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História I Saved You - My Dream


Escrita por: bcausehamavitti

Notas do Autor


Eu não tenho desculpas nenhuma pra dar, a não ser a falta de vontade e inspiração. Durante todo esse tempo que fiquei longe, eu não tive inspiração ou ideia pra escrever algo decente pra vocês. Terminei a escola e agora estou de volta. Peço milhões de desculpas pelo abandono, estou muito em falta com vocês, por favor, me perdoem! Eu voltarei a escrever e se Deus quiser, deixarei um capítulo por semana pra vocês aqui, eu prometo, de dedinho! Espero que ainda estejam aqui, não me abandonem, por favor!
Eu amo vocês e VAMOS PRO CAPÍTULO!

Capítulo 32 - My Dream


Fanfic / Fanfiction I Saved You - My Dream

POV Rafael

O caminho foi feito num silêncio perturbador. Depois que concordei em levar Isabella para casa, ela não falou absolutamente nada e se manteve distante. Era possível notar que algo a incomodava, ela estava inquieta, ora se movia nervosa, ora suspirava e quando eu perguntava algo, ela apenas assentia ou negava com a cabeça, e disse "Nada" todas as vezes que perguntei se algo tinha acontecido. Ela pensa que não mas a conheço como a palma da minha mão, dava pra notar em seus olhos que algo a incomodava e parecia ter medo de me contar, e eu irei descobrir, uma hora ela vai ter que me contar. 

Paguei o táxi e antes de mim, Isabella saiu do táxi no mesmo silêncio. Sua expressão tinha mudado, agora ela possuía o olhar triste, que me acompanhava conforme eu andava até ficar próximo dela. Seus braços finos envolveram a minha cintura e seu rosto encostou em meu peito. Acariciei seus cabelos e encostei meu queixo em sua cabeça, enquanto ela respirava lentamente e trêmula.

-Está com frio? - Perguntei e ela assentiu. 

-Fica comigo? - Isabella perguntou baixo e eu assenti. Ela se desfez do abraço e segurou minha mão para que subíssemos juntos. 

No mesmo silêncio que ficamos no caminho, permanecemos enquanto arrumávamos a cama. Isabella pegou uma roupa no armário e entrou no banheiro para se trocar. Tirei os tênis que incomodavam meus pés e a camisa, deixando-a na cadeira que tinha ali. Me joguei na cama, olhando para o teto enquanto esperava Isabella sair. A porta se abriu e lentamente, ela guardou a roupa e se jogou do meu lado, suspirando logo depois. 

-Você não vai mesmo me contar o que aconteceu? - Perguntei e ela revirou os olhos. 

-Já disse que eu não tenho nada pra contar, Rafael. Que saco. - Isabella retrucou e cruzou os braços. 

-Ok, vem cá. - Chamei-a e ela se deitou, encostando a cabeça em meu peito. Aos poucos, a respiração de Isabella se acalmava, e até a sua mão que estava gelada, começou a esquentar. Depois de um longo tempo naquela posição, Isabella se sentou na cama e, rapidamente, eu fechei os olhos para fingir que já tinha dormido. Ouvi o barulho das teclas do celular da loira e novamente o silêncio, acompanhado de um soluço seu. 

Isabella estava chorando. 

-Bru? - Sua voz era trêmula, parecia assustada. Minha namorada se levantou e foi para a sacada, soluçando baixo. Me levantei lentamente para não fazer nenhum barulho e parei na porta, ouvindo sua voz baixa. - Hoje, antes de eu ir embora. Sim, em São Paulo. Três meses. Não, eu não aguentaria um mês longe de vocês. Não, eu não contei pro Rafael. Acho que eu não vou aceitar, eu não suportaria ficar longe dele. Ok, obrigada. Tchau. 

-Por que você não me contou? - Perguntei e ela se virou, assustada. 

-Rafael... - Seus olhos refletiam mais azuis conforme a luz da Lua ia em seu rosto, então foi possível ver o quanto ela chorava. Seu rosto estava inundado, e a expressão triste. - Eu não... 

-Shhh... - Puxei seu corpo para perto do meu e com força, Isabella me abraçou, desabando em meus braços. 

-Eu não quero ficar longe de você. 

-Calma, vamos entrar, vem. - Ainda abraçada a mim, Isabella entrou e nós nos deitamos. - Me conta direito. 

