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História I Remember - Um sentimento


Escrita por: JackieOFrost

Notas do Autor


Bom dia, boa tarde ou boa noite.
Devo pedir desculpas pela demora. Agora que estou em casa (por um tempo), tentarei adiantar alguns capítulos. TENTAREI! Juro!
Boa leitura.

Capítulo 9 - Um sentimento


Um... Dois... Três...

Três passos teriam sido o necessário para me afastar, para voltar a atrás, para não ter deixado Inuyasha e amigos. Três passos teriam me feito desistir de querer me aventurar no mundo escuro dos youkais. Viveria apenas como uma humana, normal, sabendo apenas o que todo mundo diz: Youkais, não importando qual, são todos iguais. São todos sanguinários.

Se naquela raiva anterior tivesse tomado conta de minha sensatez, talvez estaria olhando para o Kohaku, rindo ou gargalhando de alguma piada. Recebendo presentes de vários outros humanos homens. Poderia conseguir dormir sem algum profundo olhar a perseguir até em seus sonhos mais distantes. Poderia não morar em um grande castelo, em um grande local, com uma vasta biblioteca, com uma vasta cozinha, com uma vasta de cada cantinho que possa imaginar. E diferentemente do que as pessoas diziam, youkais pensavam muito mais em seus relacionamentos do que um humano, que somente se importava com o sentimento "amor". Diferentemente do que todo mundo achava, youkais pensavam muito a respeito em escolher uma parceria. Eles teriam que ter poder relativamente alto para proteger um ao outro. Teriam que saber dividir seus sentimentos, nada poderia ser escondido entre eles... E a linhagem era o mais importante. Para criar filhotes poderosos, a linhagem era estritamente escolhida, sobre combate ferozes entre youkais fêmeas e youkais machos, cada um provando sua força. Pelo que Jaken havia mencionado, InuTaisho fora destinado deste berço a mãe de Sesshoumaru, pois eram da mesma raça e os poderes de ambos era relativamente grande. Porém, InuTaisho nunca a havia marcado. O nome da mãe de Sesshoumaru era um mistério até mesmo para Jaken, que a chamava de Arina-Hime. Por mais que ela fosse incrivelmente poderosa, InuTaisho apenas fizera o que família havia lhe dito para fazer (o obrigando), uma cria poderosa. Se até mesmo o mais temido youkais havia hesitado sobre sua parceira, porque Lorde Sesshoumaru escolheria uma parceira?

Jaken havia dito que Sesshoumaru havia ido patrulhar suas terras novamente e nunca fizera tantas patrulhas em tão curto tempo, parecendo evitar alguém (Jaken a havia olhado de modo zangado). Geralmente era uma patrulha a cada intervalo de três meses. Mas também poderia ser o motivo de tanta patrulha por estar sendo ameaçado e precisava proteger seus arredores, aqueles que precisam de sua proteção.

— Sesshoumaru protege humanos?

Jaken começava a rir, rolando pelo chão de forma exagerada.

— Você ousa achar que somente humanos possuem vilarejos e vivem de forma pacífica? Existe muitos youkais que vivem de tal forma como os humanos. Uns vivem de pesca, outros vivem de fazer tecido caros para youkais reais (Lorder e afins). A maioria dos youkais "pacíficos" fazem uma troca para ser protegido. São youkais que não sabem lutar ou simplesmente não gostam. 

Os papeis estava depositados em cima de um grande balcão de madeira, Jaken parecia usar algo semelhante a óculos e estava pisando em alguns documentos, pois sua anatomia era muito pequena para lhe ajudar a ler sobre aquelas coisas.

— Muitas dessas letras - O pequeno youkais verde apontado para letras desconexas, parecendo mais rabiscos — são letras do clã de nosso Lorde. 

