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História I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 6


Escrita por: LadyWhistle

Notas do Autor


I'm back, baby!
Ohayoo, minna-chin! Fortes emoções nesse capítulo! Por favor, não me matem.
Vou nem falar muito, tenho medo que alguém use minhas palavras contra mim depois de ler, he he he...
Até lá em baixo!

[CAPÍTULO NÃO REVISADO]

Capítulo 8 - Capítulo 6


Fanfic / Fanfiction I Need You, Akashi-kun... - Capítulo 6

  Akashi e Kuroko estavam voltando pra casa depois do treino que tiveram aquela tarde. O ruivo dispensara o motorista. Queria ir com o amigo, como quando eram crianças.

  Kuroko ralou um pouco para convencer a mãe que estava bem o suficiente para ir para casa a pé. Já fazia três dias que Akashi e ele se reencontraram, mas ainda não haviam se encontrado fora da escola, e tinham vergonha demais para pedir o número de celular um do outro. O treino havia terminado mais cedo naquele dia. Era a oportunidade perfeita.

  -Quando vou vê-lo jogar, Tetsu-chan? – perguntou Akashi quebrando o silêncio. Sim. Por incrível que pareça, ele ainda não havia visto o azulado jogando. No primeiro dia de aula, Tetsuya passara mal logo antes do treino, e eles haviam decidido que era melhor ele apenas observar e ajudar os garotos do banco naquele dia. Na terça não houvera treino, e ele não pode participar naquele dia por ter ido ajudar a gerente do clube, a rosada Momoi Satsuki, a olhar e pesquisar sobre os jogadores de Seirin.

  Olhou para o menor para ver uma sombra de sorriso em seu rosto sempre inexpressivo.

  -Não vai, Akashi-kun – disse, a voz sem emoção.

  O ruivo piscou.

  -O que?

  Tetsuya o olhou de canto.

  -Eu sou uma sombra, Akashi-kun. Quanto maior a luz, maior a sombra. Quanto mais forte for a luz, mais forte será a sombra – sorriu breve – E vocês cinco simplesmente brilham demais.

  Seijuurou o olhou pasmo. Era isso que seu pequeno pensava?

  -Tetsu-chan... – sua voz falhou.

  -Você verá no amistoso – disse misterioso.

  Akashi o observou por um momento antes de virar para frente e encarar o chão.

  -Antes... – começou baixinho, mas mordeu a língua. Não podia sair falando tudo que queria. Existia um filtro entre o cérebro e a língua para alguma coisa, afinal.

  Tetsuya o olhou preocupado.

  -O que? –perguntou – Sabe que pode me dizer qualquer coisa, Akashi-kun – disse compreensivo.

  Engoliu parte de seu orgulho e deu um voto de confiança à fala do amigo.

  -Antes – começou hesitante – Quando éramos crianças – esclareceu – Você me chamava de Sei-kun – sentiu-se corar levemente.

  Kuroko encarou seu amigo chocado. Sim, ele chamava. Queria chamar novamente, mas achava que não tinha mais a intimidade necessária para se dirigia a ele pelo apelido. Acreditava ser ousado demais de sua parte.

  Se sentia bem quando o amigo chamava-o de “Testu-chan”. Mas Akashi sempre se achou, mesmo que inconscientemente, superior a todos os demais. Ele chamava todos pelo nome, não por respeitá-los ou reconhece-los como iguais, mas por acreditar que tinha esse direito por ser absoluto e um imperador, com todos abaixo de si. Kuroko sabia que ele não fazia por mal. Era apenas natural. Fora criado para reinar, acima de todos os outros. Nunca lhe foi permitido errar ou perder, e isso fez com que tivesse esse entendimento.

  Continuaram andando, dessa vez num silêncio um pouco desconfortável. Akashi amaldiçoava-se por trazer aquele assunto à tona. Ele e Kuroko estiveram separados por seis anos. Besteira de sua parte acreditar que eles continuariam a se tratar normalmente, voltar da hora em que se separaram, só porque ele queria aquilo.

  -Você quer que eu volte a chama-lo assim? – perguntou Tetsu inseguro, apertando a alça da mochila junto ao ombro.

