo para cheirar-lhe os cabelos. O cheiro de lavanda que desprendia dos fios era capaz de enfeitiçar até o mais controlado dos homens – Você está vestido demais. Isso está injusto.

            Deixou um risinho escapar. Achava que Aomine não o conhecia? Aquilo tudo era Kise querendo fugir do seu aperto e abrir uma abertura para ficar por cima, com certeza. Tudo bem, então. Ele entraria na brincadeira.

            - Ah, sinto muito. Já vamos resolver isso – com um sorrisinho malicioso desenhando-se em seus lábios, um pouco inchados pelo ósculo anterior, Aomine afastou-se do corpo do mais velho, deixando os joelhos apoiarem-no dos dois lados do corpo do outro.

            Kise fez um biquinho ao ter – novamente, as mãos quentes longes de si, mas a visão de Aomine retirando a camiseta enquanto elevava-se acima de si era realmente algo. Agradecia pelos pais do moreno terem esquecido o preservativo quando foram fazê-lo.

            O tanquinho apareceu. Kise definitivamente nunca enjoaria daqueles músculos definidos que via no momento, especialmente quando os sentia pressionados contra o seu peito enquanto o parceiro movia-se dentro de si. Ele nunca admitiria para Aomine, mas depois dos olhos azuis-escuros e das mãos grandes, aquela era a parte do outro que ele mais apreciava.

            Kise sentou-se na cama de maneira meio desengonçada, já que suas pernas continuavam presas entre as de Aomine, passando as mãos pelo peito e braços alheios, amando sentir aquela pele sob seus dedos. Agia como um cego, mas pouco se importava. Mapeamento de corpos (principalmente um do outro) era uma das atividades preferidas do casal.

            - Tão gostoso... – mordeu o lábio, os olhos dourados pingando desejo, ao passo que Daiki apenas ergueu a sobrancelha. Saber que o loiro o queria inflava seu ego de uma maneira que Kise não precisava saber que fazia.

            Então foi jogado na cama, o loiro erguendo-se por cima dele, um sorriso ladino brincando nos lábios. E o maldito ainda se achou no direito de sentar com tudo contra a cabana que seu amiguinho começava a montar em suas calças, esfregando-se ali como um cão no cio e arrancando do maior aquilo que ele sempre precisava ralar para conseguir (ao menos no começo): um gemido arrastado.

            Não que Aomine fosse do tipo silencioso durante o sexo. Isso nunca. Ele era apenas mais reservado, e menos extrovertido que Kise, embora adorasse torturar o loiro para fazê-lo gemer o mais alto possível.

            Infelizmente, no estado em que estavam, isso era impossível. Se Akashi sequer sonhasse que estavam copulando em um dos quartos da casa dele, podiam ter certeza de que não teriam tempo nem de se explicar antes que o ruivo partisse para cima deles com uma serra elétrica no objetivo de esquarteja-los, ou, na pior das hipóteses, com uma tesoura.

            Por enquanto, ele deixaria Kise ter o controle. Por. Enquanto.

            Colocando a mão naquele peito que tanto gostava, desceu lentamente para onde estava a parte mais, hum, interessante, Na hora ele já estava de pé no chão, retirando o cinto e a calça jeans do mais novo, e não podia se importar menos com o choque de temperatura em seus pés quentes.

            Aomine só observava, mas aquele olhar indecifrável já estava começando a inquieta-lo.

            Retirou as próprias calças, adereços inúteis, e engatinhou por cima do corpo maior, abrindo as pernas musculosas e de coxas fortes e sentando-se entre elas, meio medindo se acertara a distância.

            Sim, fizera certo.

            Naquele momento Aomine já tinha um bom palpite sobre o que o mais velho estava fazendo, mas controlava-se para manter a expressão limpa. Anos vendo como Kuroko fazia, todos seus amigos já eram quase profissionais quando o assunto era esconder emoções.

