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História I Promise - One-shot


Escrita por: Yaasmim12

Notas do Autor


Essa é minha primeira Fanfic, centrada para outro gênero, pois sempre escrevi Fanfics centradas para o gênero "Amor Doce", então me deem um crédito.
Não sei se ficou boa, mas dei o meu melhor.

Capítulo 1 - One-shot


Estou eu, no escritório, mais uma vez pensando nele. Já fazia dois anos. Porque ele teve que me deixar? Por quê? Ele não tinha o direito de entrar na minha vida, me fazer ama-lo e depois me deixar. Isso foi injustiça da parte dele. Eu o odiava com todas as minhas forças.

Por fim, eu terminei de analisar aqueles últimos papéis, então desliguei meu computador, peguei minhas coisas e saí de minha sala. A tranquei e seguir até o elevador. Desci até o térreo, me despedir dos seguranças que ali ficavam, por fim segui caminho até minha casa. Já que morava perto sempre ia andando e passava em algum lugar para comer.

Cheguei finalmente a minha casa, retirei meus sapatos e vi que Hoseok estava com Taehyung na sala. Eu ia deixar passar já que o mesmo não havia me avisado que iria trazer alguém pra casa, mas vi algo que não me agradou... Havia pipoca no sofá. Eu segui para a sala e entrei na frente da televisão, o que fez com que os dois abestados dessem um grito, então eu acendi a luz.

- Você poderia ter avisado que tinha chegado, Jungkook – Hoseok disse colocando a mão sobre o peito.

- Não tenho essa obrigação e além do mais a casa é minha. Não é porque você é meu hyung que tem essa autoridade sobre minha casa, tá bom? – Disse já estressado.

- Jungkook calma. Só estamos assistindo filme, não precisa descontar sua raiva no Hobi – Taehyung disse.

- Não se meta onde você não foi chamado Taehyung! – Disse o fuzilando com os olhos – Eu vou dormir e quando eu acordar pela manhã, eu quero ver isso aqui – Falei fazendo um movimento com as mãos – limpo, ok? Ok.

Eu saí da sala e subi as escadas, então ouvi Hoseok gritar que ainda estava muito cedo. Foda-se. Eu estou com sono e preciso dormir o máximo que eu conseguir para esquecer ele. Entrei em meu quarto, tranquei a porta, retirei minha roupa e me joguei na cama. O sono logo me dominou por inteiro...

 

[...]

 

Eu acordei e olhei o relógio da cabeceira, 02h da madrugada, eu deveria ter escutado Hoseok. Ainda era cedo, quando eu fui dormir, e eu como sou teimoso, decidi dormir sem mais nem menos. Decidi levantar da cama, logo percebendo que a porta estava encostada. Eu não havia trancado ela? Nem sei mais, mas ok. Saí do meu quarto, desci as escadas e fui até a cozinha para pegar algo para tirar o gosto amargo que predominava minha boca.

Abri a geladeira, não havia nada de interessante, precisava fazer compras. Decidi pegar um pouco do suco de laranja que encontrei. Peguei um copo no armário, despejei o suco no mesmo e guardei a jarra com o suco na geladeira. Bebi um pouco do suco e senti o gosto amenizar em minha boca.

- Sempre gostei dessa cueca, ela marca sua bunda. – Ouvir sua voz fez meu sangue gelar.

O copo caiu da minha mão se desfazendo, em pedaços no chão, sujando-o com o suco ainda fresco. Virei os calcanhares e encarei-o ali... Caralho. Ele estava ainda mais lindo. Não, ele me abandonou, não posso ser tão bonzinho com ele.

- Senti sua falta, Kookie. – Só ele me chamava daquela forma.

- Não me chame dessa forma, Jimin. – Encara-lo era quase surreal.

- Você sabe que eu não quis, não é? – Ele começou a andar em minha direção, enquanto eu não conseguia me mover. – Você sabe que eu não tive escolha, pois se eu tivesse tido, eu teria ficado com você.

- Você prometeu que nunca ia me deixar, Jiminnie, mas você quebrou sua promessa. – Meus olhos já estavam marejados e minha garganta ardia pela vontade absurda de chorar.

- Kookie... Você tem de entender meu lado, também. – Ele parou a minha frente e acariciou minha bochecha.

Sentir seu toque fez com que uma corrente elétrica de saudades batesse a porta. Eu sentia muita falta dele e eu podia dizer que o odiava, mas não, eu não o odiava... Eu o amava pra caralho.

