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História I Promise | CAMREN | - Realidade


Escrita por: gomes70

Notas do Autor


Oie babys, eu sei que vocês estão querendo minha cabeça numa bandeja mas ainda amo vocês 😂 Acreditem que as coisas acontecem por um motivo, sempre é assim. Esse é um capítulo MUITO importante portanto prestem muita atenção, okay? Principalmente nas entrelinhas hein. Minhas sugestões de músicas são:

Hold On - Chord Overstreet

Take me to Church - Hozier

Let her Go - Boyce Avenue feat Hannah Trigwell ( eu gosto dessa versão )

Estão na ordem de acordo com o capítulo. Boa leitura babys.

Capítulo 30 - Realidade


Fanfic / Fanfiction I Promise | CAMREN | - Realidade


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 17 de agosto


"Ele foi para um lugar melhor"


"Pelo menos ele parou de sofrer"


"Deus sabe o que faz"


"Vocês vão superar isso"



Eu odeio funerais. Posso citar inúmeros motivos que me fazem não ir em um. Desde que eu desmaiei nos braços do meu pai não caiu mais nenhuma lágrima dos meus olhos e isso parece um tanto insensível para os demais presentes no funeral do meu filho. Eles não entendem que a minha dor não lhes diz respeito, ninguém deveria me ver aos prantos e gritos para acreditar que eu estou sofrendo pelo meu filho. As pessoas reagem à dor de diferentes maneiras e uma delas é o silêncio. 

Lauren encarava o pequeno caixão descendo para encontrar a terra úmida, seus olhos vermelhos denunciavam um choro contido e eu sentia suas unhas enterradas em meu braço para conter a raiva e o desespero. Eu não me importava com aquela dor, se isso a tranquilizasse ela poderia atravessar meus braços com as unhas, havia uma dor muito pior em meu peito. As pessoas começaram a ir até aquele buraco com o que restou de Gustavo, jogaram flores, lágrimas e terra sobre o caixão. Elas não entendiam que não era meu filho ali? Eu observei um por um que se aproximava, pessoas que nunca viram meu filho e que nunca foram próximas da minha família ou de Lauren. O que eles estavam fazendo ali? Os diretores do orfanato vieram nos cumprimentar, deixaram seu lamento por nossa perda e se colocaram a disposição para "qualquer coisa". Agora não era mais preciso a disposição de nenhum deles.

Lauren me soltou e caminhou até o caixão, meus olhos se desviaram dela por um momento e eu o vi. Do outro lado da multidão, os braços cruzados e um olhar frio em minha direção, eu o encarei da mesma maneira e ele ergueu a sobrancelha direita em desafio. Meu sangue ferveu em minhas veias, eu odiava funerais mas ele não desrespeitaria o do meu filho, fechei minhas mãos em um aperto firme. Dei um passo na direção do homem mas quando fui seguir meu caminho senti uma mão no meu ombro.


- O que foi? - Dinah firmou o aperto me impedindo de sair do lugar, meus olhos continuavam fixos naquele infeliz e ela seguiu meu olhar até encontrá-lo. Ele fez um sinal negativo com a cabeça e apontou para o próprio pulso com o indicador, sinalizando que o tempo tinha acabado. Eu gelei dos pés à cabeça e vi quando ele se virou e foi embora

 

- Quem era ele e o que foi isso Mila?


- Não era ninguém e isso não foi nada DJ. 


Ela deu de ombros e eu deixei aquele assunto para outra hora.


- Eu achei que você não viria, estou surpresa por te ver aqui.


- Eu só vim porque Lauren insistiu muito, não quis deixar ela fazer isso sozinha. Se fosse qualquer outra pessoa que tivesse pedido eu não estaria aqui Dinah, pode ter certeza.


- Eu sei.


Aos poucos as pessoas foram embora e sobraram apenas meus pais, Lauren e eu. Minha mãe disse que iria nos esperar no carro e saiu com meu pai, fiquei observando o buraco recém fechado completamente perdida em meus pensamentos até escutar a voz rouca se pronunciar pela primeira vez naquele dia.


- É estranho pensar que ele está ali, que tudo o que sobrou do meu menino vai ser devorado pelo tempo.


