(Anelise Carvalho Pov’s)
Acordei com uma puta dor de cabeça. Me sentei na cama, esfregando os olhos e notei uma xicara de café quente no criado mudo e um remédio pra dor de cabeça.
Coloquei o remédio na boca, peguei a xicara e tomei todo o liquido quente numa golada só. Me levantei e peguei qualquer coisa para vestir. Notei que estava com uma camisa muito grande, que provavelmente seria do Dani, ate porque estava no quarto dele. Fui até o banheiro e joguei agua fria no rosto. Respirei fundo e desci indo pra cozinha.
Quando entrei, me deparei com Cocielo e Rafael falando sobre algo, que não prestei atenção. Rafa disse um ‘bom dia’ e eu apenas sorri, enquanto Cocielo me olhava com aquela cara de cínico que ele tem. Minha vontade era perguntar se ele tinha algum problema, mas estava com muita dor de cabeça e não precisava de mais outra, não agora.
-Como foi à festa? –Rafa perguntou enquanto tomava um gole de seu café.
-Legal. –Tentei parecer animada.
-Só legal? –Rafael me encarou
-Sim. –Disse e me virei pra pia, e comecei a lavar as louças.
-Foi mal a gente não ter ido pra lá. –Rafa parou ao meu lado, colocando a xicara na pia. –O Alan me chamou pra gravar uns jogos com ele.
-Sem problemas. –Sorri e dei um beijo no rosto dele.
Olhei para Cocielo, e o mesmo nos olhava com a pior cara possível. Francamente, o que esse moleque tem? E, o que eu fiz pra ele? Ele ta me tirando do sério. Minha vontade é de dar uns bons tapas nele, pra ver se ele para de ser tão babaca assim. Garoto ridículo.
-Chegamos. –Lukas disse entrando na cozinha, com um monte de sacolas. –Trouxe mais bolo. –Lukas disse pra mim e eu fiz aquela cara de ‘Ah’.
-Posso pegar café? –Júlio estava ao meu lado.
-Ah, claro à vontade. –Sorri e sai da frente.
-Muito obrigado. –Júlio sorriu e me encarou.
O que esse cretino quer? Ele acha que se sorrir assim pra mim vai fazer eu me derreter por ele? Ele ta muito certo. Esse sorriso que ele tem me faz querer grudar nele e não soltar mais. E esses olhos? Ah, to hipnotizada, não consigo parar de olhar pra eles.
-Bom. –Rafael quebrou o pequeno silencio. –Eu vou editar. –Ele saiu.
-Quer que eu te ajude? –Me referi às compras e Lukas, que estava com uma cara péssima, concordou.
-Vem aqui. –Lukas me puxou pela cintura e sacou o celular. –Uma foto. –Ele fez uma das suas clássicas caretas e eu dei um sorriso sem dentes. –Ficou boa.
-Sim. –Concordei e me sentei à mesa
Ouvi uma risadinha e automaticamente olhei para Júlio e ele estava rindo, mas sua cara se transformou rapidamente. Fiquei o observando enquanto ele e Lukas conversavam sobre qualquer merda (é só isso que sai da boca do Júlio).
Júlio às vezes me olhava e fazia sua cara de nojo, o que estava começando a me fazer ter nojo dele. Isso durou algum tempo, até Júlio se levantar, me olhar com aquela cara e sair pela porta da cozinha. Eu não entendo ele, ao mesmo tempo da em cima de mim descaradamente e depois fica todo cheio de não me toques. Esse filha da mãe já encheu meu saco de mais. Agora ele vai ter que me escutar. Ah se vai...
Me levantei e fui atrás do fulano, que se encontrava perto da piscina. Cheguei perto e ele ficou me encarando.
-Olha só. –Respirei fundo. –Eu não sei qual é a sua Júlio. –Ele riu. –Mas se for continuar dando em cima de mim e depois fingindo que nada aconteceu não da né, se decide meu filho.