            Mas mesmo assim não conseguiu conter o gemido quando Kise caiu de boca contra seu membro, ainda coberto pela cueca. Ele gostava muito daquilo, mas seria ainda melhor se aquele pedaço descartável de pano não estivesse no caminho.

            Umedecendo a boxer com a saliva, Kise contornava a glande com a língua, chupando vez ou outra, e divertia-se com as arfadas que Aomine deixava escapar. Não apenas para o moreno, para ele aquilo também era prazeroso. O deixava com uma sensação gostosa de antecipação, e cobrava alto de sua imaginação.

            Passou os dedos longos por cima da protuberância, leve como uma pluma.

            - Ah, merda! – xingou Daiki, e ele soltou uma risadinha, a boca ainda colada na anatomia do parceiro. Aomine deixaria Kise aproveitar aquele momento por mais algum tempo, mas apenas porque queria mais motivos para, mais tarde, colocar o loiro de quatro e enterrar-se naquele corpinho que o enlouquecia, e Kise nem teria como protestar. Não que ele fosse fazer isso, claro. Quando Aomine começasse seu tratamento, tudo que o mais velho conseguiria fazer seria gemer e gritar seu nome. Se certificaria disso.

            Ryouta chupou forte e agarrou as bolas do moreno com uma das mãos, sendo recompensado com uma tentativa de estocada em sua boca. Tudo isso, claro, com a cueca no meio dos dois. Se ela não estivesse ali, sabia, teria engasgado com a força. Aomine não era exatamente pequeno, mas aquilo só tornava tudo melhor.

            - Você está muito apressado, A-o-mi-ne-cchi – sussurrou, mas mesmo assim decidiu acelerar as carícias. Infiltrou as mãos por dentro da box e agarrou o membro do amante.

Aomine vituperou novamente, os olhos quentes de desejo presos em sua boca.

            - Ah, cale-se – resmungou agarrando seus cabelos e voltando a puxá-lo para seus lábios. A língua experiente adentrou a cavidade e Kise recebeu-o com honrarias. Sabiam exatamente o que fazer para dar prazer um ao outro, então Aomine nem perdeu tempo antes de chupas a língua curiosa do parceiro, mordendo seus lábios no processo. Kise gemeu, arfando enquanto lutava para puxar a cueca do outro pra baixo, mas seus dedos pareciam feitos de esponja, sem forças para fazer algo que não fosse beijar o homem abaixo de si.

            Vendo a dificuldade, mas sem quebrar o beijo, Aomine esticou as mãos e o ajudou a retirar a incômoda peça íntima, que há muito não tinha mais utilidade. Estava completamente nu.

            Em um suspiro sôfrego, Kise envolveu o falo do namorado por entre seus dedos, sentindo-o pulsar em sua palma, e começou a movimentar a mão lentamente pra cima e para baixo. Seus olhos lacrimejavam de antecipação e ele foi tomado por uma urgência súbita ao perceber que era o único ainda realmente vestido.

            E logo após constatar isso ele mentalmente pediu desculpas à Kuroko. Talvez não saísse dali tão cedo, nem ele, nem Aomine, que naquele momento começava a trabalhar para resolver seus problemas.

            Lentamente o às do time desceu a última coisa que o cobria, deixando os dedos roçarem suavemente na pele branquinha das coxas do modelo, deleitando-se com as carícias.

            Mas o carinho foi uma mentira, pois quando os dedos fizeram o caminho reverso, Kise precisou tampar a própria boca para conter os gemidos que lhe escapavam. Apertões e tapas maliciosos, e suas pernas já apresentavam uma coloração mais avermelhada, principalmente nas nádegas.

            Aomine gostava muito delas.

            - Aominecchi – gemeu manhoso, mordendo o pescoço do amante e ele mesmo levantando as mãos do maior para onde realmente tinham que ir – Você está muito lento hoje.

            Os olhos azuis escureceram perigosamente e Kise quase gritou de alegria ao ter seu objetivo alcançado quando foi brutalmente jogado contra o colchão.

