Não soubera dizer quando tempo estava vivendo no mesmo lugar que "ele", mas também não soubera dizer porque raramente o via. Sentia vontade de pegar Jaken e perguntar porque tanto sumiço... Ou pegar uns dos criados e perguntar o motivo de o Lorde desaparecer por semanas. Quando o visse, deveria dizer o quão solitária se sentia ao jantar, em uma mesa enorme, com cadeiras enormes, com prataria linda e de prata? Quando o visse, deveria dizer que se sentia sozinha ao andar pelo jardim florido, o procurando entre as sombras das árvores? Ou será que deveria dizer que quando entrava no lago do jardim, pretendia que ele cuidasse para que ninguém a espiasse?
Andava pelo jardim, o kimono azul claro lhe caía perfeitamente sobre o corpo, não dando volume em excesso ao seu corpo, mas não sendo tão folgado quanto um roupão. O obi traçado em sua barriga era em tom alaranjado, mas não tão forte. Os longos cabelos pretos estavam preso em um rabo-de-cavalo perfeitamente esculpido. Com tantos penteados belíssimos, usará o mais comum...
Girando sobre os calcanhares ao ouvir passos, esperançosa sobre quem fosse, virava para o centro do jardim e procurava entre as sombras, mas nada via ou ouvia. Talvez fossem pássaros? Ao voltar a sua caminhada, virando para onde estava indo, congelava ao ver um belo youkai de cabelos roxo e olhos azulado. O cabelo era longo, preso por pequenas tiras de fitas e jogado sobre os ombros, a franja era cortado em tamanho diferentes, dando a impressão de ser bagunçado, mas não era.
O olhava séria, dando passos para trás.
Não parecia um youkai, mas a aura que emanava não era tão comum como a de um humano. Com certeza era um youkai... Mas não de uma categoria baixa... Deveria ser do mesmo estilo de Sesshoumaru, mas não um inu.
O youkai parecia entretido em lhe olhar, mas não parecia querer fazer algum mal... E ele estava nas terras de Sesshoumaru.
— Como entrou aqui? - Perguntava, mas a voz parecia lhe rasgar a garganta.
E então, o youkai se aproximava, mantendo o rosto tão próximo, mas não respondia...
— Não se aproxime de mim... - E sem o intuito de o ferir, o empurrava para longe, causando uma leve onda de purificação. Mordia os lábios para não gritar ao ver o olho do youkai se tornar vermelho-sangue, mas não durava muito.
Ele agitava a cabeça, bagunçando os cabelos e o rabo a cair-lhe sobre as costas, mas o olho voltava ao normal.
— Sinto muito... - Apressava-se em dizer.
— Eu sei.
A voz do youkai era baixa, não ameaçadora, mas era levemente rouca e grossa. Não era uma voz monstruosa e nem algo do gênero. Ele parecia muito calmo, não atacava quando era atacado.
— Posso saber como entrou aqui? - Perguntava a ele, mas logo seu rosto se tornava totalmente vermelho ao ver que as roupas dele estavam saindo fumaça e levemente denegridas. — Me desculpe...
— Sou capitão da primeira divisão.
Olhava para ele, mas nada entendia.
Assentia, como se tivesse entendido, dava-lhe as costas e caminhava para sair do jardim, sem olhar para trás. Antes de passar pela porta, olhava para trás e não o via. Era impossível aquele lugar ser invadido, não era? Havia uma barreira...
Ouvindo a voz de fundo do Jaken, pensava em perguntar ao velho youkai sobre a barreira e sobre a primeira divisão, mas logo desistia ao ver que Jaken conversava com um dos youkais criados (ou youkais de baixa categoria, como Jaken dissera uma vez).
Andando pelo palácio de Sesshoumaru, entrava em uma vasta biblioteca e olhava fileira por fileira, até que um livro lhe chamava a atenção... Mas as letras eram totalmente diferentes das letras que aprenderá. Poderia ser linguagem youkai? Colocava ambas as palmas da mão sobre o livro, querendo absorver energia do mesmo, mas nada encontrava. Franzindo a sobrancelha, deixava o livro de lado e voltava a andar pelo local. Subia em escadas, descia das escadas e novamente subia. Depois de repetidas vezes, a ponta da escada acabava por bater em livros e alguns caíam. Grandes números dos livros tinham uma escrita totalmente diferente, com palavras que nunca ouvirá dizer e nem ver. Um pergaminho enrolado e amarelado estava no chão, parecia querer se esfarelar, mas parecia brilhar também. Deixando de juntar os outros livros, se sentava ao chão, de pernas cruzadas e a curiosidade a lhe furar o peito. O pergaminho era extenso, mas as imagens era tão bonitas e coloridas, tão vividas! Havia um simbolo sobre o pescoço de uma youkai, abaixo da orelha, mas acima da gola do kimono. O destaque do desenho era todo para o simbolo. Olhava o simbolo com mais atenção, era duas bolas pretas, dado a impressão de possuir uma risco abaixo, parecendo o rabo de um youkai... E alguns das amostra parecia não existir, enquanto outros eram bastantemente forte.
Kagome possuía uma marca semelhante no pulso, onde era muito difícil de ser vista, mas não possuía um rabinho.
O que será que era?
Começava a juntar tudo novamente, subia a escada e guardava os livros e pergaminhos que haviam caído, mas ao sentir o poder de Sesshoumaru pelo local, tudo caía novamente e sentia sua força ser drenada, mas quando dera-se conta que caia, estava nos braços de alguém.
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