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História I Saved You - Partition


Escrita por: bcausehamavitti

Notas do Autor


ACHARAM QUE EU ESQUECI DE VOCÊS, NÃO É? AHAHAHAHAHHAHA NÃO NÃO, preparem o psicológico que está vindo tiros por aí.
Não tenho muita coisa pra falar, então, vamos pro capítulo!
AH DEIXAREI O LINK DA MÚSICA NAS NOTAS FINAIS.

Capítulo 31 - Partition


Fanfic / Fanfiction I Saved You - Partition

Quatro dias depois... 

Foram quatro dias completamente chatos. Não fui para a escola e também não saí de casa. Confesso que meu tornozelo ainda dói, nada insuportável e que me impeça de dançar hoje. Na verdade, o que me impede são meus pais e meu namorado, que me fizeram prometer que não ia dançar até melhorar por completo, mas eles não sabem que eu cruzei os dedos quando prometi, então, não vale a promessa. E seria mais um dia insuportável até a hora que planejei sair de casa escondida. Ana me mandou uma mensagem ontem e disse que eu não precisaria dançar e exigiu repouso.  Me levantei, já conseguindo ficar de pé sem soltar qualquer gemido de dor e lentamente, fui até meu armário. Peguei saltos novos e minha mochila, coloquei-o dentro junto com figurino que estava deslumbrante. Escondi no quarto para garantir que meus pais não vejam e saí do quarto, vendo-os tomando o café da manhã. 

-Por que não me chamaram pra aula? - Me sentei ao lado da minha mãe, que deu um beijo nos meus cabelos. 

-Porque você não está melhor ainda. - Meu pai respondeu e eu revirei os olhos. 

Terminei o café em silêncio enquanto meus pais conversavam sobre uma notícia que ouviram na TV. Me levantei e fui para o meu quarto, trancando a porta. Peguei meu celular e os fones, colocando a música que irei dançar hoje na apresentação. Se não fosse pelo meu tornozelo machucado, eu teria ensaiado a semana toda, então, preciso deixar a coreografia fresca na minha memória. Parei na frente do espelho. Comecei lentamente os movimentos, sentindo pontadas leves no tornozelo. 

-Eu vou conseguir, vai dar certo. - Sussurrei e foquei na música. 

*

-Bella! - Tirei os fones desesperadamente e os joguei na cama junto com o celular. Provavelmente, Rafael já me chamava há um bom tempo e eu não tinha escutado. Já tinham se passado duas horas desde o momento que comecei a ensaiar e eu já me sentia cansada.

Passei as mãos pelo rosto e abri a porta, tentando parecer o mais sonolenta possível. - Estava dormindo, meu amor? - Ele perguntou depois de me dar um beijo na testa. 

-Estava, desculpa a demora. - Falei e fingi um bocejo. - Amor.... - Chamei-o e me sentei em seu colo. - Eu não posso mesmo ir dançar hoje? 

-Isabella, esse assunto de novo? - Ele me deitou na cama e dei um beijo na ponta do meu nariz. - Não e ponto. 

-Por favor. - Sussurrei e dei um beijo no seu rosto. Rafael negou e segurou forte na minha cintura, enquanto eu descia os beijos pelo seu pescoço. - Por favor, Rafa... 

-Não adianta... - Ele respondeu com a voz falha. Coloquei minhas mãos por baixo de sua camisa e passei as unhas levemente em suas costas, sentindo-o se arrepiar. - B-Bella... 

-Oi? - Ele riu fraco e tomou meus lábios para si, enlaçando sua língua na minha, deixando suas mãos explorarem meu corpo. - Eu não tranquei a porta. - Separei nossos lábios e ele revirou os olhos. Me levantei rapidamente e a tranquei, deixando de correr o risco de ser pega pelos meus pais. Quando me virei, Rafael já estava sem camisa, descalço e estava encostado na cabeceira da cama. 

Eu estava no paraíso. 

Seus cabelos estavam bagunçados e os olhos possuíam uma cor mais escura. Ele me olhava como se quisesse ver a minha alma, queimando meu corpo. Andei rapidamente até ele, tirando a camisa e a joguei pelo quarto antes de sentar em seu colo. Rafael desceu as mãos pelas minhas costas e apertou minha bunda por baixo do pano do short. Segurei em seus cabelos, sentindo os seus lábios grudaram em meu pescoço, deixando beijos e chupões. Me movi em seu colo, ouvindo seu gemido baixo e senti um leve aperto no ventre. Puta merda. Já era possível sentir a ereção de Rafael contra a minha intimidade, isso era extremamente excitante e ao mesmo tempo, torturador.