- Você tem que ficar. – Segurei suas mãos entre as minhas. – Não pode ir embora, não agora, por favor.

- Jungkook, não é algo tão simples. – Eu via em seu olhar que ele não iria ficar.

Ele me pegou no colo e me levou até a sala, sentando-me no sofá, logo depois sentando ao meu lado.

- Por que não é simples, Jimin? – Eu chorava compulsivamente. – Você só precisa ficar comigo.

- Eu não posso ficar. – Aquilo foi como um tiro que um soldado leva em uma guerra. – Só vim fazer uma visita e depois irei embora.

- Uma visita em plena madrugada? – Aquilo estava estranho.

- Sempre gostei de te ver dormir, você sabe disso, bebê. – Ele sorriu, fazendo seus olhos sumirem por um segundo, por conta do eye-smile.

- Eu tenho sofrido por longos dois anos, desde que você me deixou, agora que você voltou... – Parei de falar por um instante, por causa dos soluços que eu dava, por conta do choro. – Você já quer ir embora? Eu não vou aguentar.

- Sim, já faz dois anos... Eu queria ficar, você não sabe o quanto eu quero isso, mas não posso. – Ele se aproximou de mim e me beijou.

O beijo ainda era o mesmo, os seus lábios ainda eram os mesmos e eles ainda eram macios. Eu aproveitaria bastante daquele beijo, se eu não sentisse que ele era um beijo de despedida. Park Jimin iria me abandonar, de novo.

- Quero que me prometa uma coisa, Jungkook. – Ele me encarava, esperando minha resposta. – Você pode me prometer?

- Faço tudo por você, hyung. – Sorri fraco para ele.

- Jeon Jungkook, você tem de me prometer que apesar de tudo, você vai seguir em frente. Vai ser feliz com outra pessoa, se casar, ter filhos, viajar pelo mundo e aproveitar tudo o que há de bom no mundo. – Ele respirou fundo antes de falar de novo. – Você me promete?

- Se for para fazer isso, eu quero fazer com você, não com outra pessoa, Jimin. – Eu queria gritar com ele, mas me segurava.

- Jungkook, me prometa que irá fazer isso, eu não tenho muito tempo. – Ele segurou em minhas mãos. – Apenas me prometa.

- Eu prometo que seguirei em frente, hyung. – Sorri fraco.

Ele olhou para o relógio na parede, acima da televisão. Ele me encarou, então me beijou aquele sim era um beijo de despedida. Um beijo de adeus.

- Eu tenho que ir. – Eu levantei minha cabeça para encará-lo e quando menos esperei, ele estava chorando.

O problema era que ele não estava derramando lágrimas, ele estava derramando sangue.

- Jimin, vamos para o hospital. – Eu me levantei alarmado. – HOSEOK! – Gritei para que ele acordasse.

- Está tudo bem, não se preocupe. – Ele se levantou e me abraçou.

- Não, não está tudo bem, Jimin. Você está chorando sangue! – Eu estava exasperado.

Jimin começou a andar até a porta. Ele se virou pra mim e sorriu, não, ele ia me abandonar. De novo.

- Até mais, Kookie. – Então, ele saiu pela porta.

 

[...]

 

(Mudança de cena)

Ele estava na mesma cama de hospital, deitado, seu corpo ligado a vários aparelhos. Eu estava sentado na poltrona ao lado da sua cama, onde eu já estava a três dias seguidos, desde sua piora. Ele estava internado na UTI. Então, me veio à lembrança daquele dia... O dia em que eu chorei como nunca havia chorado, como um garotinho indefeso que precisa dos pais.

Jimin segurava minha mão, quando menos esperei, o seu corpo ficou leve e os aparelhos começaram a apitar. Só me veio à cabeça: ele não está mais respirando. Eu me levantei da poltrona em um pulo, abri a porta do quarto e gritei.

- UM MÉDICO E UMA ENFERMEIRA. - Eu o olhei e ele estava pálido.

O médico dele entrou, junto de mais dois enfermeiros, eles pegaram o desfibrilador e o médico disse uma frequência cardíaca, um dos enfermeiros gritou que estava pronto. O médico pediu para eles se afastarem e assim ele pôs sobre Jimin, não teve resultado. Ele aumentou a frequência cardíaca mais 2x, sem sucesso, então ele virou pra mim e suas palavras acabaram comigo.