            - Você vai ver minha lentidão enquanto eu o fodo, Kise – rosnou, mas o loiro apenas lambeu os lábios. Estava ansioso por aquilo. Aomine levantou três dedos e cutucou os lábios do mais velho – Chupe.

            E Kise o fez com gosto. Ver o sempre Oh, tão bem controlado  às do time da Teiko fazer aquelas expressões enquanto tinha sua língua percorrendo, envolvendo e chupando suas falanges, era deveras prazeroso e divertido para si.

            Daiki grunhiu apertando os olhos e a mão na lateral da cabeça do parceiro, onde havia se apoiado para não despencar sobre o corpo do outro. Kise devia ser preso. Ele tinha certeza que ter uma língua tão experiente e libidinosa era crime.

            - Tudo bem, chega – tirou os dedos da boca do outro pingando saliva, e chispou os lábios quando Kise lhe deu um sorriso divertido. Mas ele não aguentaria muito mais. Seu membro pulsava e reclamava por mal ter sido tocado naquela vez, e tinha certeza de que Ryouta sentia o mesmo.

            Mas aquele dia ele estava vingativo. Faria Kise gozar sem tocá-lo lá embaixo nenhuma vez. O loiro o proibira de sequer beijá-lo e provavelmente removera o intento apenas por ter sido em um momento de fraqueza. Que o Diabo o levasse, ele se aproveitaria.

            Aomine desceu as mãos, passando os dedos tão próximos do corpo de Kise, mas sem tocá-lo, que fazia o loiro se contorcer.

            Então abocanhou um dos mamilos do modelo ao mesmo tempo em que introduzia um dos dedos em sua entrada pulsante, arrancando de Kise um grito que ele logo tentou abafar. Daiki riu contra sua pele, o hálito quente fazendo cócegas contra o corpo ainda mais escaldante.

            - A-aomine-cchi! – miou, sua voz falhando a cada estocada. Aomine tinha dedos longos e grossos, que o preenchiam completamente. Se um já estava fazendo aquele estrago... Bem, Kise estava ansioso para quando tivesse os três dentro de si.

            O moreno deu um sorriso ladino.

            - Geme mais – sua voz estava molhada, escorregadia, e deixava a mente de Kise em branco, com apenas um pensamento a cruzando nos raros momentos de clareza: como ele queria que o desgraçado do homem por quem se apaixonara calasse a boca e o fodesse de uma vez. Aquele falatório todo o estava deixando impaciente, e completamente louco.

            Mas mesmo assim ele fez exatamente o que o namorado mandara e gemeu languidamente quando chegou ao ápice, no exato momento em que Aomine inseria um segundo dedo em seu interior.

            Sentiu seu rosto já corado tornar-se ainda mais vermelho por ser o primeiro a gozar, mas o moreno não comentou. Estava ocupado demais admirando a expressão que Kise fazia. Deus, ele queria ter uma câmera consigo para imortalizar aquele rosto.

            Os cabelos loiros estavam espalhados no travesseiro, com algumas poucas madeixas presas na testa pelo suor. As bochechas e o pescoço exibiam um tom mais avermelhado, e os olhos cor de ouro vazavam lágrimas de prazer, meio apertados e brilhando com desejo por ele. A boca vermelha e os lábios carnudos, inchados pela brutalidade dos beijos anteriores, estava meio aberta, deixando escapar lufadas de ar ao mesmo ritmo que o peito enfeitado de mordidas e chupões subia e descia.

            Não importava quantas vezes ele visse aquela cena, seja Kise pronto para recebe-lo ou com Aomine já a movimentar-se dentro dele, ele nunca se cansaria, e nunca deixaria de pensar em como era sortudo de ser ele e Kise ali, naquele momento e a fazer aquelas coisas.

            Esse pensamento era sempre geralmente seguido por uma leve inflada em seu ego por saber ser o único que podia ver aquilo, e o único que já vira.

