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História I Remember - Lorde e flores


Escrita por: JackieOFrost

Notas do Autor


Bom dia, boa tarde ou boa noite.
Eu sei que demorei a postar, mas escrevi três capitulos diferentes para esse, tentando descobrir qual usaria. Mas o ultimo (quarto), que escrevi, acabou sendo o escolhido.
Espero que gostem.
E me perdoem pela demora.
Boa leitura.

Capítulo 6 - Lorde e flores


Todos haviam entrado, mas ela era a unica que restou no imenso jardim de Sesshoumaru. Ficava de joelhos sobre a terra e olhava cada planta, cada flor, com seus mínimos detalhes únicos. Desde quando era uma pequena criança sozinha, era totalmente apaixonada por flores, gostava de fazer coroa de flores e sair distribuíndo para todo mundo, queria que todo mundo ficasse tão belo com aquelas flores. Sorria bobamente, lembrando-se de quando colocou sobre o topo da cabeça de Sesshoumaru, o olhar frio que levou, mas não uma recusa. Parando para pensar, Sesshoumaru nunca havia lhe xingado diretamente ou algo do tipo, nunca havia sido grosseiro ou até mesmo se irritado com as coisas que fazia. Para quem não gostava de humanos, uma criança humana poderia ser muito mais incomoda. 

Erguia o rosto e olhava para a porta onde Sesshoumaru havia entrado, com sua cauda sobre o ombro e o andar ereto. Não havia se virado para a olhar, não havia feito nada além de entrar, mas sua presença naquele local era bastante forte. Não conseguia encaixar Sesshoumaru no meio daquelas flores, mas havia o conhecido deitado sobre o tronco de uma árvore, machucado. Tolamente, havia tentado lhe alimentar com comida de humanos, o que o fez falar com ela. Se perguntava se Sesshoumaru sabia que ela iria ser morta por lobos. Olhava para baixo, vendo uma trilha de pequenas formigas e sorria docemente. Como que naquela época lutava para sobreviver um dia a mais, aquelas pequenas criaturas faziam o mesmo.

Erguia-se, apoiando as mãos nos joelhos e jogando o peso sobre os dois pés, limpava o kimono na altura dos joelhos e voltava a olhar em torno do jardim, tentando ver onde começava e onde terminava, mas nada encontrava. Erguia o rosto para o céu, ficando maravilhada de quão azulado ele estava, e mesmo com tantas árvores tentando o ofuscar, ele ainda estava lá em cima, olhando para todas as criaturas.

Todos diziam ser tão poderoso, mas nada parecia tão imenso quanto aquele esplendor que o céu possuía, ou aquela incrível capacidade de mudança em segundos. Raios potentos e chuva que poderia muito bem perfurar pedras. Juntava as mãos em frente ao peito, fazendo uma breve oração por todas as criaturas que não conseguiam saber seu futuro tão incerto. Ao terminar, girava sobre os calcanhares e travava ao ver que Sesshoumaru estava na mesma porta que havia entrado, a olhando fixamente.

Sentia seu coração parar, então recomeçar as batidas em uma velocidade tão incrível. Olhava para baixo, para seus pequenos pés, para suas unhas perfeitamente cortadas e, timidamente, voltava o olhar para seu Lorde, que não possuía um olhar frio como de costume. Novamente, baixava o olhar e ouvia o som dos passos de Sesshoumaru. Ficava tentada a olhá-lo, mas se sentia com medo de olhar, sentia medo dos próprio sentimentos. Ao permanecer olhando para baixo, via as botas dele perto de seus pés.

— Rin.

A voz grossa dele a fazia se sobressaltar, encolhendo os ombros e fechando os olhos. Talvez não ter entrado o havia irritado.

— Este Sesshoumaru nunca a machucaria, Rin. - E dizendo isto, ele começava a caminhar para longe dela, como se estivesse irritado com a atitude repentina dele.

Sem saber o que fazer, girava sobre os calcanhares, apertando os dedos de suas mãos com força, mas começava a segui-lo. Olhava em volta, nervosa pelo que ouvira, mas não sabia como reagir. Olhava para as costas dele, pensando em como tivera tamanha coragem para lhe abraçar. 

Diferentemente do que as pessoas pensavam, Sesshoumaru não era considerado um cãozinho domesticado por mim. Boa parte de mim se sentia desafiada por ele, querendo bater de frente e discutir, mas outra parte de mim queria ficar quieta, com medo do que ele poderia fazer. Embora tivesse a plena consciência de que ele não me faria mal, não quer dizer que não teria medo. 

Se não tivesse olhado, teria esbarrado sobre as costas do daiyoukai, mas o olhava rapidamente e travava ao ver que ele havia parado perto de uma árvore, tocando sua mão sobre a madeira e parecia refletir sobre algo, parecia concentrado. Ao olhá-lo daquele modo, parecia estar magoado ou até mesmo preocupado com algo. Não era normal!

— Sesshoumaru-sama...? - O chamava baixinho, o olhando por cima do ombro.

Um calafrio tomava conta de todo o corpo, cruzando os braços e olhando ao redor, mas ao notar que não havia nada, olhava para o daiyoukai, os olhos âmbar estavam tão frios e distantes, era como se naquele momento, ele fosse incapaz de reconhecer alguma coisa. Mas quando piscava, seus olhos voltavam a frieza normal, como se nada tivesse acontecido... Como se não houvesse nada errado.

Sesshoumaru girava sobre os calcanhares, olhava diretamente para Rin e erguia, levemente, a mão esquerda... Era como se quisesse tocá-la, mas sentia medo de ser afastado, de ser repudiado. 

Pequenas gotas de chuva começava a cair sobre os dois, em torno dos dois. De um céu lindo e totalmente azul, agora estava depressivo e cinzento. 

Um, dois, três... Dez minutos se passavam, ambos ficavam encharcados, mas tudo o que restava era o olhar de ambos. Era aquele olhar que não se quebrava. Rin queria alcançar tudo do olhar do inu daiyoukai, e Sesshoumaru queria poder tocá-la e não se sentir um traidor de sua própria espécie. O passo seguinte era de Rin, que segurava a mão erguida do daiyoukai, dando um pequeno sorriso e correndo, sem soltá-lo. Embora humanos ficassem doentes, youkais não ficavam... Mas mesmo assim, o tiraria da chuva.


Notas Finais


Mereço comentários?
Muito obrigada por ter lido.
Se tiver algum erro, por favor me avisem!
Até breve.
Ciao, ciao.


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