Desci as mãos pelo peitoral de Rafael, parando na barra de sua calça. Desabotoei-a rapidamente, enquanto ele me ajudava a tirá-la. Meu namorado arrancou meu short, rasgando-o junto com a calcinha e eu parei o beijo, olhando-o incrédula. 

-O que foi isso? - Perguntei, ainda com os dedos perdidos em seus cabelos. Rafael pegou a camisinha que estava no bolso da calça e a colocou rapidamente. 

-Saudade. - Ele sussurrou e atacou meus lábios novamente, me jogando na cama em seguida. Envolvi a cintura de Rafael e o senti me invadir lentamente. Mordi forte o lábio tentando conter um gemido que teimava em sair. Rafael grudou seus lábios nos meus, gemendo baixo entre o beijo, enquanto se movia lentamente, me fazendo ter sensações que apenas ele me fazia sentir. Finquei as unhas em seus ombros e puxei-o para mim, unindo ainda mais nossos corpos. Escondi o rosto na curvatura do seu pescoço, mordendo forte aquela região. Chegamos ao ápice juntos, suados e grudados. 

-Matou as saudades? - Perguntei, ainda abraçada ao meu namorado. Ele riu fraco e selou nossos lábios. Acariciei seus cabelos e puxei-o para deitar ao meu lado. - Está cansado? - Ele assentiu, com os olhos já fechados.

-A escola está um saco. - Ele disse baixo e se encolheu na cama. 

-Toma. - Joguei a cueca para ele e sonolento, ele se vestiu. Puxei o cobertor e nos cobri por completo, vendo que Rafael já dormia. 

(...) 

Abri os olhos e olhei rapidamente pela janela, vendo que o Sol já estava se pondo. Rafael ainda dormia, sua respiração calma ecoava pelo quarto, era o momento perfeito para eu sair. Peguei o celular vendo inúmeras mensagens da Bruna e a avisei que ia apenas tomar um banho. Corri para o banheiro e tomei um banho rápido, antes de colocar uma roupa confortável. Peguei a mochila e olhei pela janela, vendo Bruna, Anaju, Amanda e Jenny paradas lá de frente para o táxi. Chamei-as discretamente e quando Bruna olhou, joguei a mochila. Mandei um beijo no ar e saí dali. Peguei o papel mais próximo e escrevi um bilhete para Rafael, avisando que ia dançar e que queria que ele fosse, supliquei também para que ele não ficasse com raiva de mim e finalizei com um 'eu te amo'. Dei um beijo fraco em sua testa e saí do quarto. 

-Aonde você pensa que vai? - Meu pai perguntou, me dando um susto. 

-Pai... - Coloquei a mão no peito, respirando fundo. - Vou ali na Bruna rapidinho pra pegar um filme para ver com Rafael. 

-E por que o imbecil não vai? - Ele colocou a mão na cintura e eu ri fraco. 

-Ele está dormindo, pai. Deixa o menino. Eu já volto. - Dei um beijo em seu rosto e saí rápido. Desci as escadas e abracei Bruna. 

-Eu tenho certeza que eu vou me arrepender disso. - Anaju disse enquanto entrávamos no táxi. 

-O que você está fazendo aqui, Isabella? - Ana perguntou assim que adentrei o teatro onde seria realizada a nossa apresentação. 

-Vim me apresentar. - Respondi e ela negou. 

-Eu disse que você precisa de repouso. 

-Mas eu já estou bem... Até ensaiei hoje. Por favor, Ana. Eu me esforcei tanto. - Pedi, quase chorando e ela revirou os olhos.

-Vem logo. - Ela disse e eu a abracei forte. 

-Eu amo você. - Dei um beijo em seu rosto e voltei a atenção para as minhas amigas. - Vocês vão vir, não é?

-Claro, não iremos perder isso por nada. - Jenny respondeu e eu as abracei. 

-Obrigada, eu amo vocês. - Finalizei e caminhei atrás de Ana até o camarim onde as meninas me cumprimentaram assim que entrei. 

-Bella.... Você acha que consegue dançar aquela parte da cadeira? - Ana perguntou, enquanto eu me sentava para ser maquiada. 

-Claro, Ana. 

-Mas você só ensaiou uma vez. - Ela disse. - Melhor não. 

