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História I Remember - Azul, solidão, asas e escuro.


Escrita por: JackieOFrost

Notas do Autor


Bom dia, boa tarde ou boa noite.
Espero que gostem.
Esse será mais dark.
Boa leitura.

Capítulo 12 - Azul, solidão, asas e escuro.


A maior parte do tempo passava já biblioteca a estudar sobre as marcas dadas pelos Youkais. Deveria dizer que estava curiosa sobre o motivo de Sesshoumaru ter tais documentos em seus aposentos. Ao seu lado, tinha uma folha com traduções de palavras, Jaken havia lhe ajudado e agora conseguia entender um pouco. Se perguntava qual seria a marca de Sesshoumaru e se havia alguém a quem ele quisesse marcar... Será que havia alguém que ele aceitaria dividir seus poderes e revelar suas fraquezas? Fechava os olhos e sentia uma pontada dolorosa em seu peito. Conseguia visualizar os lábios de Sesshoumaru no pescoço de uma youkai belamente esculpida e com imensa quantidade de poder. Dói. Dói tanto que morreria. Franzia os lábios. A raiva parecia lhe nublar a mente e consumir seu corpo. Sentia ganas de jogar os papéis longe. De queimar os documentos... Mas não o faria. Não ficaria no caminho dele. Jamais ficaria no caminho dele. Batia com as palmas na mesa, a cadeira tombava para trás e saia correndo. Corria pelo correEs e atropelava Jaken e ignorava A-Un no jardim. Corria pelo jardim até chegar no imenso portão de ferro e olhava para as duas torres ao lado do portão. Youkais fortemente armados lhe olhavam e não sabiam como reagir. Nunca os havia visto. Um youkai se recusava a abrir, enquanto o outro somente lhe olhava.

— Eu preciso sair.

Ele recusava.

Que se dane tudo!

Subia as escadas e rosnava para o youkai. O puxava pela armadura r começava a purifica-lo de leve. O youkai apavorado, abria os portões e assim os soltava. Olhava a armadura do mesmo e não se importava com o estrago que havia feito. O youkai caía no chão e lhe olhava apavorado.

Descia as escadas e passava pelos portões. Não ousava olhar ara trás. Jamais olharia.

Cansada de correr, se sentava perto de uma cachoeira. Desde que havia saído dos territórios de Sesshoumaru, não havia reparado a sua volta. As árvores eram imensas e antigas. Seus troncos eram castigados pelo tempo, eram maravilhosas. A cachoeira tinha água cristalina e os pingos molhavam a vegetação na volta. 

A natureza era tão bela ao que se recordava. O verde era maravilhoso, era vivo e contagiante. O som da natureza era apaziguador. Olhava para baixo da cachoeira e observava um cervo se refrescar. Cada um sabe a seu ambiente de origem... Menos ela. Estava perdida no mundo dos youkais. Estava sozinha no mundo. E por mais que tentasse se adaptar no mundo humano, era sugada para os abismos de sua mente, sua mente se perdia nos olhos âmbar.

A raiva não havia passado, no final.

A mágoa não havia se apagado, no final.

E não importava onde fosse, sempre seria a criança tola e solitária. Talvez não houvesse um lugar no mundo para ela. Talvez seu lugar era ao lado de seus parentes assassinados.

Talvez o lugar de uma criança ressuscitada era justamente onde não estava. O abismo em seu peito abria, se expandia...

Alguém lhe tocava o ombro. Virava o rosto em direção ao toque e era o youkai que havia encontrado no jardim. 

— Senhorita Rin.

Ele se curvava em uma reverência.

Quando o youkai lhe oferecia a mão, aceitava e se erguia. Os olhos profundos e azuis eram suaves no momento.

— Devemos voltar antes do Lorde.

Olhava para ele.

Ele era tão bonito e parecia tão simpático. Sorria para o youkai e gritava quando a mão do mesmo lhe puxava para as costas do mesmo o youkai rosnava e sacava a espada.

Ele é canhoto

Olhava a volta, para o local onde ele olhava e nada via.

— Vamos embora, sim? - O tocava no ombro, mas ele não saia do modo alerta.

A onda de poder que emanava do corpo do youkai era tão imensa quanto a de Sesshoumaru. Os cabelos arroxeados se agitavam e tinha certeza que o olho dele estava vermelho sangue.

— Senhorita, corra.

