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História I Saved You - I Still Love Him


Escrita por: bcausehamavitti

Notas do Autor


MEUS AMORES, ME DESCULPEM! Eu sei que prometi que ia postar segunda mas tive um problema com o carregador do meu computador. O capítulo já estava pronto para postar mas estava salvo no computador, então foi bem difícil, MAS, eu comprei um novo e tô de volta! VAMOS PARA O CAPÍTULO! Amo vocês.

Capítulo 37 - I Still Love Him


Fanfic / Fanfiction I Saved You - I Still Love Him

9 meses depois... 

Coloquei o presente da minha pequena Júlia na mala e a fechei. Me sentei na cama, de frente para o meu namorado, que encarava a paisagem ainda emburrado. Paulo tinha trabalho durante os dois dias que ficarei no Rio e não poderá ir comigo. Faz exatas 72 horas que recebi a notícia de que a minha afilhada tinha nascido, e Bruna exigiu que eu fosse para o batizado da pequena. 

-Amor... - Sussurrei. - Relaxa, não vai demorar. - Abracei sua cintura e ele se virou, fazendo com que eu olhasse pra cima, devido a nossa diferença de tamanho. 

-Que horas é o voo? - Paulo perguntou, olhando para o relógio. 

-Daqui a uma hora. - Dei um beijo no seu rosto. -Vou me arrumar, ok? Você me leva lá? 

-Claro, princesa. Vou te esperar lá na sala junto com a Ana. - Assenti e fui para o banheiro. 

Depois de um ano longe da minha família, eu finalmente vou vê-los. Não perdi contato com nenhum deles... Muito pelo contrário, todos os dias, todos os meus amigos e meus pais me mandam mensagem. Eu queria ter ido para o Rio no nascimento da minha irmã mas não tive tempo, as apresentações e ensaios tomam o meu tempo, e finalmente, eu poderei segurá-la em meus braços. Foram longos os minutos que permaneci embaixo da água gelada, eu precisava acordar. 

-Vamos? - Abri a porta do quarto e Paulo levantou imediatamente. 

-Você tem certeza que vai? - Ele perguntou, ainda chateado. 

-Paulo, eu não vou mudar de ideia, é a minha família, são os meus amigos e a minha afilhada, eu vou e pronto. - Respondi, já sentindo a paciência indo embora, já que aquela era a milésima vez que ele perguntava se eu tinha certeza que ia. 

-Ok. - Paulo suspirou e abriu a porta para que eu passasse. Fui até Ana e a abracei forte. 

-Espero que você volte. - Ela sussurrou e eu ri, nasalado. Paulo pegou minhas malas e desceu na frente. - Você sabe o por quê de ele não querer que você vá, não é? - Neguei. - Ah, Isabella, não se faça de idiota. Ele tem medo de você encontrar o Rafael e não voltar mais.

Me senti trêmula da cabeça aos pés. 9 meses depois do dia que terminamos, pedi à todos que nunca mais tocassem no nome do Rafael e mesmo com todo esse tempo, só de ouvir o nome dele já faz com que eu me arrepiasse do primeiro fio de cabelo até o dedo do pé. Foram dias angustiantes sem poder ouvir, pelo menos, a voz do meu Sol - quero dizer - do Rafael. Foi doloroso mas nada insuportável e que eu fosse capaz de superar. Quase todos os dias, eu saí para almoçar com Paulo e três dias depois, acabamos ficando numa festa qualquer, nem percebi e pronto, já estávamos namorando. Não posso dizer que o amo, sinto atração, gosto... Mas amar? Amar não, não amar como eu o amei, não o amar com tamanha intensidade, nenhum outro conseguiria superar tudo que senti por Rafael (ou sinto). 

-Mas o Rafael está em Nova York, e mesmo se não estivesse... Não tem chances. - Falei, saindo do abraço de Ana e ela riu, fraco. 

-Isabella, eu te conheço! Um ano foi extremamente necessário para eu saber que você nunca amou tanto alguém quanto amou o Rafael, e também foi necessário para saber que ninguém irá conseguir isso. - Ela disse, segurando a minha mão. 

-Ana... 

-É sério, Isabella! O Paulo gosta de você, não o iluda. - Assenti e a abracei mais uma vez.

-Até. - Sussurrei e saí. Assim que sai do elevador, vi Paulo apoiado no táxi, me esperando. Assim que me viu, ele sorriu, fraco. Seu olhar era triste, doía em mim... Talvez Ana tivesse razão e ele goste de mim de verdade, e ela está certa que eu não conseguiria retribuir. 

