História I Really Like You - Chapter 1: The beginning

(Anelise Carvalho Pov’s)

Olá, sou Anelise Almeida Carvalho, tenho dezenove anos e sou Youtuber. Possuo um canal, não muito conhecido, sobre tudo, desde vlogs, até gameplays muito mais que aleatórias. Como sou ‘conhecida’, e também por meus bolinhos de arroz pediram, fui convidada para um evento em São Paulo, e eu aceitei, é claro, ainda mais depois de saber quem eram os convidados.

Acordei mega cedo, pois estava muito ansiosa com tudo, a vigem para São Paulo, os Youtubers que eu nunca havia falado antes, a adrenalina de encontrar os inscritos, é tudo tão assustador e tão bom ao mesmo tempo, que nem sei se é apenas um sonho.

Me levanto, vou até o banheiro e faço minhas higienes, tomo um longo banho e logo volto pro quarto, ficando parada em frente ao guarda-roupas, esperando uma roupa criar vida e vir até mim. Mas, como isso ainda não é possível, eu mesma escolho minha roupa (1). Faço uma make bem básica e me vou para o aeroporto. É uma hora de onde eu moro até o aeroporto de POA.

Chego ao aeroporto, que esta um tanto vazio, afinal, são seis da manha, que maravilha. Como não tinha ‘ninguém’, me deitei em duas cadeiras e fiquei esperando o tempo passar. Não havia conseguido dormir direito na noite anterior, então acabei pegando no sono. Só acordei quando alguém me deu uns cutucões e me sacudiu. Abri os olhos lentamente e me deparei com meu amigo, Rafael, que ria da minha cara.

-Que horas são? –Perguntei olhando em volta.

-Sete e vinte e dois. –Ele respondeu e se sentou ao meu lado. –Nosso voo sai daqui uma hora e oito minutos.

-E por que me acordou? –Avaliei o aeroporto, que ainda estava praticamente vazio.

-É muito entediante ficar olhando você dormir. –Ele disse e sorriu.

-Há quanto tempo você ta aqui? –Perguntei e avaliei sua expressão fofa.

-Faz uma hora. –Ele tocou meu nariz com a ponta do dedo indicador. –Não queria acordar minha chatice.

-Poderia ter acordado. –Disse entre um bocejo. –Eu não ia ficar brava.

-Você fica muito fofa dormindo. –Senti minhas bochechas esquentarem. Não reajo muito bem a elogios. –Não queria estragar uma ótima foto.

-O que? –Perguntei e ele estendeu o celular. Nele uma foto minha, toda desajeitada nas cadeiras. –Rafael apaga isso. A-GO-RA!

-Nem pensar. –Ele guardou o celular no bolso e segurou meus braços. –Isso vai pro mural da vergonha que eu vou montar.

-Eu odeio você! –Eu disse e ele riu alto.

-Odeia nada, você me ama! –Ele disse e se levantou.

-Aonde você vai? –Perguntei

-No banheiro. –Ele checou seu celular e olhou para mim. –Quer ir junto?

-Não. –Respondi rápido. –Credo.

-Achei que alguém ia realizar minha fantasia de transar no banheiro do aeroporto. –Ele disse e riu da minha cara.

-Seu nojento! –Dei um tapa no seu braço.

Depois que ele voltou do banheiro, ficamos conversando sobre um monte de coisas aleatórias: jogos, series, personagens, entre um monte de idiotices que sai da boca do Rafael. E eu, como sempre, só ria dele. Estávamos, os dois, rindo feito idiotas, quando o seu celular toca e sua expressão muda completamente. Ele respira fundo e desliga o celular, e encara o chão. Acho que ele ficou uns quinze minutos olhando pro chão, ate eu quebrar o silencio, cantando Stay, da Rihanna, baixinho. Enquanto cantarolava, ele me encarou e sorriu.

-Vai me falar quem era no telefone? –Ele negou com a cabeça.

-Você canta mal pra caralho. –Ele riu. –E não, não vou dizer quem era.

-Então eu vou ser obrigada a cantar. –Abri a boca pra começar e ele tapou com a mão.

-Eu falo, eu falo. –Ele tirou a mão e eu dei um sorrisinho. –Era a Sasa.

-E por que você não atendeu? –Rafael fez um bico.

-Eu gosto dela sabe. –Ele me encarou por um momento. –Mas ela é muito possessiva, e eu não gosto disso.

-E ta evitando ela desde quando? –Perguntei e ele riu sem graça. -Em?

-Duas semanas. –Ele sussurrou

-Você é um filha da mãe Rafael Lange. –Eu disse seria

-Mas você não vive sem mim. –Ele me abraçou e deu um beijo na minha têmpora.

