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História I Rep That West. - What You Like.


Escrita por: Stiildrdre

Notas do Autor


Oiiii. Então, depois de um tempo sumida vim trazer o novo cap. Espero que gostem :(mesmo viu esse deu trabalho kkkkk) Esse é o maior capítulo da fanfic (por enquanto) e o meu maior número de palavras já escrito (por enquanto também kkkk) Desculpem pelo cap gigante, mas estou com umas ideias e precisei colocar algumas coisas nesse cap para poder dar entrada nos novos acontecimentos e para não ficar confuso e nem tumultuar a história. Espero que gostem. Bjsss e até as NF.

Capítulo 17 - What You Like.


POV’S NATHANIEL ALUCARD:

(Nathaniel) Por que eu gosto de você.

Irina vacilou seu olhar por alguns instantes, mas logo tornou a me encarar, confusa e curiosa. Minha respiração passou a ficar irregular e percebi que a sua estava do mesmo jeito.

O ar no quarto pareceu ficar mais quente e ao mesmo tempo mais frio, apenas nossos corpos próximos um do outro e nossos olhares se cruzando, se encarando com tanta intensidade que mais uma vez tive a sensação de que o verde dos olhos dela e o dourado dos meus estavam se fundindo.

Desci o olhar para os seus lábios, que estavam entreabertos, por onde ela respirava com dificuldade e pensei em me aproximar, mas resolvi parar pelo caminho, com medo da sua reação. Com nossos narizes quase se tocando e os poucos centímetros agonizantes separando nossos corpos.

(Irina) Por que eu deveria confiar em você?- Sussurrou. Voltei a encarar seus olhos e suspirei.

(Nathaniel) Por que mesmo depois dos seus foras, insultos, brigas, eu estou aqui por você. Eu não desisti de você.

Irina arregalou levemente os olhos e abaixou o olhar suspirando e murmurando em russo.

(Irina) Você deve estar apenas confuso e...

Não esperei ela terminar e tomei seu rosto com as mãos selando nossos lábios em um selinho suave e terno, deixando meus lábios se encaixarem perfeitamente nos seus. Irina tentou puxar minhas mãos e se afastar.

Mas se eu deixa-la ir agora... Talvez não possa ter mais chances de me declarar.

Comecei a movimentar meus lábios, os deixando dançar com os seus e aos poucos suas forças para me impedir foram embora a fazendo retribuir meu beijo, um beijo terno e lento. Minhas mãos desceram pela lateral do seu corpo e a puxei quebrando a distancia entre nossos corpos. Suas mãos foram para meus ombros e nuca, tomando mais cautela na região ferida do meu ombro.

Essa mulher...

Seu corpo, olhar, beijo, até mesmo suas pequenas ações me deixa completamente perdido... E nunca gostei tanto dessa sensação.

Como ela mesma disse, ela é um mistério... Um que me dedicarei a desvendar. Pista por pista, pedaço por pedaço.

O beijo foi ficando mais rápido, nossos lábios mal se separavam e já estavam juntos novamente em pura sincronia.

Nossos beijos se alternavam entre beijos com selinhos suaves e ternos a beijos vorazes e sedentos por mais toques. Nossos corpos se esfregando pedindo por mais e ao mesmo tempo para ir com calma.

(Nathaniel) Eu vou esperar por você. – Sussurrei, separando nossos lábios. – Até você confiar em mim.

(Irina) E quando eu confiar completamente em você? – Desceu as mãos pelos meus ombros.

(Nathaniel) Então eu vou me certificar de jamais trair sua confiança.

(Henry) Senhor! Temos sérios... Oh me Desculpe. – Abriu a porta com tudo fazendo Irina quase parar do outro lado do quarto, assustada. Encarei Henry. – D-D-Desculpe senhor, não sabia que estava acompanhado. – Abaixou o olhar.

(Nathaniel) Henry... – Passei as mãos pelos cabelos. – Você precisa parar de aparecer em momentos assim. O que houve?

(Henry) P-Perdão. – Observei de canto de olho, Irina entrar no closet do quarto. – Acontece que...

(Nathaniel) Seu salario já está diminuído, mas vou diminuir mais ainda. – Henry arregalou os olhos.

(Henry) Mas senhor...

(Nathaniel) Já é a segunda vez que você faz isso. – Falei, indignado, estou muito indignado. – E ainda por cima não prestou respeito à Primeira-Dama.

(Henry) Primeira-dama?...

(Nathaniel) Sim. Pelo jeito vou faturar muito esse mês. Com o seu salário e o de Kentin reduzidos mais pela metade.

(Henry) C-Como?

(Kentin) Nathaniel. – Outro que não sabe bater.

(Nathaniel) Vocês têm que aprend...

(Kentin) São os sérvios. – Minha frase morreu. Olhei para Kentin confuso.

(Nathaniel) Como assim os Sérvios? Por que não me disse desde o inicio. – Encarei tanto Henry como Kentin, sério.

(Henry) O senhor não me deixou dizer...

(Kentin) Castiel está no seu escritório. Ele exige uma reunião.

(Nathaniel) Oras. – Ri seco. – Ele que exija. Mande o expulsarem de lá.

(Kentin) Ele foi com seu arsenal. É o dobro de homens que temos no escritório atualmente. E ele disse que se você não vier, ele vai espalhar sobre a aliança.

(Nathaniel) Certo. – Ri pegando minha camisa sobre a cama. – Ele acha que pode me ameaçar com isso? Castiel é alguém que precisa ser eliminado logo, já está começando a deixar de ser engraçado.

(Kentin) Já liguei para Neythan e... – Kentin parou de falar quando Irina saiu do closet, com um vestido de regata curto, secando os cabelos. Kentin logo se curvou e Henry repetiu o ato dele.

(Irina) Podem continuar a conversa. – Passou por nós, aceitando o comprimento dos demais.

(Nathaniel) Mande alguns dos homens que não estão de plantão para lá e prepare meu carro. Já estarei descendo.

(Kentin) Sim senhor.

Dispensei os dois e tratei de fechar a porta. Me virei para Irina, que estava arrumando seu cabelo no espelho.

(Nathaniel) Vou sair por um tempo. Não sei quanto tempo vai levar. – Me aproximei enquanto terminava de vestir a camisa.

(Irina) Eu escutei. – Suspirou. Abri um sorriso de canto.

(Nathaniel) Está decepcionada por que não vou mais ficar com você? – Irina virou para me encarar e por um segundo eu jurei que o secador ia ser arremessado em mim.

(Irina) Você é uma pessoa muito confiante não é Alucard?

(Nathaniel) Eu tento. Ah, essa situação com Castiel surgiu no momento certo. Não terei que me preocupar mais. – Me sentei na cama calçando os tênis.

(Irina) Não deixe os tênis debaixo da cama desse jeito. – Advertiu.

(Nathaniel) Já está agindo como uma esposa.

(Irina) Uma esposa temporária de um mafioso.

(Nathaniel) Mas ainda é uma esposa. Eu estava falando serio sobre aquilo. - A olhei. Irina suspirou e se virou me encarando. – Estou disposto a tentar tudo o que for possível. – Me aproximei do seu corpo com cautela. – Para ter você. Mas você precisa estar disposta a me dar uma chance também.

(Irina) Me responda uma coisa Alucard. – Estreitou os olhos, da mesma forma como ela está com alguém na mira de sua arma.

Agora ela assumiu o controle da situação.

(Nathaniel) Pode perguntar. – Sorri de lado tentando amenizar a intensidade do seu olhar.

(Irina) Você quer apenas meu corpo? Não se interessa por mim, de verdade?

Está aí uma Irina que eu nunca imaginei ver.

Frágil, indecisa e delicada. Assim que fez a pergunta, seu olhar se tornou outro, totalmente diferente de como ela me olhava antes ou de quando faz seu trabalho. Um olhar receoso, triste. Até mesmo sua voz denunciou o quão constrangida e sensível ela estava sobre esse assunto.

Ela é uma mulher forte, forte demais para alguém de apenas 22 anos. Além de forte tanto fisicamente como psicologicamente, ela também é inteligente, independente e talentosa. Puta merda estou na frente da melhor atiradora da geração entre tantas outras pessoas talentosas. Ela sabe dominar qualquer situação, sabe se fechar para assuntos que não dizem respeito ao seu trabalho e família. É altamente competente e sabe seduzir alguém sem ao menos perceber.

Irina é a personificação da sensualidade.

Mas ela também tem seu lado “fraco”. Vir de uma família criminosa não é fácil, não importa de qual país ou qual o ramo dela, nem o quanto ela possa parecer feliz e unida, sempre será difícil.

 Principalmente de uma máfia como a russa, como sua matriarca mesmo disse, “As mulheres Jelavics tem seu senso apoderado” é algo que se necessita ter, com tantos golpes e pressão por cima das mulheres dessa família, ser forte não é mais que a obrigação delas, para suportar tudo isso.

Imagino o quão difícil deve ser para ela. O quanto de caras já não devem ter usado dos mais clichês aos mais ousados métodos de chegar até ela, de chegar até sua família, ao seu corpo. Por isso ela se manteve virgem por tanto tempo.