*

-Eu volto, eu prometo. - Acariciei o rosto de Paulo. Já era a segunda vez que meu vôo era anunciado e a trigésima vez que ele perguntava se eu iria mesmo. - Fique tranquilo. 

-Me avise quando chegar, me avise quando estiver em casa, me mande mensagens, promete? - Paulo perguntou, segurando forte na minha cintura. 

-Prometo. - Segurei em seus cabelos e o puxei para um beijo calmo. - Tchau. - Afastei-me de Paulo, indo para o embarque. 

Meus fones foram meus melhores amigos. Encostei a cabeça na janela e liguei o aleatório do celular. Surpreendentemente, Quase Sem Querer soou em meus ouvidos, fazendo meu coração saltar, quase na boca. 

Rafael estava presente. 

Rafael estava presente nas músicas, no meu quarto, cada minuto do meu dia, cada suspiro. Rafael está em mim, cada vez que o Sol nascia, iluminando o meu quarto. Rafael me destrói todos os dias, mesmo sem querer. 

POV Rafael

Minha mão já estava trêmula. Eu não sabia se poderia esbarrar com Isabella no Rio de Janeiro, mas existia milhares de possibilidades... Depois do dia que terminamos, passei a me envolver com Summer e acabamos "namorando". Sem nenhuma troca de palavras, mensagens, eu e Isabella nunca mais nos falando. Eu decidi que ficaria em Nova York, a turnê foi um sucesso durante todo esse ano. E agora, aqui estou eu, retornando para o Rio de Janeiro, para o batizado da minha afilhada. Eu deveria estar feliz, claro. Há pouco tempo, Arthur me ligou, pedindo para que eu viesse apenas para o batizado, pois ele queria que eu fosse o padrinho. Foi um dos dias mais felizes! Ganhar uma responsabilidade dessas não é para qualquer um. 

E mesmo que eu esteja radiante, o medo me consumia a cada minuto naquele avião, cada vez que eu me sentia mais próxima do Rio de Janeiro e da grande possibilidade de eu encontrar com a Isabella, e do nada, tudo aquilo voltar. Eu posso ter ficado todo esse tempo com Summer e ter pensado que a amava, ou pelo menos, gostava dela mas me enganei completamente quando Arthur mencionou que Bruna talvez a chamaria para ser madrinha. Não que fosse uma coisa ruim, e talvez eu poderia até me controlar mas é a Isabella. 

A Isabella que esteve presente em todos os meus dias mesmo que eu lutasse para chutá-la da minha cabeça, a Isabella que fez minhas mãos suarem cada vez que meu celular vibrava e eu torcia para que fosse uma mensagem dela, pedindo para que voltássemos. A Isabella que me fez chorar todas as noites em que eu observava a Lua e as estrelas e lembrava dos nossos inúmeros eclipses, ou que eu lembrava dos seus olhos encarando os meus, ou seus lábios pequenos, doces, macios. Isabella me destruiu todos os dias, todos os dias que eu a desejei, todas as noites que ela invadiu os meus sonhos e me fez acordar suado, agoniado e quase morto de saudades. Isso faz com que eu a odeie todos os segundos da minha vida. 

Eu a odeio por ainda amá-la mais do que a minha própria vida. Eu a odeio por não poder controlar cada vestígio de amor que ainda resta em todos os meus ossos, e todos os vestígios pertencem a Isabella. 

*

-Bella! - Ouvi a voz histérica de Anaju assim que a porta automática abriu. Ouvir ela chamando por Isabella travou as minhas pernas e ali mesmo, eu fiquei. Parado, observando. A loira com os cabelos longos se aproximava dos nossos amigos correndo, feliz. Ela abraçou Anaju e depois Guilherme, Cadu, Jenny, seus pais... Ela estava inacreditavelmente linda. 

Seus cabelos iam até a metade das suas costas, uma cascata dourada, que brilhava ainda mais quando a luz ia contra seus fios, seu corpo ainda mais definido era marcado por uma calça apertada e uma blusa decotada. Seu sorriso... Seu sorriso continuava o mesmo, seu sorriso iluminava cada canto dali, uma luz forte que cegaria qualquer pessoa. Meu olhar se encontrou com o de Guilherme, que sorriu abertamente. Foi inevitável não sorrir. Depois de um ano, eu poderia abraçar o meu melhor amigo. 

-Rafa! - Anaju gritou e eu andei até eles, lentamente, tentando controlar cada batida acelerada do meu coração. Larguei as malas assim que me aproximei e abracei forte o Guilherme. 
-Que saudades, mano! 
                                                                                                                                      ... 

