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História I Saved You - False


Escrita por: bcausehamavitti

Notas do Autor


VOOOOOOOOOOOOOOOOOLTEI! Gente, to bem triste com esse capítulo, sério. Eu ia postar no final de semana mas fiquei fora de casa e só escrevi esse capítulo hoje mas enfim, espero que gostem, amo vocês.

Capítulo 17 - False


Fanfic / Fanfiction I Saved You - False

POV Guilherme 

E a segunda finalmente chega... Eu odeio a segunda feira ou qualquer dia da semana que me force a ir para a escola, mas ir para a escola tem suas vantagens, lá tem meus amigos mesmo que eu seja meio anti social e quieto, gosto de estar com eles. Eu me sinto deslocado, talvez um pouco diferente, sei que eles gostam de mim do mesmo modo que gosto deles, eu já tentei ser igual mas a minha anti sociedade me ganhou e eu voltei a ser o bom e velho Guilherme. E como de costume, acordei atrasado. Olhei o celular, vendo que realmente, eu tinha me atrasado muito. Me levantei sem pressa, coloquei o uniforme e saí, vendo que meus pais já tinham saído. Eu estava muito fodido, se eu andar um pouquinho mais rápido talvez consiga pegar a primeira aula. Nem me preocupei em parar na praça para esperar Bella e Rafael, era tarde e provavelmente, eles já estavam na escola ou estão na metade do caminho. Coloquei meus fones de ouvido e ajeitei a mochila leve nas costas. Já falei que sou extremamente curioso? É um dos meus defeitos... Dizem que a curiosidade matou o gato mas a minha já me ajudou bastante e eu acho que essa vai ser mais uma das ocasiões que a minha tão gloriosa curiosidade irá me ajudar, já que vi Manoela e Felipe entrando num beco, o que me deixou muito curioso, pois sei que nenhum dos dois presta. Andei lentamente, tentando fazer o máximo de silêncio possível, parando no muro, tentando ouvir o que os dois falavam. 

-Então, vai ser hoje... - Manu falou. - Você atrasa a Isabella na sala de aula que enquanto isso, eu dou o meu jeito com Rafael. Você atrasa ela o máximo que você puder e sai. 

-Eu falo alguma coisa do Rafael, insinuo que talvez ele esteja com você. Pelo pouco que conheço da Bella, sei que ela vai ficar muito curiosa ou desconfiada. - Eles riram, fraco e quando deram sinal de que estavam saindo dali, eu saí correndo, completamente indignado. 
Conheço Rafael desde os meus 3 anos de idade, fomos criados juntos, nossas famílias são super amigas, é como se ele fosse meu irmão, e nesse tempo todo de amizade, eu nunca vi o tão feliz. O Rafael sempre foi uma pessoa incrivelmente iluminada, está sempre sorrindo, sempre muito feliz, fazendo bem aos outros sem querer nada em troca, e eu sou totalmente o oposto do meu melhor amigo, talvez seja por isso que nossa amizade tenha dado tão certo. E eu adoro a Bella, ela chegou toda quietinha e conquistou a todos, até a mim que sou difícil de conviver, já gosto dela, é como se ela fosse minha irmãzinha. Meus amigos estão tão felizes e eu não deixarei que esses dois acabem com essa felicidade, irei usar um pouco do meu bom senso e irei ajudá-los. Apressei o passo e por sorte, consegui entrar na escola, antes de observar Manu e Felipe chegando um pouco afastados um do outro, como se não se conhecessem. Revirei os olhos e passei as mãos pelo rosto, secando o suor que escorria nele devido ao nervoso. Corri até a sala da nossa classe e a abri, chamando a atenção dos alunos. O professor de Física me olhou e revirou os olhos. 

-Atrasado de novo, Hamacek? - Encolhi os ombros e ele bufou. - Entra, entra logo antes que eu mude de ideia. - Fechei a porta atrás de mim e corri para a minha mesa, que fica atrás de Rafael. Por milagre, ele estava super concentrado na aula, o que é uma coisa inesperada, já que ele está sempre dormindo, ou escrevendo algum poema, ou olhando pra janela, viajando completamente. Mas hoje, seus olhos estavam presos no quadro negro e acompanhava cada passo do professor, ele anotava cada palavra, quem não conhece o Vitti, hoje pensaria que ele é super estudioso. Bati levemente em seu ombro, sendo ignorado. Revirei os olhos e dei tapas mais fortes, fazendo com que ele virasse.