Logo nosso voo foi chamado e a ansiedade foi só aumentando. Em algumas horas estaria em São Paulo, com os meus youtubers favoritos, com meus fãs e o meu melhor amigo. O voo foi bem tranquilo, Rafael dormiu quase a viagem toda e eu aproveitei pra fazer vários snaps dele. #vingança. Assim que pousamos, Rafael ligou para alguém vir nos buscar.

 -Um amigo ta esperando a gente. –Rafael disse e pegou sua mala. –Vamos?

-A minha mala ainda não passou. –Eu disse e procurei à bendita. –Ela não ta aqui.

-Como assim? –Rafael guardou o celular. –Como que ela é mesmo?

-Azul e bem grande. –Eu disse.

Fomos às três esteiras e nada da minha mala. Então, fui ate o balcão e conversei com uma atendente e ela disse que não foi só a minha que não chegou. Provavelmente foi extraviada e só seria recuperada em ate dois a cinco dias uteis. Que ótimo, maravilhoso. Tava demorando pra alguma coisa dar errado. Deixei meu telefone de contato e Rafa e eu fomos ao encontro do tal amigo, que eu não fazia a mínima de quem era, só quero minha mala de volta, apenas isso. É pedir de mais?

-Desculpa a demora cara. –Rafael abraçou o amigo. –A mala dela foi perdida.

-Que chato cara. –Um cara moreno, que eu conhecia, disse e olhou para mim. –Oi, eu sou o Daniel. –Ele sorriu.

-Olá, sou a Ane. –Tentei parecer animada.

-Animação Anelise. –Rafael disse. –A gente ta em São Paulo.

-Deixa a menina Rafael. –Daniel se virou e sorriu novamente e eu sorri de volta. –A gente passa lá em casa, vocês tomam banho e depois a gente vai encontrar o pessoal.

Rafael e Daniel foram conversando o caminho todo. E eu acabei pegando no sono, de novo. Acordei quando senti que o carro havia parado. Olhei em volta e me vi dentro de uma garagem. Descemos e adentramos a enorme casa, que estava praticamente lotada de garotos.

-Negro Molos! –Um garoto baixinho se aproximou. –Fala ae Cellbit

-E aí cara! –Rafael cumprimentou o garoto. –Qual é a boa?

-A de sempre, nada. –Ele olhou em volta, até que me viu, me encarou e sorriu. –Não sabia que você tava namorando.

-Ah não, não. –Rafael olhou para mim. –A Anelise é só minha amiga.

-Oi Anelise, sou o Lukas. –Ele sorriu e estendeu a mão.

-P-prazer em te conhecer. –Apertei sua mão, e o mesmo me puxou para um abraço.

-Bem-vinda a casa dos Youtubers. –Lukas abriu os braços. –Aqui só mora gente louca.

-Vou mostrar o banheiro do meu quarto pro Rafael. –Daniel falou. –Lukas ajuda a Ane.

-E empresta alguma coisa pra ela vestir. –Rafael completou. –A mala dela foi extraviada.

-É só me seguir. –Lukas sorriu e saiu andando, e eu o acompanhei até o seu quarto, que estava um tanto quanto bagunçado de mais. –Desculpa pela bagunça. –Ele coçou a nuca. –O banheiro é aqui. –Ele abriu a porta e eu entrei. –Fica a vontade. Vou deixar uma roupa pra você em cima da cama.  

Então tomei um banho e sai. A roupa que Lukas havia falado estava em cima da cama. Uma blusa do Iron Maiden e uma jaqueta preta, que ficou enorme em mim, mas tinha um cheiro tão bom. Quando ia sair do quarto escutei a voz de Rafa e do Lukas pela porta.

-Cara, ela é mais gata pessoalmente do que nos vídeos. –Lukas disse e Rafael deu uma risada forçada. –É serio cara.

-Você tem razão. –Rafael disse. –Só não cai matando em cima dela.

-Velho, ela é muito linda. –Lukas disse e eu sorri.

-Olha. –Rafael começou. –Não quero saber de você ficar de gracinha com ela, ta bom?

-Claro que não cara. –Lukas disse.

-Ane? –Rafael bateu na porta, me dando um puta susto. –Ta pronta? –Rafael abriu a porta e eu, por sorte, consegui disfarçar. –A gente já ta indo. –Concordei e sai.

-Eu disse que ia ficar enorme. –Lukas disse e sorriu pra mim. –Mas ficou ótima em você.

-Obrigada. –Foi só o que saiu da minha boca.