Me sinto um  completo idiota por não ter percebido meus sentimentos por ela antes.

Percebendo meu silencio, Irina abaixou os olhos pronta para tomar sua postura “inabalável”.

(Nathaniel) Eu não vou mentir. Eu quero o seu corpo.

(Irina) Há. – Riu com escarnio. – Acredite. – Me olhou mais uma vez, como se estivesse mirando em mim com uma metralhadora carregada. – Eu fiquei com um pouco de esperança de que sua... Sua declaração fosse sincera. – Ri fraco. - Isso é engraçado para você?

(Nathaniel) Me deixe terminar. Eu quero sim o seu corpo...

(Irina) Você é um can...

(Nathaniel) Mas depois de conquistar seu coração. – Irina pareceu se esquecer do que iria dizer. – Eu quero ser o primeiro homem que vai dormir com você. Mas eu também quero ser aquele no qual você confia, acredita e acima de tudo, aquele que você ama. Da mesma maneira como eu me sinto por você.

(Irina) Você... – Engoliu em seco.

(Nathaniel) Amor é algo que os casais fazem quando já estão íntimos o suficiente. E é isso que quero que sejamos. Mesmo com toda essa bagunça ao nosso redor, eu quero que você e eu possamos viver em paz. Um com o outro.

(Irina) Você sabe tão pouco sobre mim...

 (Nathaniel) Eu gosto de você. – A frase pareceu a abalar mais uma vez. – Isso já é impulso o suficiente para querer estar com você. A prova maior disso é que eu ainda estou aqui, me explicando para você. Você também sabe pouco sobre mim, mas podemos mudar isso. Mas para isso eu preciso que você confie em mim também.

(Irina)... Isso é... – Passou as mãos pelos cabelos soltando o a, para logo me encarar. – Não desperdice a minha confiança Alucard.

(Nathaniel) Eu não vou. – Passei a mão pelo seu rosto me aproximando, sentindo seu aroma.

(Irina) Você me deixa louca. No sentido literal da palavra. – Sussurrou me puxando lentamente para si.

(Nathaniel) Eu sei que deixo. Você causa o mesmo efeito em mim. – Subi depositando um beijo na sua clavícula e descendo espalhando mais beijos ao longo do seu pescoço. – E eu sei que também gosta de mim.

(Irina) Você é inacreditável. – Riu com ironia. Passei as mãos pela sua cintura colando seu corpo bruscamente no meu.

(Nathaniel) E você é minha. – A beijei.

Um beijo como se fosse o ultimo, descarregando todo o meu desejo, angustia e paixão disfarçada que sinto por essa mulher, desde o primeiro encontro em Moscou, o momento no jardim da Red House, na igreja até o momento de agora. De todas as vezes que podia tê-la, que podia ter livrando-a dessa carga que carrega, mas acabei deixando passar.

Não, nunca foi apenas uma noite com ela que eu queria, eu teria desistido, mas não desisti. É ela, sua aparência, personalidade, seu talento, sua capacidade e independência. É tudo isso o que eu quero.

Eu quero Irina por completo. Eu a amo por completo.

Correspondendo meu beijo amorena passou as mãos por minha nuca me puxando mais ainda para si, ela está fazendo o mesmo que eu, descarregando tudo o que sente em forma de carícias. Ambos tentando saciar nossas vontades com toques de pele e encontro entre nossos lábios.

Mas isso não é o suficiente, ambos também sabemos disso. Um beijo não vai ser o suficiente. Não ah nada nos impedindo.

Eu a quero.

Irina deu passos para trás, no que acabou derrubando nós dois na cama, assim que caímos subi por cima aprofundando mais os beijos passando com as mãos por suas coxas expostas e subindo para seu busto, suas mãos foram apressadas para os botões da minha camisa os tirando de forma desajeitada para logo passear com os dedos no meu peito e abdômen.

(Irina) Suas feridas... – Arfou olhando para meu ombro, cautelosa.

(Nathaniel) Elas aguentam.

Parei os beijos descendo para suas pernas subindo a barra do vestido até Irina o tirar por entre os braços.

Ah, ela e sua mania de não usar sutiã.

Abocanhei um dos seus seios, beijando e sugando seus mamilos já regidos e vermelhos, massageando-os e enchendo minhas mãos com os mesmo, Irina se contorcia e gemia baixo, passando as mãos por minha cabeça e impulsionando seu corpo de encontro com o meu fazendo nossos sexos se encontrarem, me deixando ainda mais excitado.

Parei as caricias sobre seus seios distribuindo beijos e chupões por sua barriga, até chegar à sua intimidade, ainda coberta pela calcinha, encharcada. Levantei meus olhos para Irina, pedindo sua permissão, a mesma me olhou corada e excitada e separou lentamente uma perna da outra, abrindo caminho para mim.

(Nathaniel) Se lembra, do que eu disse na reunião das MM’s? – Passeis os dedos delicadamente pela parte interna de suas coxas até sua calcinha.

(Irina) N-Não tenho certeza. – Arfou.

(Nathaniel) Eu disse que te despiria lentamente. – Puxei a barra de sua calcinha, deslizando a mesma devagar por suas pernas e a jogando para o lado.

Ah céus... É como imaginei.

(Nathaniel) Te faria gemer loucamente de prazer. – Me abaixei passando os dedos por seus lábios e pressionando seu clitóris, fazendo Irina gemer um pouco mais alto. – Molhadinha por mim I-ri-na.

(Irina) N-Não diga meu nome assim.

(Nathaniel) Por quê? Isso te deixa mais molhada? – Lambi seus lábios.

(Irina) M-Muito. – Gemeu baixo.

(Nathaniel) I-ri-na. – Passei um dos dedos pela sua entrada, o introduzindo devagar.

Irina fez uma careta de dor, que logo foi substituída por uma de puro prazer quando introduzi o dedo por completo. Conforme eu movimentava mais rápido, a russa contorcia suas costas fechando e abrindo os olhos gemendo com seu sotaque russo, ora puxando meus cabelos me fazendo enterrar a cabeça entre suas pernas ora abrindo mais as pernas e massageando seus seios.

Beijei seus lábios enquanto aumentava a velocidade das entocadas, seus gemidos aumentaram quando fiz pressão sobre seu clitóris com a língua. Irina puxava os lençóis da cama pouco se importando com o quão alto estava gemendo, rebolando seu quadril de encontro comigo sugando meus dedos que entravam e saiam de sua boceta molhada.

(Irina) A-A-Ah céus, i-isso é tão bom...

(Nathaniel) E você ainda não experimentou o melhor.

(Irina) Q-Quero oh experimentar...

Essa mulher vai me deixar mais louco do que já estou!

Suas pernas se contraíram e seu corpo se levantou. Irina soltou um alto gemido curvando seu corpo, gozando na minha mão, sua primeira goza. Quando retirei o dedo, a russa pareceu afundar sobre o colchão, ofegante e arfante, me levantei desabotoando a calça e logo subindo beijando-a.

(Kentin) NATHANIEL. – Bateu na porta.

Pelo menos agora ele aprendeu a bater.

(Nathaniel) Ignora. – Sussurrei no seu ouvido.

(Kentin) Nathaniel! Castiel está louco.

(Irina) Você precisa ir.

(Nathaniel) Certo. – Me levantei contra minha vontade. – Estamos indo rápido demais.

(Irina) S-Seu braço parece estar melhor. – Ela diz começando a se cobrir com o lençol.

(Nathaniel) Vou tirar isso em breve. Você vai ficar bem aqui sozinha? – Depositei um  selinho terno nos seus lábios.

(Irina) Nós dois sabemos que eu vou.

(Nathaniel) Você fez uma bagunça muito grande para o primeiro dia. – Sorri olhando para seu corpo entre os lençóis.

(Irina) Apenas vá. – Me olhou enquanto eu me vestia novamente. – Foi ótimo.

(Nathaniel) Isso foi apenas um aquecimento. – Dei um sorriso malicioso. – O melhor ainda está por vir. E você foi maravilhosa. Não estou me segurando. – Apontei para o volume aparecendo pela calça. – Poderíamos continuar depois.

(Kentin) Nathaniel pelo amor de Deus, saia logo. Estarei te esperando lá embaixo, se não aparecer dentro de cinco minutos vou ir apenas com Neythan.

(Irina) Conversaremos depois. – Virou de costas me deixando admirar sua linda bunda nua.

(Nathaniel) Conversar? Com uma bunda dessas na minha cama, você quer que eu converse? –Ri.

(Irina) Você não seria você se não dissesse nada disso. – Para minha infelicidade, ela cobriu a bunda com o lençol.

(Nathaniel) Pelo menos agora, posso declarar minha relação com você. Casado.

(Irina) Castiel não vai parar com isso. – Se sentou na cama, para minha infelicidade, enrolada no lençol.

(Nathaniel) Se ele não se acalmar, eu o paro.

(Irina) Ele não é um homem burro. – Me olhou seria. – Tome cuidado.

(Nathaniel) Se preocupando comigo?