-O ex professor da Ana quer que eu vá ter aula com ele em São Paulo por 3 meses. - Ela suspirou e enlaçou nossos dedos. 

-Eu quero que você vá. - Falei e ela se levantou. - Eu quero assim como seus pais e nossos amigos vão querer. É uma oportunidade que você não pode perder, nós vamos estar aqui esperando você. - E novamente os olhos de Isabella se encheram d'água e uma lágrima teimosa escapou de seus olhos. - Nós estaremos aqui, eu vou estar aqui. - É seu sonho, não é? - Ela assentiu e segurou minha mão. 

-Mas o meu sonho não vai ser realizado se você não estiver per...

-Ei, quem disse que eu não vou fazer parte disso? - Ela riu fraco e eu dei um beijo fraco na sua mão. - Nós vamos nos falar todos os dias, e quando você voltar, eu vou estar aqui esperando você. 

-Não é tão fácil quanto parece, Rafael... 

-Eu sei mas a gente consegue. Nós já passamos por tantas coisas. - Ela assentiu e se deitou novamente. - Agora dorme, descansa... Quando você tem que responder? 

-Até depois de amanhã. - Isabella suspirou. 

-Então, você vai responder amanhã. - Isabella me olhou confusa e riu logo em seguida. 

-Parece que você está querendo me expulsar do Rio... - Ri alto e a puxei pela cintura, deixando seu corpo embaixo do meu. Isabella acariciou meus cabelos e me puxou para um beijo lento e carinhoso. 

*

POV Isabella

O Sol invadia forte a janela do meu quarto e incomodava a minha visão. Me levantei rápido para fechá-la e observei Rafael que dormia tranquilamente. Seus cabelos estavam bagunçados em seu rosto e os lábios perfeitamente desenhados entreabertos. Me sentei ao seu lado e adentrei seus cabelos, acariciando-os levemente, e ele se moveu, virando-se para mim. Seus olhos castanhos abriram-se lentamente e ele esboçou um sorriso fraco e sonolento. 

-Bom dia. - Sua voz rouca tomou conta do quarto, foi quase impossível não sorrir ao ver aquela carinha amassada. 

-Bom dia, meu amor. - Falei baixo e ele se levantou, colando nossos lábios em seguida. 

-Quer ir a praia? - Ele perguntou e se inclinou para olhar pela janela. - O dia está lindo. 

-Mas, e aquele assun... - Rafael colocou o indicador sobre meus lábios e beijou minha testa. 

-Quer ir? - Assenti e ele se levantou, me puxando forte. - Então, vamos. Se troque, eu vou em casa e já volto. - Meu namorado sorriu radiante e foi como se eu tivesse parado no tempo e assim, eu pude analisar o rosto do Rafael. Seus dentes da frente levemente afastados transformavam aquele sorriso no mais lindo do mundo, as orbes castanhas foram escondidas, o sorriso era tão grande que seus olhos se fechavam, talvez até sorriam junto. As inúmeras pintas eram espalhadas até pelo seu rosto macio, como o céu lotado de estrelas brilhantes. 

E do nada, tudo voltou ao normal. 

Rafael me deu um beijo demorado no rosto e saiu antes de qualquer resposta minha. Minhas pernas fraquejaram e eu cai sentada na cama, ainda admirada com a beleza do garoto que acabou de me deixar sozinha apenas com seu cheiro. Ah, o cheiro embriagador, posso dizer que é o meu favorito no mundo inteiro. Engatinhei um pouco, permanecendo sentada no meio da cama, observando o travesseiro que Rafael usou essa noite, ali estavam alguns fios de seus cabelos castanhos e cacheados. Os cabelos cacheados como um dos mais belos anjos do céu, o meu precioso anjo. Foi inevitável, uma lágrima solitária e triste escorreu pelo meu rosto, e depois outra, e depois outra. A tristeza tomou conta de mim, estava doendo, doía pensar em ficar longe do meu anjo, doía como duzentas facas penetrando meu coração. 

Sequei rapidamente o rosto depois de liberar um suspiro, me levantei e peguei o biquíni e qualquer short. Em dois ou três minutos, eu já estava pronta, saí lentamente do quarto na esperança dos meus pais estarem dormindo mas como de costume, meu pai lia o jornal, a mesa já estava pronta com o café da manhã e alguma coisa extremamente gostosa estava sendo feita pela minha mãe, já que o cheiro adentrou as minhas narinas assim que eu abri a porta. Como seriam três meses sem isso? 

