História I never forget - Decepção.

ASHLEY BROWN

Bem vindo ao meu mundo: Ouvir kpop e me iludir com os mvs e chorar pakas vendo I need U original version,  jogar Life is Strange e ficar em depressão profunda em cada episódio e muito mais pela Chloe no máximo 6 meses, assistir TWD e xingar todo mundo e pegando uma pipoca pra ver eles se ferrar, assistir OUAT e percebendo que eu nunca vou conhecer o capitão gancho e nem ir pra Terra do Nunca e também assistindo a vida me dando um troll todos os dias ;) 

Ouço o barulho do despertador tocando Photograph  by Edd Cheeran *assim q se escreve?* e gemi em protesto, me enfiando embaixo do cobertor escuro e fechando os olhos para dormir.  Ouvi vozes do lado de fora e minha cabeça dói, fala sério, pra que gritar? 

A porta se abre revelando Tae que por sinal estava bem agitado. 

- ACORDA DORMINHOCA! ANDA JÁ É DIAAAAAA!  - ele pulou em cima da minha cama e e gritou bem no meu ouvido. É hoje que pessoas morrem. 

-Ai me deixa em paz Taehyung... humm... - murmuro colocando um travesseiro nas minhas orelhas. A peste me dá um tapa na bunda e minha cara foi ficando vermelha de vergonha e raiva. Levantei em um pulo e comecei a distribuir tapas e socos no braço dele que ficou assustado e correu pra cozinha, fui até ele com um sorriso sapeca e o safado se escondeu atrás da minha irmã mais velha Angel. 

- VACILÃO MORRE CEDO SABIA? - falei em tom de provocação.  

- Mas eu não fiz vacinação!  - esse garoto é surdo? 

- Eu disse vacilão ô burro - ri pegando uma maçã e mordendo, Tae me olhou feio e pegou um pedaço de pudim. Ele me olhou novamente e eu assenti dizendo que podia comer. 

- Isso se chama... Pud.mm Pum.. Pu...  - ele comeu e fez uma cara de satisfação.  - Qm fe risso? 

- Minha irmã,  eu não sei cozinhar muito bem. - disse , eu sempre fui boa em entender pessoas quando elas falam algo com a boca cheia. Experiência própria.  

- Isu fio muto vom - ele disse se servindo de mais um pedaço. 

- Obrigada.  - Angel disse corada, não é acostumada a levar muitos elogios. 

Aquilo havia me subido uma agonia,  sei lá.  Subi as escadas até meu quarto e peguei minha roupa, eu ia sair com as meninas hoje e vamos fazer muita coisa e a noite teremos a "Noite das garotas".

Tomei banho e sequei meus cabelos fazendo um coque com alguns fios caindo, achava isso um charme. Coloquei uma maquiagem básica: Blush da cor da minha pele, delineador, um batom nude,  sombra marrom clarinho e um lápis. Passei um creme abaixo dos meus olhos que deixaria minhas olheiras pouco à mostra (dica da Jessica e Emily que por sinal funciona super bem) e aproveitei pra colocar uns brincos cor brancos muito lindos que ganhei da Sam no meu aniversário. Agora a roupa: Peguei uma blusa cor rosa-bebê da Max Caulfield que comprei pela internet,  coloquei um cropped cinza por cima, um short rosa-bebê e uma bota estilo Chloe Price só que branco e coloquei a minha bolsa atravessada pela cintura. Me olhei no espelho umas três vezes até confirmar. Perfeito. Desci as escadas e me deparei com uma cena não tão agradável: Taehyung e Angel estavam praticamente se comendo no sofá,. Senti um aperto no peito e uma dor terrível me atingiu. Minha vida tá me trollando mais uma vez, não é possível! Eu queria gritar "ESTÃO ME VENDO AQUI OU NÃO?  POR QUE SE NÃO ESTIVEREM EU PRECISO DIZER QUE TENHO 19 ANOS SIM OU CLARO?" Mas pelo bem da humanidade não fiz isso. Saí pela porta e corri uma quadra para depois perder o equilíbrio e cair. Tentei não chorar mas foi quase impossível, como ele pôde fazer aquilo na minha presença?  Enquanto eu estava ali? Comecei a soluçar e coloquei mais rimel na minha boca, meia hora depois me levantei já com a maquiagem toda borrada. Precisei ir ao banheiro de um restaurante para poder fazer tudo de novo e depois saí com os olhos muito inchados e vermelhos. Naquele momento eu queria ser qualquer pessoa menos eu mesma, foi horrível.  Me sentia destruída e sem valor nenhum. Eu sei que mal conheci Tae mas eu sinto uma coisa quando chego perto dele. Só não sei se é boa ou ruim, deve ser ruim por que depois de hoje eu nem quero mais falar com aquele imbecil.

