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História I Saved You - My parents


Escrita por: bcausehamavitti

Notas do Autor


Oi meus amores, postei o capítulos cedo pois já estava pronto eu estava morrendo de ansiedade e além disso, a Valéria estava implorando para que eu postasse. Estou bem feliz porque com um dia de existência, já tem um bom número de visualizações.
Esse capítulo é bem emocionante, então, preparem o psicológico.
Dedico esse capítulo para Lia e para a Valéria. Meus amores, esse é de vocês.
Boa leitura, amo vocês.

Capítulo 2 - My parents


Fanfic / Fanfiction I Saved You - My parents

Minhas pernas já doíam de um jeito que eu não aguentava nem andar mais. Eu estava num lugar totalmente desconhecido, já que eu tinha corrido sem rumo, eu apenas corri. Era um lugar bonito e tinha uma boa quantidade de pessoas ali. Era uma praça, tinha uma banca de jornal e vários brinquedos... Já estava tarde mas ainda tinha alguns adolescentes ali, conversando, alguns até me olhavam estranho, provavelmente por eu nunca ter aparecido ali ou por causa dos meus machucados e minha expressão assustada e cansada. Andei até um banco vazio e me sentei ali, observando todos em volta. Um grupo de aproximadamente nove adolescentes passaram por ali, felizes, dançando e cantando, como adolescentes normais, coisa que eu nunca tive. Eles se despediram e entraram cada um em seus prédios, alguns até no mesmo. Um deles parou nos brinquedos e começou a pular por ali, me fazendo sorrir fraco. Seus longos cabelos cacheados voavam conforme ele corria, ele ria espontaneamente e parou assim que me viu. Conforme ele ia se aproximava, eu recuava no banco. 

-Ei, calma. - Ele falou e eu parei. - Tudo bem? Nunca te vi por aqui, você não mora nessa região, não é? - Neguei com a cabeça. - Você parece perdida. 

-Não, está tudo bem, obrigada. - Falei e ele deu um mega sorriso lindo, me fazendo sorrir também. 

-Boa noite, menina desconhecida! - Ele falou e saiu correndo, entrando em um dos prédios dali. 

Me encostei no banco e encolhi minhas pernas. Estava frio e eu não sabia o que ia fazer, eu não ia voltar pra casa, nunca mais. Meu pai é um verdadeiro monstro... Eu não aguento mais apanhar. Agora, ele tentar me estuprar? Isso foi demais! Eu nunca mais vou me aproximar daquela casa, nem que eu tenha que ficar na rua. Fui tirada dos meus pensamentos por duas vozes alegres. Era um casal... O homem era alto, tinha uma barba bem feita e corpo definido, a mulher era extremamente linda, com os cabelos escuros e um sorriso lindo. No momento em que ela virou o rosto na minha direção, nossos olhos se encontraram e ela sorriu fraco, retribui o sorriso e eles entraram no prédio da frente. Fechei os olhos, pois estava muito cansada, minhas pernas e meus braços doíam demais, minha cabeça estava quase explodindo. Deixei minha cabeça cair entre os meus joelhos e quando eu estava quase pegando no sono, uma mão pousou sobre o meu braço, me fazendo dar um salto, devido ao susto. 

-Calma, menina. - A mulher falou. Reconheci na hora, era a moça que entrou no prédio da frente, ela manteve o sorriso e se sentou ao meu lado. - Você está bem? Por que não está em casa?

-Estou fugindo do meu pai. - Falei baixo. 

-Por que? - Ela perguntou e passou o olhar pelos meus braços e pernas. - Meu Deus, o que aconteceu com você? 

-Eu não quero falar sobre isso. - Falei, desviando o olhar de seu rosto. 

-Ei, me deixa te ajudar. - Ela falou carinhosa e eu levei meu olhar para ela novamente. - Pode confiar em mim. Meu nome é Emanuelle mas pode me chamar de Manu. 

-É-é... Eu sou Isabella... - Falei.

-Posso te chamar de Isa?

-Não, não. Bella. Me chama de Bella. - Pedi e ela sorriu. 

-Vem comigo, vamos lá pra casa. Você precisa conhecer meu marido. - Ela falou e eu recuei. - Pode ficar tranquila, nós não iremos lhe fazer nenhum mal. Eu prometo. - Ela se levantou e estendeu a mão pra mim. - Você aproveita e me conta o que aconteceu. - Assenti e segurei sua mão. Segui ela até o prédio e nós subimos em silêncio. - Você deve estar com fome. - Assenti e ela abraçou meus ombros enquanto abria a porta com a outra mão. - Eriberto! - Ela gritou e aquele homem que estava com ela apareceu. 