(Irina) Para quem eu daria uma chance se você morresse?

(Nathaniel) Eu não vou morrer. –Ri fraco.

(Irina) Ele está no seu escritório particular com homens aramados, cheio de ódio por você. Não acho que queira uma conversa pacifica.

(Nathaniel) Eu o mato antes que ele tente algo. Não espere por mim, não sei a que horas posso chegar.

(Irina) Certo...

(Nathaniel) Durma bem sem mim aqui. – Me aproximei lhe dando um último beijo.

(Irina) Como se eu não fosse fazer isso. – A escutei quase berrar antes de fechar a porta do quarto.

Agora nosso quarto.

Descendo as escadas me encontrei com alguns seguranças em fila e Kentin conversando com um Neythan sonolento.

(Kentin) Finalmente. – Falou quando me avistou. – Achei que sairia apenas daqui a dois anos.

(Neythan) Por que demorou tanto?

(Nathaniel) Tive alguns assuntos para resolver.

(Henry) C-Chefe. – Deu um passo a frente.

(Nathaniel) Sim?

(Henry) Sua blusa... – Olhei para minha camisa, vendo que a mesma tinha dois botões faltando e estava toda amarrotada. – E seu cabelo... – Passei as mãos pelos fios os ajeitando.

(Neythan) Sabemos agora que tipo de assunto estava resolvendo. – Deu a volta indo na direção da saída.

(Nathaniel) A onde está a siciliana para melhorar seu humor Neythan? – Brinquei. – Oh certo ela estava te traindo.

(Kentin) Oh.

(Neythan) Filho de uma...

(Nathaniel) Temos a mesma mãe.

(Kentin) Vamos indo logo.

Passamos pelo hall de entrada indo até a saída da casa, onde mais seguranças estavam parados atrás das fileiras de carros, Neythan e eu fomos no segundo carro com alguns, enquanto Kentin e os demais, inclusive Leigh e Lucas iam com os outros.

Alguns minutos depois chegamos ao prédio sobre meu domínio, já podia ver alguns homens de Castiel tentando passar pelos que estavam guardando a entrada no local e logo atrás deles, estava Castiel de braços cruzados e sobre carregando o peso na sua perna boa e do seu lado, seu vice e conselheiro, Lysandre.

(Nathaniel) Quatro da manhã é um horário muito incomum para se escolher perturbar a paz alheia não acha? – Falei saindo do carro. Castiel se virou me encarando, com seu costumeiro olhar assassino, que me fez lembrar de Irina.

Mais um motivo para eu insulta-lo ainda mais.

(Nathaniel) Além de ter a ousadia de pisar no meu território, ainda atrapalhou um momento ótimo. – Me aproximei.

(Castiel) Você se acha alguém intocável não acha Nathaniel? – Se aproximou rapidamente, fazendo meus seguranças virem na nossa direção, mas os parei com um aceno de mão.

(Nathaniel) Deve haver um motivo para eu me sentir assim, certo? . – Provoquei.

(Lysandre) Viemos tratar de assuntos de interesse de ambos. – Tomou a frente.

(Neythan) E do que seria? – Fez o mesmo.

(Lysandre) Poderíamos conversar em um local menos tumultuado.

(Castiel) Abra caminho. – Apontou para a barreira de seguranças que estavam na entrada do prédio. Trinquei os dentes observando sua postura.

(Nathaniel) Eu não deixei você entrar no meu país e acha que vou deixar você entrar no meu escritório? Você precisa saber qual é o seu lugar Castiel, ou vai precisar perder a outra perna para isso?

(Castiel) Como você ousa! – Tentou socar meu rosto, mas desviei a tempo para o lado da sua prótese. Castiel tentou se apoiar na “perna”, mas quase perdeu o equilíbrio. Meus homens sacaram suas armas e os sérvios fizeram o mesmo.

(Neythan) Você está em território Albanês Castiel. Tem que seguir as regras do líder do local.

(Kentin) E ainda tentou agredir nosso líder. – Sacou sua arma a apontando para Castiel, Lysandre fez o mesmo movimento, mas apontando para mim. – Se te matarmos agora, seria por legitima defesa.

(Nathaniel) Estamos em maior número. – Peguei a arma de um dos meus homens brincando com ela entre as mãos. – Saia antes que seja tarde demais.

(Castiel) Você não vai ter a proteção deles logo mais. – Me encarou serio.

(Nathaniel) Os russos? Eu não preciso da proteção deles, você sabe muito bem que não.

(Castiel) Sabe que os Chineses, Sicilianos e principalmente a Yakuza e a máfia Italiana não ficaram felizes com essa sua...

(Nathaniel) Aliança? – O interrompi. – Você apareceu em ótima hora Castiel. Eu posso anunciar livremente meu acordo com os Russos, o quanto estou lucrando com isso, tanto financeiramente como em outros termos.

(Castiel) Você será dizimado.

(Nathaniel) Eu sou casado Castiel. – O ruivo estreitou os olhos. – Com uma das filhas de Karma, Irina Jelavic.

(Lysandre) A da festa. – Balbuciou. Pude escutar Castiel xingando em sérvio baixinho.

(Nathaniel) Exatamente. Acha mesmo que alguém tentaria algo contra o genro de Karma? Ou melhor, contra sua filha? E isso é mais que uma razão para estarmos aliados dessa forma.

(Castiel) Eu não estou trabalhando mais com os Sicilianos. – Anunciou. – Se eu for te destruir, farei isso com minhas próprias forças.

(Nathaniel) Valerie está pegando no seu pé mais uma vez? Precisa vingar sua irmã prodígio para conseguir algum reconhecimento mais uma vez?

(Lysandre) Já chega! Não iremos aceitar esse tipo de insulto, mesmo com sua atual situação. – Abaixou a arma.

(Neythan) Nós também não iremos tolerar esse tipo de comportamento. – Tanto os meus, como os homens Zemuns abaixaram suas armas.

(Kentin) A próxima ameaça será levada a serio.

(Nathaniel) Você tem exatas 12 horas para sair da Albânia e não chegará perto da Alemanha nem da Grécia. Se você for pego nos meus domínios, terá que pagar um valor não muito barato.

(Castiel) Essa nossa conversa ainda não acabou.

(Neythan) Você precisa se casar logo Castiel, a idade está lhe deixando cada vez mais insuportável.

(Lysandre) E você deveria revisar bem com quem se envolve. Manter relações com uma Siciliana inimiga é considerado uma traição, por que vocês. – Olhou ao redor. – Que são tão extremos em relação a isso não o castigaram? – Neythan enrijeceu.

(Kentin) Deixe que nossos assuntos, resolvemos nós, já vocês, deveriam estar mais preocupados em pegar o próximo voo para longe daqui não? Nada de usarem da marinha.

(Castiel) Iremos, mas saiba Nathaniel, sua hora está mais próxima do que imagina. – Sorriu.

Castiel, Lysandre e os demais entraram em seus carros e saíram da minha vista ao se misturarem na rodovia principal. Dispensei metade dos homens para segui-los e monitorar seus passos e saída do país.

(Kentin) Vamos? – Me virei para Neythan.

(Nathaniel) Tenho que pegar algo no meu escritório. E você venha comigo. – Apontei para meu irmão mais novo

(Kentin) Certo. Esperaremos aqui.

Entrei no prédio seguido de Neythan e dois seguranças, subi para o último andar e entrei na minha sala indo até a mesa perto da parede de vidro, abrindo o cofre escondido na mesma.

(Neythan) O anel da mamãe? – Perguntou quando coloquei o conteúdo do cofre sobre a mesa, os dois anéis carregando o símbolo da máfia Albanesa.

Dois anéis banhados a prata com um tigre branco entalhado na base com pedras de diamantes com os pequenos olhos destacados pelas esmeraldas, um maior e outro menor com o nome da família Alucard escrito na parte de dentro.

(Nathaniel) Com eles, fica claro qual família está no poder. – Observei os dois. – O da primeira-dama Albanesa e o do líder principal.

(Neythan) O que pretende fazer com eles?

(Nathaniel) Não é óbvio? Irei dar para sua primeira-dama e ficarei com o outro.

(Neythan) Ela vai mesmo estar no comando de tudo agora?

(Nathaniel) Claro. E você deve ser mais cuidadoso com Irina, vocês podem ser cunhada e cunhado agora, terem a mesma idade, mas ela está em uma posição que exige todo respeito possível. Não só por ela ser uma das duas mulheres supremas da máfia Albanesa, como por também ser uma das mulheres supremas da máfia Russa.

(Neythan) Sabe que a nossa mãe vai começar a pegar não só o pé dela, como no seu também, para terem herdeiros.

(Nathaniel) Ela não vai exagerar. – Suspirei me lembrando do tempo estimado para o fim do casamento. É real, porém temporário.

(Neythan) Não vai? Ela já está fazendo isso. Quando Leigh e eu fomos te chamar no seu quarto, ela apareceu feito uma ninja das escadas e nos puxou para longe, dizendo para não atrapalharmos a fabricação do herdeiro.