  A cabeça ruiva estalou pra cima. Mais rápido e seus pescoço desgrudaria do resto do corpo.

  -Verdade? – perguntou esperançoso com os olhos ímpares brilhando com ansiedade. Tetsuya perguntou-se como ele conseguia ser tão assustador em alguns momentos, e tão criança em outros.

  Sorriu um pouco mais calmo.

  -Hai. Eu só não queria que me achasse ousado demais – sorriu envergonhadamente.

  Seijuurou arregalou os olhos.

  -Não! – disse alto, fazendo o pequeno o olhar assustado. Controlou-se – Eu... Quero muito que volte a me chamar daquele jeito.

  -Então ‘tá, Sei-kun.

  Os garotos se encararam, os olhos fixos. Akashi se via perdido dentro do infinito céu azul que eram os olhos de seu amigo. Os olhos de Tetsuya sempre haviam sido tão claros, brilhantes e bonitos daquele jeito? Agora que ele prestava atenção, eles não eram de todo azul claro. No centro, perto da pupila, ele tomava uma coloração mais escura, como se o dia estivesse preparando-se para trocar de lugar com a noite.

  Com um choque de realidade, Kuroko percebeu que estavam se encarando há algum tempo, e que haviam parado de andar. Corou fortemente e desviou o rosto, e Akashi fez o mesmo. O que estava pensando?! Testu era seu amigo de infância! Se conheciam desde os seis anos, brincavam no mesmo parque todo dia! Era mesmo um maldito pervertido e um mau amigo.

  Mas Kuroko havia mudado, bem mais que a altura e o rosto. Seus cabelos eram finos, sedosos, voavam com qualquer brisa. Ele tinha um ar mais maduro, e até mesmo seu olhar mudara. Era um olhar real e sério, mas submisso, como se dissesse que, se fosse sua vontade, poderia colocar todos para ajoelhar-se aos seus pés, mas era bom demais, gentil demais para isso, e preferia ele baixar sua cabeça no lugar dos outros.

  Corados e em um silêncio envergonhado, andaram até passar em frente a uma lanchonete, onde o azulado parou de repente.

  -Tetsu-chan? – chamou o maior alguns passos na frente – Aconteceu algo?

  -Etto... – começou – Você se importaria de esperar um pouco, Aka... – interrompeu-se – Sei-kun?

  Sorriu internamente e virou-se para o azulado, o rosto em confusão.

  -Não me importo – respondeu – Mas por quê?

  Kuroko o olha por trás da franja, as orelhas ganhando uma coloração rosada.

  -É que eu queria entrar e comprar um milk-shake.

  Akashi piscou, uma letargia abatendo-se sobre ele ao lembrar da paixão que os dois compartilhavam: um milk-shake bem gelado. Sempre que iam ao parque, antes de ir pra casa, sempre iam tomar a bebida tão sagrada. Tetsuya sempre comprava de baunilha, mas Seijuurou preferia morango. Depois o menor ia pra casa, que ficava à duas quadras do parque, e o ruivo chamava o motorista que sempre ficava de trazer e cuidar dele para irem para a gelada mansão Akashi.

  Riu alto jogando a cabeça para trás. Kuroko o olhou confuso, o clima estranho se dissipando como se nunca houvesse estado ali.

  Akashi correu até ele, os olhos brilhando como os de uma criança que ganhou um doce, e pegou-o pelo pulso, puxando-o consigo.

  -Vou tomar o meu antes de você! – relembrou uma das antigas brincadeiras que faziam.

  Tetsuya o encarou incrédulo por um momento, antes de abrir um sorriso e ambos voltarem a ser apenas crianças inocentes.

  Mal sabiam eles, Vossa Graça, que sua paz logo acabaria da maneira mais brutal.

  Minhas pobres, pobres crianças...

***

  Os garotos saíram da lanchonete lado a lado, os copos de milk-shake nas mãos.

  -Estava com saudades disso – falou o menor com um sorriso pequeno nos lábios. Havia tomado seus remédios dentro do estabelecimento mesmo, então não precisava preocupar-se em ter uma crise até o outro dia de manhã.

