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História I Remember - Terras do oesta


Escrita por: JackieOFrost

Notas do Autor


Bom dia, boa tarde ou boa noite.
Desculpe a demora por postar.
Espero que gostem do capitulo, viu?
Boa leitura.

Capítulo 5 - Terras do oesta


Olhava pra seu Lorde, que mantinha a mão estendida ao lhe indicar para subir em A-Un, na frente dele. O corpo de ambos ficariam tão próximo que isso chegava a lhe incomodar. Não que repudiasse o toque de Sesshoumaru, porém era estranho pensar em ficar em uma posição diferente... Tão intimo.

Deixava que seus olhos castanhos se erguessem para o rosto dele, que permanecia tão frio quanto uma pedra no gelo, não denunciando nada... Nem mesmo se estava nervoso por sua demora, por sua relutância. Encarava aqueles olhos amarelos e se perdia na profundidade que eles pareciam ter, mas então a voz de Jaken e o empurrão a traziam de volta... Mas de volta para os braços do seu Lorde, que havia a segurado apenas com a mão que já havia deixado estendida. 

Ao tentar se afastar, Sesshoumaru passava o braço ao redor da sua cintura, a puxando para o lombo de A-Un, a frente do corpo dele. E constrangidamente, tentava virar o rosto para o Lorde e seus rostos ficavam tão perto que o Rin sentia o fogo queimar-lhe as faces. Se houve um momento que ficou mais envergonhada do que aquele, não houve. E sem pensar duas vezes, virava o rosto para frente e endireitava as costas, ignorando o calor que o corpo do inu daiyoukai emanava. Ignorando os pensamentos em sua mente e o olhar que Jaken lhe dava, que estava sobre uma das cabeças de A-Un. Fechava os olhos e mal sentia quando A-Un saia do solo, apenas se deu conta por causa do vento em seu rosto, fazendo sua franja ricochetear em seu rosto.

Por ter crescido entre guerras e youkais e ter um passado agressivo, não tinha medo de praticamente nada... Não houvera um momento que sentira medo ou que achasse que não fosse sobreviver. Se não fosse seu Lorde a buscar, seria A-Un, se não fosse A-Un, seria Jaken e se não fosse Jaken, seria Kagome e seus amigos. Quando Naraku a sequestrou e a quis usá-la contra Sesshoumaru, não sentiu medo, pois sabia que seu lorde faria de tudo para salvá-la. 

E teve momentos que não se recordava...

Que talvez nunca fosse se recordar. 

E o mais estranho de tudo, era que seu corpo não possuía cicatriz alguma. Sempre se perguntou se a espada (tenseiga) de Sesshoumaru, que salvou sua vida, lhe dera a capacidade de curar-se ao ponto de não ficar cicatriz. 

Quando A-Un virava bruscamente, segurava nos tufos de penugem no pescoço do youkai, olhando em volta e ficando admirada com a paisagem. Não importava para onde olhasse, para algum lado teria castelos, outros teria um lado mais sombrio e para trás, havia uma imensidão de floresta. Jaken estava agarrado ao pescoço de A-Un, segurando o bastão de duas cabeças com o pé. A cena era tão engraçada, que começava a rir sozinha, e ao ouvir Sesshoumaru bufar atrás de si, ria mais ainda.

Não sabia o motivo, mas estar junto com aqueles três era a melhor coisa do mundo. Poderia não ter uma família ao qual se recordar ou sentir falta, mas eles faziam parte de sua família... Embora "ele" odiasse humanos, ele ainda a queria por perto. Por ter sido cobaia da espada tenseiga, Sesshoumaru talvez a tivesse como uma promessa de: Se a espada der certo, terei que tomar conta dela...

E ele nunca quebrava suas promessas... Não era mesmo?!

Jaken olhava para Rin, apontando para frente e se rindo, indicando onde eles iriam.

— Esta vendo aquela construção na frente? - O velho youkai ainda possuía aquele hábito ao falar.

Olhava a frente e notava grandes torres brancas, com telhados vermelhos e recurvos. Pareciam tão altos e tão gloriosos. Era algo que se destacaria facilmente. Mas forçando a visão, conseguia ver uma grande barreira azulada em torno.