(Nathaniel) Ester. – Coloquei o rosto entre as mãos pensando na paranoia da matriarca. Para uma Ex-psicóloga ela não está batendo muito bem.

(Neythan) Se vocês não tiverem um filho logo, em menos de um mês ela vai surtar e começar a te ameaçar.

Não sei qual assunto me assusta mais, minha mãe louca ameaçando se jogar da torre Eiffel se eu não lhe der um neto, ou a própria ideia de ter filhos. Não que eu não queira, quem sabe, em um futuro ou mais para frente, ter algum filho com Irina. Mas mesmo sendo obrigação minha e dela darmos herdeiros de sangue a máfia como líderes principais, esse é o pior ambiente para se criar uma criança.

Em meio a tanta matança, lutas por poder, desejo de vingança vindo de todos os lados, torturas, tráfico de drogas entre milhares de atividade ilegais, fica quase impossível se imaginar criando uma criança psicologicamente saudável. Ainda mais com os pais já tendo derramado mais sangue do que sequer podem lembrar e envolvidos até o pescoço com tudo de ruim ao redor.

E esse não é um estilo de vida que se pode largar de um dia para outro, mesmo que se passem anos, a máfia sempre permanecerá no sangue e na mente. Essa criança cresceria correndo tantos riscos, podendo sofrer uma perda a cada hora do dia que se passa, podendo ficar sem os pais. Mesmo nascendo para exercer um cargo de “prestigio”, ela ainda sofreria muito.

Assim como eu sofri, meu pai, Neythan, Ambre, Kentin, Irina, assim como todos que nasceram e cresceram nesse meio.

Mas mesmo assim, ainda há pequenas chances, de se criar alguém de forma saudável nisso tudo, sei que tem, mas infelizmente não me passaram esses métodos. De qualquer forma não posso faltar com minha obrigação, não só para o comando continuar na família Alucard, mas para também a proteger.

(Nathaniel) Sobre isso conversaremos depois. Agora. – O olhei serio. – Vamos falar da sua traição.

(Neythan) Não me diga que você foi influenciado pelo o que ele disse?

(Nathaniel) Não. Eu já pensava nisso a um tempo. Você cometeu traição, dormiu com uma inimiga, uma pertencente ao grupo no qual estamos travando uma batalha de vida e morte. Na qual a vida não é uma opção.

(Neythan) Foi por causa das informações, e ela vinha até mim, mesmo que eu a afastasse.

(Nathaniel) Você já parou para pensar que pode ter engravidado uma Siciliana, uma pessoa do local que você mais odeia.

(Neythan) Eu não engravidei Renesme. – Falou pensativo.

(Nathaniel) Você pode me dar à certeza?

(Neythan) Eu...

(Nathaniel) Pode me dar à certeza disso Neythan?

(Neythan) Não. Eu não tenho certeza disso. Fizemos algumas vezes sem preservativo, mas não acho que ela possa ter engravidado com isso.

(Nathaniel) Você não conhece o funcionamento do corpo de uma mulher Neythan. E o fato dela vir atrás de você não justifica suas ações, se Irina vier na sua direção com uma arma, vai deixar ela atirar em você?

(Neythan) Que? Não.

(Nathaniel) Então por que a deixou avançar tanto? – Neythan mordeu os lábios, irritado. – Me responda Neythan.

(Neythan) Ela era uma M estrema.

(Nathaniel) Ah Neythan. – Me joguei sobre a poltrona. – Serio isso? Sabe quantas mulheres masoquistas existem por ai? E foi ficar logo com ela?

(Neythan) Você sabe muito bem que as “normais” não aguentariam meu ritmo.

Aí está o Neythan por detrás da sua mascara de durão. Meu irmão é um completo sadomasoquista desde seus 15 anos. Na verdade ele sempre demonstrou ser mais apelativo para esse tipo de coisa, apenas eu e nossa mãe, e agora Renesme, sabemos dessa sua “preferência”. Mamãe quando descobriu tentou fazer de tudo para ele ir ver um psiquiatra ou psicólogo até mesmo um sexólogo, mas ele sempre recusou, se ele gosta das coisas dessa maneira, quem somos nós para dizer ou fazer algo.

(Nathaniel) Se ela aparecer gravida. Neythan eu te mato.

(Neythan) Mas ela não vai aparecer gravida.

(Nathaniel) Reze para que não. Agora aqui vai sua punição.

(Neythan) Que?

(Nathaniel) Somos o maior grupo de assassinos do mundo mafioso, temos os dez instrumentos de tortura mais temidos da terra e sabe muito bem o quanto odiamos pessoas que não dão valor a isso e acabam traindo nossa família. Você mesmo já matou vários por causa disso.

(Neythan) Você não iria me matar...

(Nathaniel) Por causa de sexo, não. Mas mesmo assim você manteve relações com uma inimiga, facilitando para ela nos espionar, e isso é tão grave quanto um Albanês se juntar a um Sérvio.

(Neythan) Nathaniel...

(Nathaniel) Renesme Entrecosto Saluja é prima de primeiro grau de Dimitry, filha do antigo vice-líder Siciliano, mas depois da morte dele ela foi adotada pelos pais de Dimitry, ou seja, ela é sua prima/meia-irmã. Entende a gravidade da situação?

(Neythan) Em certo caso sim mas...

(Nathaniel) Neythan Alucard, você está temporariamente suspenso das suas atividades e deveres como vice-líder, além de estar proibido de sair do país. Permanecerá assim até segunda hora. – Me levantei pegando os anéis e os colocando no bolso.

(Neythan) O QUE?

(Nathaniel) Vá para casa em segurança irmãozinho. – Sai do escritório.

[...]

Tomei todo o cuidado para não fazer barulho enquanto caminhava pelo quarto, retirei os tênis e a camisa enquanto a olhava, deitada na cama, agora vestia apenas uma camisola fina e os lençóis cobriam apenas suas pernas. Me aproximei da cama em silencio e segurei sua mão esquerda que estava sobre o meu travesseiro pegando o anel menor do meu bolso o colocando no seu terceiro dedo.

(Irina) O que está fazendo? – Sussurrou sem abrir os olhos.

(Nathaniel) Apenas algo para oficializar. – Terminei de encaixar o anel. Irina abriu os olhos encarando sua mão. – Pronto. Agora você é oficialmente a Primeira-Dama da máfia Albanesa e minha esposa. – Fiz uma pequena referência.

(Irina) O tigre. – Girou sua mão, olhando todos os detalhes do anel, a esmeralda dos olhos do tigre contratava com os dos seus olhos. – Ele é lindo. Me lembra um pouco os dos Russo, que minha mãe usava.

(Nathaniel) Pessoalmente, acho que você nasceu para usar esse anel. – Me deitei do outro lado da cama, Irina se virou para me encarar, fazendo nossos rostos ficarem a centímetros de distância um do outro. Tanto a sua como a minha respiração ficaram mais pesadas pela aproximação, tanto que não sabia qual coração estava batendo tão alto, o meu ou o dela.

(Irina) Vamos dormir na mesma cama? – Sua voz estava baixa, extremamente sensual.

(Nathaniel) A lei nos obriga a isso. Vou tentar me controlar. – Desci o olhar para seu corpo pouco coberto pela camisola. – Mas você está dificultando as coisas para mim.

(Irina) Você também não está tornando as coisas fáceis para mim. – Fixou o olhar no meu peitoral.

(Nathaniel) Estamos no verão por aqui, quanto menos roupa melhor.

(Irina) Essa é uma péssima ideia.

(Nathaniel) Temos algumas praias por perto, podemos ir para nos refrescar, adoraria ver você de biquíni. – E sem ele também.

(Irina) Quem sabe algum dia. O que Castiel queria?

(Nathaniel) Apenas seu mesmo papo de sempre. O que importa é que ele já sabe de tudo, então não vai tentar nada que a faça se preocupar.

(Irina) Assim espero. Boa noite Alucard. – Se virou de costas.

Aaaah, mas aí é que ela não está facilitando mesmo.

(Nathaniel) Vai mesmo dormir com sua bunda virada para?

(Irina) Vá dormir Alucard.

(Nathaniel) Por falar nisso. – Coloquei o meu anel. – Alucard agora é um dos seus sobrenomes. Agora estou confuso se está me chamando ou se chamando.

(Irina) Boa noite Alucard. – Se remexeu fazendo o lençol cair da parte da sua bunda.

Essa vai ser a noite mais difícil da minha vida.

POV’S IRINA JELAVIC:

(Rosa) Oh, eu acho esse lindo. – Falou folheando as fotos do Álbum de Ezarel.

(Ambre) Acho que esse ficaria muito bonito também.

(Ezarel) Esse realmente ficaria muito bonito, mas eu acho que um tom mais claro ficaria melhor ainda. – Falou passando as mãos pelo meu cabelo.

(Irina) Faz oito anos que eu não o corto. Apenas aparei as pontas. – Peguei uma mecha do cabelo. – Deixarei ele da cor natural mesmo.

(Ambre) Ezarel é quem cuida do meu cabelo e do da mamãe. Ele faz milagres com os fios. – Sorriu sacudindo seus cachos.