-Cara, eu preciso te contar uma coisa. - Falei e ele deu de ombros.

-Me conta depois, Gui. Eu preciso focar nessa aula, minhas notas caíram. Depois a gente conversa, mano. - Ele sussurrou e levou sua atenção para o caderno novamente. Abaixei a cabeça, frustrado mas a levantei rapidamente, quando tive uma ideia maravilhosa. Isabella. Peguei meu celular e mandei uma mensagem à ela, pedindo para que ela me encontrasse no corredor dos banheiros mas a frustração retornou quando recebi a seguinte mensagem: 

"Estou no meio de uma aula de Química, Gui. Eu tenho que prestar a atenção, depois conversamos, beijos."

O que deu nesses dois hoje? Todos os dias de aula eles dormem, não fazem nada e hoje, que eu estou com o instinto heroico, tentando salvar o namoro dos dois, eles decidem estudar? Agora é só rezar para que o plano deles dê certo, que o Rafael não vá para lugar nenhum com a Manoela ou que a Bella dê um soco no meio da cara do Felipe. Amém. 

POV Isabella 

Minha concentração estava toda no quadro negro, que continha milhares e indecifráveis fórmulas químicas, eu estava tentando mas química não entra na minha cabeça. Pra quê eu quero isso? Eu quero mesmo é dançar... Isso mesmo, durante esses poucos dias, pude pensar bastante no que eu quero, talvez não seja tarde demais para eu me matricular numa academia de dança. Irei parar os treinos com meu pai e vou procurar a academia de dança mais próxima. Eu poderia sim fazer Ballet com a Helena, na Ribalta mas Ballet Clássico não é o que eu quero, eu quero dançar com saltos, o famoso Stilleto. Eu ainda não contei a ninguém, preciso estar segura o suficiente para poder falar que eu sei ou tento dançar, com certeza, surpreenderei à todos, já que sempre fui extremamente tímida. Talvez a dança ajude a acabar com isso. Sacudi minha cabeça, na tentativa de afastar meus pensamentos e focar na aula, o quadro já estava com fórmulas diferentes, me deixando confusa. Passei as mãos pelos cabelos e revirei os olhos, meu celular vibrou levemente em meu bolso. Meus pais não me ligariam, sabem que estou em aula, quem mais seria? E como eu sou muito curiosa e desconfiada, peguei o celular e escondi embaixo da mesa, para que o professor não visse. 

WhatsApp On 

Bella, preciso falar com você, urgente! Me encontra no corredor dos banheiros agora, por favor! É muito sério. 09:36 

Estou no meio de uma aula de Química, Gui. Eu tenho que prestar a atenção, depois conversamos, beijos. 09:48

WhatsApp Off 

Não vou mentir, fiquei preocupada, ou talvez seja apenas a curiosidade, tentando me controlar. Mas dessa vez não, sentei direito e guardei o celular. Estava decidida e confiante de que iria entender aquela matéria que até agora eu não entendi para que serve, afinal. (...) E não, eu não entendi nada, me concentrei, foquei, afastei todos os meus pensamentos mas foi totalmente em vão, eu não entendo. Desse jeito, meu pai irá brigar muito comigo, espero que até o dia da prova, eu tenha entendido. Talvez a Bruna possa me ajudar, ela é bem inteligente, disse que não tem dificuldade com a matéria. E estranhamente, essa foi a única e última aula do dia para todas as turmas do colégio, foi estranho mas foi um alívio, posso passar mais tempo com meu namorado hoje. Depois do aviso sem nexo da diretora, o sinal bateu e eu coloquei minhas coisas na bolsa, sem pressa, hoje teria tempo o suficiente mas comecei a agilizar quando percebi passos próximos a mim e quando senti o cheiro enjoativo, já sabia quem era. 

-Oi, Bella. - A voz de Felipe soou próxima ao meu ouvido e eu me virei, empurrando-o bruscamente. - Calma, calma. Eu percebi que você tem muita dificuldade em Química e pensei em te ajudar. 

-Não, obrigada. - Falei e quando tentei sair, ele segurou meu braço. - Me solta que eu te escuto. - Ele me soltou lentamente e eu me apoiei na mesa, dando um sinal com o olhar para que ele começasse a falar, antes que eu mudasse de ideia. Ele suspirou e sorriu. 