Havia vários tipos de escrita no mundo youkai. A escrita que todos os youkais entendiam e por assim faziam seus acordos. A escrita dos diferentes clãs. A escrita dos Inu daiyoukais era totalmente diferente da escrita do clã do Kouga. Jaken havia mencionado que faziam assim mais pelo tempo antigo, quando havia guerras em cima de guerra. E a escrita que somente alguns conseguiam entender (os mais poderosos, dizia Jaken). Também havia diferentes meios de conversa. E que havia uma linguagem que Sesshoumaru poderia usar facilmente com qualquer youkai, que nenhum entenderia uma palavra e nem sequer notaria que ele estava falando.

— Oh, são letras tão bonitas... Sempre pensei que nunca poderia ver uma tão perto de mim, escrito por um dos youkais mais poderoso. - O pequeno youkai, tão encantado, tocava nos escritos com tamanha reverência que causava uma pitada de inveja na jovem humana.

Dando uma pequena desculpa para o youkai, se retirava daquele pequeno escritório e deixava o youkai lá, absorto em homenagear as escritas antiga. Antes de sair para o majestoso jardim, algo lhe chamava a atenção a porta que dava a cozinha e bicho curioso como era, adentrava a cozinha com toda sua euforia infantil. Os olhos grandes de agitação, lembrando um filhote de gato ao perseguir sua primeira caça. 
Vários youkais a olhavam de forma curiosa. 

E ela os olhava de forma mais curiosa ainda. 

Quanto morava naquele lugar? Algum tempo e nunca havia visto se quer um youkai diferente de Jaken, Sesshoumaru, Ah-Un ou aquele youkai estranho. Mas nunca havia visto youkais misturados, como naquele ambiente. Havia youkais misturado com gatos, outros com macacos e derivados. Nunca havia visto youkais daquele modo. Sempre eram poderosos e com formas majestosas em forma humana. Não eram criaturas feias como os youkais que a atacavam na floresta, eles eram bonitos. Belos. Mas nunca os havia visto antes.

Não olhava com medo para eles, o olhava de modo admirativo, mas eles pareciam ter medo do modo como os olhava. Mas a youkai que lembrava muito um gato, com os bigodes e olhos perfeitamente esculpidos, a olhava de cima a baixo, o olhar apreensivo. 

— Moça, não diga que nos viu...

— Não fale com ela, Meiroku! - Dizia a youkai macaco. 

A youkai se abaixava, ajoelhando-se sobre os pés de Rin e pedindo várias desculpas e perdões, Rin, em sua mais nobre inocência, se abaixava até a pobre youkai gato e lhe tocava o ombro, sorrindo amavelmente e lhe dizia.

— Não tema a mim e nem ao meu Lorde, eu não deixaria que ele as machucassem... Vocês fazem minhas refeições de um modo tão delicado e suave. Muito obrigada!

A youkai erguia o rosto para lhe olhar, mas não compreendia os modos de uma filha de humanos. Como ela parecia tão poderosa, mas ao mesmo tão nobre ao ponto de lhe tocar o ombro? Lágrimas chegavam aos olhos da pequena youkai e Rin se emocionava com ela.

Rin, ajudando a jovem youkai a ser erguer, se despedia e virava as costas, mas antes havia aceitado um pequeno pão doce. Olhava o pão doce entre as mãos e pensava como poderia haver youkais tão belos, mas de classe totalmente inferior?

~~

Seu sono havia se tornado uma das piores coisas que seu dia ou noite poderia trazer. Quando não era os olhos dele a perseguir nos sonhos, eram dores no peito... Dores que nunca conseguia controlar. A pequena soneca que dera no jardim a fizeram sentir um aperto no peito, curvando-se e gemendo baixinho. O que será que era? 

Abrindo os olhos levemente, o via de longe, escorado na árvore e de olhos fechado. O tempo parecia ter escurecido no curto tempo que adormecerá entre as flores, aninhada contra as folhas curta de uma grama bem verde. 

— Sess---

Era cortada por outra onda de dor, a fazendo se encolher novamente, segurando a frente do kimono entre os dedos. Olhava para ele, ficando surpresa ao vê se aproximar tão rápido, seus gestos o indicando que estava tão preocupado.