(Rosa) Ah, adoraria cortar o meu assim. – Mostrou uma foto para Ezarel.

(Ezarel) Com as pontas repicadas? Esse ficaria ótimo. E então Lady já decidiu qual vai fazer? – Colocou o álbum de fotos no meu colo. Fui direto para a penúltima página apontando para o corte que queria. – Esse?

(Irina) Sim.

(Ezarel) Uou. Ousado. Gostei.

(Ambre) Me deixa ver. – Se aproximou junto de Rosalya. – Esse? Vai cortar tudo isso?

(Rosa) Irina, seu cabelo não vai alcançar nem o ombro.

(Irina) E é exatamente isso o que eu quero. – me virei para o espelho do quarto. – Pode seguir em frente Ezarel.

(Ezarel) Vai continuar com a cor natural? – Sorriu pegando o pente e a tesoura.

(Irina) Vou. Tente preservar o máximo os fios cortados, vou precisar deles.

(Ezarel) Eu cuido do cabelo dos Alucards há vinte anos, e não irei fazer feio com a nova Primeira-Dama. – Piscou me ajudando a colocar minha cabeça no lavatório. Fechei os olhos sentindo as mãos de Ezarel massageando meus fios...

Isso me lembra das mãos dele passeando pelo meu corpo, principalmente pela minha área intima.

Ah céus o que foi aquilo?

Aquela sensação foi uma mistura louca de tudo de bom que existe, foi adrenalina, êxtase, euforia foi uma onda inacreditável de prazer. E isso por que ele não disse que o melhor estava por vir.

Apenas de lembrar meu corpo todo se agita.

Nathaniel Alucard ainda é um campo inexplorado para mim, mas me afastar dele, ou pelo menos tentar, não vai adiantar. Suas palavras e suas ações, não as de noite passada, mas sim as de antes, eu descobri, na noite em que conversamos no jardim da Red House que ele era mais que um boêmio.

Mas que ele seria realmente capaz de gostar de alguém, de verdade, isso eu não havia descoberto ainda. Normalmente sou boa para ler as pessoas, não tão bom quanto Melody, e quero acreditar que ele está me levando a serio, nós levando a serio. Quero acreditar que posso confiar nele, retribuir seus sentimentos, gostar e me entregar para ele.

Por que mesmo que eu negue, o maldito desse coração sempre bate mais forte quando vejo aquele Albanês.

(Ambre) Sabe, estou curiosa sobre muitas coisas sobre você Irina. – Falou me tirando do meu transe.

(Irina) Como o que? – Me levantei de novo quando Ezarel começou a pentear os fios.

(Ambre) Quando te conheci, jamais imaginei que você iria se casar com meu irmão, até porque ele estava noivo de Kim.

(Ezarel) Ah esse Nathaniel. Me lembre de marcar para cortar o cabelo dele também, faz meses que não o faço.

(Ambre) Lembrarei. E então Irina? O que levou você a se casar com ele?

(Irina) Bem... – Karma e vovó haviam me alertado para não espalhar o real motivo do casamento, isso seria como uma alavanca, para fazer os inimigos continuarem com os ataques. – Aconteceram algumas coisas...

Segurei o ar quando Ezarel começou a cortar a primeira mecha, bem abaixo da minha orelha. Quase lagrimejei quando a vi cair no chão, mamãe gostava de quando íris, Melody e eu deixávamos nossos cabelos compridos, por isso parei de cortá-los depois de alguns anos. Mas agora Melody precisa deles.

(Rosa) Já era. – Lamentou olhando para a mecha no chão, em seguida Ezarel continuou cortando uma a uma.

(Irina) Não tem como eu voltar atrás não é? – Murmurei. Ezarel riu e se aproximou do meu ouvido.

(Ezarel) Não lady, mas você não vai se arrepender das suas decisões.

[...]

Não está sendo estranho quanto eu imaginei que seria, acho que o cabelo assim combinou mais comigo. E dou graças a Deus por Ezarel ter dado mais brilho para os fios. O clima na Albânia está extremamente quente, manter o cabelo longo pioraria ainda mais a situação.

E ficar em uma cozinha com dois fornos ligados e varias mulheres na mesma não ajuda muito nisso. Mesmo a cozinha sendo enorme e espaçosa e ainda com o ar-condicionado ligado, eu não consigo tirar da cabeça a visão da neve caindo e do jardim congelado do inverno Russo.

(Ester) Isso mesmo, você é bem mais habilidosa do que eu imaginei. – Se esticou para olhar o que eu estava colocando na panela.

(Hellen) Você deve estranhar bastante a nossa comida, já que veio de um país tão distante. – Murmurou. Ao contrario das demais empregadas, a governanta tem bem mais entusiasmos e participação direta com a família. Ela parece ser bem mais “ativa” nessa família do que até mesmo minha madrasta.

(Irina) Tentarei me acostumar. Rosalya – Chamei à platinada, que estava sofrendo junto de Ambre para tentar cortar o frango. – Me dá isso aqui. – Tirei a faca das mãos de Rosalya começando a cortar o frango.

(Ester) Na nossa família temos o costume de fazermos tudo juntas. A comida, compras, tomada de decisões e até mesmo os assuntos mais triviais são melhores quando fazemos todas juntas.

(Ambre) Mamãe é paranoica com esse tipo de coisa. – Sussurrou para mim.

(Ester) Você vai se sentir do mesmo jeito que eu quando tiver uma filha. – Sorriu, apenas acenei com a cabeça.

(Hellen) Faz muito tempo que essa casa não tem crianças. – Crianças são má ideia, eu tenho uma pessoa como Nina na família sei bem do que estou falando. – Seria bom ter crianças de novo.

(Ambre) Vocês têm a mim, ainda sou uma criança. – Brincou indo até sua mãe.

(Hellen) Está no ponto. – Falou provando a mistura que eu estava fazendo a pouco.

(Rosa) Nem eu sabia que você era boa com comida.

(Ester) E isso me faz gostar dela ainda mais. Evie vá buscar algumas folhas de alface e tomate, por favor. – Pediu a uma das empregadas.

(Irina) Minha mãe havia me ensinado algumas coisas, o resto fui aprendendo com minha irmã mais velha.

(Ester) Isso é ótimo. Então você vai poder levar esse conhecimento para seus filhos. – Falou entusiasmada.

Mas o que é todo esse assunto sobre crianças?

(Hellen) Se bem que com Nathaniel elas não poderão aprender muita coisa. – O que está acontecendo?

(Rosa) Ah, ficou pronto. – Fui até um dos fornos, retirando com a ajuda das empregadas, uma forma de bolo. – Agora só falta decorar Ambre.

(Ambre) Tive uma ideia para acompanhamentos. Venha. – As duas, mais as três empregadas que restavam na cozinha saíram da mesma.

(Ester) Ambre se empolga rápido. Mas continuando...

(Nathaniel) O que estão fazendo? – Entrou na cozinha e assim que me viu, seus olhos se estreitaram no meu cabelo.

(Ester) Que bom que chegou filho, logo mais o almoço vai estar pronto. Ezarel fez um ótimo trabalho no cabelo de Irina não acha?

(Nathaniel) Fez sim. – Se aproximou de mim. – Está muito bonito. – Tocou as pontas dos fios. – Você os cortou para fazer aquilo?

(Irina) Sim.

(Ester) Aquilo?

(Nathaniel) Assunto pessoal mãe. Eu gostei, muito. – Sorriu.

Ah céus...

(Hellen) Ah, o pernil também está no ponto, foi abrir o outro forno.

(Nathaniel) O que estão fazendo? Parece que passou um furacão pela cozinha!– Olhou ao redor.

Coloquei os pedaços do frango na forma que Ester estava passando o molho e lavei as mãos me preparando para cortar os vegetais sobre a bancada.

(Ester) Era apenas sua irmã tentando atear fogo na casa.

(Nathaniel) Por favor, a proíbam de se aproximar daqui. – Foi até a geladeira pegando uma garrafa d’água.

(Hellen) Farei isso com certeza.

(Ester) A propósito, em qual é o dia mais frequente que a sua menstruação vem Irina? – Quase deixei a faca cair da minha mão, Hellen vacilou com a forma com o frango e escutei Alucard se engasgando com a água.

(Hellen) O senhor está bem? – Deixou a forma sobre a bancada e correu até ele, batendo nas suas costas.

(Nathaniel) E-E-Estou bem. – Tossiu. – Mãe, que porcaria de pergunta é essa?

(Ester) Como assim? É apenas uma pergunta normal não é? Alias, espero que vocês não tenham usado camisinha ontem.

.

.

.

Eu quero voltar para a Rússia.

Fixei meu olhar na parede de vidro da cozinha que dava para o jardim da mansão, sentindo meu rosto ficar cada vez mais vermelho.

(Nathaniel) M-Mãe. Por favor, não começa com seus enjoos. Por favor.

(Ester) Oras, mas isso é normal. Quero apenas me certificar que vocês possam ter filhos.

O que?

(Nathaniel) MÃE...