- Ele morreu. – Aquilo doeu demais.

Eu me levantei e me aproximei da cama, sentei na mesma, vendo o corpo sem vida dele. Ele estava gelado, como a neve que caía lá fora... Ele realizou seu desejo, morrer em uma noite de inverno. Eu o abracei com força e me desfiz em lágrimas, as lágrimas que segurei durante meses, para derramar só agora. Eu o beijei, então cobriram o corpo, retirando-o do quarto. Eu recolhi suas coisas, saí do quarto, depois da área onde ficava a UTI e segui para sala de espera. Jin, Namjoon, Yoongi, Hobi e Tae estavam sentados, mas agitados esperando por notícias.

- Jungkook! – Jin gritou.

Eles vieram correndo até pararem a minha frente.

- Quais são as notícias? – Yoongi perguntou.

- Ele morreu. – Doeu dizer aquilo.

Tae abraçou Hoseok, Jin abraçou Namjoon e Yoongi veio ao meu encontro, logo me abraçando.

- Eu sinto muito, Kookie... – Ele deu um beijo na minha testa e me soltou.

Yoongi falou alguma para o Jin, assim ele foi embora, eu sabia seus motivos. Yoongi e Jimin eram melhores amigos, mas Yoongi não se sentia bem chorando na frente dos outros, ele precisava do seu tempo. Assim como eu.

 

[...]

 

Sinto muito. Sinto muito. Sinto muito.

Era o que todos me diziam, mas dizer isso, não o traria de volta pra mim. Não traria de volta a alegria que eu tinha de tê-lo na minha vida. Não traria de volta todos os momentos que eu passei ao seu lado e que agora não passavam de lembranças.

Ele se aproximou dos meus amigos, para se aproximar de mim, já que estava começando a gostar de mim. Eu o desprezava no começo, até que eu comecei a amá-lo como se nada mais importasse... Os meninos diziam que sempre souberam que nós íamos ficar juntos, nós havíamos nascido um para o outro.

O velório dele foi maravilhoso... Eu fiz um discurso para ele, assim como o resto dos meninos. Eu segurava minhas lágrimas, não queria chorar, não queria me sentir fraco. Não naquele momento.

 

[...]

 

Eu acordei assustado, meu corpo estava suado e meu rosto estava molhado pelas lágrimas que eu ainda derramava. Hoseok arrombou a porta do quarto, ele veio correndo até mim, me abraçou como se quisesse me proteger de algo ruim. Eu estava encolhido em seus braços.

- Foi muito real, Hobi... Ele estava aqui na nossa casa, depois a cena mudou para o dia no hospital e depois para o velório dele. – Eu me lembrava de tudo com clareza. – Ele estava aqui comigo...

- Já passou... – Ele acariciava meus cabelos, tentando me acalmar, já que eu tremia. – Ele não está mais aqui. Foi apenas um sonho, uma lembrança que você nunca irá esquecer.

 

[...]

 

Passei em uma floricultura, comprei suas flores favoritas, então fui visita-lo. O mármore branco junto de uma foto sua sem preto e branco, ele estava lindo naquela foto, assim como sempre foi. Coloquei as flores sobre o túmulo, sentei na ponta do mesmo e passei de leve meus dedos sobre sua foto. Uma brisa gelada passou pelo meu rosto e pude sentir sua presença ali comigo, mesmo que por um leve instante.

Sorri e deixei que as lágrimas molhassem meu rosto. Eu prometi a ele, mesmo que em sonho, eu prometi para ele e eu iria cumprir tinha de fazer isso por ele. Eu fui único em sua vida, assim como ele foi único na minha, por isso, eu devo tudo a ele. Ele foi quem me fez abrir os olhos para o mundo e ver como o mundo podia ser belo, apesar de tudo que ocorre no mesmo.

Park Jimin foi meu primeiro amor, minha primeira vez, meu primeiro beijo. Meu primeiro tudo. Ninguém nunca irá conseguir substituir ele, pois ele é único.

- Eu prometo.


Notas Finais


Sim, grande parte de tudo o que aconteceu era apenas um sonho, uma lembrança do Jungkook, não era real como muitas deviam imaginar. Eu chorei escrevendo essa história... Imagina vocês como estão.
Obrigada por quem leu a Fanfic. Comentem e favoritem a Fanfic.


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