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História I Saved You - Best Thing I Never Had


Escrita por: bcausehamavitti

Notas do Autor


E ai genteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee... Não postei ontem porque estava uma enorme confusão aqui em casa, arrumei um tempinho agora pra escrever esse cap pra vocês e achei melhor postar logo. Agora eu só vou postar segunda, ok? Então, meus amores, feliz Natal pra vocês e pra família de vocês <3

Capítulo 36 - Best Thing I Never Had


POV Rafael 

Abri os olhos, sentindo meus ossos latejarem. O teto nunca foi tão interessante... Meus pensamentos estavam numa confusão sem fim, criando milhares de situações e possibilidades para o atraso de Isabella ontem. Talvez ela tenha ficado no ensaio, ou saiu com amigas... Ou com alguém que ela conheceu. Pensar que nossa relação daria certo com essa distância foi realmente uma bobagem, pensar que sobreviveríamos assim foi burrice, nós só estamos nos machucando, nos iludindo pensando que isso daria certo e quando voltássemos, tudo seria a mesma coisa. 

Me levantei com dificuldade. Meus ossos doíam de cansaço, meus dedos cansados de dedilhar a guitarra estavam doloridos de uma forma que eu desejei ficar sem tocar por um mês. Andar até o banheiro foi um desafio, em passos arrastados, eu finalmente encontrei meu reflexo no espelho pequeno da parede do banheiro. Eu estava num estado deplorável. As olheiras desenhavam meus olhos cansados e vermelhos de sono, meus cabelos engrenhados de um jeito que pente nenhum daria um jeito. Depois de, finalmente escovar os dentes, coloquei uma roupa de frio, quente o suficiente para que eu pudesse andar por Nova York sem congelar. Abri a porta do Hotel e me surpreendi. Pela primeira vez desde o dia em que cheguei aqui, apenas o frio tomava conta da cidade, mas hoje nevava. 

Os prédios, carros e árvores já não tinham mais cor, a não ser o branco, e agora estava mais frio do que nunca. Em passos lentos, cheguei no Central Park onde crianças faziam guerra de bola de neve e sorriam espontaneamente. Eu queria essa inocência de volta, ou pelo menos, o espírito infantil que, até chegar na cidade, eu tinha em excesso. Isabella mesmo dizia que eu ainda era um menino, como o Peter Pan, que não cresceria nunca, mas eu acho que, no fundo, quem me deixava assim era Isabella. Isabella fazia com que o homem se desmontasse e eu virasse uma criança novamente. Isabella me fazia sorrir espontaneamente, fazia meus olhos brilharem como uma criança que vê a neve caindo do céu pela primeira vez. E até a neve me lembrava Isabella. 

O céu azul entrava num lindo contraste com a neve, que deixava tudo no mais lindo branco, como a pele de Isabella entrando em contraste com seus olhos. 

-Rafael? - A voz de Summer ecoou em meus ouvidos como canto de anjos. Me virei para encarar a loira, escondida em seu casaco e gorro, deixando-a ainda mais angelical. 

-Oi, Summer. - Respondi e a segui até um dos bancos. 

-Você não parece tão animado, o que aconteceu? - Summer perguntou, colocando a mão sobre a minha. 

-Nada demais... Deixa pra lá. - Dei de ombros. - A festa é hoje, não é? - Summer assentiu, animada. 

-Estou muito animada com essa festa, você vai, não é? - Assenti. - A gente se vê mais tarde, então. - A loira se levantou e antes de sair, deu um beijo no canto da minha boca, que fez meu corpo paralisar. Permaneci ali por um longo tempo, admirando a paisagem. 

Tirei o celular do bolso para dar uma olhada nas redes sociais e me surpreendi. Infelizmente, foi uma surpresa ruim, como um tiro no peito ou milhares de facas perfurando meu peito lentamente, para me matar aos poucos. Isabella foi marcada em uma foto. E não foi uma das milhares de postagens com Clara, nem ao menos com uma das suas amigas de ensaio, mas sim, com um cara. Um tal de Paulo. E ela parecia estar feliz, seu sorriso ainda era o mais brilhante e sincero. A legenda dizia: Reencontro com a minha princesa. 

Então, eles já se conheciam. Eu não culpo Isabella, já que quando me atrasei, eu estava muito ocupado hipnotizado por Summer. Talvez seja o fim, talvez eu devesse assinar o contrato com a Syco junto com os meninos e ficar aqui de uma vez. Talvez não era pra ser. 
 

What goes around comes back around 

E eu não darei satisfações de nada, Isabella está curtindo a vida dela, ela está vivendo e mesmo que esteja doendo tomar a decisão de deixar o amor da minha vida pra trás, eu também irei viver a minha.

...