- Ele não está ali Lo. A única coisa que se encontra lá dentro é a casca do que um dia o Gustavo foi. Sua essência, carisma e tudo o que o definia não está dentro daquela caixa, todos os pequenos detalhes que faziam ele ser o que era não estão ali. É por isso que eu não vou em funerais, essa não é a imagem que devemos levar das pessoas que amamos.


- Por que veio então? Eu sei que pedi pra você me acompanhar mas se não estar aqui é tão importante pra você por que veio?


- Porque funerais não se tratam sobre aqueles que foram Lo, é sobre os que ficam - coloquei uma mecha de seus cabelos atrás de sua orelha e acariciei sua bochecha - era importante pra mim não estar aqui, mas era mais importante que eu não te deixasse sozinha.



Uma chuva forte caía na cidade e tornava aquele dia ainda mais melancólico, Lauren estava adormecida ao meu lado na cama e eu  a observava submersa em pensamentos. O cheiro de chuva se misturava ao cheiro dela e isso inundava os meus olhos ao saber que em breve eu não a teria por perto. O tempo que passamos juntas foi algo relativamente curto para tudo o que vivemos e para o que ela se tornou em minha vida, a intensidade que eu descobri e a diversidade de sentimentos que ela despertou em mim são coisas que eu jamais pensei em viver. Foi olhando para sua pele alva que eu descobri que estava fazendo o certo, Lauren era uma parte que havia sobrado do meu filho e que eu faria de tudo para proteger, eu a amava de uma forma inexplicável. Sorri em meio às lágrimas e selei seus lábios calmamente, aproveitando ao máximo aquela sensação de estar em casa e em segurança, eu não queria me afastar mas me vi obrigada a fazer isso para não acordá-la. Deixei um beijo em sua testa e levantei da cama com cuidado, minhas malas estavam encostadas na porta do closet e faltavam poucas peças para serem organizadas, decidi tomar um banho e esfriar a cabeça antes de terminar de arrumar as malas para voltar à Stanford, eu não teria muito tempo para isso depois.

Tomei um banho quente e demorado, me vesti e sai do quarto sem fazer barulho para não acordar a mulher sonolenta entre meus cobertores. Desci as escadas e encontrei minha mãe na sala olhando um álbum de fotos, ela tinha os olhos marejados e quando me aproximei pude ver que era uma foto de nossa família, incluindo Lauren e Gus. Esse pensamento me fez suspirar profundamente e segurar o choro, Mama colocou o álbum sobre a mesa de centro e indicou que eu deitasse em seu colo, assim que minha cabeça entrou em contato com suas pernas ela começou uma carícia em meus cabelos e permaneceu em silêncio.


- Sabe pequeña, eu sempre procurei ver os dois lados de toda situação em que vivi, principalmente as ruins, de tudo nós conseguimos tirar um ensinamento. Eu sei que é dolorido agora e que aparentemente a vida parou. É quando as cores se perdem que nós precisamos buscar forças para seguir em frente, para colorir outra vez e manter a chama da esperança de que o destino não dá ponto sem nó. Se tudo o que nos restou foram as memórias de dias bons com as pessoas que amamos, devemos mantê-los vivos até que possamos viver novos dias com eles ou continuar nossa jornada até que a ferida da dor se cure e dê lugar à saudade.


- Eu sinto como se tudo estivesse amortecido dentro de mim Mama.


- Você tem medo de sentir hija, sempre foi assim. Você se protege de qualquer sentimento para não se machucar, ergue muros e barreiras para que ninguém se aproxime demais.


- Eu desabei depois que o Gus se foi, eu senti isso.


- Eu estava lá cariño, aquele foi um momento em que sua dor foi maior do que sua vontade de se proteger, era algo incontrolável. Eu sei que você assistiu tudo de perto e tenho certeza que te corroeu de uma maneira que você jamais vai se esquecer, infelizmente sua primeira perda foi justo a mais dolorosa. Perder um filho muda completamente sua vida e eu sinto dizer que isso vai derrubar suas barreiras, você vai chorar por dias ou até mesmo meses, vai ficar vulnerável e o desespero vai te atingir.


- E por que eu não me sinto assim? Tudo o que eu sinto é tristeza e uma agonia sem fim.