-Ana, por favor. Confia em mim. Eu consigo. 

-De onde saiu essa coragem toda? - Ela perguntou e eu ri. - Ah, já sei. Se chama Rafael Vitti e tem cabelos cacheados. - Sorri radiante e ela me deu um beijo na testa. - Você consegue. Ah, e como seu cabelo não cresceu a tempo, vamos ter que usar aplique em você, tudo bem? - Assenti e ela sorriu. 

Rafael POV

Acordei ainda no quarto de Isabella. Eu sentia meu corpo renovado, o cheiro da loira ainda estava em meu corpo. Era uma sensação ótima. Me virei, vendo que a cama estava vazia e me surpreendi quando vi um pequeno bilhete em cima do criado mudo. Suspirei fundo e o peguei. 

"Boa noite, meu amorzinho. Só quero te avisar que estou indo fazer a apresentação, você sabe que é importante pra mim, por favor, não fique bravo. Espero que vá, hoje será pra você. Eu te amo" 

-Puta que pariu, Isabella! - Joguei o bilhete no chão e passei as mãos pelos cabelos. Me levantei e me vesti, saindo do quarto enquanto me ajeitava. - Eriberto... A Isabella foi para a apresentação. 

-Como é? - Assenti. - Mas ela acabou de me mandar uma mensagem falando que estava na casa da Bruna... 

-Você conhece a sua filha. Ela me deixou um bilhete pedindo para que eu fosse. - Falei e ele se levantou, imediatamente. 

-Eu sabia que não conseguiríamos segurá-la. Bom, só nos resta ir, não é? - Assenti. - Temos quanto tempo? 

-Uma hora. - Ele assentiu e afagou meus cabelos. 

-Vai! - Saí correndo dali e fui para casa. 

-Mãe! - Gritei e minha mãe saiu da cozinha. - A Isabella fugiu e foi se apresentar. 

-Ai, meu Deus! Essa garota é impossível. Você vai, não é? - Assenti. - Bom, nós também vamos, então. - Ela me deu um beijo no rosto e subiu as escadas. Fui para o meu quarto e separei uma roupa mais arrumada. Tomei um banho e me arrumei. 

Independente de ela ter teimado, eu estava orgulhoso da minha pequena. E confesso que estava nervoso para vê-la dançar, ainda mais que ela disse que será para mim. Fui em silêncio durante todo o caminho enquanto Amanda e Chico conversavam, empolgados. Quando saí do quarto, vi que meus amigos e os pais de Bella já estavam lá, igualmente nervosos. O teatro era grande, lotado de fotógrafos e pessoas que provavelmente, moram longe e tem bastante dinheiro. Entrei no teatro junto com o pessoal e nós nos sentamos mais na frente para poder ver bem nitidamente. 

Depois de um longo tempo sentado, as luzes se apagaram e apenas os grandes refletores do palco ficaram acesos e entre salvas de palmas, a professora de Isabella entrou ali. Ela dizia coisas que eu não entendia sobre dança, agradecia a alguns professores e aos familiares das alunas e quando ela disse o nome de Isabella, meu coração explodiu de orgulho. 

-Então, novamente, obrigada pela presença de todos. Vamos começar! - Ela finalizou e saiu do palco. As luzes se apagaram novamente e as cortinas que estavam fechadas, se abriram, revelando um cenário chamativo. Cordas douradas e grossas estavam penduradas na parte de trás, uma cadeira grande e vermelha estava atrás das cordas e um piano grande. 

Driver roll up the partition please, driver roll up the partition please. I don't need you seeing 'Yonce on her knees' Took 45 minutes to get all dressed up, we ain't even gonna make it to this club now my mascara running.

A voz da Beyoncé soou pelo teatro, e as bailarinas saíram de trás das enormes cordas. Passei o olhar por todas elas e vi que nenhuma delas era a minha namorada, então, peguei o celular aproveitando para atualizar minhas redes sociais. 

-Rafa. - Cadu cutucou meu ombro e eu levantei meu olhar vendo a loira sentada no piano. Puta merda, ela estava linda. A luz realçava seus olhos pintados de preto, ela usava uma roupa extremamente sexy completamente brilhante. Seu olhar estava preso no meu, enquanto ela tirava lentamente a capa preta que ainda a cobria. Notei que ela estava usando aplique loiro, me lembrando do quanto ela fica ainda mais linda com os cabelos longos. 

