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História I Remember - Rússia


Escrita por: ElleyeaHale

Notas do Autor


Desculpa pela demora, é que aconteceu o seguinte... o meu notebook reiniciou e eu não tinha salvado os capítulos que eu tinha já escrito, resumindo tudo. Perdi tudo o que eu tinha escrito e um pouco mais, fiquei puta? Fiquei, mas não adianta chorar pelo leite derramado, dai fui lá e escrevi o capitulo de novo, então quando fui postar aqui, depois de arrumar tudo e tal, a fic não tinha sido enviada!
Gente, que frustração, ahahahaha

Espero de verdade que gostem, pq essa me deu trabalho.

Boa leitura. :)

Capítulo 22 - Rússia


1 mês depois
 

Clara

 

Russia. O avião estava pousando em solo Russo, e eu estava maravilhada olhando pela pequena janela do avião. Theo disse que nessa época do ano a Russia fica completamente branca por conta da neve que não para de cair... e bem era verdade o que ele me dizia.

Mas mesmo não dando para enxergar as coisas direito o pais continua sendo lindo.

- Preparada?- Theo me pergunta sorridente.

- Sempre.- Digo a ele que pisca um olho para mim e depois volta a sua atenção para o celular.

Enquanto  o avião andava pela pista para pararmos e finalmente podermos desembarcar, sinto meus pequenos se mexerem. Sorrio ao senti-los e ponho a mão acariciando minha barriga. Eu já estou de cinco meses e estou ficando enorme. Durante o tempo que ficamos em Berlim não consegui voltar a doutora que tinha me atendido, porque depois daquele dia o trabalho foi mais pesado. Tirávamos fotos praticamente uma atrás da outra antes que a minha barriga aparecesse.

- Estão se mexendo muito?- Theo pergunta preocupado.

- Sim. Acho que  gostam de viajar. Meu Deus! Eles não param.

Theo ri e já vai se levantando do assento pegando nossas malas de mão, Theo me ajuda levantar e vamos para a passarela que da ao portão de desembarque para pegarmos nossas outras malas.

Depois de pegarmos as malas pegamos um táxi. Durante o caminho fiquei olhando para as ruas em que passávamos.

- Pequena. Esqueci de te falar que dessa vez não iremos ficar em um hotel, aluguei uma casa por três meses.- Ele diz mexendo no celular vendo algo.

- Que bom, eu não estava aquentando mais ficar em um quarto de hotel por muito tempo.

- Pois é, nem eu. E ainda por cima vamos ter uma semana de férias para começarmos o trabalho descansados, então aproveita.

Suspiro aliviada, poderei descansar. Depois de andarmos bastante dentro daquele táxi finalmente Theo anuncia que chegamos. Olho para a casa era muito aconchegante e bonita.

Theo insistiu que levava todas as malas, mesmo eu dizendo que podia fazer isso. Então desisti e segui para dentro da casa para conhecer o local.

A casa era linda por dentro, as paredes tinha cores claras, os móveis eram aconchegantes, tinham dois quartos com cama de casal. Resumindo tudo, a casa me agradou bastante. Voltei a sala onde Theo fechava a porta e todas as malas estavam no hall de entrada.

- Gostou do lugar?- Ele pergunta esbaforido.

- Sim, é bem aconchegante.

Vou até as malas pegando as minhas.

- Não, não! Eu levo.- Theo diz se aproximando apressado.

- Por que? Eu não estou doente e tenho condições.- Pego  as malas e as levo até o meu quarto.

Volto a sala e vejo ele atirado no sofá cansado.

- Ai Clara! Ainda bem que temos uma semana de férias porque eu to tão cansado, que parece que se eu dormir agora acordo daqui a vinte anos!

Rio do seu escândalo, me sento em outro sofá.

- Você é muito dramático.- Digo a ele que imediatamente me olha, querendo falar algo mas desiste jogando a cabeça para trás cansado.

- Já falou com o pai dos seus filhos?- Theo pergunta sério.

- Não, e eu não faço ideia de onde ele esteja.- Digo escondendo minha decepção. Ficamos em silêncio, sempre que tocamos nesse assunto.

- Então... vou fumar lá na rua.

