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História I never let you go - I believe


Escrita por: MoonMinHee

Notas do Autor


Esse capitulo é mais de introdução, sim sofrência, mas espero que gostem.. Se gostarem faço um capitulo só com os dois matando a saudade... Boa leitura amores.

Capítulo 1 - I believe


Desligo o despertador e me viro querendo mais cinco minutos, mas o sol entra pela janela e me força a abrir os olhos. O dia está lindo e eu ainda não tenho vontade de sair da cama, dizem que o luto pelo fim de um relacionamento tem de passar, mas como você apenas esquece a pessoa que é a razão do seu viver? Como vive sem o seu sopro diário de oxigênio? 

-Não acredito que você ainda não levantou. -Nari abre as janelas e sinto o ar entrando. 

-Não quero sair daqui. -Digo cobrindo a cabeça. 

-Você precisa, fazem quase seis meses quando vai aceitar que ele se foi? -Ela puxa o cobertor com força o tirando quase por completo de cima de mim. 

-Nunca. Não importa o que digam. -Puxo o lençol apenas por teimosia. 

-Eles já encerraram as buscas. 

-Não acredito que ele apenas foi embora sem lutar. 

-Ele estava num avião que caiu como ele poderia lutar? -Viro o rosto, não quero aceitar que num dia ele estava ali ao meu lado desligando o despertador e me acordando com uma xicara de café e no outro ele deixou de existir, não aceito nunca aceitarei. -Vem as meninas querem almoçar com você precisa se animar e ver pessoas ou vai se enterrar aqui pra sempre? 

-A segunda opção. -Digo catando o cobertor e cobrindo a cabeça. 

-Acha que era isso que ele iria quer? 

-Eu não sei, ele não está mais aqui para me dizer o que quer, ele não está mais aqui nem para me dizer que preciso levantar, que tenho que comer e levar o casaco. Ele não me liga mais pra dizer que está com saudade e vai voltar logo. Ele não está aqui então honestamente eu não sei o que ele iria querer só sei que quero ficar aqui onde ele ainda existe onde os travesseiros ainda tem o cheiro dele e a camisas e tudo dele está aqui então não vou a lugar nenhum. -As lágrimas escorrem por meu rosto e molham o cobertor em meu colo. 

-Ele amava você. -Uma voz que ouvi poucas vezes, mas reconheceria em qualquer lugar disse, me viro a encarando. -Ele iria querer que você continuasse. -Era a mãe Tae, ela nunca aprovou muito nosso relacionamento eu era a noona estrangeira que estava roubando o filho dela. 

-Eu não consigo. -Admito me sentindo cansada. 

-Eu sei o que está sentindo, sinto falta dele e não como quando ele estava em turnê ou nos compromissos do grupo, sinto falta de ouvir a voz dele contando como as coisas foram, fazendo piadas bobas que ainda assim nos faziam rir. -Ela fala e nós duas choramos por saber bem o quanto aquilo doía. -Se eu tivesse sido menos intolerante vocês poderiam ter se casado, eu podia ter tido um lindo neto que nos lembraria dele, mas eu achava que estava fazendo o melhor, achava que sabia das coisas achava que você iria embora na primeira dificuldade ou quando a fama acabasse, mas eu estava enganada, estava errada e queria voltar no tempo refazer tudo, mas não posso. 

-Não se culpe, eu sei no meu coração que ele não foi embora. -As duas me olham como se eu estivesse louca e até entendo, mas mesmo que eu não saiba explicar no meu coração sei que uma hora ou outra a campainha vai tocar e será ele sorrindo e dizendo que voltou pra mim. 

-Precisa parar com isso minha querida, está fazendo mal a você. Tae não vai voltar você precisa aceitar e seguir em frente. Me dê um neto minha filha. -Ela me abraça e chora mais, nunca achei que um dia ela me chamaria de filha. 

-Eu darei. -Abraço ela de volta. 

-Vá almoçar com as suas amigas, e quando quiser pode vir passar uns dias conosco será incrível ter você em nossa casa. 

-Obrigada. Eu irei sim. 

Contra minha vontade e com a ajuda delas me arrumei percebendo que minhas roupas ficaram largas, fiquei com vergonha de admitir que não comia direito há um bom tempo. Elas não me criticaram com palavras, mas seus olhares eram de aviso com certeza. Saímos juntas e encontramos as meninas num restaurante no centro. Tentei comer, mas meu estomago não aceitou muito do lindo prato a minha frente, as meninas falavam e riam tentando me animar, mas eu estava no piloto automático. Não conseguia sentir nada além da dor aguda que tem me acompanhado nos últimos meses, os lugares, as pessoas e até o céu me fazem lembrar de algum momento com Tae e isso era mais forte que eu. 