Depois de finalmente ter escolhido a roupa que iria pra tal festa, tomei um banho gelado, mesmo com o frio, eu precisava esfriar a cabeça e acordar, ver o que eu estava fazendo e saber se é o certo. Os longos minutos embaixo do chuveiro foram o suficiente para eu acordar. Saí do banheiro e me vesti. Esperei um pouco até receber a mensagem de algum dos meninos, avisando que já estavam me esperando. 

*

-Você está caidinho pela Summer. - João, o vocalista, disse. 

-Cala a boca. - Falei e o empurrei para dentro da casa onde Summer disse que seria a festa. 

O local estava lotado, parecia uma boate e não uma festa de boas vindas. Corpos se mexiam no ritmo da música que tocava alta, quase estourando meus tímpanos. Foi um sacrifício andar por ali, as pessoas dançavam sem medo e vergonha, deixavam apenas a música lhes tocar, e a bebida apenas ajudava. Segui os meninos até o bar e pedi qualquer bebida alcoólica e forte, eu precisava relaxar. O barman colocou o copo com a bebida azul na minha frente, e eu a virei de uma vez só. O gosto forte e ardente passou pela minha garganta, deixando meu corpo eletrizado e quente, sacudi a cabeça para me recuperar o impacto. Eu já me sentia tonto. 

E talvez por alucinação da bebida, eu senti que vi um anjo, uma aparição ou sei lá. Ela brilhava no meio de todas aquelas pessoas bêbadas. Meu olhar parou em seu rosto pálido e macio. Os olhos marcados com preto os deixavam ainda mais hipnotizante, minhas mãos já suavam. Os cabelos loiros caíam pelos seus ombros, levemente cacheados, como uma cascata de ouro. Os lábios estavam pintados num tom forte de vermelho, perfeitamente desenhados e convidativos. Desci meu olhar discretamente pelo corpo da garota. Ela estava gostosa. 

Fodidamente gostosa. 

E estava fodendo a minha mente de uma vez só. A cintura era marcada no vestido preto colado, que ia até a metade das suas coxas, deixando suas pernas perfeitas a mostra. Um discreto decote apertava seus seios, deixando-os maiores. Ela estava acabando comigo, e não precisava de palavras. Summer andou na minha direção, se equilibrando em seus saltos tão perfeitamente quanto Isabella dançava em cima dos mesmos. 

Porra, chega de Isabella! 

A loira se apoiou no balcão e pediu uma bebida, depois de virá-la por completo, seu olhar se encontrou com o meu e, em segundo, desceu para minha boca. 

-Quer dançar? - Perguntei, involuntariamente. A loira assentiu e estendeu a mão para que eu a pegasse. Não me preocupei com a música, meus olhos estavam presos na cintura da garota, que se movia quase que em câmera lenta, fazendo meu coração bater tão forte, que eu o sentia na garganta. 

Summer pegou minhas mãos e as levou para sua cintura. Eu sempre fui péssimo com dança, meu corpo travado entrou em contato com o de Summer, que envolveu meu pescoço, passando as unhas levemente naquele local. Apertei forte a cintura fina de Summer, que grudou ainda mais nossos corpos, como se fosse possível. Num ato lento, começamos a entrar no ritmo da música, nos movendo sensualmente. A garota se virou, encostando-se no meu peito. Peguei nos seus cabelos loiros, jogando-os para o lado e deixando seu pescoço livre. Me abaixei um pouco, e encostei meus lábios naquela região, sentindo seu corpo se arrepiar com aquele simples toque. 
Num movimento rápido, virei o corpo de Summer, deixando nossos rostos próximos, quase que colados. 

-E a Isabella? - Summer falou. 

-Cala a boca. - Respondi antes de colar nossos lábios rapidamente. 

POV Isabella 

There was a time

I thought, that you did everything right

No lies, no wrong

Boy I, must've been outta my mind

So when I think of the time that I almost loved you 

O teto foi minha única visão durante boa parte da minha manhã. Ana entrou no quarto trocentas vezes, me oferecendo café da manhã, querendo me levar para um passeio mas meus ossos não permitiam. Eu estava dolorida, eu estava cansada. Eu queria dormir, meu corpo implorava por longas horas de sono, mas meu pensamento estava em Nova York, pensando no motivo de Rafael ter visto minha mensagem e não ter respondido. Meu coração estava com medo, na verdade, pavor. O medo de perder Rafael era maior que qualquer dor que eu estava sentindo naquele momento. 

Eu estava me sentindo mais babaca que nunca e os motivos são inúmeros. Primeiro por estar esperando uma resposta de Rafael desde a madrugada, uma resposta que eu sabia que não viria tão cedo, eu sou babaca o suficiente para acreditar que Rafael me responderia depois de ontem. Paulo ainda fez o grande favor de postar uma das centenas de fotos que tiramos ontem durante o passeio, é óbvio que Rafael viu e já pensou em traição. 