-Conseguiu traze-la? Que bom. - Ele falou, com um sorriso no rosto. - Sou Eriberto, qual seu nome? 

-Isabella. - Falei. 

-Que nome lindo. - Ele falou. - Sente-se. - Ele apontou para o sofá e eu andei lentamente até ele, me sentando logo em seguida. - O que aconteceu com você? 

-É-é... - Minha voz ficou trêmula e meus olhos encheram-se d'água. 

-Calma, Bella... - Emanuelle segurou minha mão. - Nos conte do início. 

-Ok, do início. - Falei e suspirei. - Quando eu tinha 7 anos, a minha mãe morreu de câncer. - Falei, controlando as lágrimas. - Depois da morte dela, meu pai se entregou para as bebidas e drogas. Todo dia, ele chegava bêbado e - deixei uma lágrima solitária cair mas a sequei rapidamente - me batia. Por isso tenho essas marcas. 

-Meu Deus, que horror! - Emanuelle exclamou, levando as mãos a boca. 

-Eu sei... Isso acontece desde que ela morreu. Só que hoje, eu estava com meu melhor amigo na minha casa. Não tinha acontecido nada demais, sabe? Nós estávamos vendo um filme e acabamos dormindo. Meu pai chegou e expulsou o Arthur. - Falei olhando para as minhas mãos. - E depois... Ele tentou me agarrar... 

-Como assim? Te agarrar? Te estu...

-Isso mesmo. - Interrompi Eriberto e ele me olhou incrédulo. - Aí eu fugi. - Me entreguei ao choro e abaixei a cabeça. 

-Ei, ei. Bella. - Emanuelle me chamou e eu a olhei. - Nós iremos te ajudar. - Ela falou e eu sorri fraco. 

-Você pode ficar aqui com a gente. - Eriberto falou. 

-Eu vou te emprestar umas roupas. - Ela falou e eu assenti. - Você toma um banho enquanto eu vou fazer alguma coisa para você comer, ok? - Assenti e ela me mostrou a casa.

2 semanas depois...

Me levantei rapidamente, meu estômago roncava, já estava morrendo de fome. Já estava na casa de Emanuelle e Eriberto por duas semanas e já estava me sentindo mais à vontade e feliz. Eles são super carinhosos, compreensivos e atenciosos. Depois de muita conversa, eles decidiram que eu vou ficar aqui com eles. Eu ainda não saí sozinha, não fiz amizade nenhuma, só saí uma vez com a Manu para fazer compras de roupas novas para mim e uma mobília nova para o quarto. Descobri que Emanuelle é professora de canto, realmente, ela tem uma voz maravilhosa, vive cantando pelos cantos, e Eriberto tem uma academia de boxe aqui perto. Manu disse que vai me levar para conhecer a escola que ela dá aulas de canto, lá tem aulas de dança e teatro mas o que eu quero fazer mesmo, é boxe junto com o Eriberto. Abaixei a blusa que estava usando para dormir e abri a porta lentamente, parei no corredor assim que eu ouvi Emanuelle e Eriberto falando de mim. 

-Ela tem 16 anos, Manu. Não podemos ficar com ela assim. - Eriberto falou. 

-Então, vamos adotá-la. - Ela falou e meu coração acelerou de felicidade. 

-Você acha que ela vai querer?

-Eu quero. - Falei e eles me olharam assustados. 

-Você quer, meu amor? - Emanuelle perguntou, com os olhos marejados e eu assenti. 

-Então, o processo de adoção é demorado. - Eriberto falou e eu assenti. - Ainda mais que seu pai está vivo e você fugiu. Mas daremos um jeito, eu prometo. E vamos cuidar disso o mais rápido possível, ok? 

-Ok. - Falei, com um sorriso largo no rosto. - É-é... Eriberto... - Chamei-o. - Eu posso te chamar de p-pai? - Perguntei, com lágrimas

nos olhos. 

-Pode, Bella... Claro que pode... - Ele abriu os braços e eu o abracei forte. Desde quando a minha mãe era viva, meu pai nunca deu muita atenção pra mim, minha mãe já até deixou escapar um dia que meu pai queria que ela tivesse abortado, já que minha mãe engravidou cedo. Ele quase não me olhava, usava frases curtas, me olhava de canto, às vezes até me assustava mas como eu disse antes, sempre foi muito certinho, centrado, concentrado no trabalho. Depois que a minha mãe morreu, minha vida virou aquele inferno e eu o chamava de pai porque, quando eu me atrevi a não chamá-lo assim, a surra foi pior. Eu sempre quis poder chamar alguém de pai com o coração, ter o orgulho de chamar alguém de pai mas um pai que me amasse, que cuidasse de mim de verdade e que tivesse orgulho de me olhar como filha, depois dos 12 anos, eu já tinha perdido a esperança e vivia sem gosto, vivia triste e só tinha o Arthur mas agora, eu tenho o Eriberto e tenho certeza que ele, eu posso, com orgulho, chamá-lo de pai. 