— O que é aquilo, Jaken?

— Para onde estamos indo. - Ele ria, voltando-se para frente.

— As terras do oeste? - Olhava para o local, ficando abobada ao notar que as torres era tão altas e pontiagudas, não pareciam ameaçadoras terras de um Inu daiyoukai. Eram brancas, com suas telhas recurvadas, formando pontas ao redor e ao topo. Admitia que nunca havia visto algo parecido. Parecia mais uma pintura dos tempos de Kagome, ao qual ela cansou de mostrar diversas imagens.

Sentia vontade de olhar para seu Lorde, mas sentia o receio de ser chata ao perguntar-lhe demais. Mas o que mais a deixava confusa, era a imensa barreira protetora. Youkais tinham a capacidade de fazer barreiras como as mikos? Claro, não seriam algo que os machucaria, mas nunca soubera que eles poderiam fazer. 

Olhava de relance para o Lorde. A curiosidade fazia seus olhos brilharem. Havia aprendido sobre os poderes de Miko com Kagome e até mesmo com Sango. Miroku havia ensinado como exorcizar muitos youkais, até mesmo um tão poderoso quanto Sesshoumaru, mas que se fosse tentar fazer algo contra um poder tão imenso, deveria ter muita experiência e alguém para lhe ajudar a controlar. Miroku havia dito, que mesmo com a vasta experiência dele, nunca tentaria algo com um youkai tão forte quanto seu Lorde.

Sorria de canto, algo que aprendera com ele quando pequena, e pensava que até mesmo os mais poderosos humanos tinham medo de seu Lorde. Não que ele fosse feio ou algo parecido, mas sua força era tão imensa... E agora que ele conseguia esconder ela (talvez controlar muito mais), seria mais poderoso e temido.

Ao voltar a olhar para frente, sentia um vento frio ao atravessar a barreira e algo parecia errado, algo parecia querer sair de dentro dela. Olhava para Jaken, a coloração do pequeno parecia rosada, em vez do costumeiro verde. Piscava diversas vezes e tudo voltava ao normal. A sensação passava, a visão voltava ao normal.

O que havia acontecido?

A-Un pousava no solo, no meio de um campo com flores de diversas cores e um lago totalmente cercado com madeiras, mas o cheiro de um lago limpo e perfeito inundava suas narinas, o ar a sua volta. Como um inu daiyoukai possuía terras tão belas? Olhava para Sesshoumaru, a sobrancelha levemente erguida e o olhar curioso a lhe penetrar os poros, mas ele nem piscava. Apenas pegava o saco que ela trouxera e colocava por dentro do kimono, logo começava a caminhar em uma pequena estrada de chão batido, com flores e árvores ao lado.

O local parecia ter saído de um dos seus sonhos, onde queria poder passar e sentir o perfume de cada flor, sentir a textura de cada tronco de árvore. E sem se importar se seria chamada de tola, se agachava e tocava em cada planta que via ao seu redor, sorria para elas da mesma forma que elas sorriam. Olhava para cima, sentindo-se segura e protegida pelo longos galhos das árvores gigantescas. Aquilo era um oasis para ela!

E tolamente, sem se importar com os olhares de Jaken e A-Un, corria até ele o abraçava pelas costas, passando os, agora longos, braços ao redor da cintura do daiyoukai, mantendo o corpo pressionado as costas dele. O inu daiyoukai não reagiu em desagrado, mas também não em agrado. Ele apenas ficou ali, parado. Conseguia ouvir o coração do youkai e de alguma forma, se sentia importante para ele. Porém o momento passava e tudo se tornava algo passageiro, os gritos de Jaken e A-Un, que nunca ligava para nada, olhava para Rin assustado. Talvez ambos estivessem com medo da reação de se lorde, mas não se importava.

Antes de solta-lo, sussurrava apenas para ele ouvir.

— Muito obrigada, meu Lorde.


Notas Finais


Mereço algum comentário?
Até breve.
Ciao, ciao.


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