-Eu entendo Química, e posso te ajudar. Não quero nada com você, sem maldade, quero apenas te ajudar com a matéria, juro. - Ele parecia sincero mas mesmo assim, continuei com uma leve desconfiança. - Pode ser até lá fora se você quiser, já que saímos mais cedo hoje, terei um tempo para te explicar tudo, não é tão difícil. - Ele disse e eu dei de ombros, seu olhar foi direcionado para o vidro da enorme janela da sala e ele me olhou, confuso. - Você e o Vitti terminaram? 

-Não, por que? - Perguntei e ele relaxou os ombros. 

-Pensei que ele não falasse com aquela Manoela, até porque você acabou com ela, não é? - Ele perguntou e eu me levantei imediatamente. - Ele entrou ali naquela rua com ela. - Ele disse, apontando e eu coloquei minha mochila nas costas. 

-Como assim, Felipe? Tem certeza? Como posso confiar em você? - Perguntei, pronta para correr e ele sorriu.

-Primeiro, eu não suporto essa Manuela e segundo, eu gosto de você, como amigo, claro. E mesmo que seja com o insuportável do Vitti, se você está bem, eu também estou. - Ele disse e eu o olhei, com os olhos semicerrados. 

-Então, se você gosta tanto de mim, vem comigo. - Chamei-o e nós saímos da sala. 

-Bella! Bella, espera! - Ouvi a voz de Guilherme e logo depois, ele puxou meu braço e eu me afastei. 

-Gui, depois a gente conversa, por favor. Agora eu tenho que resolver uma coisa muito séria com seu melhor amigo. - Saí correndo dali, antes que ele pudesse falar alguma coisa mas mesmo de longe, ainda era possível ouvir seus gritos, pedindo para eu parar. - Quero deixar bem claro que não estou confiando totalmente em você, estou confiando na minha intuição! - Falei para Felipe, que andava depressa ao meu lado. Ele deu de ombros e nós seguimos o caminho, virando a rua que ele me disse. Ali era cheio de becos, assustador. Nunca tinha ido daquele lado, não era a rua que nos leva a praça, nem a rua da minha casa. Era estranho, escuro, sombrio e frio. Me dava calafrios, arrepios e sensações estranhas. Andei mais lentamente e Felipe acompanhou meus passos. Manu e Rafael estavam mais distantes e pareciam ter uma conversa séria, talvez ele esteja reclamando das expressões ridículas e coisas ridículas que ela fala pra mim, sorri ao pensar nessa possibilidade, Rafael me salvando sem... - Rafael? - Sussurrei, sentindo meus olhos arderem, eles já estavam inundados de lágrimas e mesmo que minhas pernas tenham fraquejado, eu continuava me aproximando. Eles se beijavam, era um beijo estranho, Rafael segurava seus ombros mas mesmo assim, não separava seus lábios. - Rafael? - Falei mais alto e ela o largou. Seus cabelos voaram quando ele virou para mim e arregalou os olhos. Meu rosto já estava molhado, meu coração estava partido. E a promessa de não me magoar, de me fazer feliz? Cadê? E mais uma vez, a vida, o destino, alguém desse maldito planeta me magoou. Eu poderia até esperar isso, já que todos a minha volta arrumam um jeito de me magoar mas não esperava isso logo do Rafael, a pessoa que eu confiei, que eu dei todo amor que tinha escondido dentro de mim, que eu me abri, que eu me doei, me entreguei. Por que? Ele se manteve parado, talvez em choque, seus olhos brilhavam mas não era brilho natural e sim, lágrimas que brotavam ali. 

Falso. 

-Bella... Bella, me escuta, por favor. - Ele disse, se aproximando de mim e eu recuei, sentindo minhas costas irem contra o peito de Felipe, que segurou meus braços com força, me mantendo de pé. Rafael segurou meu braço mas eu o empurrei, bruscamente. 