            Se dependesse dele, ainda seria o único por muito tempo.

            - Kise... – gemeu rouco, e foi o suficiente para o membro do outro levantar-se novamente, pronto para continuarem.

            - Vem, Aominec... Daiki – sussurrou o loiro entrelaçando as pernas na cintura do mais novo, forçando os quadris para se encontrarem e arrancando um gemido de ambos quando a ponta do membro de Aomine roçou em sua entrada. Manhoso, o moreno começou a mover-se, estimulando o buraquinho piscante ao mesmo tempo em que penetrava um terceiro dedo, estocando em seu interior em sincronia com o quadril.

            Foi preciso que Kise prendesse uma das mãos em frente a boca para impedir que seus gemidos soassem alto demais, e isso sem falar dos gritos que não conseguia segurar. Não conseguia lembrar se Aomine trancara a porta ao entrarem - na verdade, mal lembrava do próprio nome, e não ligava nem um pouco pra isso –, mas com certeza seria constrangedor se alguém entrasse ali, atraído pelos gritos nada discretos do modelo, e os encontrasse naquela situação.

            Daiki mordeu o mamilo do loiro, sem conseguir se conter, mas isso só arrancou outro gemido do mais velho. Aquele era seu ponto sensível, então estimulá-lo ali era jogo sujo, mas Deus, como era bom.

            - Daiki... – sussurrou, sua voz falhando quando o moreno prendeu o bico rosado entre os dentes, cutucando com a língua e o fazendo delirar, mas ele lutou bravamente para continuar – Chega. E-eu quero, goz-ah!-ar com você, ahn, dentro de miiiiiiiimm!! – gritou quando os dedos longos do amante tocaram sua próstata, e ele sentiu quando o outro sorriu malicioso contra sua pele.

            Aomine levantou a cabeça, soprando os mamilos de Kise, ambos bem molhados de saliva, adorando vê-los se arrepiar, e olhou para o loiro. Kise engasgou com a promessa que via nos olhos azuis que lhe encaravam no momento.

            - Como quiser, loira – alfinetou uma última vez antes de seus dedoa abandonarem o interior quente do modelo, substituídos pelo membro grosso de Aomine.

            Kise mordeu a mão para não gritar, tão forte que quase rompeu a pele, mas estava pouco se importando, assim como não ligava para os protestos de seu corpo pela invasão repentina. Ele sentira tanta falta daquilo! Sentir-se um com Aomine de uma maneira tão íntima, sem nenhuma barreira entre os dois, era tão bom...

            Aomine gemeu sentindo o canal de Kise apertá-lo deliciosamente, e controlou-se para não se deixar aliviar apenas com aquilo. Ele fodia e fodia, mas Kise continuava tão malditamente apertado quanto a primeira vez. Não que estivesse reclamando.

            Não deu tempo para o loiro se acostumar. Afastou o quadril quase completamente, deixando apenas a glande dentro do amante, e logo voltou a empurrar com tudo, encontrando a próstata do maior logo de primeira. Kise gemeu alto. Ele entendera. Estavam no modo “animal”. Às vezes Aomine era carinhoso e cuidadoso consigo durante o sexo, que era o modo “amável”. O modo “animal” era aquele, brutal e descontrolado, mas igualmente prazeroso. Não sabia dizer qual das maneiras o agradava mais; saia igualmente saciado em ambas.

            Ryouta gemia e arfava a cada estocada, as pernas extremamente abertas apoiadas na cama, as mãos agarradas, uma à boca prendendo os sons mais escandalosos, outra às cobertas, não conseguindo fazer algo senão aquilo, nem mesmo dirigi-la ao próprio pênis, esquecido entre eles, mas igualmente feliz por roçar o tempo todo no peitoral definido e pélvis de Aomine.

            Surrando sua próstata sem piedade, Daiki enterrou-se dentro dele, penetrando o mais fundo que conseguia e derramando-se ali. Kise veio logo depois, estrelas explodindo por trás de suas pálpebras.