-Bom dia, filha. - Minha mãe disse, docemente depois de me dar um beijo no rosto. 

-Você sumiu ontem... - Meu pai disse, me encarando sério e mais uma vez, eu suspirei. 

-Eu preciso conversar com vocês. - Meu pai, imediatamente, soltou o jornal. - É sério... 

-Ai meu Deus, eu avisei! Eu vou matar o Rafael! - Arregalei os olhos nervosa com a reação do meu pai. - Quanto tempo? Já foi num obstetra? Quanto tempo? Eu avisei, Emanuelle! Olha só! 

-Pai! - Gritei, o interrompendo e ele parou de falar, ainda irritado. - Eu não estou grávida, pelo amor de Deus. - Minha mãe soltou uma risada e nós nos sentamos. - Mas o assunto é sério mesmo. 

-Então, fala Isabella! - Suspirei e enlacei meus dedos nos da minha mãe. 

-Ontem, durante a festa, o antigo professor da Ana me chamou pra uma conversa. Ele me fez uma proposta. - Meu pai fez sinal para que eu continuasse falando. - Eu vou pra São Paulo e fico 3 meses para aulas experimentais, se eu gostar, continuo, se não, volto pro Rio. Mas eu preciso do apoio de vocês, se vocês não deixarem, eu não vou. 

-Filha... - Minha mãe se levantou, acariciando a barriga. - Você tem certeza? 

-Não, você não vai. - Meu pai disse, firme. - Você só tem 16 anos, Isabella! Você não vai pra São Paulo sozinha! 

-Eriberto... 

-Não vai e pronto! - Ele se levantou e saiu da sala, me deixando sozinha com a minha mãe. 

-Relaxa, eu vou conversar com ele. - Ela disse e acariciou meu rosto. - Vai sair? - Assenti e ela sorriu, antes de me dar um beijo na testa. - Divirta-se. - Sorri fraco e minha mãe saiu do meu campo de visão. Minutos depois, a porta foi aberta brutalmente e a figura animada de Rafael apareceu. O moreno jogou sua camisa pra mim e eu a vesti, controlando o sorriso ao ver a animação da grande criança na minha frente. 

-Vamos. - Ele segurou minha mão mas eu o puxei. 

-Meu pai não deixou eu ir. - Falei e seu sorriso sumiu. 

-Não sei se fico feliz ou se fico triste. - Ele disse, olhando para baixo. Acariciei seu rosto, levantando-o para encarar seus olhos brilhantes. 

-Eu te amo. - Sussurrei e rapidamente, Rafael uniu nossos lábios. 

-Eu te amo muito mais. 

*

Enlacei os braços no pescoço do meu namorado. Nossos corpos estavam molhados e unidos, parados na porta da minha casa. Eu rezava firme para que meu pai não aparecesse mas fomos interrompidos por uma tosse forçada e separamos os lábios. 

-Boa noite. - Meu pai disse, com os braços cruzados e eu ri fraco. 

-Boa... 

-Entrem. - Ele interrompeu Rafael e nós o seguimos. Segurei a mão de Rafael, que já estava gelada e sorri, ainda impressionada com o medo que ele tinha do meu pai. - Sentem. - Ele mandou e nós nos sentamos. 

-Olha, eu não fiz... 

-Cala a boca, Rafael. - Ele disse, ainda sério e eu ri fraco. - Isabella, eu vou deixar você ir... 

-Sério? - Eu e Rafael falamos em uníssono e ele assentiu. 

-É seu sonho, sua carreira e eu não posso impedir. Tomei a liberdade de ligar para a Ana e ela disse que já arrumou uma professora substituta e que vai cuidar de você durante esses três meses lá em São Paulo. Eu e sua mãe estamos confiando em você. - Assenti, sorrindo e o abracei forte. 

-Obrigada, pai! - Sussurrei, ainda abraçada com meu pai. Depois de sair dos braços fortes dele, observei a expressão de Rafael. 

Ele sorria mas seus olhos estavam tristes, o que quebrou meu coração em pequenos pedaços. Segurei na sua mão e o puxei até o quarto, e fechei a porta. 