Ao ouvir, corria para o lado que havia vindo e alguém parava a sua frente e lhe segurava pelo braço. As unhas se gravavam em sua pele. Gritava.

Quando se acostumava com a dor, olhava e notava um youkai com cicatrizes no rosto. O cabelo era preto e tão comprido quando o do youkai que fora lhe buscar. Os olhos eram negros como um abismo... E mortais.

Com a mão livre, o segurava pelo braço e o purificava. O olhar do youkai se tornava vermelho. Os dentes se intensificavam.

Meu deus...

— Rin, pare! 

Ouvia a voz do youkai, mas por mais que tentasse parar, seu corpo não obedecia. A purificação estava queimando sua própria mão. Os olhos se enchiam de lágrimas não derramadas... Olhava, de forma nublada, para o youkai que a protegeu e o via cercado. A todo custo ele tentava avançar para onde estava. Os olhos azuis se abriram mais e o vermelho se intensificou. Asas negras saiam de suas costas.

— Humana tola...

Olhava o youkai que ainda a segurava.

— Deveria ter ficado onde era seguro... - Ele havia abaixado o rosto até seu ouvido, sussurrando. - Não sou como eles. Eu odeio humanos.

Quando ele terminava de dizer, os dentes avantajados se enviam contra a pele desnuda do pescoço da humana.

Rin gritava.

Era como se mil agulhas estivessem lhe furando a carne. Suas pernas cediam, mas ainda continuava a purificar ele... Então sentia a onda de poder lhe consumir. A dor que causará no youkai negro o fazia recuar dois passos. Os lábios cheio de sangue e os dentes com pedaços de carne... Carne humana.

Cambaleava até o lado da cachoeira e se atirava.

Sua mente havia ficado escura.

Que estranho, posso ouvir som de asas batendo, mas ainda estou caindo.

~~

Sentia dor em todo o corpo e tinha imensa dificuldade de abrir os olhos. Então caía novamente.

Semanas se passavam e continuava a voltar a consciência para então adormecer novamente.

— Rin...

Ele a chamava.

Ele parecia precisar dela.

Ele estava ferido?

— Rin, volte para este Sesshoumaru.

Que estranho.

O ouvia, mas parecia tão longe.

— Rin, se você ir tão longe.... - Ele não conseguiria terminar.

Jardim.

Estava em um belo jardim com aves de cores nunca visto. Estava sozinha... Mas não se importava, estava tudo bem. Ficaria ali para sempre.

~~

Ofegava. Tossia. Abria os olhos.

Não estava na floresta.

Olhava ao redor e o via, escorado na porta. Os olhos fechados e a expressão séria. Ele estava mais magro. Os cabelos lhe rodeavam o rosto. Ele estava tão bonito, apesar de magro.

Tentava falar, mas a voz já não lhe saía mais.

 O via abrir os olhos e a dor que refletia lhe partiu o peito. Ele estava tão magro e por mais pálido que ele fosse, estava branco. 

Os passos não eram de um Daiyoukai destemido. Era de alguém que estava com medo, medo de avançar.

— Rin...

A toque no rosto. A ajuda para se sentar. 

Ele aproximava o rosto, a testa do daiyoukai se chocava com a dela, os olhos fechados e a expressão perdida.

Esticava ma mão magra e pálida para os cabelos brancos. Ele abria os olhos. A esperança inundava o âmbar.

— Sesshoumaru-sama...

A voz parecia de outra pessoa.

Ele, delicadamente, colocava o indicador sobre os lábios e fazia sinal de silencio.

— Você voltou.

De forma falha, assentia.

— Irei reduzir a cinzas quem lhe fez isto. - O olhar do daiyoukai ia para seu pescoço. 

— Ele está bem?

Sesshoumaru parecia ter demorado a entender, então assentia. 

— Saitou contou que se jogou na cachoeira e que se ele não fosse um corvo, jamais a pegaria com vida... Porque fez isto, Rin?

Não sabia ao certo o que dizer, apenas fechava os olhos e se deixava dormir.

Estava segura...


Notas Finais


Saitou (o youkai que a protegeu) sabe quem é o outro youkai?
Será que é uma rixa com Sesshoumaru ou ele realmente odeia qualquer humano?
Espero que tenham gostado.
E me digam, que tipo de poderes ele parece ter?
Mereço comentários?
Ate breve.
Ciao, ciao.


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