-Não. Encosta. Em mim. - Falei, pausadamente, pressionando meus olhos. Olhei-o da cabeça aos pés, era nojo que eu estava sentindo. Virei as costas e puxei Felipe, para que saísse dali junto comigo e assim que viramos a rua, deixei todo choro que estava preso na minha garganta saísse. Eu precisava. Soluços e soluços, as lágrimas não paravam de cair. Eu pensei que tinha Rafael, mas estava enganada. Senti os braços fortes de Felipe em minha volta, ele me levantou e nós caminhamos lentamente até a porta da minha casa. Ele não era tão ruim assim, talvez tenha até me alertado para a pessoa que Rafael realmente é. Antes de entrar, me virei para que pudesse olhar diretamente em seus olhos. Era sombrio, seus olhos escuros, eram misteriosos, não tinham brilho, nada. Apenas escuridão mas mesmo assim, envolvi sua cintura num abraço. Ele pôs seus braços em meu redor, pressionando seu corpo no meu. - Obrigada. Agora eu preciso pensar. - Falei e ele assentiu, antes de me dar um beijo confortante na testa. Ele sorriu fraco e saiu dali. Quando já não o tinha em meu campo de visão, desabei na calçada, colocando minha cabeça entre os joelhos, escondendo-me. Meu coração doía, eu estava tentando entender o por quê. O que eu fiz para ele? Será que eu não fui suficiente? Por que ele simplesmente não me falou que queria ficar com a Manoela? Por quê me magoar, me quebrar novamente? Os cacos do meu coração, recém construídos, já estava no chão do meu peito novamente. Muita mágoa para um coração frágil como o meu. Minha cabeça estava latejando, como se quisesse explodir a qualquer momento, minhas mãos trêmulas, minha boca seca, eu não sabia o que fazer.

-Bella! - A voz assustada de Rafael me espantou e eu levantei rapidamente. Não queria olhá-lo, não queria ouvi-lo, no momento, eu apenas queria que tivesse um botão para apagar qualquer sentimento bom que pertence a ele. Ele não merece. Corri até a porta do prédio e entrei, fechando-a rapidamente. Subi e entrei em casa, me deixando cair ali mesmo, e junto com isso, as lágrimas. Incansáveis e doloridas lágrimas, pareciam pesar em meu rosto, eu queria parar mas não conseguia, era mais forte que eu. Pancadas fortes me assustaram, eu sabia que era Rafael. - Bella, por favor! Me escuta! - Sua voz estava trêmula, parecia que estava chorando. - Bella, meu raio de sol. - Abracei meus joelhos, encolhendo-me na parede. - Eu amo você, não esqueça nunca disso. Eu não vou desistir. - Ele falou e seus passos iam se afastando, me deixando sozinha. Eu não queria que ele fosse. 

-Filha? - A voz suave da minha mãe soou pelo ambiente. Ela estava sorridente mas sua expressão mudou ao me ver. Ela correu até mim e acariciou meu braço. - O que aconteceu, meu amor? 

-O Rafael, mãe... - O choro cortou a minha frase e eu desabei nos braços calorosos da minha mãe. Ela me levantou e nós fomos andando até o meu quarto, ela se sentou na cama e me pôs em seu colo, como se eu fosse um bebê. 

POV Rafael 

Vazio. 

A palavra que me definia no momento. Vazio. Sozinho. Solitário. Culpado. Eu não queria, eu não a beijei, ela me beijou e eu não consegui recuar, nem retribuí, eu estava com nojo daqueles lábios nos meus, a empurrei o mais rápido que pude e me senti quebrado ao ver o meu pequeno raio de sol com expressão triste. As safiras que ela carrega nos olhos estavam molhadas, as lágrimas já faziam parte dela. Eu não pude falar, ela não quis me ouvir. O que o Felipe estava fazendo com ela? Por que a Manoela fez isso? Por que comigo? Eram perguntas perturbadoras e a falta de respostas era mais perturbador ainda. Eu preciso da Bella para respirar, eu preciso. Mesmo que não tenha beijado a Manu, me sinto culpado, fraco. Me sinto assim por não ter conseguido empurrá-la a tempo, me sinto nojento, sujo, magoei a pessoa que mais amo na vida, totalmente sem querer. Por que comigo, meu Deus? Eu estava magoado, machucado, completamente destruído, totalmente quebrado. E sozinho. Eu ia levá-la para o nosso lugar favorito, era meu plano, já que fomos liberados mais cedo. Iria ver o lindo contraste do azul escuro do mar com o azul claro dos seus olhos, seus cabelos loiros e curtos dançando com o vento, seu sorriso. Ah, aquele sorriso. Sorri fraco ao lembrar. Ela não quer mais me ver. Seria difícil conviver com ela agora. Sem poder acariciar sua pele branca e lisa, sem poder beijar seus pequenos lábios macios, sem poder abraçá-la e sentir seu aroma floral. 

O que foi que eu fiz, meu Deus? 


Notas Finais


É isso, meus amores. Amo vocês, até o próximo. (não me matem)


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