— Onde dói?

A voz do poderoso daiyoukai parecia lhe queimar na garganta. 

A sensação de o ver ajoelhado sobre um dos joelhos, sua grande mão com poderosas garras, que já haviam matado várias criaturas, pousada sobre o estômago de Rin era algo totalmente inesperado, era algo que nenhum humano esperaria para ver. Tentava se mover, mas apenas a mão de Sesshoumaru a deixava presa no mesmo lugar, evitando seus movimentos. Os olhos de Rin pareciam perder um pouco o foco e então tudo parecia ficar mais colorido, dando a impressão de haver cores ao redor de cada coisa. Então, como se algo tivesse vindo e lhe arrancado a dor no peito, sentia um grande safanão contra o corpo e tudo parecia silencioso, esperando... Olhava com certa dificuldade para seu Lorde, notando que o mesmo tinha tenseiga em mãos.

— Rin.

Por favor, não diga assim. 

Não diga desse modo.

— Rin. 

A voz do daiyoukai parecia tão suave, tão convidativa.

O silêncio se instalava entre eles, embora o clima não estivesse pesado. Com a ajuda do poderoso daiyoukai, caminhava um pouco e logo se cansava, indicando uma árvore perto e sentando-se aos pés dela, escorando as costas sobre o antigo tronco. Fechava os olhos e deixava o vento fazer seu trabalho de pegar seus sentimentos confusos e leva-los para longe. Mas era aquele ditado: Tudo que vai, algum dia retorna.
Os sentimentos revoltos de quando era mais nova. Os sentimentos de duvida, de querer ver, de ter, de tocar, de sentir... De querer.

Agia como um humano agia.

Pensava como um humano pensava.

Queria como um humano queria.

E embora não o visse, tinha a plena certeza que ele ainda estava ao seu lado, os olhos a lhe checar cada parte do corpo. Queria se encolher, queria chorar, queria abraçar o próprio corpo e se consolar. 

— Encontrei alguns youkais diferentes do habitual. Não aqueles de forma humana ou monstruosa. - Não sabia se deveria dizer. — Por favor, não os faça mal. Eles não cruzaram meu caminho.

Olhava para ele, querendo ter uma resposta sobre aquilo.

Sorria docemente ao ver o grande daiyoukai movimentando a cabeça, bem pouco, mas assim ele fez.

— Acho que já me sinto melhor.

Erguia-se.

Esticava os braços para o alto e movia o corpo de um lado a outro. 

Já estava noite. As estrelas queriam fazer parte daquele cenário.

Girava sobre os calcanhares, rindo bobamente, para o nada. 

Rindo para ele.

Estava em choque.

Quando fora? Quando aconteceu? Como aconteceu?

Em um momento, seu Lorde estava a cinco metros de distância e no outro, ele a segurava entre os braços, o rosto enfiando nos vastos cabelos pretos. Os olhos estavam fechados, o abraço se tornava mais apertado, mais protetor. As mãos do daiyoukai se agarravam ao seu kimono. Um leve rosnado escapava entre os lábios semicerrados do daiyoukai.

Vagamente, sua mente se deixava levar para algum lugar distante, no passado. Era como se já tivesse tido aquela cena anteriormente. Era como se o corpo reconhecesse algo semelhante.

— Rin...

O rosnado se tornava mais alto, o aperto parecia que iria lhe partir ao meio. 

Já sabia o que deveria dizer.

— Estou bem, Lorde Sesshoumaru.

Ele não a soltaria, ele nunca a soltaria. Ele apenas ficaria ali, aninhado, contra um corpo humano.


Notas Finais


CONFESSO QUE MORRI COM CADA LETRA NA PARTE FINAL
MEU LORDE
MINHA RIN
CASEM-SE LOGO!

Mereço comentários?
E vocês já sabem, qualquer erro, por favor me digam!
Até breve.
Ciao, ciao.


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