-Você é maluca NE? –Ele riu sarcástico. –Garota, eu não tava dando em cima de você. –Ele chegou perto. –Eu não to nem ai pra você. –Ele me encarou. –Agora, vê se me esquece.
-Grosso. –Ele riu
-Patricinha. –Ele se aproximou.
-IDIOTA! –Gritei e ele segurou meu braço, me puxando pra si. –Me solta.
-Me solta. –Ele me imitou. –Garota, esquece que eu existo. –Ele me olhou nos olhos e eu meio que fiquei hipnotizada por aqueles olhos e quando começamos a nos aproximar, ele soltou meu braço e simplesmente saiu.
–Sua grande Idiota. –Disse pra mim mesma.
Eu não entendi muito bem o que acabara de acontecer, então me sentei, colocando os pés na piscina, pra pensar e digerir esse moleque idiota. Fiquei um tempo olhando pra agua e tentando entender o que eu fiz pro Júlio ser tão assim comigo. E aquela porcaria de beijo ficava passando e repassando na minha cabeça, como um eterno loop.
-No que a moça bonita esta pensando? –Lukas disse e se sentou ao meu lado.
-No evento amanha. –Menti. –Estou um tanto nervosa.
-Não precisa ficar. –Lukas me olhou e sorriu.
-Eu tenho medo de estragar tudo. –Respirei fundo. –Não quero fazer isso, justo agora.
-Você não vai. –Lukas me segurou pelos ombros e olhou nos olhos. –Você é incrível Anelise, não tem como estragar nada. –Ele sorri e eu sorrio de volta.
-Você que é incrível Lukas Marques. –Eu sorri e me levantei, saindo dali.
(...)
Daniel não desistia de ensinar italiano para Rafael e a gente ria sem parar, do Rafa, logico. Lukas e eu estávamos num sofá juntos. Ele estava jogando algo no seu celular e eu estava olhando para os meninos.
Cocielo ainda estava aqui, mas eu até havia me esquecido da sua existência. De vez em quando, ele ficava olhando pra Lukas e para mim, mas isso não importa.
-O que o Júlio ta fazendo aqui? –Perguntei para Lukas e o mesmo olhou para Júlio e me encarou.
-A casa dele ta em reforma. –Lukas disse e se virou para Daniel. –Isso dai já deu, ele não consegue falar e ponto.
-Não estraga a brincadeira. –Júlio disse, depois de um século calado. –Eu to me divertindo pra caralho.
-Lukas, acho que vou pro quarto. –Eu disse e Lukas me encarou. –Minha cabeça ta doendo. –Ele assentiu.
Passei por Rafa, dando um beijo na bochecha do mesmo. Quando me virei, Júlio estava me olhando com aquela cara de canalha dele. Queria perguntar o que ele tava querendo, mas ele desviou o olhar para Daniel e Rafael. Passei rápido por ele e fui rumo às escadas, subindo e indo pro quarto do Lukas e me jogando na cama.
-Toc toc? –Júlio colocou a cabeça pra dentro do quarto.
-O que você quer aqui? –Me levantei e fui ate a porta, a abrindo.
-Quero conversar com você. –Júlio entrou e fechou a porta atrás de si.
-Vai me tratar mal? –Júlio me encarou. –É porque você só sabe fazer isso.
-Anelise, me desculpa. –Ele parecia sincero. –É que, sei lá, eu fiz isso pra tentar afastar você de mim.
-Fez um ótimo trabalho, parabéns. –Bati umas palmas irônicas.
-Eu só não queria que você se interessasse por mim. –Ele fez uma cara triste
-Pode ficar tranquilo. –Dei dois tapinhas em seu ombro. –Eu nunca me interessaria por alguém como você Júlio.
-Bom saber. –Ele caminhou ate a porta e a abriu. –Tchau Anelise. –Ele saiu
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