(Ester) Deixa de enjoo Nathaniel. Ela entende o que estou tentando fazer. – Não estou entendo não. – Até por que é a obrigação da Primeira-Dama dar filhos ao líder.

(Irina) Como? – Me virei, com o rosto corado, para encarar Ester.

(Hellen) Dona Ester...

(Nathaniel) Chega, você está deixando ela constrangida.

(Ester) Se esse foi o caso, me desculpe Irina, não foi minha intenção. – Sua voz parecia arrependida.

(Hellen) Eu preciso supervisionar os novos jardineiros. – Olhei de mim para Nathaniel e saiu da cozinha.

(Ester) Ah, eu preciso ligar para sua madrinha Nathaniel, ela ainda não sabe do casamento. Sorriu saindo também.

(Irina) Como assim eu tenho que te dar filhos? – Olhei Nathaniel incrédula. – Nada disso, ninguém me falou nada disso, não estava no contrato.

(Nathaniel) Eu sei, e não estava. Mas é uma obrigação das esposas dar um herdeiro aos líderes, foi assim com minha mãe, com a mãe de Castiel e com sua mãe também. – Guardou a garrafa na geladeira.

(Irina) Ah meu Deus. – Encarei o anel, que não tirei nem ao menos para tomar banho, que antes eu havia adorado, mas agora odeio. – Isso não é serio não é?

(Nathaniel) Somos casados. – Abriu um sorriso malicioso. - Não precisamos necessariamente ter filhos, mas podemos tentar.

(Irina) Niet, não iremos ter filhos. – Isso é um absurdo. – Voltei a cortar a cenoura, mas dessa vez quase fazendo com que a faca passe pela bancada.

(Nathaniel) Não ligue muito para as coisas que minha mãe falar sobre isso. – Seus braços me envolveram por trás e pude sentir seu hálito quente soprando no meu pescoço. Tentei não me arrepiar, mas foi inevitável. – Ela está ficando velha e desesperada por netos.

(Irina) Eu espero que ela não insista muito nisso. – Suspirei.

(Nathaniel) Eu gostei mesmo do seu novo corte. – Tirou as mechas do outro lado do pescoço, beijando a região. – Te deixou mais sexy. Amo mulheres de cabelo curto. Parece até que fez isso para mim.

(Irina) Se eu soubesse disso não o teria feito. – Nathaniel riu fazendo outra onda de arrepios passar pelo meu corpo.

(Nathaniel) Cruel. – Me afastou. Assim que seu corpo saiu de perto do meu, acabei soltando o ar que nem sabia que estava segurando. – Mas eu já havia feito a proposta para você ser a mãe dos meus herdeiros, podemos aproveitar a situação e matar dois pássaros com uma cajadada só.

(Irina) Recuso. Mandei alguns homens irem para a Rússia, entregar algo para mim.

(Nathaniel) Entregar a peruca para Melody? – Anui com a cabeça. – Eles tiveram algum problema em seguir suas ordens? Me avise para eu poder puni-los antes de você me cobrar a multa. – Riu.

(Irina) De início eles não me levaram muita a serio. Mas depois que viram o anel mudaram de postura rapidamente.

(Nathaniel) Apenas o anel? – Me olhou desconfiado.

(Irina) Viram o anel... E a arma que eu estava segurando.

(Nathaniel) Agora sim. Hellen deu a ideia e minha mãe aprovou no mesmo momento, de fazer uma cerimonio, um jantar não muito formal, para te apresentar a família e a todos os demais envolvidos conosco. Para evitar situações como essa. Mas faremos isso apenas se você quiser.

(Irina) Eu vejo isso depois.

(Nathaniel) Por falar nisso, acho que nunca gostei tanto do clima quente daqui. – O senti encarar minhas pernas. – Sou totalmente a favor de você usar esses shorts com mais frequência.

(Irina) Eu sinceramente, não sei da onde você tira tanta perversão. – Coloquei as cenouras picadas dentro do molho.

(Nathaniel) É sua culpa, e da sua bunda também, cada vez que eu a olho ela parece maior. – Nathaniel desferiu um tapa na minha bunda, quase me fazendo derrubar a faca. – Mais tarde deposito os 600 milhões por agressão.

Nathaniel ia saindo da cozinha, mas segurei a faca que estava usando e a arremessei na sua direção. Alucard parou de andar assustado, com a faca a poucos centímetros do seu rosto grudado na porta do armário.

(Nathaniel) V-V-Você que me matar? – Me olhou com os olhos arregalados. Caminhei até ele retirando a faca do armário.

(Irina) Faça algo desse tipo de novo. Não vai ser por cinco centímetros que vou errar. E os 600 milhões serão usados no seu enterro.

(Nathaniel) Agora eu voltei a ter medo de você.

(Irina) Isso é bom.

(Nathaniel) Podemos fazer bom uso dessa sua mira e vontade de me matar daqui a pouco.

(Irina) Você está realmente querendo que eu lhe mate não é? – Passei a ponta da faca pelo seu tronco.

(Nathaniel) Você não faria isso com seu marido querido. – Apertei a ponta bem no meio do seu peito.

(Irina) Eu já lhe cortei uma vez, posso muito bem fazer isso de novo.

(???) Senhora Ester eu peguei os...- A empregada que antes havia saído, voltou e quase gritou vendo o que eu estava fazendo com Nathaniel.

(Nathaniel) Então você está realmente trabalhando aqui. – Desviou de mim e ficou de frente para a mulher... Que mais parecia uma garota. A mesma abaixou o olhar. Se não me engano, Ester a chamou de Evie.

(Evie) Estou. Sua mãe está me ajudando no processo de recordação. Por favor, me deixe ficar aqui, pelo menos por enquanto. – Suplicou.

(Nathaniel) Por enquanto? Por acaso está planejando algo? – Tanto sua postura como sua voz estava serias, como se ele estivesse negociando com uma máfia inimiga. – Assim que se lembrou de onde veio, será mandada para lá.

(Evie) Eu sei disso.

(Nathaniel) Espero não estar colocando um bode expiatório na minha casa, qualquer coisa suspeita que você fizer vai acabar na sua morte.

(Hellen) Ah Evie. Ótimo trouxe o que eu precisava. – Pegou os ingredientes das mãos de Evie e os organizou sobre a mesa de canto. – Preciso que você lave e corte os aqueles pedaços de carne, temos que alimentar os homens também.

(Evie) Sim senhora. – Caminhou até a mesa que Hellen estava.

(Hellen) Senhora Alucard, o que está fazendo com essa faca? – Demorei alguns segundos para perceber que a ‘senhora Alucard’ era eu, e coloquei a faca na pia. – Elas ainda não voltaram com as coisas para o bolo?

(Irina) Ainda não. – Comentei, olhando confusa para Nathaniel.

Por que toda essa preocupação com as ações da garota?

(Nathaniel) Te explico depois. – Ele murmurou para mim, como se tivesse lido meus pensamentos. – Ambre que fez esse bolo?

(Hellen) Sim.

(Nathaniel) Joga fora, deve tá estragado já.

(Irina) Rosalya fez com ela.

(Nathaniel) Então deve estar estragado com pimenta de recheio. – Brincou.

(Hellen) Se estiver ruim, iremos aguentar e apenas dizer que estava bom, sua irmã se esforçou para fazer isso. – Pegou a lata de chantilly, colocando pela lateral do bolo.

(Nathaniel) Imagino o esforço dela. – Alucard sorriu e passou um dos dedos pelo chantilly.

(Hellen) Não faça isso. Vai estragar a decoração. – Hellen reclamou.

(Nathaniel) Não se preocupe meus dedos não estragam. – Colocou o dedo na boca chupando o chantilly, me encarando. – Na verdade eles melhoram as coisas, não é I-ri-na.

Esse homem...

. HONG KONG – CHINA.

POV’S LYNN:

(Li) AAAARRR. – Berrou enquanto jogava tudo que estava sobre a prateleira e cômoda do meu quero, no chão. – SUA INÚTIL. DEVERIA TER APENAS A MATADO DE VEZ.

(Lynn) Eu tentei. EU JURO QUE TENTEI. – Olhei chorosa, para todos os vasos que eu gostava de colecionar, quebrados em mil pedaços no chão.

(Li) Você treinou anos. – Passou as mãos pelos cabelos. – Treinou tanto, com o único intuito de mata-los. E quando teve a oportunidade, falhou miseravelmente.

(Lynn) Assim como eu treinei. Eles também melhoraram, não passou pela sua cabeça o quão eles podem ter evoluído nesses oito anos.

(Li) Mas você está mais preparada.

(Lynn) MÃE! Eles são quatro, e eu sou apenas uma. Íris é uma das melhores hackers da Ásia e da Europa. Melody é uma agente chegando quase ao perfeccionismo, quanta informação e dados ela consegue em menos de minutos, simplesmente estando no local? E sem falar em Viktor, um assassino, um dos melhores de Karma, Irina é a melhor atiradora do século XXI, quantos homens dos nossos ela não derrubou para chegar a onde está?

(Li) Justamente. Você precisa acabar com cada um deles.

