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História I Remember - Alianças e poderes


Escrita por: JackieOFrost

Notas do Autor


Bom dia, boa tarde ou boa noite.
Me desculpem pela imensa demora, mas estava ajudando na creche da irmã da minha sogra, então já sabem como é. O dia inteiro cuidando de crianças e tal... E eu me sentia acabada as 19hrs, então me perdoem.
Boa leitura.

Capítulo 8 - Alianças e poderes


A queda parecia não chegar e depois de algum tempo finalmente se dava conta de ter "pousado" no colo de alguém. Lentamente, deixava as pálpebras se abrirem e verem aquele que a segurava, mas apenas observava um queixo pontiagudo e um pequeno nariz, as marcas na lateral do rosto de seu Lorde era extremamente charmosas olhando daquele ângulo. Seu rosto começava a pegar fogo, queria fugir daqueles braços e queria fugir daquele olhar frio, aquele que certamente ele lhe daria. Voltava a fechar os olhos, batendo levemente sobre o braço do mesmo para lhe avisar que queria descer, mas ele não a soltava. Retornava a abrir os olhos e sentir um grande baque ao vê-lo lhe olhar, sem demonstrar nada... Não era frieza, era outra coisa.

— Não poderia entrar aqui? - Era a primeira coisa que pensava.

Ele negava com a cabeça, mas ainda a olhava.

— Pode me colocar no chão? Eu me sinto estranha assim... - E sem poder terminar, ele a soltava no chão, mas ainda a encarava.

Os olhos de âmbar possuíam um brilho que nunca havia visto antes. Poderia jurar que a expressão que ele tinha quando abriu os olhos pela primeira vez era de preocupação, mas não daria chance para seus devaneios.

— Este Lorde não queria ofender sua integridade.

Olhava para ele, sentindo uma pontada de dor no peito e querendo consolá-lo, mas se recordava que ele era um daiyoukai que não tolerava humanos.

— Você apenas me pegou quando caía, isso não é ofensa alguma. - E sem notar, deixava que seus lábios se abrissem em um mais sincero sorriso.

E sem querer, sem pensar no que fazia, o sorriso fora capaz de consolar o coração indeciso de um daiyoukai. Olhava para ele, o sorriso nos lábios e as mãos entrelaçadas em frente ao corpo.

— Estes pareciam diferentes, então os olhei. - Apontava para a bagunça no chão. — Você poderia me ensinar um pouco? Kagome possuía uma marca semelhante no pulso, mas o dela não possuía rabinho...

— Alianças e poder. 

Se sentava entre a bagunça, puxando o longo sobre o ombro e o deixando cair para frente, as madeixas se misturavam com os pergaminhos e livros antigos. Sesshoumaru a olhava com uma adoração jamais notada e sem pensar duas vezes, o daiyoukai se prestava a lhe fazer companhia, sentando a frente da jovem humana e olhava para a bagunça e levemente com os dedos, iam separando em pilhas.

— O que quer entender?

— Tudo! - E a risada dela ecoava por todo o ambiente, parecendo purificar cada canto, parecendo iluminar o cômodo inteiro.

Ambos se encaravam na maior inocência até que o daiyoukai cedeu a pressão, baixando o olhar para o livro de simbologia e categorias youkais.

— O macho (eu) tenho o direito de marcar uma fêmea e dependendo de minha linhagem e poder, existe lugares específicos. Um hanyou marca em lugares mais escondidos, como no tornozelo, pulso ou em alguma parte das costas. O "rabinho" como você o chamou, quer dizer patente de poder. Se possuir o rabinho e ele possuir uma linha mais grossa e mais longa, o macho que a marcou é forte.

Rin assentia, adorando descobrir sobre aquilo.

— Do Inuyasha não possuiu rabinho porque ele é fraco? - Perguntava, olhando para os papeis no chão.

— Não, pelo contrário. Ele não possuí por não ser um youkai e sim um hanyou. De todos os hanyous, são todos iguais, não tem uma diferença.

— O sangue humano faz toda a diferença assim?

Sesshoumaru assentia.

— Qual você acha que é o mais poderoso de todos os símbolos? 

A pergunta a pegava de surpresa e folheando as páginas, notava um de três bolinhas e que os rabinhos se juntavam, apontava para aquele.