Reviro os olhos, odeio quando ele faz isso. Ele esta jogando a vida dele pelo ralo fazendo isso, ele se levanta indo ao jardim, me levanto também o seguindo.

- Você tem que parar com isso, está se matando!- Ele continua andando sem me dar atenção.

- E quem disse que quero continuar vivo?- Sento me ao seu lado na pequena escadinha que da aos fundos.

- Então me diz o por que!

Ele passa as mãos no rosto parecendo estar prestes a chorar.

- Outra hora a gente conversa sobre isso...- Sua voz é embargada, fico ali do seu lado sem saber se ficou ou o deixo sozinho. De repente sinto sua cabeça pender no meu ombro. Ficamos os dois olhando para o nada em silêncio. 

- Obrigado por ser minha amiga Clara.- Ele diz depois de um tempo.

- É uma honra.- Ouço uma pequena risada dele.

Me levanto sentindo um pouco de dor nas costas. Olho para ele para ter certeza que não precisava mais de mim.

- Pode ir, já estou melhor. Preciso ficar um pouco sozinho pensando.

- Ok, vou dormir um pouco.- Me afasto em direção ao meu novo quarto. Deito - me ali e imediatamente caio na inconsciência.

 

 

Eu estava em um quarto diferente todo branco, um bipe esquisito constante e irritante entrava em meus ouvidos. Olho em volta e vejo alguns aparelhos ligados a mim.

Ao meu lado tinha dois berços de vidro onde hospitais botam os recém nascidos, olho curiosa para o que estava dentro deles. Dois bebês dormindo tranquilos, quando me aproximei para tocar em um deles, a porta do quarto se abre mostrando uma criatura totalmente estranha, careca, com olhos fundo e sem boca. A criatura andava de terno e era alta.

- Entregue a nós as crianças.- a voz da criatura parecia um sussurro, a coisa levanto o braço mostrando os três dedos longos em minha direção.

- Não. O que você quer delas?!- Fico de frente aos dois pequenos bercinhos tentando protege-los.

- Senhores do tempo são uma ameaça, apenas um deles já fez estrago o suficiente, não precisamos de mais! 

Não sai do meu lugar, eu iria protege-los a todo custo.

- Faça logo o que pedimos Mestiça!- Mesmo com o tom de voz mais alto, a criatura parecia se manter calma, uma calma assustadora.

Apenas fiz que não com a cabeça. A criatura não pensou duas vezes e se aproximou com o braço direito estendido apontando seus poucos dedos para mim, onde um raio saiu misteriosamente em minha direção. Senti uma dor lacerante em todo o meu corpo, mal conseguia respirar quando ouvi um chorinho, olhei para a direção onde estavam meus bebê e vi a criatura de terno os levando nos braços porta a fora.

A minha vontade era de ir atrás deles, mas a escuridão ia me tomando por completo, e ali eu sabia, depois de tanto tempo sonhando com lembranças da minha morte...eu sabia que a vida estava me deixando. E eu não podia fazer nada para salvar meus filhos.

 

Acordo suada. Sinto meu coração bater sem ritmo certo. Passo as mãos em meu pescoço respirando fundo, foi apenas um sonho.

Levanto e olho as horas, tinha se passado apenas vinte minutos que cochilei. Resolvo tomar um banho para relaxar um pouco. Depois de tomar o banho visto uma roupa e pego minhas chaves da casa, passo pela sala onde Theo assistia televisão.

- Ei! Vai a onde?

- Vou em um médico saber se meus bebês estão bem.- Digo rápido, depois que tive aquele sonho fiquei com uma preocupação que não saia da minha cabeça.

- Eu levo você.- Ele diz desligando a televisão e pegando as chaves de um carro.

- Você tem um carro aqui?- Pergunto o seguindo para uma outra porta que eu nem tinha percebido que dava para uma garagem.

- Sim, aluguei um. Andar de ônibus não é a minha praia!- Ele diz rodando as chaves nos dedos.

 

 

Paramos no estacionamento do hospital e fomos até o saguão. E tive sorte de ter um horário vago bem naquela hora,  fui até uma médica  que tinha chamado pelo meu nome.

- Eu vou esperar aqui.- Theo diz sem jeito enquanto seguíamos a médica.

