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História I Remember - Lorde


Escrita por: JackieOFrost

Notas do Autor


Bom dia, boa tarde ou boa noite.
Gostaria de agradecer os dois comentários recebidos.
Espero poder receber mais, claro.
Desejo uma boa leitura.

Capítulo 2 - Lorde


O restante do dia passava como o habitual dos outros, Kagome-san, Sango-san, ela mesma e Shippou-chan ajudava as mulheres do vilarejo na colheita. Depois da segunda refeição do dia, ela e Sango-san ajudavam a lavar algumas roupas dos aldeões. Porém, meia duzia de crianças chamavam a atenção, pelos gritos e gargalhadas, então Sango-san a pedia para ir verificar.

Caminhava até as crianças, sorrindo de forma serena ao chegar perto do menorzinho, onde o tocava nos cabelos curtos, repicados e um tanto sujos, os bagunçados levemente, então os ajeitava com doçura. As crianças, como já a conheciam, gritavam-lhe o nome e a rodeavam, falando todas ao mesmo tempo e rindo. Crianças devem ser crianças. Pensava consigo mesma. Levava o indicador em frente aos lábios e pedia por silêncio, ao qual todas as crianças atendiam. O mais novo, que estava sob seus carinhos ainda, lhe pedia para cantar algo. Fazia cara feia, mas olhava para cada criança e descobria uma pequena menina de olhos verdes, entre um bando de meninos sujos e brincalhões. Puxava a menina para perto de si mesma, se sentava no chão e convidava a mesma para sentar-se no seu colo, o que ela prontamente fazia, sorrindo muito tímida, com o polegar entre os lábios. Passava a trançar-lhe o cabelo.

– Alguns adultos não gostam de grito, brincadeiras de crianças. Também querem os proibir de serem crianças e aproveitar essa fase maravilhosa. - Avisava-os. 

As crianças ao seu redor iam se sentando a sua volta, de posições diferentes.

Ao piscar os olhos, se lembrava de sua própria infância, onde houvera muitas mortes, machucados, espancamentos.

– Acredito que as crianças devam ser crianças. Brincar, gritar, correr, pegar, pregar peças nos mais velhos. - Pausava, piscando um dos olhos para eles, que riam. – Mas nem todos pensam como eu. - Sorria ao terminar de trançar o cabelo da menina, que já havia tirado o dedo da boca. – Vocês devem ser mais quietos, mas ainda brincar. 

As crianças faziam cara de choro, mas logo corriam a sua volta, as risadas estavam mais baixas. Talvez assim os adultos não fossem reclamar. 

Ouvia uma voz familiar. Olhava em volta e não sabia de quem era, mas conhecia. 

E então ouvia o seu nome ser dito por ele, Se erguia, batia as mãos contra o kimono afim de tirar a sujeira do solo. Olhava em volta e o via... 

Seu coração parecia querer lhe fugir do peito.

Kohaku não era considerado o mais bonito, porém possuía um físico muito bem vindo aos olhares, e querendo ou não, Rin sentia algumas coisinhas pelo rapaz. Suas mãos soavam, sua pele formigava e em algumas partes ficava sensível, seu coração batia fortemente em momentos muito intensos entre eles.

Haviam quase se beijado duas vezes, mas Sango-san nunca os deixava tempo suficiente para o "quase" se tornar real. Se perguntava qual seria o motivo disso, mas no fundo achava que entendia.

Kohaku passava muito tempo fora da vila, caçando youkais e ajudando vilarejos destruídos. De semanas a mesmas fora, com a Kirara. Ele e a youkai eram muito bons amigos. Ambos pareciam saber o que o outro pensava em momentos de luta, pois não precisavam dizer uma palavra. Não que ela entendesse Kirara... Sango-san sempre dissera que Kirara parecia preferir mais Kohaku e que ambos se davam muito bem, desde que ambos eram muito pequenos. Mas houve um tempo que duvidava dessas coisas, até vê-los em ação.

Quando Kohaku se sentia solitário, sentindo falta dos amigos e de sua irmã, ele voltava ao vilarejo. ficando muito pouco tempo, mas retornava.

– Kohaku-kun - Ele era o único que se permitia usar o sufixo. 

Caminhava até o rapaz, saindo da roda de crianças, admirando-lhe os braços fortes e a pele bronzeada dos ombros e rosto, mas adorava mais ainda a expressão de felicidade que tinha em seu rosto. Ao chegar perto do rapaz, se inclinava em uma reverência educada e soltava um leve grito quando ele a pegava no colo, girando-lhe o corpo no ar. Para ele, não parecia mais do que uma pena.

– Rin-chan... - A voz de Kohaku era rouca, masculina e muito sensual. Parecia haver uma reverência ao dizer-lhe o nome. – Você esta cada vez mais alta... UAU!

