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História I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 37


Escrita por: LadyWhistle

Notas do Autor


Pensaram que eu não ia vir hoje? Hehe. Mereço a desconfiança, admito.

Mas a culpa desses atrasos é tudo culpa do lemon, dois capítulos atrás. Por causa dele eu tô toda atrasada nas escritas, tanto dessa fanfic como de Freak. E eu inventei de escrever mais uma Akakuro. Mas eu acho que tudo isso é só medo que essa aqui acabe, entendem? Eu me afeiçoei demais a ela.
Vida que segue.

Mais um capitulozinho pra aumentar o índice de ódio básico que vocês tem por mim, hehe

E temos "Vossa Graça"! Uhuull!! Sofram.

Até lá embaixo!

[CAPÍTULO NÃO REVISADO]

Capítulo 39 - Capítulo 37


Fanfic / Fanfiction I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 37

            Akashi nada mais era do que uma sombra enquanto mantinha-se encostado na parede dos fundos da sala, os olhos bicolores sondando cada movimento dos presentes, mas nunca algo descarado demais – nunca algo que alguém pudesse detectar.

            Seu pai sorriu ao notar. Seu filho não era assim tão inútil, afinal. Talvez o levasse junto na operação, apenas para ver o quão profundo afundaria dentro da própria mente antes de sair em busca de seu prêmio.

            Pois na cabeça de Akashi – de ambos os Akashi – era isso que Kuroko era. Um troféu, uma flor a ser colhida.

            Masaomi havia se colocado na frente de todos eles, com o homem Izuki Shun ao lado, quieto e silencioso como um túmulo. Ele dissera algo durante o tempo em que estivera ali? Se fez, foi breve e seco, de modo que sua voz ainda fosse um mistério.

            Seijuurou não demonstrava nada com o rosto frio, fazendo jus ao fato de ser consanguíneo de Kuroko, mas estava começando a ficar impaciente. Cada minuto que perdiam ali era um minuto a mais que o irmão passava nas mãos dos sequestradores e da Aranha da Yakuza. Não se atrevia a pensar no que aquelas pessoas estavam fazendo com ele lá.

            - A operação está sendo iniciada – declarou Masaomi, parecendo impecável e inabalável em seu terno risca-giz, com as mãos atrás das costas e encarando todos com o rosto tranquilo. A porta abriu-se, e um policial fardado entrou, os lábios pressionados juntos e as mãos cerradas ao lado do próprio corpo.

            As viaturas haviam chegado alguns minutos atrás, e agora lotavam a entrada da casa dos Akashi. Eles logo foram inteirados da situação e do plano do patriarca para resgatar Kuroko. Eles aceitaram, e agora estava na hora de conta-lo a seus “hóspedes” – omitindo certas partes necessárias, claro.

            Masaomi assentiu alegremente para o homem, que colocou-se ao seu lado rigidamente, arrumando os óculos de aro fino no rosto. O policial não gostava daquela pessoa. Ele lhe passava uma energia estranha, e anos exercendo uma profissão como a sua o ensinaram a sempre levar seus instintos em consideração.

            Mas, no momento, a prioridade era resgatar o menino doente da Yakuza, e não duvidar da integridade do pai dele.

            Haviam muitas pessoas ali, mais do que ele esperava e o suficiente para fazê-lo sentir desconfortável. Todos ali depositavam suas esperanças nele e em sua equipe. A mãe do menino, com certeza a mulher de cabelos castanhos e olhos dourados inchados e vermelhos, parecendo tão miserável quanto possível, ela depositava suas esperanças nele, confiando que traria sua criança pra casa. E se não conseguisse? E se falhasse horrivelmente?

            Você percebe, Vossa Graça, o quanto a mente e o coração humano tornam-se vulneráveis quando pensam juntos? Quebrá-los torna-se fácil.

            Então eles montam uma armadura e de “e se’s”, precariamente se protegendo até que se reestabeleçam. Quantas vezes já vimos acontecer, já vimos esse escudo quebrar?

            Mas agora ele não tinha tempo de focar nas falhas do plano ou em sua habilidade. Faria tudo ao seu alcance para trazer o menino pra casa. Estava pronto para os riscos.

            Masaomi continuou.

            - Este é Imayoshi, o policial que lidera a operação. Ele já conversou comigo e com o Izuki-kun, e concordou que a nossa abordagem para resgatar o Tetsuya é a melhor – deu um sorriso mínimo – Vou pedir para ficarem todos aqui enquanto estamos fora, e sintam-se em casa. Provavelmente o levaremos direto para o hospital – inclinou levemente a cabeça na direção de Midorima, mas o tsundere manteve-se inexpressivo –, e uma comoção lá antes da hora será apenas incômoda.