-Oi... - Bruna sussurrou, com um sorriso no rosto, assim que abrimos a porta. Ela era pequena, não dava para ver de longe, estava enrolada na grande manta nos braços da Bruna. 

Todos abriram espaço e eu e Isabella nos aproximamos da pequena. Os olhinhos estavam fechados, sua pequena boca semi aberta, sinal de que ela estava dormindo. Sua cabeça era coberta de uma grande quantidade de cabelos negros, passei meu dedo pela sua mãozinha e ela apertou meu dedo. Isabella passou o dedo pela testa da Júlia, enrolando seus finos fios de cabelo. E ali foi a primeira vez que nossos olhos se encontraram.  

E nós sorrimos. 

-Oi, pequena. - Isabella sussurrou, voltando a atenção para Júlia. 

-Ela é linda... - Falei para Bruna, que sorriu. 

-Posso? - Isabella perguntou e Bruna assentiu, levantando-se e em seguida, pôs Júlia nos braços de Isabella. 

Isabella sorriu. Radiante, seus olhos brilhavam enquanto ela encarava a pequena em seus braços. Anaju fez sinal para que eu me aproximasse e assim eu fiz. Me aproximei e toquei o ombro de Isabella, que arfou mas olhou pra mim e sorriu, como se me desse permissão. Envolvi seus ombros, abraçando-a e acariciei o pequeno rosto de Júlia. 

-Imagina quando eles tiverem o filho deles. - Jenny sussurrou mas foi o suficiente para que Isabella e eu nos afastassemos. 

-É-é... - Isabella gaguejou e se aproximou da Bruna, que pegou a filha. - Eu preciso ir ver a minha irmã... Mais tarde eu volto. - Antes de respondermos, Isabella saiu. 

POV Isabella

-Não, não, não! - Levei as mãos até a cabeça, me recusando. Me recusando a sentir meu coração acelerado ao sentir o toque de Rafael no meu ombro, me recusando a ter sentindo minhas mãos suando frio, me recusando a ver que sim, eu ainda o amo. 

Caminhei rapidamente até a casa dos meus pais e subi, ouvindo gritinhos infantis da minha irmã, o que me fez ser tomada de alegria. Assim que abri a porta, meus pais sorriram radiantes, abraçados com a pequena menina, que também sorriu. 

-Olha a maninha! - Minha mãe gritou. Durante todo esse tempo, eu falava com a minha irmã pelo Skype, o que faz ela lembrar de mim, já que nos víamos todos os dias. Ela tem apenas meses, mas já está grande e engatinha. E todas as vezes que minha mãe ligava o Skype, eu brincava com ela e ela ria pra mim, exatamente como aconteceu hoje. 

-Nina... - Sussurrei e me aproximei. A pequena levantou os bracinhos e eu a peguei no colo, beijando seu rosto levemente em seguida. - Eu amo você, pequena. 

-Nina, vem com o papai. - Meu pai se levantou e pegou minha irmã nos braços. Acho que percebeu que eu precisava conversar com alguém, e esse alguém, era a minha mãe. Meu pai saiu e foi para o quarto, me deixando sozinha com ela. 

-O que aconteceu? - Minha mãe perguntou e me chamou para se sentar ao seu lado no sofá. 

-O Rafael... 

-Eu vi... Vocês não se olharam durante todo aquele tempo no aeroporto... Ele falou com você? - Neguei. - Então, o que houve? 

-Eu peguei a Júlia no colo. Ela é tão linda... E ele se aproximou, e tocou meu ombro... - Sorri, involuntariamente. - E nós ficamos olhando para a Júlia... Só que a Jenny pediu para eles imaginarem quando nós tivéssemos um filho. - Senti meus olhos encherem-se d'água. - Um filho - ri -, eu e Rafael... - Ri novamente. - Eu e Rafael. 

-Filha... - Minha mãe me puxou e eu a abracei, desabando em lágrimas. - Você o ama.

-Não! - Exclamei. - Eu estou com o Paulo. - Falei pausadamente. - Eu não amo o Rafael. Não amo. Não. Amo. - Minha mãe deu de ombros e assentiu. - Posso ir pro meu quarto? 

-Claro, meu amor. - Dei um beijo na sua testa e segui para o meu quarto. Nada mudou, estava do mesmo jeito que deixei no meu último dia aqui. E o meu quadro de fotos continua ali, lotado de fotos com Rafael. Minhas pernas fraquejaram e eu me joguei na cama, chorando livremente. Estava doendo, eu precisava me libertar.

Eu ainda o amo. 
 


Notas Finais


eita


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