(Lynn) Como? Como você quer acabar com pessoas assim? Eles são mais velhos, mais habilidosos e...

(Li) CHEGA. – Levantou a mão me dando um tapa. – EU NÃO QUERO UMA PESSOA COM O MESMO SANGUE QUE EU SE DEPLORANDO DESSA MANEIRA.

(Lynn) Eles também têm o mesmo sangue que você.

(Li) Calada. Você quase foi morta por Irina. Foi vergonhoso e ainda por cima se deixou ser pega, garota você faz ideia da besteira que fez? Você por acaso se esqueceu do que os Russos fizeram para nós? Do que Meredy e Karma trouxeram para nossa família?

(Lynn) Não foram eles. – Soltei.

(Li) O que?

(Lynn) Eu sei que não foram eles que mataram meus tios, muito menos o vovô. – A encarei. – Você os matou, matou todos eles e ainda armou para minha tia. Você é a verdadeira culpada, tudo isso pelo poder. Você matou o seu pai, seus irmãos...

(Li) E o que vai fazer com isso? – debochou. – Vai contar ao seu tio? Que já está a beira da morte?

(Lynn) Por que você o está matando.

(Li) Ninguém vai acreditar em uma filha bastarda, fracassada e que nunca. – Aproximou seu rosto do meu. – Nunca conseguiu ser reconhecida.

(Lynn) Assim como você era. Você não era filha do vovô, apenas da vovó. Ele “cuidou” de você por pedido dos meus tios, tios os quais você matou. Ninguém ligava para você, sempre fracassou nas poucas chances que lhe eram dadas, você era como eu. Não, era pior. Ainda é.

(Li) E você é pior que lixo, nasceu em berço de ouro, e mesmo assim não consegue progredir, eu ao menos cheguei a um lugar, eu vou ser a líder chinesa e quanto a você? Será morta pelos seus primos, pelos filhos da mulher que você tanto admirava.

Li saiu do quarto batendo a porta. Me joguei no chão chorando, olhando para todos os meus pertences espalhados e quebrados no chão, o vaso especial que vovó havia me dado, a boneca de cristal que uma das minhas tias tinha me dado, e o enfeite de cabelo de vidro que tia Meredy tinha me dado.

Todos quebrados.

Eu espero muito que Irina tenha entendido que eu não queria mata-la de verdade. Eu preciso de ajuda, duvido muito que Karma vá me ajudar, mas meus primos podem persuadi-lo. Eu preciso sair daqui, preciso parar com isso, com essa vida.

Não era para nada disso acontecer. Estava tão bom como era antes:

Pulei de uma cama elástica para outra enquanto colocava a espada de madeira no braço de Íris.

(Lynn) Ahá. Íris está fora.

(Irina) Perdeu de novo íris. – Riu.

(Íris) Ah não! Ela está trapaceando. – Se sentou no meio da cama elástica com força, fazendo Irina perder o equilíbrio e cair.

(Melody) É você que é ruim mesmo Íris. – Pulou bem alto fazendo Íris cair deitada.

(Íris) Ah. Para.

(Lynn) Vamos mais uma rodada.

(Melody) Ah, mas agora eu estou com fome.

(Viktor) Eu escutei alguém falando sobre trapaça?

(Irina) Chegou atrasado Viktor.

(Tia) Eu achei que tinha mandado vocês entrarem. Está começando a ficar frio. – Veio até nós, segurando vários casacos.

(Melody) Queríamos brincar um pouco mais. – Desceu do pula-pula pegando íris no colo.

(Irina) E ainda não estamos cansados. – Teve um pouco de dificuldade em descer. Viktor me pegou no colo me colocando no chão. – Oh mãe, olha o Viktor!

(Viktor) O que eu fiz?

(Irina) Você não está me ajudando a descer seu idiota.

(Tia) Irina, não xingue seu irmão. – Viktor deu língua sorrindo. – Mesmo que ele mereça. – Seu sorriso morreu.

(Íris) Eu quero uma revanche. – Cruzou os braços, depois que tia Meredy vestiu o seu casaco.

(Melody) Eu quero uma contra você. – Apontou para Viktor.

(Viktor) Comigo não vai dar, por que certo alguém tacou a espada com toda a força no meu ombro. – Olhou para Irina.

(Tia) Revanche no que? Quem pula mais alto? – Veio até mim, vestindo o casaco em mim.

(Lynn) Não. Luta de espadas.

(Tia) Ah, eu sou muita boa nisso. – Entregou os casacos de Melody e Viktor.

(Lynn) Eu sou a melhor tia.

(Íris) Quero ver você ganhar da mamãe.

(Irina) Ela já derrotou um monte de homens com sua espada.

(Viktor) Ela também já me derrotou diversas vezes.

(Lynn) É verdade?

(Tia) Não quero me gabar. – Sorriu. – Mas eu sou mais que boa com as espadas. – Pegou as espadas de Irina e Íris. – Vou ensinar o jeito certo de empunhar uma espada.

Flashback Off.

(Lynn) E eu aprendi direitinho. – Sussurrei pegando as duas partes quebradas do enfeite. – Mas desaprendi depois que você se foi. – Funguei.

Eu preciso sair daqui

POV’S ARMIN FULLBUSTER:

(Armin) Você está completamente louca. – Bati a mão na mesa, olhando para Debrah, que reagiu com sua cara de cinismo de sempre.

(Debrah) Não entendo em que parte isso parece loucura?

(Rister) Exato, também não entendo. – Bocejou da ponta da mesa.

(Alexy) Com todo o respeito tio, mas toda essa ideia parece uma loucura.

(Armin) Tudo o que ela está fazendo, esta ideia maluca, não vai dar certo, vai apenas nós derrubar.

(Rister) Então me apresente ideias melhores. – Rangi os dentes vendo o sorriso de canto de minha meia-irmã. – Se está insatisfeito com a devoção ao serviço da irmã de vocês, então me mostre uma solução melhor. Um desempenho melhor.

(Debrah) Não sei como podem estar problematizando meu plano, se nem ao menos fazem o mínimo para ajudar a máfia Israelita.

(Alexy) Não fazemos isso, por que você com seus planos malucas tomam a frente.

(Armin) Tio, você só pode estar cego. Ela não vai nós levar para frente. Aliança com os chineses? Traição com os sérvios? Quebra de acordo com a Yakuza? Isso é ridículo.

(Debrah) São por causa disso que vocês não vão para frente. Não são uteis.

(Armin) Sua. – Alexy segurou no meu braço me repreendendo com o olhar.

(Alexy) Armin tem razão tio. Isso tudo é um absurdo. Como seremos uma máfia estável com todos esses ataques e tiros pela culatra?

(Debrah) Vocês apenas pensam em serem apenas mais um grupo. Precisam almejar mais que isso. Por que sermos apenas mais um, se podemos comandar tudo?

(Rister) É disso que estou falando. E com esse pensamento que os Russos chegaram a onde estão e foi com esse ideal que os Albaneses estão fazendo suas jogadas.

(Debrah) Exatamente isso. Os albaneses até mesmo ganharam uma nova Primeira-Dama para substituir a filha de Need. Soube que ela é a melhor atiradora a geração. – Me lançou um olhar vitorioso.

(Armin) O que? – Balbuciei.

(Debrah) Não viu o mensageiro? Nem a vídeo conferencia? Isso apenas prova que vocês não estão nem aí para nossos assuntos.

Vadia.

(Armin) Me diga logo Debrah.

(Debrah) Oras, ninguém pode mais fazer nada contra Nathaniel, se for referente a sua aliança com Karma, já que Nathaniel se casou com uma de suas filhas. Irina.

(Armin) Ele fez o que? Desgraçado...

(Dimitry) Que recepção formidável Rister Fullbuster. – Entrou na sala sorrindo e logo atrás dele estava uma mulher.

(Rister) Dimitry, chegou em boa hora. – Se levantou para receber o líder Siciliano. – E essa deve ser a moça que estava com os Albaneses, certo?

(Dimitry) Essa mesmo. Renesme passou algumas semanas com o vice-líder, Neythan.

(Debrah) Então Renesme, o que tem para nós?

(Renesme) Já contei tudo o que descobri para Dimitry, ele é capaz de falar. Ficar repetindo a mesma coisa é enjoativo. – Sorriu, fazendo Debrah ficar com uma cara azeda.

(Dimitry) Espero que eu possa faturar mais nisso do que espero.

(Debrah) Você vai Dimitry. Pode ter certeza disso. – Lhe deu um sorriso malicioso. Observei a garota se levantar com as mãos na boca e sair correndo da sala.

(Dimitry) A saúde dela não está das melhores.

(Rister) Enquanto ela estiver aqui, será bem tratada.

(Debrah) Agora vamos prosseguir com o principal.

Me levantei indo saindo da sala e escutei Alexy me seguir.

(Alexy) O que você vai fazer? – Segurou meu braço me parando.

(Armin) Aquele desgraçado está com a minha garota. E eu não vou deixar isso assim.

(Alexy) Armin você ficou mais louco que a Debrah? Está a fim de morrer? Lembra-se do último aviso que Nathaniel te deu.