Take all of me, I just wanna be the girl you like, girl you like, the kind of girl you like, girl you like. Driver roll up the partition fast, driver roll up the partition fast, over there I swear I saw them cameras flash. Handprints and footprints on my glass, handprints and good grips all on my ass. Private show with the music blasting. 

Isabella desceu lentamente do piano, enquanto andava pelo meio das garotas, exibindo seu rebolado hipnotizante. Suas mãos desceram pelas suas pernas, enquanto seus cabelos desciam pelos seus ombros numa enorme cascata dourada. Ela fazia movimentos rápidos e difíceis em cima do enorme salto e mesmo ainda estando preso em seu corpo, eu rezava para que ela não sentisse dor. 

Oh there daddy, daddy now you ripped my fur, oh baby baby be sweating out my hair. Took 45 minutes to get all dressed up and we ain't even gonna make it to this club. 

Ela virou as costas, enquanto se dirigia até as grandes cordas. Ela e as outras bailarinas se agarraram nas cordas, enquanto giravam e se enroscavam nelas. Passei as mãos pelos cabelos e me inclinei para que pudesse ver melhor. As outras bailarinas saíram do palco e as cordas subiram, deixando apenas a cadeira e Isabella no palco. Ela passou a unha pelo lábio inferior e se virou, indo na direção da enorme cadeira. As luzes se apagaram e era possível ver apenas sua silhueta. 

Caralho. 

Isabella se movia de um jeito que eu não imaginava que fosse impossível, meu coração quase saía pela boca, cada vez que ela se equilibrava ali. Caralho, essa garota é minha namorada. Porra. 

Est-ce que tu aimes le sexe? Le sexe, je veux dire l'activité physique, le coït. Tu aimes ça? Tu ne t'intéresses pas au sexe? Les hommes pensent que les féministes détestent le sexe mais c'est une activité. Très stimulante et naturelle que les femmes adorent. 

Depois de longos movimentos, me deixando com mais vontade de subir naquele palco e agarrá-la, Isabella finalizou a dança e saiu do palco. 

POV Isabella

-Você arrasou! - Ana gritou assim que eu sai do palco. Abracei-a forte, segurando as lágrimas. Eu estava com medo de tudo dar errado. - Deixei uma roupa para você em cima do sofá. - Assenti e dei um beijo em seu rosto. Me direcionei ao camarim e assim que abri a porta, vi o brilhante vestido preto. Me arrumei rapidamente, deixando apenas o salto da dança. Arrumei os cabelos e saí do camarim. 

-Oi. - Falei me aproximando do pessoal. 

-Olha só a estrela! - Jenny gritou e eu a abracei forte. Depois de falar com todo mundo, me direcionei a Rafael, que me olhava orgulhoso. 

-Você me surpreendeu. - Ele sussurrou, segurando na minha cintura. 

-Eu te amo. - Acariciei seu rosto e puxei-o para um selinho. 

-Isabella... - Ouvi e me virei, vendo um homem de meia idade. - Posso conversar com você um minutinho? - Assenti e o segui para longe. - Então, eu me chamo José Alencar - sorri ao lembrar do sobrenome de Rafael -, sou professor de dança lá de São Paulo. 

-Foi ele que me ensinou tudo que eu sei. - Ana apareceu atrás de mim e sorriu. 

-Eu quero te fazer uma proposta. Quero que faça aulas de dança comigo lá em São Paulo. Você fica por três meses e me diz o que acha. Se gostar, você fica, senão estará livre para voltar para o Rio. Eu adorei vê-la dançando, você tem um talento brilhante. - Sorri fraco. - Você tem até depois de amanhã pra me responder, ok? Espero que aceite. - Ele sorriu e se afastou. 

Pensar na possibilidade de ficar longe dos meus amigos, dos meus pais e de Rafael me dói o coração. Deixar o meu namorado aqui, não poder abraçá-lo, não poder beijá-lo, não poder acompanhar a gravidez da minha mãe e nem ouvir os gritos do meu pai. Tudo isso me dói. Mas é uma oportunidade que talvez mudaria a minha vida. 

-Rafael... - Sussurrei. 

-O que aconteceu? - Ele perguntou, preocupado. 

-Me leva pra casa, por favor. 

-O que houve? - Ele acariciou meu rosto.

-Nada, eu estou cansada. - Ele assentiu e nós nos despedimos de todos. 
 


Notas Finais


https://www.youtube.com/watch?v=pZ12_E5R3qc
até o próximo capítulo <3


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