            Imayoshi enterrou as unhas nas palmas das mãos. Aquilo era outra coisa que o incomodava. Izuki Shun, a sombra-espiã de Masaomi. O homem parecia ser um gênio, assim como um mestre estratégico, então por que a polícia, a CIA ou o FBI não sabiam dele? Perguntara aos seus contatos, mas, nos registros, ele era apenas um cidadão comum de Tóquio.

            Chegava a ser cômico.

            Andou por entre as pessoas, desviando-se habilmente de outros corpos chorosos e caiu sobre um joelho na frente da mãe do menino sequestrado.

            Shiori encarou-o. Imayoshi era bons anos mais novo que ela, mas a olhava agora com compreensão, assim como as outras duas mulheres ao seu lado, e não compaixão ou pena. Ele entendia o que ela estava passando, e ela perguntou-se por que ele resolvera tornar-se policial.

            - Não se preocupe – disse, sua voz firme e baixa, apenas para os mais próximos escutarem, ciente dos olhares de todos em suas costas – Vou trazer seu filho de volta pra casa.

            Os olhos dourados hesitaram, mas encheram-se de lágrimas e ela lançou os braços ao redor do pescoço do outro em um abraço de quebrar os ossos, e ele apenas confortou-a de volta.

            - Por favor – chorou em um sussurro – Por favor, traga-o pra mim.

            Aos poucos, Shiori endireitou-se e o policial se afastou em direção a porta e seus homens, alertá-los do início da operação, e ela olhou para a parede, encontrando frios e inexpressivos olhos bicolores no rosto de seu filho.

            Akashi observara a interação assim como todos os outros, mas ouvira a promessa do policial. Um sorriso lutou para crescer em seus lábios, mas ele o controlou. Como se fosse deixar as mãos imundas daquele homem tocarem no que era seu. Não aconteceria. Se seu pai negasse, não importava. Daria seu próprio jeito de ir atrás do azulado.

            Tetsuya era seu, então ninguém mais podia toca-lo além dele. Mataria qualquer um que o fizesse.

            A porta da saleta voltou a abrir, e a cabeça de seu pai espiou pela fresta, um brilho divertido fazendo vez em seus olhos bicolores.

            - Seijuurou, estamos indo.

            Por fim deixando um sorriso delinear seus lábios, Akashi desencostou-se da parede e seguiu o pai.

***

            Shirogane soltou um último gemido alto e derramou-se novamente dentro do corpo pequeno e destruído pela quarta ou quinta vez, não sabia mais. Perdera as contas em algum lugar dentro do mais novo enquanto empurrava nele uma e outra vez.

            A lembrança quase o fez levantar-se de novo, mas estava exausto. Kuroko o saciara mais do que acreditava ser possível.

            Com um suspiro descontente, o treinador retirou-se do interior do menor e colocou-se de pé, admirando sua obra-prima.

            Sêmen e sangue saiam aos montes do meio de suas pernas, as coxas o encaravam em carne viva, as costas e os ombros estavam ralados pelo tanto que mexeram-se contra o chão. Haviam começado em cima do colchão, mas Shirogane trocara de posições tantas vezes que haviam ido parar no piso de cimento áspero.

            Sangue escorria da têmpora do garoto, resultado de quando tentou arrastar-se para longe e o homem o pegou como se fosse uma boneca de pano, jogando-o de cara em uma parede, montando-o por trás. Batera a cabeça, mas o outro mal notara, perdido em seu próprio prazer e desejo.

            Fora isso, haviam os hematomas da surra anterior, e seu rosto continuava intacto. Ou não mais tanto assim.

            Durante todo o tempo que passaram ali, Tetsuya vagara entre a consciência e a inconsciência, mas nunca chegou a realmente desmaiar, mesmo sendo tudo o que desejava. Permanecera acordado durante todo o ato, sofrendo com as tosses e vômitos de sangue que a doença trazia, além da dor dilacerante de ter o corpo violado.

            Entretanto, agora nada mais disso o incomodava. Os olhos azuis estavam fixos em uma parede ali adiante, e ele não sentia mais nada. Não sabia se Shirogane ainda o estuprava, ou se havia parado. E não se importava, também.

            No momento, só queria morrer.

            Kouzou vestiu-se e se ajoelhou brevemente ao lado de seu cativo, bloqueando sua visão da parede, e o menino só fez levantar os olhos para si. Um sorriso gentil contornava os lábios do homem que treinava a si e aos seus amigos na Teiko.

            Mentiroso.

            Shirogane acariciou o rosto delicado do menor, secando os resquícios de lágrimas, aquelas que ele deixava cair em abundância momentos atrás, e depois seus cabelos azuis, meio secos com o sangue em um dos lados, mas a parte limpa continuava macia e sedosa como sempre. Tetsuya não o afastou.