- Porque você está em negação Kaki, não no sentido de aceitar que ele morreu mas no sentido de se permitir passar pelo luto. Você sofre em silêncio e eu entendo isso, mas dessa vez você vai precisar colocar pra fora e sofrer tudo o que tiver que sofrer, chorar até quando não tiver lágrimas para cair, só depois disso você vai conseguir seguir em frente. Existem algumas feridas que precisam doer para se curar.


- Eu não estou pronta para isso Mama, eu não quero e não posso desabar.


- Eu sei cariño, você puxou isso de mim - ela sorriu carinhosamente e ainda tinha lágrimas nos olhos - eu perdi um filho antes de você nascer, sofri um aborto espontâneo no quarto mês de gestação. Eu estou te falando tudo isso porque a minha reação foi exatamente igual a que você está tendo no momento e eu sei o que está por vir. Não impeça o luto quando ele chegar.


- Eu sinto muito Mama, por que a senhora nunca me contou?


- Porque você nunca tinha perdido um filho meu amor, tem coisas que nós só contamos quando chega a hora. E eu esperava não precisar te contar isso - minha mãe desviou os olhos de mim e continuou com o carinho, ficamos em silêncio por longos minutos e eu processava tudo o que ela havia me dito.


- Mama? - ela murmurou para que eu continuasse - Cuide da Lauren por mim, a senhora é a única que pode fazer isso.


- Quando você vai?


- Amanhã a tarde - ela me olhou assustada - eu não posso continuar aqui Mama, não depois de tudo isso. E eu tenho que estar lá até o dia 20 de qualquer maneira.


- Eu tinha me esquecido que era nessa semana, como vai ficar as coisas entre vocês duas?


- Eu vou resolver isso amanhã, só me prometa que vai continuar sendo a mesma pessoa com ela.


- O que você vai fazer Karla Camila?


- Não me chame assim, eu não vou fazer nada. Só quero uma garantia.


- Lauren faz parte dessa família, independente do que acontece ou não entre vocês. Eu espero que você não faça nada que vá se arrepender depois.


- Eu não vou Mama, fique tranquila - beijei sua bochecha e me afastei - vou terminar de arrumar minhas coisas para a viagem e ir dormir. Boa noite.


- Boa noite Kaki.



Não demorei para acabar de arrumar minhas malas, talvez eu tenha escondido umas duas camisetas e um moletom de Lauren entre minhas coisas, só talvez. Abri a gaveta da cômoda e tirei algumas fotos nossas que eu tinha revelado, guardei uma foto dela na minha carteira e outra de nós duas com Gus na lateral da mala. Peguei um pedaço de papel e escrevi um bilhete nele, coloquei os dois dentro de um envelope de carta e fechei. Escrevi o nome dela na frente do envelope e o guardei dentro do meu closet junto com Nala, um ao lado do outro. Quando tudo estava pronto eu me deitei ao lado da mulher que trazia uma versão melhor de mim e me aconcheguei em seu corpo. Dei um beijo em seus lábios e aproveitei para dizer mais uma vez aquilo que queimava no meu peito.


- Eu te amo.



18 de agosto



O sol entrava pela janela do quarto e iluminava todo o ambiente, a luz incomodava meus olhos e permaneci com eles fechados. Senti um arrepio no meu corpo e uma risadinha baixa, Lauren percorria minhas costas de cima à baixo em um carinho suave e constante, me encolhi em seus braços e fiquei ali desfrutando da carícia.


- Suas malas estão prontas - ela pontuou encarando minhas malas do outro lado do quarto, deixei o ar escapar dos meus pulmões e concordei em um resmungo - Quando você vai?


- No fim da tarde.


- Hoje? - o carinho que ela fazia parou repentinamente e eu fechei os olhos com força, não respondi. Não era preciso - Por que não me disse antes?


- Eu decidi isso ontem à noite, dia 20 eu preciso já estar lá.


- Você poderia ir amanhã Camz, pelo menos eu gostaria que você fosse só amanhã.


- Eu não posso continuar aqui Lo. Não consigo.


- Okay, eu não posso te impedir - senti meu peito doer, as coisas deveriam ser mais fáceis - precisamos conversar, você sabe... Sobre nós


- Eu sei, podemos fazer isso mais tarde? Eu só queria ficar aqui um pouco, fingir que nada está acontecendo.