-Alguém está chamando atenção. -Mina diz rindo. 

-Ele é bem interessante. -Hae Ji rebate me cutucando com o cotovelo. 

-O que? -Eu não estava prestando atenção e não sabia do que elas falavam. 

-O cavalheiro a sua esquerda não para de olhar para você. 

-Não deve ser para mim. -Digo bebendo mais um gole de suco, meu estomago já parecia cheio. 

-É sim, ele acompanha seus movimentos com os olhos. -Tento discretamente me virar para ver quem era, mas ele ergue o copo quando me vê olhando. 

-Podemos ir embora por favor? -Eu não quero estar numa relação tão cedo. Eu sei que Tae vai voltar. 

-Não você quase não comeu e aquele cara lindo está vindo aqui. -Me assusto, mas é tarde ele para ao meu lado. 

-Olá senhoritas, apreciando uma refeição nesse belo dia? -Quase óbvio e por qualquer razão isso me irritou, apenas voltei a olhar para o prato. 

-Com certeza. E você fazendo o mesmo acredito. -Nari fala sorrindo e me chutando por baixo da mesa, mas ignoro. Ele toca meu ombro e me assusto. 

-Posso saber os nomes de vocês? -Me levanto. 

-Preciso ir com licença. -Saio quase que correndo. Eu não quero ninguém perguntando meu nome ou meu número, quero ficar em casa perto de tudo o que me lembra o Tae, é pra lá que vou começo a arrumar minha mala e mando uma mensagem para a mãe dele avisando que irei para casa deles quando ela voltar. A resposta não demora ela vai em dois dias, então a convido para ficar comigo em nossa casa até o dia da viagem. 

Os dias passaram e acabamos ficando próximas, ela entendia os motivos pelos quais eu sentia a falta de Tae e eu entendia os dela e isso ajudava a nós duas. Os dias na casa deles eram cada vez melhores as crianças são incrivelmente fofas e me lembram dele de jeitos que eu nem imaginava serem possíveis, ajudava eles com os deveres da escola e as vezes até levava eles para a escola ou pra passear. Eu sabia que logo teria de voltar a minha vida e encarar a falta que ele faz. 

-Noona pode pegar a bola? -O pequeno pede depois de dar um chute muito forte, sorrio de como ele vem até mim tão rápido. 

-Me espere aqui. -Digo e vou até o outro lado da rua pegar a bola quando volto tem um rapaz conversando com ele e me apresso assustada. -Pequeno. -Digo para chamar a atenção dos dois. 

-Noona esse moço achou que eu estava perdido. 

-Ele não está perdido só fui buscar a bola. -Digo e o rapaz me encara sério. 

-Desculpe só fiquei preocupado, mas parece que ele tem uma bela noona para cuidar dele. 

-Você achou minha noona bonita? -A vozinha de criança pergunta. 

-Sim, ela é muito bonita. Pode dizer o nome dela para mim? -Ele se abaixa e o pequeno cochicha no ouvido dele. -Entendo. 

-Melhor irmos querido sua mãe vai ficar preocupada. -Pego ele no colo. -Obrigada por se preocupar com ele. Diga adeus amor. -O pequeno acena. 

-Ele disse que você é difícil. - O estranho sorri. 

-Você disse isso? -Pergunto sorrindo e ele confirma com a cabeça orgulhoso. 

-Meu hyung disse que você é a mulher mais difícil que ele conhece. -Sinto meus olhos enchendo de lágrimas. 

-Quando Tae disse isso? 

-Antes de viajar, ele disse que ia te dar isso. -Ele tira uma corrente de dentro da camisa e tem um anel preso a ela. -Pediu para eu guardar até ele voltar. -Quando me dou conta estou chorando e sinto a mão pequena dele secando minhas lágrimas. -Omma disse que ele não vai voltar, então acho que tudo bem dar isso para você eu mesmo. -Ele tira a corrente e me entrega, coloco ele no chão e me ajoelho ao seu lado, tiro o anel da corrente e ele o coloca no meu dedo. -Vou me casar com você já que ele não vai cumprir a promessa. -Abraço ele ainda chorando, coloco a corrente de volta em seu pescoço. 

-Não me pergunte como, mas eu sei que ele vai cumprir a promessa.  -Cochicho no ouvido dele. 