-Bella. - Emanuelle me chamou com a voz trêmula e antes que ela pudesse falar qualquer coisa, eu lhe abracei forte. - Minha... Minha filha... - Ela falou e eu a apertei mais. 

-Eu tenho que ir para a academia. - Eriberto, quero dizer, meu pai, falou. 

-Eri... É... Quero dizer... Pai, posso ir com você? - Perguntei. 

-Na academia? Claro que não! Cheio de homens! Não quero ninguém olhando pra você não. 

-Eriberto! - Emanuelle exclamou. - Deixa ela ir... Bom que ela faz algumas amizades. 

-Tá bom, pode. Vai trocar de roupa! - Ele falou e eu lhe dei um beijo na bochecha, e corri para o quarto. Peguei um short jeans e uma regata larga, coloquei meu all star e prendi o cabelo num rabo de cavalo, voltei correndo para sala enquanto meu pai pegava as chaves do carro. - Já? - Assenti e ele abraçou meus ombros, dei um beijo no rosto da minha mãe e ela beijou minha testa.

-Tchau, meus amores. - Ela falou. 

-Tchau. - Falamos em uníssono. É bom poder falar: minha mãe e meu pai. Estou feliz e realizada. Meu pai colocou uma música no carro, enquanto íamos cantando até a academia. 

-Temos que ir rápido, deixei a chave da academia com o Arthur. Espero que ele esteja cuidando de tudo. - Ele falou e eu franzi o cenho. 

-Arthur? - Perguntei. - Pai, qual o sobrenome dele?

-Aguiar. Por que? 

-É o mesmo sobrenome do meu melhor amigo. - Falei. - Aquele que foi expulso da minha antiga casa na noite que eu fugi. - Falei e ele me olhou, surpreso. 

-Sério? - Assenti. - Então, vamos... - Ele continuou dirigindo e nós continuamos cantando. Quando chegamos na frente da academia, ele parou o carro e me encarou. - Vamos? - Assenti e saí do carro. - Vem. - Ele segurou na minha mão e me puxou. - Aqui tem a academia e lá em cima é onde a Emanuelle dá suas aulas. Tem teatro, canto, dança. Seria uma boa você...

-Não, pai. - Falei. - Eu quero fazer boxe. 

-Como assim? 

-Isso mesmo. Boxe. - Falei admirando cada parte daquele lugar. Ele me puxou e nós, finalmente, entramos na academia. 

-Academia! - Ele gritou, me assustando e assustando os inúmeros lutadores dali. - Quero que conheçam a Isabella. - Ele falou firme e todos o olharam confusos. - É a minha filha adotiva. - Ele falou e eu abracei a sua cintura, tentando controlar a timidez. Levei meu olhar por toda a academia à procura de um branquelo, forte e baixo. - Talvez ela comece a treinar aqui... Rapazes, se controlem! - Ele falou e eu ri. - Alguém viu o Arthur? 

-Estou aqui, mestre. - Arthur saiu de uma pequena sala e me olhou confuso.

-Bella? - Ele perguntou e eu abri um sorriso largo. 

-Arthur! - Exclamei e pulei em seu colo. 

-Onde você estava, pequena? - Ele perguntou, me colocando no chão. 

-Na casa do Eriberto. - Falei e ele assentiu. - Longa história. 

-Depois ela te conta, Arthur. Vai ajudar ela com equipamentos, ela irá treinar aqui e enquanto eu não estiver você que irá ajudá-la. - Ele falou. - Sem assanhamentos, hein Aguiar. - Ele completou e eu ri. 

-Você está morando com o Eriberto? Como assim? - Ele perguntou, enquanto pegávamos os equipamentos. 

-Depois que você foi embora, eu fugi. O Marcelo tentou me agarrar. - Falei abaixando o olhar e Arthur fechou a cara. - Eu fugi e a Emanuelle me achou. - Falei, com um sorriso fraco no rosto. - Eles vão me adotar, cara! Você acredita? - Falei, sorrindo e ele assentiu, com um sorriso largo em seu rosto. - Agora eu tenho uma família de verdade. 
 


Notas Finais


Então é isso, meus amores. Lembrem-se: Falem comigo no Twitter se precisar, é @bcausevitti. Se quiserem que eu marque vocês sempre que postar capítulo novo, deixem os users nos comentários.
Até o próximo capítulo <33


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