Era verdade. Cada vez que voltava ao vilarejo, Rin parecia aumentar muitos centímetros. Ela já era da altura de Inuyasha, talvez um pouco mais alta que o branquelo. Não que Inuyasha fosse muito alto, Kouga e até si mesmo eram mais altos que ele. Porém Rin não era o tipo esquisita por causa de sua altura e por ser magra. Seu corpo tinha curvas muito bonitas para ela. E seu cabelo comprido a deixava perto das deusas. O seu perfume era como o ar mais puro, um campo florido. Natureza...

– Você está tão bonita... - Sussurrava ao pé do ouvido dela, ouvido-a arfar e agarrar-se aos seus braços.

– Kohaku-kun...

A soltava e arrumava-lhe a franja, sorrindo como um completo bobo.

Olhava para um lado, vendo sua irmã o olhar de modo curioso, mas sabia que aquela era a expressão brava de Sango. Suas mãos estava na cintura, um pé batendo delicadamente no solo.

Por isso, pedia licença a Rin e se juntava a sua irma. Sabia bem o motivo da sua irmã estar assim. Rin não era um objeto, não era uma posse!

– Você sabe que ele virá amanhã? 

Assentia.

– Não procure sua morte, Kohaku. - A ouvia lhe repreender. 

Suspirava pesado, tentando não olhar para onde Rin estava.

– Acha que quero morrer? - Perguntava. E quando sua irmã assentia, se irritava. – Eu gosto dela. Ela gosta de mim...

– Acha que isso importa para o Lorde? Acha que ele vai deixar a sua criança ficar com qualquer um?! - Reagia Sango, o interrompendo. 

– Mas se ela não quiser ir, não irá.

Finalmente, Sango concordava em algo com ele. 

– Mas ela quer ir. Ela gosta dele também... Talvez mais do que uma simples diversão casual, como vocês dois.

– Como pode ter certeza? Ela pode estar com medo da reação dele...

Sango negava,

– Não, Kohaku... Ela não tem medo dele. Se alguém pode ir contra ele, é ela... Ele nunca a machucaria. 

Dizendo isso, via Kohaku virar as costas e marchar para dentro da casa. Não gostava desse clima com seu irmão, mas não poderia ficar quieta se houvesse um duelo entre ambos. Mas também não poderia brigar com Sesshoumaru, pois nem ele e nem ela sairiam vivos. Olhava seu irmão passar por Miroku, o empurrando com o ombro largo. Seu irmão era muito bonito, mas muito cabeça quente. Era muito forte também, mas não daria conta do Lorde das terras do Oeste. O inu daiyoukai era muito poderoso e cruel. Não sentia piedade do Inimigo. E jamais gostar de saber que Rin havia tido esses momentos e sentimentos com Kohaku.

– Por favor, Kohaku-kun... - Sussurava para si mesma, como uma prece.

Temia muito por seu irmão.

– Que bicho o mordeu? - Nem havia visto seu marido se aproximar, passando os braços ao redor de seu corpo, com os lábios perto de sua testa. 

– O de sempre... - Levava uma mão ao peito, sentindo aquela pontadinha de novo. 

Seu marido pegava-lhe a mão e depositava um beijo, então segurava sua mão entre as dele e dizia.

– Sango, eu já lhe disse para deixar. Ele não irá encarar o Lorde amanhã. Pode gostar dela, mas não é louco. – O monge suspirava. – Ele apenas gosta, não é amor.

Sango rezava para que fosse verdade.

Rezava.

 

A noite estava ali. Estava deitada em seu futon, suas coisas estavam arrumadas e seus pensamentos inquietos. 

Como será que ele estava? Fazia mais de dez anos desde sua ultima visita... Tanto tempo havia se passado. Tanta coisa havia se passado.

Admitia que se sentiu abandonada, largada e esquecida. Aos quinze anos, rasgara os kimonos caros. As sedas perfeitas não era o que queria.

Presente...

Nunca havia se importado com os presentes.

Tantas vezes...

Apenas queria tê-lo tido por perto em tantos momentos. Por vário momentos, se sentiu deprimida.

Por que resolverá a buscar agora? Sem falar nada com ela? Não importava seus sentimentos? Sua real opinião? Era apenas um pequeno estorvo? Agora seria um estorvo ainda? 

Uma pequena parte de si queria ver seu Lorde. Ouvir a voz dele, porém... A maior parte estava magoada, não queria ir, mas mesmo assim iria. Onde estava, não era seu lugar. Gostava de viajar. De dormir na floresta.

Mas, pensando bem, talvez não existisse um lugar para ela.

Com esse pensamento, adormeceu e teve sonhos com seu Lorde a deixando.


Notas Finais


Vocês gostaram do capitulo? Espero que sim, hein?
Aguardo seus comentários e suas opiniões sobre Kohaku e Rin, que fim vocês acham que tomará... Ou o inicio, não saberemos ainda, certo?
Quero opiniões, ouviram?
Mereço o comentário de vocês?
Espero que sim.
Até breve.
Ciao, ciao.


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