(Armin) Que seja. Vou pegar o primeiro voo para a Albânia, se quiser me seguir venha, senão, fique calado sobre para onde eu fui.

(Renesme) Você vai para a Albânia? – Saiu de uma das outras salas. Seu olhar parecia desesperado, totalmente diferente de minutos atrás.  – Me leve com você.

[...]

POV’S IRINA JELAVIC:

Sinto que aos poucos estou me acostumando com o fuso horário da Albânia. Mas com certeza não estou me acostumando com a comida do local, é muito boa, mas é carregada demais, as pessoas daqui comem de uma em uma hora, esse seria um local perfeito para Melody morar.

Ontem a noite recebi um monte de mensagens dela, falando o quanto amou o que fiz por ela, e enviou vários vídeos com a peruca e fazendo palhaçada com Viktor e Íris, nem o senhor Karma escapou da sua euforia, até mesmo Dake apareceu em alguns vídeos. Ela está muito feliz. O que me deixa ainda mais receosa.

Já hoje pela manhã, Nathaniel tinha uma reunião com os líderes das demais famílias secundarias Albanesa e eu vim, para esclarecer logo nosso casamento. É melhor do que a festa esplendorosa que Ester estava planejando.

(Nathaniel) Eu fico observando você. – Falou chamando minha atenção da janela do carro para ele. Estávamos apenas nós dois, Neythan, Kentin e Leigh foram nos outros. – E quanto mais eu penso, menos sei o porquê de muitas coisas sobre você.

(Irina) Você é uma pessoa curiosa demais Alucard.

(Nathaniel) Me responda, por que seu sobrenome, Yamashiro, é japonês, sendo que sua família materna é chinesa?

(Irina) É serio que é sobre isso que você está curioso? – O encarei incrédula.

(Nathaniel) Também estou curioso sobre o porquê de você usar roupas curtas comigo por perto. – Puxei mais a barra do vestido para baixo. – Mas no momento, é isso que me veio a cabeça.

(Irina) Você...

(Nathaniel) Vai. – Passou para o banco que eu estava logo passando as mãos pelos fios cortados. – Me diz. E serio, amei muito seu cabelo.

(Irina) Uma informação em troca de outra.

(Nathaniel) Negociadora. Certo, me diz algo sobre você, que poucos sabem que faço o mesmo.

(Irina) Meu avô materno era chinês, mas minha avó, sua segunda esposa, não era. Ela era Japonesa. E minha mãe, assim como mais dois tios meus, pegou o Yamashiro do sobrenome dela junto do sobrenome do meu avô. E quando ela se casou com meu pia, ela nós deu o Yamashiro em homenagem a minha avó.

(Nathaniel) Ah, agora está explicado aquele Zhang Wi na certidão de nascimento. Irina Jelavic Yamashiro Zhang Wi Guren. Foi difícil, mas decorei seu nome completo.

(Irina) Pronunciou o Zhang Wi errado. – O olhei incrédula. – Zhang Wi e Guren são nomes de batismo, Guren é do meu pai.

(Nathaniel) Karma Guren Jelavic ou Karma Jelavic Guren.

(Irina) O segundo.

(Nathaniel) Entendi. Que nossos filhos não recebam todos esses sobrenomes.

(Irina) Seus filhos.

(Nathaniel) Minha proposta para te engravidar ainda está de pé, firme e forte.

(Irina) Fale logo Alucard. Não desvie do assunto.

(Nathaniel) Eu não sou o mais velho. Por parte de pai. – Deslizou os dedos pelos meus braços. – Tenho mais três irmãos, dois mais velhos e um mais novo que Neythan. Meu pai se casou outras vezes, mas minha mãe permaneceu como primeira-dama.

(Irina) Seu pai tinha mais de uma esposa?

(Nathaniel) Tinha. Nicolas Alucard era uma pessoa... Digamos... Estranha. Mas isso é bem normal, Need tinha duas esposas, porém apenas uma era a Primeira-Dama, assim como o líder mexicano e o da Yakuza.

(Irina) E você? Pretende ter mais de uma esposa?

(Nathaniel) Sua expressão está muito seria Irina. – Depositou um beijo no meu ombro exposto. – Não pretendo e nem quero. Estou muito satisfeita com a esposa que tenho.

Segurei para não arfar ou suspirar com sua frase, mas meu coração denunciou quão comovida eu estava fazendo Nathaniel soltar uma risada baixa.

(Irina) E seus irmãos? – Tentei mudar de assunto.

(Nathaniel) Bem, a garota uma dos mais velhos mora no exterior, o outro mais velho ainda atua na máfia, mas quase na mesma posição que Leigh, líder dos homens de algumas das minhas bases e galpões. Você vai encontra-lo nessa reunião. E o mais novo também mora no exterior, faz faculdade acho.

(Irina) Entendo.

(Nathaniel) Como sou filho legitimo e mais velho da Primeira-Dama oficial, eu herdei o cargo de líder principal.

(Irina) Por isso sua mãe parecia tão desesperada com o assunto de herdeiros.

(Nathaniel) É. Se esse meu irmão mais velho tiver um filho primeiro que eu, ele, ou melhor, o filho dele, ganha grandes chances de se tornar o próximo líder. Dando o comando para outra família.

(Irina) A algo parecido com os Jelavics. Vitoria filha de Viktor, é uma forte candidata, mas a escolha fica com a matriarca, meu pai e meu tio. Varia de máfia para máfia.

(Nathaniel) Então aquela menina era filha de Viktor?

(Irina) Era. Ela tem 4 anos, vai completar cinco em breve.

(Nathaniel) Quantos anos Viktor têm?

(Irina) 27.

(Nathaniel) Mais velho do que pensei. Qual a ordem de nascimento?

(Irina) Viktor com 27, Melody com 25, eu e então Íris de 18.

(Nathaniel) Íris tem a mesma idade de Ambre. Kentin não aparenta, mas vai completar 28 no final do ano e Leigh já tem trinta.

(Irina) Realmente não parece.

(Henry) Senhor, chegamos.

Paramos em frente ao prédio principal de Nathaniel. Henry abriu a porta para nós, desci primeiro seguida de Nathaniel, remexi no anel o limpando e Nathaniel passou um dos braços pelas minhas costas me conduzindo para dentro do prédio. Conforme íamos passando, as pessoas nos corredores e hall de entrada iam se curvando e outros levantavam suas armas em sinal de respeito.

(Nathaniel) Eu não sou Albanês de nascimento. – Sussurrou para mim. – O jogo continua.

(Irina) Não é Albanês? – Sussurrei de volta, enquanto entravamos no elevador seguidos de Henry e outros homens.

(Nathaniel) Neythan e eu nascemos na Alemanha, mas fomos registrados como nascidos na Albânia. Meus pais foram passear por lá, mas acabou de eu nascer lá e Neythan foi pro que estavam em uma viajem de negócios. Apenas Ambre nasceu mesmo na Albânia.

(Irina) Isso sim é uma curiosidade.

(Nathaniel) Apenas minha mãe, Kentin sabem disso atualmente. – Aproximou seus lábios do meu ouvido. – É nosso segredo agora. Sua vez.

(Irina) Eu... – Antes que eu pudesse terminar a fala a porta do elevador se abriu e fomos para dentro do seu escritório.

Vários homens e algumas mulheres estavam sentados e em pé, inclusive Kentin e Neythan, apenas nos aguardando. Os únicos lugares que não estavam vagos eram as duas poltronas de couro atrás da imensa mesa.

Alucard caminhou até uma das poltronas com a mão apoiada nas minhas costas, ele se sentou em uma e eu me sentei ao seu lado.

(Nathaniel) A nova Primeira-Dama da família principal Alucard e da máfia Albanesa, Irina Jelavic Alucard. – Ergueu minha mão com o anel. – Minha esposa e futura mãe dos próximos líderes.

(Neythan) Como Primeira-Dama, ela, juntamente da Matriarca, é a mulher absoluta dentro da nossa organização.

(Kentin) Todos os seus desejos, ordens e pedidos, dos mais simples aos mais brutais, devem ser atendidos como se fosse o do nosso próprio líder. Por ser tornar o símbolo feminino dos Albaneses e por ser aquela que carregara a linhagem Alucard da máfia, ela deve ser tratada com todo e merecido respeito.

(Nathaniel) Alguma objeção? – Soltou minha mão, depois de dar um beijo no dedo com o anel.

(???) Ela é uma russa certo? – Alguém do fundo disse.

(Irina) Qual o problema com isso?

(???) Como podemos misturar alguém da Eurásia com outro povo totalmente diferente?

(Irina) Bem. – Erguei minha mãe e Henry me entregou sua arma. – Se é com isso que está preocupado. Podemos resolver isso.

(Nathaniel) Se eu fosse vocês, não iria contra ela. – Sorriu. Retirei todas as balas da arma, deixando apenas uma.

(Irina) Se não irão me aceitar, podemos resolver isso com um jogo, o meu favorito. – Girei o cabo da arma e abri um sorriso de lado. – Roleta Russa.

...

 


Notas Finais




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