  O ruivo o olhou sorrindo e tomou um pouco de seu batido de morango.

  -Eu também – admitiu.

  Andaram mais um tempo conversando amenidades até que um carro preto e chique começou a andar no acostamento, seguindo os garotos e chamando sua atenção. Pararam de andar, e o carro por fim estacionou ao seu lado. Akashi franziu o cenho.

  -Conhece? – perguntou Kuroko, mas não dá tempo de receber uma resposta.

  A janela do carona baixou e um homem os encarou de dentro. Akashi arregalou os olhos leve e rapidamente antes de virar o corpo, discretamente ocultando o azulado da figura no carro.

  O homem tinha cabelos de um avermelhado escuro, quase cor de vinho, uma expressão austera e olhos bicolores, um azul como o céu, e outro cor de cobre. Passava uma aura intimidadora, como se estivesse sempre avaliando os outros, medindo-os para ver se realmente mereciam ter um pouco de sua tão preciosa atenção.

  -Seijuurou – disse o homem – O que faz aqui há essa hora? – perguntou.

  Akashi o encarou com o mesmo olhar, e Kuroko decidiu ficar quietinho em seu canto. Aquele desconhecido o assustava. Não era surpreendente que o ruivo o conhecesse.

  -Otou-san – diz. O azulado o encarou surpreso. Aquele era o pai de seu amigo? – Fui comprar milk-shake depois do treino. Já estava indo pra casa.

  Akashi Masaomi franziu o cenho levemente.

  -Então por que não foi com o motorista?

  Akashi mordeu a língua, sua mente correndo em mil direções diferentes para bolar uma resposta convincente que não envolvesse Kuroko, mas nenhuma delas seria boa o suficiente para agradar seu pai. Cruzou os dedos internamente e rezou para o pai não dar uma de “Todo Poderoso” naquele momento.

  -Eu e Tetsuya queríamos conversar sobre um trabalho, e combinamos de vir aqui – enfeitou a história – Não achei necessário importuná-lo com algo tão banal.

  Masaomi o olhou desconfiado.

  -Tetsuya?

  -Eu, senhor – diz Kuroko parando ao lado do maior. Mesmo não demonstrando a surpresa, o homem perguntou-se desde quando ele estava ali – Kuroko Tetsuya – curvou-se respeitosamente.

  O Sr. Akashi não respondeu, olhava o azulado em choque. Os olhos, os cabelos, o corpo pequeno e esguio, até mesmo os traços levemente afeminados que não eram tão aparentes no ruivo mais alto... Tudo estava ali.

  -Tou-san? – perguntou Seijuurou estranhando a atitude do pai. Akashi Masaomi não era alguém que ficava sem palavras com frequência.

  O mais velho piscou, voltando para a realidade com a característica postura real. Os garotos o olhavam com olhares tão parecidos de preocupação que ele precisou controlar-se para não desviar os olhos.

  -É uma honra conhece-lo, Kuroko-kun – forçou a  garganta a pronunciar as palavras acenando com a cabeça e ganhando um pequeno sorriso em resposta.

  Akashi o olhou com o cenho franzido levemente antes de virar-se para o amigo.

  -Acho que terei que ir embora agora, Tetsuya – o azulado olhou-o e assentiu – Você mora muito longe daqui? – perguntou preocupado.

  O menor deu de ombros.

  -Um pouco. Mas há uma estação de trem a poucas quadras daqui

  Seijuurou franziu os lábios. Seu pai olhava a interação entre os garotos interessado, mas com o rosto neutro.

  -Sabe que não pode andar muito nesse sol, Tetsuya – repreendeu – Ligue para sua mãe vir busca-lo – disse em tom de ordem.

  Kuroko o olhou irritado.

  -Estou bem, Akashi-kun – usou o sobrenome de propósito, fazendo uma veia saltar na testa do ruivo – Posso muito bem ir até a estação.

  -E se tiver uma crise no meio da rua, sem ninguém para ajuda-lo? Ligue para sua mãe – mandou, sendo mais uma vez ignorado. Aquilo já estava começando a irritá-lo.