-Rafael, você quer que eu vá? - Perguntei. Ele ainda mexia os dedos compulsivamente e mexia a perna, olhando para a mesma. Andei até ele e segurei em seu queixo. As mesmas facas de hoje de manhã perfuraram novamente o meu coração ao encará-lo. Seus olhos estavam molhados e vermelhos. 

Rafael chorava.

E foi demais pra mim, me senti sem chão. Pode parecer exagero mas eu demorei anos para ser feliz, ter uma vida normal e quando eu finalmente me estabilizo e acho alguém que me ame, o destino me joga pra longe novamente. Minhas forças se acabaram novamente, dizem que passa rápido quando queremos mas eu tenho certeza que serão os três meses mais longos e dolorosos. O skype não será suficiente mas eu tenho que pensar no meu futuro como bailarina. 

-Você tem que ir. - Ele disse fraco. 

-Eu não quero ficar longe de você. 

-Nem eu mas eu quero que vá. - Ele disse, tentando parecer firme. - Por favor, não chora. 

-Então para de chorar também. - Pedi e ele riu, secando uma lágrima minha depois. 

-Eu falarei com você todos os dias no skype, no WhatsApp, todos os dias! - Ele disse e eu assenti. 

-Não me deixa, você promete? - Perguntei e ele me puxou para um abraço. 

-Eu prometo. - Rafael sussurrou e eu o apertei ainda mais contra o meu corpo. Rafael se desfez do abraço e me entregou o celular. - Agora responde. Diz que você vai. - Assenti e peguei o celular, ligando para a Ana rapidamente.

-Oi, Bella! - Ela atendeu animada. 

-Ana, tenho tempo pra responder sobre a proposta do José? 

-Claro, amor! Você vai? 

-Vou! Quando nós iremos? 

-Já que você respondeu tão rápido, iremos amanhã mesmo, a tarde. 

-Amanhã? - Arregalei os olhos e Rafael fechou os olhos, deixando mais uma lágrima cair. 

-Isso, algum problema? 

-Não, nenhum. Eu vou passar o telefone para os meus pais e você confirma tudo com eles, pode ser?

-Claro, princesa. Até amanhã. 

-Até. 

Saí do quarto rapidamente e entreguei o celular pra minha mãe, que atendeu animada e desinteressada, eu voltei para o quarto, vendo Rafael jogar minhas roupas e sapatos na cama. 

-O que você está fazendo? - Perguntei rindo. 

-Arrumando sua mala. - Ele deu de ombros. 

-Arrumando? - Ele riu radiante novamente e eu me direcionei a ele para ajudá-lo. 

-Vamos fazer assim... Eu te ajudo aqui e as meninas dormem aqui com você hoje. Vocês vão precisar de tempo para se despedir. - Assenti e ele pegou o celular para ligar para Bruna. 

*

-Pronto. Agora eu vou indo. - Ele disse depois de fechar minha mala. - Amanhã eu venho aqui para te levar até o aeroporto, fechado? 

-Fechado! - Respondi, segurando na mão dele. Puxei-o para mais um beijo demorado, nossas línguas se entrelaçaram rapidamente, dançando a mais bela música composta pelos nossos corações que batiam rapidamente e juntos. Nos separamos quando ouvimos a campainha tocar. - Chegaram... - Suspirei. 

-Fica aqui, eu mando elas entrarem. - Assenti e ele saiu depois de me dar um beijo na testa. 

E novamente eu senti meus olhos se encherem d'água. Agora são as minhas meninas, as que rapidamente viraram partes de mim. Passou pela minha cabeça, a possibilidade de eu receber outra proposta lá e acabar ficando, ficar longe das minhas melhores amigas. Não poderei mais ligar pra Bruna e ela chegará correndo, ou atravessar a rua chorando e me jogar nos braços da Anaju, ou ouvir os gritos da Jenny. Eu estou perdida. 

Fui arrancada dos meus pensamentos pela porta sendo aberta. 

Minhas melhores amigas surgiram, ambas com os olhos marejados, Anaju já soluçava e eu só consegui levantar e me jogar no braços das três que foram meu suporte durante todo esse tempo. 

 


Notas Finais


até o próximo capítulo, amo vocês <3 <3


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