Fui até uma pizzaria onde eu e elas marcamos de nos encontrar e assim que chego na porta respiro fundo e abro o meu melhor e mais sincero sorriso. Emily estava de braços cruzados com uma cara de quem comeu e não gostou, Bia contava piadas pois todos estão rindo (menos a mala), Jessica falava sobre uma nova coleção de roupas e bolsas e Sam olhava distraída pela janela enquanto suspirava. Andei até elas já ficando com um pouco de cãibra na minha mandíbula e elas disseram um "ASHLEY! " coletivo, seguidas por uma emily de saco cheio que simplesmente disse um "Ashley"  sem vontade e arrastado.

- Oi.  Tudo bem? - MERDA.  Elas vão descobrir que tem algo errado, eu sempre falo isso quando estou triste ou nervosa.

Sam me lançou um olhar preocupado e Bia me analisava como se tentasse desvendar o que eu tenho.

- Tem algo errado?  - perguntou Jessica

"Droga o que eu faço?  Não vou falar nada se não elas vão ficar inventando mimimi pra fazer com ele... mas o que eu faço?  Ai que situação filha da puta" -

Fiquei em silêncio e achei melhor desviar o olhar e sorrir.

- Ashley... - Sam falou mais preocupada mas eu a interrompi.

- Sam, sério, eu estou bem. - sorri e ela assentiu a cabeça várias vezes, suspirando e voltando a comer a pizza meio nervosa. 

Quando terminamos fomos direto para o Shopping onde encontramos Suga, Jimin e Jungkook disfarçados. 

- Mas oq... - ouvi barulho de pessoas gritando cada vez mais alto e  só quando elas começaram a aparecer eu entendi o por quê do disfarce. Sentamos nos bancos que haviam ali no meio ficamos assobiando e esperando todas passarem. Os meninos suspiraram aliviados e nós rimos. Jessica fez uma careta assim que viu o agora loiro Jimin. Emily cerrou os punhos para Suga que desviou de um tapa e se sentou ao lado de Sam, deixando a mesma marrenta e cheia de ciúme. 

Me senti sozinha. Invisível,  por um momento eles notavam qualquer pessoa menos eu e de repente me veio uma dor perto do diafragma. 

"Você está sozinha agora, sua imbecil. Debiloide,  Mongól. Não passa de um fardo para os seus amigos e eles não aguentam mais você chorando toda hora. Bebezona."  - Minha consciência do mal ria dentro de mim.

Eu queria mais do que tudo morrer, pois desse jeito eu não sentiria essa dor, ou até mesmo levar uma facada, um tiro, um coice ou até mesmo me cortar e me suicidar. Esse é o remédio.  

"Não faça isso! Eles te amam Ashley, só querem o seu bem!" - Minha consciência do bem me confortava e senti lágrimas escorrerem pelo o meu rosto lentamente.

As limpei e comecei a sofrer em silêncio,  cada vez com menos vontade de viver a minha vida. 

J-Hope parou de dar pulinhos e se sentou ao meu lado percebendo o estado em que eu estava, eu levantei a cabeça e logo a abaixei já chorando de novo. Sua grande chorona... - pensei.

- Tá tudo bem?  - ele perguntou. - Ah que bobagem essa minha pergunta, pela sua cara é óbvio que não - senti que Hobi estava querendo me alegrar. J-Hope sendo J-Hope... sorri fraco com esse pensamento.