  -Eu tomei os remédios na lanchonete em que fomos. Não preciso tomá-los novamente até amanhã – rebateu.

  -Você está doente, Kuroko-kun? – perguntou o pai de Akashi, fazendo os dois virarem-se para si.

  -Ah, hai – diz envergonhado. Havia esquecido que o mais velho estava ali – Tenho uma doença no sangue desde que nasci – responde honesto – Mas Akashi-kun preocupa-se demais. Estou bem agora.

  Franziu o cenho.

  -Por que não vem conosco? Podemos deixa-lo em casa – propõe naturalmente.

  O pequeno arregala os olhos e Seijuurou dá ao pai um breve e confuso olhar agradecido – não é como se seu pai fizesse aquele tipo de propostas todos os dias – antes de se virar para o amigo com um sorriso vitorioso.

  -Não quero causar problemas para vocês, Akashi-san – diz Tetsuya – Realmente, não se preocupe.

  -Eu insisto – fez um gesto indicando os bancos vazios ao seu lado, e o motorista saiu de seu lugar para abrir a porta do passageiro. Akashi saiu empurrando o garoto para dentro do carro – Onde você mora, Kuroko-kun?

  Suspirando por ter perdido a batalha, o azulado deu o endereço e quinze minutos depois o carro estacionava em frente a uma casa de dois andares, jardim bem cuidado, e cercada por madeira branca. Uma casa de cachorro gigante havia sido colocada ali, com o nome “Nigou” pintado em letras garrafais dentro de um osso vermelho.

  -Nigou? – indagou Akashi, saindo do carro para o azulado fazer o mesmo.

  Um latido foi sua resposta, e o portão tremeu como se algo houvesse se jogado contra ele.

  Kuroko saiu do carro e deu-lhe um pequeno sorriso, inclinando-se sobre o portão e pegando a agitada bola de pelos cinzenta. Logo, Akashi viu-se encarando um novo par de olhos da cor do céu.

  -Akashi-kun, este é Tetsuya 2 – apontou para o pequeno filhote de Malamute do Alasca em seu colo. O ruivo ergueu uma sobrancelha. “Tetsuya 2”? – Ou simplesmente Nigou – dá de ombros.

  Ele e o cachorro eram absurdamente parecidos. Fofos, pequenos e inocentes. Era quase ridícula a semelhança.

  -Olá, Nigou – afagou a cabeça do cão, que latiu e lambeu-lhe a mão, animado por conhecer pessoas novas.

  Masaomi franziu o cenho para a cena. Ainda estava processando o fato de ter encontrado ele e não poder fazer nada ou esboçar expressão, e ter os dois ali, falando um com o outro tão normalmente, era demais para sua cabeça.

  -Seijuurou – bradou, fazendo o filho se virar para si – Vamos para casa.

  O ruivo curvou um pouco a cabeça, concordando, antes de voltar o olhar para o menor.

  -Vejo você amanhã na escola, Tetsu-chan – sussurrou o apelido.

  Kuroko ruborizou quase imperceptivelmente, apertando um pouco mais o cão em seus braços.

  -Até amanhã, Sei-kun – devolveu a implicância em um murmúrio, ganhando um sorriso pequeno, mas divertido do maior.

  Enquanto se afastavam da casa do azulado, Akashi Masaomi encarou a janela, pensando em mil coisas ao mesmo tempo.

  Finalmente o havia encontrado.

  Depois de tantos anos... Ali estava ele.

  Seu filho perdido.

  O irmão gêmeo de seu herdeiro, Akashi Tetsuurou.

  Kuroko Tetsuya.


Notas Finais


Pois é, né. O Tetsu-nii e o Sei-chan são irmãozinhos. Vivaaaa!! ~joga confetes~
O que vai acontecer com o nosso Akakuro agora, gente? Papai conservador, nunca que ia deixar os filhos, gêmeos, terem um relacionamento incestuoso entre eles... Ou será que ia?
Qualquer erro de digitação me avisem!
Beijos, Sei-chan
~sai correndo fugindo de objetos cortantes voadores~


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