- Tudo bem, só não fuja de mim 


Ela me apertou em seus braços e apoiou o queixo no alto da minha cabeça. Seu cheiro invadiu meus sentidos e me tranquilizaram por um minuto, só por um minuto. O problema de ignorar a realidade é que ela não gosta de ser deixada de lado, quanto mais você foge mais ela corre atrás de você e quando ela te alcança o impacto é terrível. Você não vai ser abordado com cautela e ser convencido de que as coisas não são um conto de fadas, que ninguém volta da morte com um beijo de amor verdadeiro, que não existe uma poção mágica para curar um coração partido e que nem todos os finais são felizes. A realidade chega como um tapa na cara, subitamente e doloro. Foi nesse momento que eu me desesperei e quis chorar até adormecer, no entanto não desceu uma lágrima dos meus olhos. Me lembrei da minha mãe dizendo que quando o luto chegar será devastador, tive medo de passar por esse momento porque eu estaria completamente sozinha.


A manhã demorou a terminar e eu nunca me senti tão grata por isso, fiquei na cama com Lauren até o horário do almoço, nós não conversamos em nenhum momento, não dormimos, só apreciamos os carinhos e a companhia uma da outra. Um momento tão simples e tão profundo pra mim, as pessoas acreditam que a maior intimidade entre duas pessoas é o sexo, onde os corpos estão despidos e não há vergonha, aonde se perdem todos os receios e vemos o ser humano em sua essência mais pura. Quando conheci Lauren esse foi um dos primeiros conceitos que eu perdi, a maior intimidade entre duas pessoas é quando as duas estão desnudas na alma, quando elas conversam sem precisar usar palavras e dançam uma melodia lenta como as batidas tranquilas do seu coração. Almas que se tratam como velhas conhecidas, compartilham histórias há séculos e são interligadas por algo muito mais forte do que a própria vontade.


O carro estava parado em frente o parque, eu já tinha me despedido da minha família e de Dinah há alguns minutos. Meu vôo sairia dentro de três horas e eu decidi parar no parque para que Lauren e eu pudéssemos conversar, como eu gostaria de apenas fugir e nunca mais voltar. Descemos do carro e caminhamos em silêncio durante alguns minutos, lado a lado e sem um rumo definido, Lauren estava entretida chutando uma pedrinha até que parou bruscamente e me encarou.


- Eu não consigo adiar mais Camila, nós precisamos conversar de uma vez. Essa espera está acabando comigo - puxei ela pela mão até sairmos do caminho das pessoas que passavam, ficamos embaixo de algumas árvores há uma distância considerável dos demais - Então..


- Eu não sei exatamente o que dizer Lauren, as coisas saíram do meu controle há muito tempo. Nosso relacionamento começou completamente errado e aparentemente só piorou com o tempo.


- A gente pode consertar isso Camz, eu só preciso que você nos dê uma chance, só uma chance e eu prometo fazer isso valer a pena - ela se aproximou e tocou meu rosto com um carinho suave, fechei os olhos tentando manter o autocontrole e a respiração nos eixos.


- Nós estamos nos machucando Lauren, constantemente. É um ciclo vicioso onde eu te machuco e você me perdoa, depois você me machuca e eu te perdôo, isso não é certo e muito menos saudável. Eu não posso continuar com isso - meus olhos já estavam úmidos e com uma ardência incômoda, eu encarava aquele oceano verde e tudo o que eu via era dor. A dor dela refletia em mim e me quebrava aos poucos - Não era pra ser Lo.


- Não, você não quer isso. São coisas completamente diferentes Camila - ela se afastou e encarou os próprios pés - você não deveria ter me pedido em namoro se era pra terminar dessa forma.


- Diferente de você quando se aproximou de mim eu não tive nenhum pretexto pra te pedir em namoro, eu me apaixonei por você e fui contra todos os meus conceitos pra fazer isso dar certo. Eu me deixei cair de cara em um relacionamento baseado em mentiras, eu deixei meu orgulho de lado por você Lauren - eu já chorava copiosamente, a raiva tomou conta de mim e minha voz estava alterada - Você fingiu gostar de mim e só Deus sabe se ainda não está fingindo.