-Você é comprometida então? 

-Ela é minha namorada agora. -O pequeno diz. 

-Sou. -Não explico nada apenas pego na mão pequenina e começo a caminhar de volta para casa. 

Os dias passam e começo a pensar em ir embora, preciso voltar pra casa, voltar ao trabalho e todo o resto. 

-Por que quer voltar? -Appa pergunta durante o jantar. 

-Preciso trabalhar e já estou abusando da hospitalidade de vocês. 

-Pode conseguir um trabalho aqui, sua família também não está em Seul e aqui você tem a nós. -Omma aperta minha mão. 

-Não quero que cansem de mim. 

-Depois de toda aquela tristeza você é a melhor coisa que nos aconteceu, faz tão bem ter você por perto. -Appa diz e de novo estou com os olhos cheios de lágrimas. 

-Agora sei porque Tae amava você e devo admitir que é fácil amar você. Por favor fique. -Omma fala e minha vontade de ir embora que era pequena se torna quase nula. 

-Eu fico. Amanhã começo a procurar um emprego por aqui. 

-Noona vai ficar.... -As crianças comemoram. 

Depois de conversar com meu chefe ele permita que eu continue mandando os artigos por e-mail como tenho feito nos últimos meses. O quarto em que durmo é o antigo quarto do Tae, não mudo nada, apenas coloco uma foto nossa, as crianças se revezam em dormir comigo. Os dias se transformam em meses e logo faz um ano que Tae desapareceu. A homenagem de um ano é bonita e triste. 

-Filha quero apresentar uma pessoa. -Omma diz me levando até uma roda de pessoas. Ela toca o ombro de um rapaz e já sinto um arrepio, ela não tinha falado mais de eu seguir em frente, mas começo a achar que está prestes a falar. -Kyu essa é a minha filha que te falei. -Quando ele se vira sinto que o conheço. 

-Muito prazer. -Ele diz e reconheço a voz, é o moço do parque. 

-Igualmente. 

-Você estava com o pequeno no parque aquele dia. 

-Sim. -Eu não estou confortável, ele parece interessado demais e isso me assusta. 

-Quer sair e tomar um café? 

-Na verdade vou para casa terminar o artigo que preciso entregar amanhã. Prazer em conhece-lo. -Digo fazendo uma reverencia. -Vejo você em casa omma? 

-Sim querida. Bom trabalho. 

Chego em casa e começo a escrever, as palavras tem sido a salvação da minha sanidade, não passo um dia sem coloca-las pra fora nas páginas de algo que não é um diário, mas chega perto. Termino o artigo e começo a divagar sobre o teclado criando uma história de como seria se as coisas tivessem acontecido de outro jeito e só paro de escrever quando ouço as batidas na porta. Omma entra sorrindo. 

-Como está o trabalho? 

-Terminei a pouco. Só preciso mandar. 

-Desculpe. -Ela diz baixando a cabeça. -Eu achei que você podia estar pronta. 

-Eu não sei um dia estarei omma, quero seguir em frente, estou seguindo em frente, mas não acho que isso precise incluir um novo homem. 

-Não vou mais fazer isso. 

-Não precisa se desculpar eu entendo que quer o melhor para mim, mas preciso de mais tempo. 

-Entendo. -Ela sorri e me abraça. 

-Vou até Seul em dois dias para pegar algumas coisas e ver como está o apartamento, não devo ficar mais do que uma semana. 

-Quer que eu vá com você? 

-Não precisa. Não vou demorar, mas preciso ir. 

O voo não demora e diferente do habitual o transito parece tranquilo, mas quando abro a porta sinto um aperto. Está tudo exatamente como deixei e como estava antes da partida de Tae. As pessoas dizem que eu devia vender ou alugar, mas não farei nada que mude um grão de poeira daqui. Caminho devagar tocando nos móveis e tentando segurar as lágrimas. Entro no quarto e pego uma das camisas de Tae e ainda posso sentir o cheiro de seu perfume nela, tomo um banho e a visto e peço comida, então ligo para as meninas e aviso que estou na cidade e devemos nos encontrar para o almoço no dia seguinte, ouço a festa de cada uma delas e acabo rindo. Pego o computador e começo a escrever sobre os sentimentos que tenho ao voltar pra casa agora mais vazia, quando a companhia toca, levanto correndo para atender, deve ser a minha comida. Quando abro a porta meu coração para. Aperto os olhos e os esfrego com força por que não acredito no que vejo. Tae está parado na porta me olhando e sorrindo. Minhas pernas falham e acho que vou cair, mas ele me segura e só assim percebo que ele é real. 