- Tá tão na cara assim? - passei a olhar para os meus sapatos e ele riu.

- Pra ser sincero, sim. Você está horrível. - J- Hope fez cara séria e eu ri. Ele sabe como alegrar alguém. Não dá pra não ficar feliz perto do Hobi.

- Valeu. Eu sempre soube que você era a "Esperança", não dá pra ficar triste contigo. - engulo o  choro e o abraço. 

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EMILY

- ASHLEY É SÉRIO EU VOU TE DECAPITAR SE VOCÊ NÃO PARAR DE CANTAR ESSA MUSIQUINHA FILHA DA PUTA E DEPRIMENTE! - Jessica berrou enquanto Sam comprava sorvetes pra gente. Tinhamos acabado de fazer compras e  a nossa convenção de meninas se tornou uma convenção mista pois os (babacas) lindos do BTS,  nos infernizaram e fizeram muitos aegyos. Sabe como é... ninguém aguenta aquilo. " Quem mandou ser trouxa né? " AH VAI SE FODER CONSCIÊNCIA!!

Fico observando os outros fazendo merda e acabo por dormir. Tive a ligeira impressão de sentir algo pesando o meu ombro mas só deve ser a minha imaginação mesmo.

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Alguém muito filha da puta me acordou e eu quis socar o rosto de quem quer que fosse.

- EMILY - por favor me diz que não é quem eu penso que é.  

- Hm - bocejei e abri os olhos lentamente, murmurando um "Não mate o Yoongi, espere ele estar dormindo pra fazer isso." - o que foi? - abri os olhos por completo e comecei a ter náusea.  CARA O QUE ESSE MENINO FEZ NO ROSTO? E QUE SORRISO É ESSE? AAAAAAH NÃO POSSO RESISTIR. Mordi os lábios dele e apertei suas bochechas. Percebi que o Shopping estava quase vazio então supus que estava de noite.

- Merlin o que eu fiz pra merecer esse Açúcar Azedo? - falei em alto som e ele me olhou abrindo a boca para falar mas a fechou de novo, fez isso mais umas 2 vezes. 

- Eu te levo pra casa. 

- O que? Não!  - bufei. - Você não é minha  babá, na verdade eu acho que se você colocasse... Ah! - Ugh isso acontece às vezes sabe, o meu lado estilista vem à tona.  Bom, é pra isso que eu estou estudando para ser designer de moda ou como muitas pessoas dizem: personal stilyst *É assim que se escreve?

- De qualquer forma eu nunca deixaria uma dama se molhar. - Mentiroso. Só agora reparei que tá chovendo.  

Olhei para ele desconfiada e relutei. Olhei de novo e ele estava fazendo uma cara de cachorro abandonado. 

- Não.  E foi mal, às vezes eu fico muito doida das ideias e... espera, por que eu estou me dando o trabalho de te explicar algo tão complexo?  - falei me dando conta de que nem deveria ter abrido a minha boca pra falar com esse energúmeno, ele não merecia. - E como um Shopping ainda pode estar aberto?! - perguntei com as mãos na minha cintura. O garoto à minha frente sorriu. Até que ele fica (lindo) bonito. 

- Uma coisa sobre um ser chamado Min Yoongi: Ninguém resiste a esse pitelzinho aqui. - ele piscou e apontou para a mulher que parecia ter uns 26 anos, ela estava prestes a ter um taquicardia: Tinha uma blusa do Açúcar Azedo autografada, uma mochila do BTS,  um moletom branco com o nome de todos os membros, uma calça jeans preta, um chapéu e um colar e também um boné preto. Gente, tenho que admitit que o rapaz manja das bajulação. Até melhor do que a Jessica ( ATA NÉ MIGA :DD). 

- Estou esperando. - disse ele impaciente. 

- Esperando o que carai? - bufei batendo o pé esquerdo no chão.  Eu faço isso quando fico nervosa.

- Posso te levar pra casa? 

- Hm... Hm... tá. - ele arregalou os olhos e abriu um guarda-chuva. Saímos pra fora e ele abriu a porta do carro pra mim. Fiquei olhando pra janela e ... certeza que vai dar merda.