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História I Remember - Envelope Azul


Escrita por: ElleyeaHale

Notas do Autor


Mil perdões pela demora!
Obrigado a todos que favoritaram e comentaram o capitulo anterior! :)


Boa leitura!

Capítulo 4 - Envelope Azul


Clara

 

3 semanas depois

 

 

Faz exatamente duas semanas que não o vejo, o Doutor disse que iria voltar no dia seguinte mas não apareceu. Sabe Deus a onde ele se meteu, acho até que não irá voltar.

A minha rotina voltou ao de sempre dando aulas em Coal Hill, estamos em épocas de provas e não aguento mais corrigir essas coisas.

 O Sinal acabou de bater é a hora de irmos embora, a hora mais feliz do dia para todos nesse lugar.

Ando pelos corredores quase vazios, eu sempre saio por último para evitar o tumulto dos alunos, muita gente em um mesmo espaço me da uma certa aflição então eu prefiro ser a ultima para evitar essa situação. 

Minha atenção vai toda para a saída enquanto caminho devagar um homem está ali, parado encostado na parede olhando para o chão distraído, parece estar esperando alguém. Ando um pouco mais rápido para poder identificar o homem, bastou alguns passos a mais para eu conseguir enxergar o seu rosto.

- Onde VOCÊ estava esse tempo todo?!- Digo ao Doutor que leva um susto, um sorrisinho cresce em seus lábios.

- Eu só fiquei três horas na TARDIS, nem demorei! Não de chiliques por causa disso.- diz ajeitando sua gravata borboleta.- Olha acho que esqueci algo na sua casa.- diz mexendo as mãos.

- TRÊS HORAS? SÉRIO, FORAM TRÊS SEMANAS! TRÊS SEMANAS!!- Minha voz sai mais alta do que eu esperava, alguns alunos olham para nós, dou um sorrisinho amarelo para eles puxo o Doutor pela manga da camiseta para longe dali.

- Ta aqui a sua... seja lá o que for isso.- Pego o objeto da bolsa entregando a ele.

- Oh obrigado, isso se chama chave de fenda sônica, você não sabe como seria horrível perde-la.- Ele põe a chave de fenda sônica no bolso do paletó cor vinho.- Sobre as três semanas, me desculpe eu acho que a TARDIS fez isso de propósito... de novo.- Diz sem jeito.

Começo a descer as escadas para ir embora, escuto seus passos apressados atrás de mim.

- Onde esta indo?

- Para a minha casa, ainda tenho coisas a fazer. Eu não sou como certas pessoas que fazem absolutamente nada.- olho para ele o provocando.

- Ei! Eu não fico fazendo nada. Eu já salvei muita coisa por ai você é uma delas e pode acreditar que é bem mais difícil do que corrigir provinhas.- Sua voz sai sarcástica com um tom de brincadeira, eu sei que é verdade então eu apenas solto uma risada.

O Doutor caminha ao meu lado oferecendo o seu braço, sorrio aceitando seu gesto. Vejo que alguns alunos meus olham a cena,cochicham algo entre eles e dão risadinhas, apenas faço de conta que não vi nada e continuo andando.

 

 

 

 

Assim que entramos em casa pergunto a ele se quer o seu tão adorado chá.

- Como sabe que eu adoro chá?!- O Doutor me pergunta enquanto vou a cozinha. Não respondo apenas sorrio.

Assim que chagamos a cozinha sirvo os nossos chás, dou uma xícara para ele que agora está sentado na mesa da cozinha, pego uma pra mim e minha pasta preta também. Tiro as provas lá de dentro me sentando no outro lado da mesa ficando de frente para ele.

Tomo meu chá enquanto corrijo as provas, o Doutor fica olhando o que eu faço.

- Minha nossa, é isso que estão ensinando nos dias de hoje?- Ele pega uma prova da minha mão, na verdade ele arranca de mim começando a analisar tudo.- Ta tudo errado, da zero nesse aqui... um zero bem grande!

Pego a prova de sua mão, antes que ele pegue a caneta e faça um estrago.

- Não esta tudo errado, pare com isso, essa prova é a que teve mais acertos.- Digo pegando outra para corrigir. Percebo que ele faz uma careta.

Depois de algum tempo corrigindo provas e com o Doutor me azucrinando dando a opinião dele dizendo que eu estava perdendo o meu tempo fazendo essas besteiras e que se fosse ele estava todo mundo reprovado.

Quando finalmente termino, ele está me olhando entediado com a mão apoiando o seu rosto.

- Não me olhe com essa cara, eu deveria estar te xingando por ter aparecido só três semanas depois! Cretino.

- Cretino?! Mas o que... já te pedi desculpas.

Ouço batidas em minha porta, olho para o Doutor confusa, ele também me olha do mesmo jeito.

- Estava esperando alguém? Sua amiga?- Ele diz pegando as provas da mesa e olhando as respostas, algumas ele ri do que lê.