-Não me acorde por favor. -Digo sentindo meus olhos lagrimejando. 

-Eu senti tanto a sua falta. -Ele me abraça e não seguro as lágrimas. 

-Eu senti mais, quase morri eu... eu.... -Digo, mas nem consigo terminar a frase. 

-Me perdoa, eu queria voltar antes, mas eu não sabia para onde. Quando o avião caiu eu fiquei perdido por alguns dias e quando me acharam eu não lembrava de nada, fiquei preso numa cidade minúscula sem nem mesmo saber quem eu era. De alguma forma eu sabia que devia voltar, sabia que tinha alguém para quem voltar e há três dias uma turista coreana apareceu no hotel onde eu estava trabalhando e disse que eu me parecia muito com um cantor famoso que tinha morrido ano passado, pesquisei sobre a pessoa que ela disse e minha memória voltou, lembrei de tudo. Quem sou, o que faço, onde moro e porque tinha que voltar. E eu voltei, voltei pra você. 

-Eu sabia, eu sabia. -Digo o abraçando tão apertado que ele geme. -Ninguém acreditou em mim, mas eu sabia. Preciso ligar pra omma, ela vai morrer de felicidade, as crianças, eles estão tão grandes e... -Alguém para atrás dele e percebo que a comida chegou. 

-Desculpa, mas acho que foi daqui que pediram comida. 

-Foi sim. -Digo e vou buscar o dinheiro, Tae entra e larga a mala na mesa. -Aqui. 

-Por que pediu comida? Você ama cozinhar mesmo quando está sozinha. -Ele me abraça por trás enquanto tiro a comida da sacola. 

-Não tinha o que cozinhar. 

-Como assim? Você sempre faz compras e na verdade ainda é dia e... 

-Eu não estava morando aqui. 

-O que? Por que? 

-Tem tantas coisas pra te contar, aconteceu tanto nesse uma ano. 

-Você não se casou, não é? 

-Claro que não, estava esperando você voltar e cumprir sua promessa. -Digo mostrando a aliança que o pequeno me deu, não a tiro do dedo desde o dia que ganhei. -Como podia ignorar a sua promessa? 

-Como conseguiu isso? 

-Depois de alguns meses do avião ter caído eu não estava bem e sua mãe me chamou para ficar um tempo com eles e os dias viram semanas que viraram meses, eu estava com eles. Um dia seu irmão me deu isso, todos diziam que você não voltaria, então ele achou que devia me dar pra lembrar de você. 

-Muito esperto meu pequeno. -Ele tira a aliança do meu dedo se ajoelha e sorrindo o encaro. -Quer se casar comigo? 

-Sim, sim, sim. -Caio de joelhos e o abraço, nossos lábios se encontram e sinto uma necessidade de matar toda a saudade que sinto. -Amo você, amo você. 

-Amo mais. Espera. -Ele para o beijo e me encara. -Você e a minha mãe se acertaram? 

-Sim, omma quem me chamou para ficar com eles. 

-Omma? -Ele parece espantado, e com razão antes ela nem podia me ver pela frente. 

-Sim, omma e appa, eles brigam comigo se não os chamar assim. 

-Isso é música para os meus ouvidos. -Ele me abraça e retoma o beijo de onde parou. 

-Senti tanto a sua falta, cada dia mais. -O abraço forte, não quero me mover, não quero nunca mais sair de perto dele. Nunca mais deixa-lo sair de perto de mim. 

-Eu não sabia de quem, mas sentia falta, agora faz tanto sentido, eu lembrava do som da sua voz, da sua risada, do jeito como você acordava de manhã, como era sentir seus braços me abraçando, eu sonhava com você e sabia que precisava lembrar, foi um tormento diário até eu lembrar. 

-Nada mais importa, você está aqui e nada mais vai te tirar de mim, nunca. 

-Nunca. -Seus braços em volta de mim se apertaram e sorri sentindo uma felicidade que não cabia em mim. -Me diz o que tem embaixo dessa camisa, que por sinal é uma das minhas. 

-Nada. -Digo em seu ouvido e sinto seu corpo se arrepiando. -Sentia sua falta e ela ainda tinha seu cheiro. 

-Pode ter meu cheiro, meu toque meu beijo e tudo mais que quiser.  


Notas Finais


Então o que acharam? Faço o hentai? Obrigada por lerem e como sempre sugestões e dicas são sempre bem vindas. Obrigada por ler. Bju


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