            Exausto, sujo e cheirando à sexo, mas completamente satisfeito, o moreno retirou-se de dentro do modelo, despencando ao lado do amante na cama.

            Sentindo a semente do maior escorrer de dentro de si e por entre suas pernas muito bem marcadas, Kise envergonhou-se e virou apenas a cabeça para encarar o parceiro.

            Os olhos azuis já o admiravam, e com um sentimento que o fez corar em proporções astronômicas. Aomine riu e inclinou-se para depositar um beijos terno em seus lábios. Apontou para uma porta atrás de si, que Kise nem havia notado ao entrar ali. Bem, ele tinha coisas mais interessantes para se preocupar no momento.

            - Tome um banho primeiro. Não quero traumatizar nossas mães saindo daqui com esse cheiro, e se eu for com você, vamos acabar nos atrasando mais – ergueu uma sobrancelha para enfatizar a fala, e Ryouta riu-se concordando.

            Levantou-se e foi em direção ao banheiro, uma careta se desenhando em suas feições a cada passo. Mesmo após tanto tempo, ainda não se acostumara com o tamanho de Aomine, este que observava sua obra-prima estender-se pelas nádegas, coxas e início das costas do loiro. Esperava que ele não notasse até o próximo dia de sessão de fotos, quando o obrigariam a despir-se quase completamente. A equipe produtiva teria uma bela surpresa. Só lamentava não estar lá para ver...

            E, claro, para dizer a todos que Kise era somente seu.

***

            - Shiori! – gritou uma mulher basicamente arrombando a porta do quarto onde a morena descansava, com Suri em seu encalço e igualmente desesperada.

            A dita elevou os olhos cansados do livro que encontrara por ali algumas horas antes, após despertar, e com o qual tentava se distrair, e olhou para a porta.

            Então seus olhos se encheram de lágrimas e ela pulou para o conforto dos braços da irmã mais velha, seu maior porto seguro desde que se lembrava. Kise Ageha, nascida Kuroko, era uma cópia da caçula e se podia dizer que eram gêmeas se não fosse a diferença de idade. Os mesmos cabelos castanhos, que na mais velha levavam um corte chanel longo, a mesma altura e os mesmos olhos dourados que dera de herança aos três filhos, agora cheios de água que vazavam pelas bordas e escorriam pelas bochechas.

            A mãe de Aomine não estava muito diferente. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, indicando que havia chorado, e ela apertava aos lábios e as mãos, nervosa.

            - Ei, pequena – murmurou Ageha passando a mão no cabelo da irmã, confortando-a do único jeito que podia no momento – Calma, vai dar tudo certo.

            Shiori fez que sim e esticou a mão, convidando a melhor amiga a participar do abraço, e Suri o fez, o coração apertado.

            - Levaram o Tetsu, nee-san – fungou – Levaram meu menino, e eu não pude fazer nada.

            A mais velha balançou a cabeça, séria, sus olhos tristes e nunca deixando o abraço afrouxar.

            - Se tivesse feito algo, talvez houvessem levado você também, e seria tudo pior. Desse jeito, pelo menos, temos algo para procurar.

            Shiori levantou a cabeça, confusa, mas quem falou foi Suri, pronunciando-se pela primeira vez desde que entrara no quarto.

            - Akashi-san mandou chamar você, minha amiga, e disse que a polícia já foi avisada – sorriu fraco – Ele já sabe como resgatar o Tetsu.


Notas Finais


Hahahahah, o que acharam?
Primeiro, quero que vocês entendam que eles não fizeram isso por insensibilidade com a situação do Kuroko, mas sim justamente por sentirem demais com ela. Eles precisavam extravasar todos aqueles sentimentos, desde quando eles estavam brigados, até agora, e essa foi a solução.

Finalmente eles vão agir!! Mas será que vão chegar a tempo? Muáhahahahah

Até o próximo!
Beijos, Sei-chan


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