- Nada disso, você é meu amigo e a pessoa mais próxima que eu tenho.

- Não, eu não posso ir, não gosto de hospitais... te espero lá na rua, tudo bem?

Fico confusa, ele parecia realmente estar incomodado com algo. Eu não iria força-lo a nada.

- Tudo bem, depois te conto.- Ele sorri e eu dou um beijo em sua bochecha. Quando volto ao caminho que a médica estava nos levado a vejo parada com um sorriso bobo segurando uma porta para que eu entrasse.

- Vocês são casados?- ela pergunta quando me deito na maca depois de nos apresentarmos.

- Não, somos só amigos!- Ela levanta a minha blusa passando um gel.

- Pareciam um casal. Mas ele é o pai ?- Franzo a sobrancelha, a médica estava querendo saber muito da minha vida.

- Não, não é ele.- Digo ligeiramente ríspida. A médica parece entender o recado e começa os exames, depois de um tempo ela vira para mim a tela.

- Bom, são gêmeos não idênticos e esta um de cada lado. Eles estão muito bem de saúde, já da para ver o sexo, deseja saber ou esperar quando nascer?

-Pode dizer.- Ansiosa espero ela me falar...

 

 

 

Theo

 

Eu esperava por Clara encostado em uma parede, do jeito que eu sempre fico quando penso de mais. Enquanto eu tragava o meu cigarro tentava conter as lagrimas que vinham junto com más lembranças a qual eu queria muito tentar esquecer.
 

Quando Clara quis que eu acompanhasse ela, eu bem que queria ir, mas sei que eu não conseguiria me segurar e me desmancharia em sua frente.

Desde que aquilo aconteceu, entrei para os vícios do cigarro e as bebidas, para tentar de algum jeito ser feliz outra vez. Clara foi minha alegria, foi com ela que conheci a Lana a mulher que estou começando a sentir algo realmente sério, que eu jamais pensei em sentir outra vez. Foi com ela que aquele apertamento enorme no qual eu vivia sozinho teve vida de novo.

Vejo uma mulher com uma criança passando perto de mim, a mulher me olhou imediatamente com repulsa enquanto a menina que segurava sua mão sorria para mim de uma forma tão doce.

- Olá!- A menininha disse espontaneamente, a mãe a puxou para mais perto de si para que sua filha se afastasse de mim.

Apenas sorri contido, a menininha que ouvia um sermão da mãe por falar com estranhos respondeu com pena.

- Mas mamãe o homem estava triste.- a voz da menina ao longe entrou em meus ouvidos, me abalando mais ainda.

Vi Clara se aproximando com um sorriso nos lábios. Soltei a fumaça pela boca me virando para o lado oposto fingindo jogar fora o cigarro, mas na verdade eu queria me recompor daquilo tudo.

- Tenho novidades!- Ouço sua voz alegre, me viro esforçando um sorriso.

- Então descobriu?- Ela assentiu enquanto andávamos em direção ao meu carro.- Então, são duas meninas?

Clara ri, sua risada era tão boa que me fez esquecer por um minuto minhas angustias.

- Não, você errou... mas por pouco acerta. Estou esperando um casal, o menino esta do lado esquerdo a menina do direto.- Ela aponta na barriga.

Entramos no carro, andamos pelas ruas e ela ia falando comigo mas eu não ouvia quase nada, estava ocupado demais tentando não chorar.

- Theo, você está bem? Sabe, eu acho que estou falando de mais...

- Estou bem, continue falando. Que nome você escolheu?- Ela fica em silêncio de repente.

- Não sei. Eu não havia pensado nisso ainda... acho que esta meio cedo.

- É.- Me limito a isso.  O resto do percurso ambos ficamos em silêncio. E eu agradeci por isso, no rádio tocava uma musica triste chamada Asleep que é de uma banda chamada The Smiths que me fazia ficar acalmo e ao mesmo tempo melancólico.

 

 

 

 


Notas Finais


O Doutor não apareceu ainda, mas juro a vocês que no próximo ele vai aparecer ai vai ser BOM! a EXPLOSÃO!

Tadinho do Theo, passou por momentos difíceis antes de conhecer a Clara.

Comentem e favoritem!
(desculpa qualquer erro de português)


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