Foram longos os minutos para que eu tomasse coragem para me levantar da cama. Saí do quarto, vendo que Ana não tinha saído. Ela sorriu assim que me viu e fez sinal para que eu sentasse ao seu lado no sofá. 

-O que houve? - Ela perguntou, acariciando meus cabelos. 

-Eu sou uma babaca. - Sussurrei, sentindo as lágrimas brotarem nos meus olhos. 

-Vem aqui, meu amor. - Ela disse, baixo e eu me joguei em seu colo, em meio as lágrimas. - Tudo isso vai passar... Eu prometo. 

...

Ana abriu a porta para que eu entrasse carregando as bolsas das comprar que fizemos durante toda a tarde. Eu precisava falar e me distrair, Ana permitiu que eu fizesse os dois. Nos jogamos no sofá, para descansar. Peguei meu celular e respondi as mensagens das meninas. O melhor momento do meu dia foi quando Bruna me contou que eu seria madrinha do bebê, passei horas sem conseguir para de sorrir. Depois entrei no Instagram, e me surpreendi. E não foi uma surpresa muito boa, muito pelo contrário, eu me senti realmente sem chão. 

You showed you ass and I saw the real you

-Eu sabia... - Sussurrei, apertando o celular. 

-O que foi? - Ana perguntou e eu apenas me levantei, indo para o meu quarto logo em seguida. Lancei meu corpo na cama, afundando meu rosto no travesseiro para abafar os soluços de um choro que eu estava prendendo desde ontem. 

Já está mais do que na cara que isso que estamos tentando não vai dar certo, nós estamos apenas forçando, empurrando com a barriga e nos machucando a cada dia que passa. Nada nessa vida fodida é pra sempre, amor então, acaba em questão de segundos, e pelo seu olhar na foto que postou, o nosso amor já estava no fim, ele apenas terminou e o jogou no lixo.

Thank God you blew it

Thank God I dodged the bullet

I'm so over you

So baby good lookin' out

O som irritante de pedido de transmissão no Skype soou pelo quarto e eu me levantei para ver o que era. Rafael pedia para conversar. Ele ainda tem coragem? Aceitei a transmissão e logo, seu rosto apareceu na tela do meu computador. Era óbvio e claro, ele estava bêbado. Seu rosto estava amassado, os cabelos bagunçados e os olhos apertados. 

-Oi. - Ele sussurrou e sorriu. 

-Oi. 

-A gente precisa conversar. - Sua voz estava trêmula e embriagada mas quem estava com vontade de vomitar, era eu. 

-Fala. - Disse, o mais seca possível. 

-É melhor... É-é... 

-É... É melhor. - o interrompi. 

-Eu beijei a Summer. - Ele disse, rápido e nervoso. Jogou uma bomba no meu colo e saiu correndo. Ele nem fez questão de esperar, de terminar, ele preferiu me trair e jogar na minha cara depois. 

I wanted you bad

I'm so through with it
 

Cuz honestly you turned out to be the best thing I never had
 

You turned out to be the best thing I never had
 

And I'm gon' always be the best thing you never had
 

I bet it sucks to be you right now

-Ah, que bom. - Falei, prendendo o choro na garganta. 

-E você beijou aquele tal de Paulo... - Ele afirmou, fazendo com que eu arregalasse os olhos. 

-Eu não beijei ninguém, em momento nenhum eu pensei em beijá-lo! Em momento nenhum eu pensei em trair você, Rafael! Seria no máximo, justo, terminar com você antes de fazer isso. Mas você não pensou nisso, você não pensou em mim. 

-Pensei, Isabella! Eu pensei em você em cada minuto desses dias, desde que cheguei aqui! - Me levantei, irritada, batendo com a mão na mesa. 

-Você pensou em mim quando beijou a Summer, Rafael? - Gritei e ele apenas abaixou a cabeça. - Chega. 

-Isabella... 

-Cala a boca! 

So sad, you're hurt

Boo hoo, oh, did you expect me to care?

You don't deserve my tears

I guess that's why they ain't there

When I think that there was a time that I almost loved you

You showed you ass and I saw the real yo

-Então, a gente se vê... - Ele sussurrou e eu neguei com a cabeça.

-Não, a gente não se vê. Eu vou ficar em São Paulo. - Falei. - Tchau, Rafael. - Finalizei a chamada e abaixei a cabeça. Talvez por impulso ou raiva, peguei o celular e liguei para o Paulo. 

-Boa noite, princesa. - Paulo disse, baixo. 

-Topa sair comigo? - Falei diretamente.

-Agora? 

-Agora. 

-Claro, passo aí em meia hora. - Desliguei o telefone e antes de entrar no banho, peguei a foto que tinha deixado no criado mudo e joguei no lixo. 

Best thing I never had. 
 


Notas Finais


é isso, meus anjinhos... até segunda <3


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