            - Bom menino, Kuroko-kun – e distanciou-se.

            A porta fechou com um baque, e o barulho do trinco veio logo depois.

            Hanamiya estava esparramado no sofá, assistindo um filme qualquer de ação na televisão, uma garrafa de cerveja pela metade nas mãos, algumas cheias da mesa de centro, e algumas outras vazias aos pés do sofá. Quando subiu pela escadinha que levava aos cômodos do porão – um desses ocupado por Kuroko – e emergiu no chão da sala, a Aranha o encarou de cima a baixo por um momento, e logo voltou a olhar para a TV.

            - Você está cheirando a sexo – disse simplesmente, entornando o bico da garrafa – Vá tomar um banho.

            Shirogane riu e puxou uma garrafa cheia pra suas mãos, obrigando o cúmplice a encolher os pés, ou sentaria neles.

            - Ele é melhor do que eu pensava – tirou a tampa e bebeu o álcool, as memórias das horas anteriores fazendo-o se animar novamente.

            Makoto deu uma olhadela para a cabana que ameaçava se formar novamente em suas calças, e chutou-o para foto do sofá.

            - Vá tomar um banho gelado, e contente-se com a mão. Eu vou lá embaixo para ver se ainda há algo do garoto para salvar.

            O treinador fez uma careta, mas pousou a cerveja em seu lugar e fez o caminho para o banheiro. Tomaria um banho e depois iria dormir. Tinha que estar descansado para mais tarde, quando voltasse a se divertir com Kuroko.

            Não preocupava-se com a polícia. Eles nunca encontrariam aquele lugar, não estando localizado onde estava.

            Hanamiya ouviu o barulho do chuveiro e saltou do sofá, jogando a garrafa de cerveja para qualquer canto e indo para a entrada do porão, tirando os tênis e as meias no caminho.

            - Imbecil – murmurou, descendo as escadas decadentes e comidas por cupins, retirando a camiseta e as calças durante o trajeto até o quarto onde mantinham Tetsuya.

            Quando chegou à porta, estava nu.

            Kuroko não estava mais onde Shirogane o deixara. Havia se arrastado até o colchão encostado na parede, tentando se limpar o máximo possível com o cobertor finíssimo, o rosto inexpressivo e os olhos quebrados.

            Quando a porta abriu-se novamente e ele viu o corpo despido do cúmplice de Shirogane entrar, ele desejou mais que tudo que sua vida findasse naquele momento.

            Hanamiya abriu um sorriso malicioso, lambendo os lábios ao ver o corpinho encolhido e machucado do menino encolhido contra uma parede, meio tentando cobrir-se com aquele lençol fedido.

            - Não se preocupe – disse como cumprimento, andando na direção dele – Eu vou ser gentil.

***

            Akashi observou a viatura policial onde estava com o pai, aquele Imayoshi e Izuki Shun, parar nas sombras, em frente a um grande edifício fora da cidade. A construção já passara por dias melhores, mas agora árvores projetavam de suas janelas, ervas daninhas cresciam em todo lugar e subiam pelas paredes, a tinta desaparecera e o chão estava rachado em diversos pontos.

            Ergueu as sobrancelhas.

            ‘A Aranha trouxe o meu Tetsuya para este lugar?”, berrou o Imperador, os olhos dourados faiscando. “Ele ousa trata-lo assim?”.

            - Este lugar foi, nos anos 70, uma fábrica têxtil – explicou o policial Imayoshi – Mas a empresa faliu e acabou fechando. Quatro anos atrás alguém chamado Kentarou Seto o comprou, mas nada foi mexido – fechou a pasta de onde tirava as informações e voltou a coloca-la na mochila – Tem certeza de que o menino foi trazido pra cá?

            Masaomi assentiu com a cabeça, mas quem respondeu foi Izuki, sentado ao lado de Seijuurou.

            - Kentarou Seto é um dos nomes falsos que Hanamiya usa com frequência. Eu chequei. Estão aqui.

            Aquilo era tudo que Akashi precisava saber para saltar do carro e ir atrás de seu irmão, mas obrigou-se a ter calma. Qualquer atitude impensada podia colocar a vida de seu Tetst-chan em perigo.

            Imayoshi encarou o outro por um tempo, mas fez que sim com a cabeça e arrumou os óculos, estendendo a mão para o rádio do carro, para avisar as outras unidades que estavam indo se mover.

            - Então vamos lá.


Notas Finais


Já me ameaçaram tantas vezes no capítulo anterior e venho eu postar esse capítulo. Acho que sou meio masoquista.

Mas eles finalmente vão resgatar o Tetsu! Tava na hora, não?

Até o próximo!
Beijos, Sei-chan


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