- Não.- Me levanto indo a porta, a abro dando de cara com três pessoas uma mulher de véu preto sobre seu rosto, ao lado dela esta outra mulher que parecia ser sua governanta e um homem baixinho vestido de terno com cara de batata.

- Menino, onde esta o Doutor queremos falar com ele, se não nos deixar entrar sua inútil casa será aniquilada junto com você! - O cara de batata me ameaça.

- Cala a boca, Strax!- A mulher de véu fala com firmeza.

- Desculpe senhora.- Strax diz a mulher abaixando sua cabeça envergonhado.

- Com licença senhorita, será que podemos entrar? Precisamos conversar com o Doutor, sabemos que ele está aqui.- A mulher que parece uma empregada me pede, eu apenas dou espaço para que passarem por mim, eu vagamente sei quem eles são, não me lembro muito bem. O anão chamado Strax passa me encarando feio, faço uma careta para ele também.

Todos eles caminham até a minha mesa se sentando, o Doutor apenas observa o grupo com uma cara de poucos amigos. Fico parada encostada na parede da cozinha observando.

- Doutor, que bom que achamos você aqui tem umas coisas estranhas acontecendo em Londres vitoriana, estão com problemas com Cybermens.- A mulher de véu e vestido preto diz.

- Madame Vastra, você sabe muito bem que não faço mais essas coisas.- O Doutor fala cruzando as pernas e os braços.

- Só por causa daquele garoto que morreu, aquela escória humana. Besteira!- Strax fala alterado, uma discussão começa entre todos, enquanto os três discutem como crianças sobre a minha morte a tempos atrás a mulher que estava acompanhando madame Vastra fica me encarando como se tentasse lembrar de alguma coisa.

- Aquela ali não é a Clara?- Todos ficam em silêncio após a pergunta, seus olhares se voltam pra mim encerrando a discussão em menos de um segundo.

- Não Jenny, ela morreu a muito tempo.- Vastra diz tirando o véu que cobria o seu rosto reptiliano, eu já tinha visto essa mulher antes em um das minhas lembranças.- Oh, minha nossa! É ela, a Clara.- Vastra levanta de seu lugar indo até mim.

- Como esta aqui de novo e viva?- A mulher lagarto pergunta me examinando com seu olhar.

- Não faço a minima ideia.- Respondo indiferente ela se afasta bruscamente se virando para o Doutor.

- Você não tem mais motivo para não ser o Doutor, o universo esta precisando de você! Se nada for feito a respeito dos Cybermens, Clara poderá morrer mais uma vez , o que pode causar um enorme estrago na realidade. Alterando o estado de como ela está hoje.

- Ela não irá morrer em Londres vitoriana, talvez nem tenha nascido ainda ou já tenha partido. Eu não posso arrisacar perde-la novamente.

Madame Vastra revira os olhos impaciente.

- E quem disse que precisa leva-la junto, você tem nós três desta vez Doutor. Por favor! Volte, ou tudo vai cair em ruínas o mundo de hoje poderá mudar completamente se você não ajudar.

Ele olha para todos, suas mãos esfregam o rosto cansado. Percebo que está se decidindo qual caminho tomar.

- Tudo bem, vamos logo antes que eu me arrependa.- Eles se levantam quase que na mesma hora, os três são os primeiros a sair, quando o Doutor vai passar por mim o seguro pelo braço o impedindo, seu olhar é intenso.

- Não vá.- Sinto que algo estranho, meu coração começa a acelerar pelo medo.- Por favor...

Ele apenas fica me encarando sem dizer uma unica palavra. Suas mãos secam uma lágrima que escapa, então percebo que o silêncio dele significa que já fez a sua escolha.

- Me leve junto então.- O peço chegando mais perto.

- Não vou fazer isso.- Tenho um mau pressentimento, mas esse alienígena não vai me ouvir. Apenas ficamos os dois parados olhando um para o outro sem nada a dizer.

- DOUTOR!- Madame Vastra grita do lado de fora, ele se afasta de mim rápido.

- Eu vou num pé e volto no outro. Nem vai sentir minha falta.- Diz rápido com um pouco de humor, ele me abraça forte antes de ir.

 

 

 

 

Olhei para casa vazia, silenciosa eu teria que esperar eles voltarem. Me sentei no sofá pensando no que fazer.

Liguei a televisão para passar o tempo, consegui ficar ali por uma hora e meia, depois tentei ler um livro mas não conseguia me concentrar, eu realmente estou preocupada.

Acabei sentando em minha cama de frente para a janela cuidando o movimento para que caso ele volte eu possa ver. Não demorou muito para o sono me consumir acabo dormindo sem perceber.

 

 

 * * * 

 

 

Acordo assustada, olho para o meu relógio está quase na hora de ir pro trabalho.

- Droga!- Levanto as pressas indo ao banheiro, tomo um banho rápido ponho um vestido e uma bota de salto com cano baixo, arrumo os meus cabelos já descendo as escadas para tomar meu café.