- EU AMO VOCÊ PORRA - meu corpo inteiro travou e o ar ficou preso em meus pulmões, ela não podia me amar, não agora. Principalmente agora - Eu nunca fingi meus sentimentos por você, eu me aproximei pelos motivos errados sim e não vou negar isso, mas eu nunca fingi estar apaixonada, nunca fingi que você me faz feliz e que me desequilibra quando está por perto. Eu nunca fingi que você é a melhor coisa que me aconteceu, junto com o Gustavo. Eu posso ter agido como uma idiota naquele jantar e depois dele também, eu posso ter te magoado de uma forma irreparável, eu posso ser péssima em demonstrar meus sentimentos e acreditar nos seus por mim, mas nenhuma dessas coisas muda o fato de que eu amo você.


- Na-não.. você não ama - engoli em seco e dei um passo cambaleante para trás, eu já não tinha controle algum sobre minhas lágrimas - você não pode me amar.


- Não só posso como eu amo Camila - Lauren foi se aproximando e eu recuando até que fiquei presa entre ela e uma árvore - não foge de mim amor.


- Não Lauren, você não me ama e eu não te amo. Acabou.. me deixa ir embora - ela tinha os olhos banhados em lágrimas mas abriu um sorriso lindo e eu quase desisti daquilo tudo.


- Mentira, eu amo você e você também me ama.


- Você não pode afirmar isso, eu não amo você.


- Você ficar repetindo que não me ama só prova o contrário - eu neguei novamente e ela continuava com aquele sorriso nos lábios - eu ouvi Camila.


- Ouviu o quê? 


- Eu ouvi você dizer que me ama, em espanhol, em português, em todas as vezes que você disse. 


- Eu não sei do que você está falando Lauren - eu ri nervosa, ela tinha que estar blefando - não piore as coisas desse jeito, vamos terminar sem brigas. Por favor.


- Eu ouvi Camila. Todas as vezes em que você achou que eu estava dormindo e disse que me amava, eu senti você me beijar e chorar baixinho, eu senti seus carinhos e você se aconchegando em mim antes de dormir. Ninguém me contou, eu estava lá - ela colou nossos corpos e abraçou minha cintura, minha respiração estava descompassada e eu precisei fechar os olhos com força pra me manter em pé - Então amor.. me dê um ótimo motivo pra eu te deixar ir embora solteira.


- Lauren.. me solta, eu não posso.


- Por que não?


- Porque amar você não é o suficiente pra nós ficarmos juntas.


- Parece o suficiente pra mim.


- Mas não é e eu não quero continuar com isso. Eu amo você sim, amo tanto que me corrói fazer isso mas nós não podemos ficar juntas, não é pra ser assim. Eu quero você bem, segura, feliz, fazendo o que você ama e viva... Bem viva - um soluço escapou da minha garganta e ela apoiou a sua testa na minha - eu não posso te dar nada disso Lauren, é justamente por te amar demais que eu não posso deixar isso continuar. Nós duas já nos machucamos antes e agora sem o Gus as coisas só tendem a piorar, eu não vou me recuperar tão cedo e a probabilidade de te ferir com isso é enorme.


- Eu não me importo Camila.


- Deveria, é por isso que não vai dar certo. Você precisa se encontrar Lauren, precisa entender o que é importante de verdade, superar seus medos e ser quem você realmente é. Eu quero o melhor pra você - abri os olhos e encontrei os seus fechados com certa força, ela impedia que eu saísse dali com os braços em volta de mim apoiados na árvore - me deixe ir.


- Se você for embora agora eu nunca mais irei atrás de você Camila - ela tirou os braços e arrumou a postura, me encarou com uma expressão triste e os olhos vermelhos - se você me deixar aqui é um fim definitivo para nós, por escolha sua.


Era isso.. Nem todos os contos terminam com um final feliz, nem todas as almas permanecem com seu ponto de paz, a realidade chegou impiedosa e massacrante. Eu sorri entre lágrimas, era um sorriso triste mas que me trazia conforto. Eu sabia que era o certo. 


- Eu espero que um dia você me perdoe por isso amor.


Apoiei minha mão em sua bochecha e cortei a distância entre nós, selei seus lábios com calma e me afastei em seguida. Sai de lá o mais rápido que eu pude, com o gosto de adeus nos lábios.


And you let her go.


Notas Finais


Como estamos?
Quem tiver Twitter e quiser deixar o @ aí pra eu seguir, é só me avisar
bJu 💜


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