— Acredito que seja este, pois o "rabinho" - olhava para o Lorde ao dizer a palavra e sorria — esta em maior destaque.

Ele sorria.

— Este é o mais forte e dado aos youkais de grande poder. As fêmeas que ganham tal marca, são consideradas rainhas da especie, pois são raros os símbolos. 

— O seu seria este? - Olhava para ele, o rosto ficando vermelho a medida que o silêncio se instalava ente ambos.

Como poderia ter perguntado aquilo?

Como ousara fazer uma pergunta tão íntima?!

Ele continuava a lhe olhar, tão profundamente, como se sentisse vontade de sair e virar as costas, porque não era da conta de uma mera humana. Olhava para baixo, para os lados, para qualquer lugar, menos o rosto dele.

Sempre soubera que um daiyoukai como ele, tivera varias fêmeas, mas nunca entrou em detalhes sobre isso. Nem mesmo Inuyasha tinha alguma ideia se seu irmão mais velho havia se apaixonado por alguma ou se marcará alguma.

— Não sei como será o meu... Mas sei que será bastante forte. - Ele dizia, depois de algum tempo. — Nunca marquei uma fêmea, nunca senti vontade ou a necessidade de dar algum poder a ela.

— Como assim?

A olhava tão profundamente, como se quisesse lhe devorar a alma.

— A marca não é apenas uma aliança entre dois youkais. É uma divisão de poderes, embora somente o macho marque, ainda sim é uma divisão de poderes. Ambos tem que se sentir a vontade em fazer. Ambos saberão tudo sobre o outro, sobre suas fraquezas, onde o outro se localiza, se esta a salvo e até os sentimentos.

Olhava para ele, finalmente entendendo que era totalmente diferença de aliança de casamento dos humanos. Alguns pensavam em poder, outros em amor cego e outros pensavam em apenas viver uma vida a dois, sem qualquer outro motivo. Muitos não queria passar os anos sozinho, e envelhecer sozinho.

— E quando se marca um humano? A diferença de idade entre ambos é grande. E youkais não parecem envelhecer com o tempo, enquanto humanos sucumbem a morte... - Ao dizer isso, sentia o próprio peito se apertar.

— Alguns podem prolongar a vida da humana, como os hanyous fazem. E outros podem fazê-la durar o tempo que o parceiro durar, porém vai depender da força de ambos.

— As fêmeas youkais não marcam?

— Sim, marcam. Mas a forma é totalmente diferente, embora os locais sejam os mesmos. E elas somente marcam quando é um humano ou um hanyou. Os machos não gostam de serem marcados por uma fêmea.

— E quando a fêmea é mais poderosa que o macho? Ela não tem o direito de marcar? 

— Pode ocorrer um acordo entre eles.

Não havia mais perguntas. Não havia mais o que se falar, por isso pegava poucos pergaminhos e subia a escada, fazendo questão de guardá-los. Ele não a ajudaria. Ele não faria algo do tipo. Ele não se curvaria para ajudar uma humana... Ele apenas ficou parado, lá embaixo, a olhando e a vendo terminar de arrumar. Ele era um nobre inu daiyoukai... Um daiyoukai com linhagens antigas, que fora manchado por causa de humanos e que ele tanto lutava para reerguer o nome... Ele não se curvaria. 

Quando chegava ao chão e notava que tudo havia sido guardado, o olhava e sorria, mas se perguntava porque seu peito estava apertado...

Parava em frente ao seu Lorde, se perguntando se ele iria partir para longe novamente... Se ficaria mais tempo sem o vê-lo novamente. Queria lhe perguntar se haveria um meio de ir junto com ele, de poder saber mais sobre ele. Não queria ficar trancada dentro das terras do Oeste. Não queria ficar longe dele.

E era tarde demais. 

Era tarde demais para voltar atrás. 

Era tarde demais para dizer que não sentirá saudades.

Era muito tarde para dizer que não estava se perdendo naquele olhar e nos pequenos toques gentis.

Fazendo uma pequena reverência, deixava os aposentos e ia direto para o jardim, os pensamentos a deixando louca.


Notas Finais


Terá mais algumas coisas sobre os símbolos e os idiomas deles, que Rin se esquecerá de perguntar, mas logo ela terá a devida coragem.
Muito obrigada pela leitura.
Mereço comentários?
Até breve.
Ciao, ciao.


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