Assim que termino pego minha bolsa e a pasta com as provas dentro, olho em volta nenhum sinal dele. Espero que nada de ruim tenha acontecido.

Caminho com pressa até o colégio, tenho sorte de chegar bem na hora. 

 Enquanto dou minhas aulas as horas parecem que se arrastam, assim que bate o sinal para o recreio resolvo ir para a sala dos professores, no caminho até lá alguns alunos meus cochicham algo me olhando, dando risadinhas. Finjo que nem notei e continuo andando.

 

 

 

Sirvo o meu café, escolho uma mesa bem afastada dos outros professores perto da janela para ficar cuidando o lado de fora, a sua demora está me matando por dentro.

- Oi. Posso me sentar aqui?- um homem pergunta, me tirando dos devaneios.

- É, hum... pode sim.- Eu realmente queria ficar sozinha, mas não seria educado da minha parte dizer não. Percebo que o homem é novo no colégio.

- Você é novo aqui?- Pergunto a ele, que se senta na minha frente sorridente.

- Sou, dou aula de educação física. Me chamo Danny, Danny Pink.- Ele estende sua mão pra mim, aperto sua mão com um sorriso no rosto.

- Legal, sou Clara Oswald, bem vindo a Coal Hill.- Dou mais um gole de café, olho para a rua, mas não encontro nada diferente.

- Esta esperando alguém?- Danny me pergunta.

- Não, porque acha isso?- Começo a ficar nervosa, levo a xícara a minha boca novamente.

- Por que não para de olhar por essa janela.- Ele aponta para a mesma fazendo uma careta. 

- É talvez eu esteja.- Digo me rendendo.

- Sabe eu não gosto de fofoca, mas as crianças estão dizendo por ai que você tem um namorado e que vocês brigaram. Se quiser ajuda ou um amigo para desabafar, estou aqui.- Ele diz meio constrangido.

- O quê? Essas crianças invetam cada uma.- Me encosto na cadeira olhando para o homem.- Obrigada por querer me ajudar e ser tão gentil, mas não preciso.

Ele abre a boca dizendo algo, mas o sinal toca deixando suas palavras inaudíveis eu apenas com cordo com o que ele fala, pego minhas coisas já me levantando.

- O dever nos chama, boa sorte pra você com os alunos.- Falo o deixando para trás, ando pelos corredores para a próxima turma, então me lembro que não darei aula nos últimos períodos, agradeço mentalmente por isso, assim poderei procurar o Doutor.

Ando pelos corredores para ir embora, quando noto que uma mulher caminha na minha direção com um papel nas mãos, olho para o rosto dela e é Andy, ela parece preocupada.

- Andy!- A chamo, sua atenção se volta pra mim sorridente.

- Oi, eu estava te procurando, olha deixaram isso pra você hoje de manhã.

Ela estende as mãos com um envelope azul, pego de sua mão o papel parece ter algo a ver com o Doutor.

- Obrigada.

- De nada, olha eu tenho que ir, estão precisando de mim na direção.- Assinto, ela da um pequeno sorriso e continua a andar, a acompanho com o olhar até ela sumir da minha vista, me encosto na parede nervosa, abro o papel azul dentro há uma carta com letras que eu não conseguia identificar de quem eram e logo em baixo coordenadas de tempo. Comecei a ler a carta:

 

"Senhorita Oswald. 

Eu creio que não nos conhecemos muito bem, mas o Doutor parece confiar muito em você querida.

Aconteceu algo que não esperávamos enquanto viajávamos para Londres Vitoriana, o Doutor disse que você poderia nos ajudar pois ele a ensinou as coordenadas de tempo e espaço. Por isso ele mandou esse mapa logo abaixo, você é a unica esperança que ele tem de voltar. Me encontre no quintal da sua casa. O mais rápido possível.

 

Madame Vastra.                              "

 

 

 

 

Doutor

 

Aqui estou eu, preso em Londres Vitoriana sem a TARDIS. Quando chegamos aqui fui o primeiro a sair, logo que meus pés tocaram o chão as portas se fecharam bruscamente deixando Vastra, Jenny e Strax pesos do lado de dentro. Tentei abrir a porta mas ela começou a desaparecer decolando para outro lugar. A minha unica defesa é a chave de fenda sônica, mas pelo o que eu vi a situação aqui esta séria as pessoas correm para todos os lados procurando abrigo, um refugio para não serem atacadas e transformadas em Cybermens.

Como estou sem a TARDIS faço o mesmo, vou até um Pub que parecia estar fechado, passo a chave de fenda destrancando a porta.

Me viro para trás para ver o lugar, para que eu possa começar um plano de trazer a tardis de volta. Meu olhar vai direto para um par de olhos me encarando na escuridão e logo depois uma pancada forte atinge minha cabeça me fazendo cair no chão desorientado

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Então? O que acharam?

Espero que estejam gostando :D

(O próximo capitulo não vai demorar, prometo.)


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