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História I Saved You - I Leave Everything for You


Escrita por: bcausehamavitti

Notas do Autor


Oi meus amores! Esse capítulo está bem pequeno mas foi necessário para o desenvolvimento do próximo capítulo, ok? Irei tentar postar amanhã ou depois, o mais rápido possível, tá bom? Tá bom... Espero que gostem! Não me matem, amo vocês.

Capítulo 39 - I Leave Everything for You


 

Minhas costas doíam como se um veículo giganta tivesse passado por cima de mim. A madeira do banco incomodava meus ossos, junto com o peso de Rafael sobre o meu corpo. Sua cabeça estava encostada em meu peito, e provavelmente, ele ouvia as batidas aceleradas do meu coração, sua mão agarrava firma a minha cintura e nossas pernas permaneciam enlaçadas. Seu perfume ainda me embriagava, misturado com o cheiro de vodca que pairava pelo banheiro que se manteve trancado durante toda a noite. Eu dormi muito pouco, Rafael logo dormiu agarrado a mim, enquanto eu ouvia a música alta da boate. Pensei em Anaju, o que ela estaria pensando, se ela foi embora ou ficou desesperada me procurando. Pensei nas pessoas da boate e se elas queriam usar o banheiro, ouvi duas ou três batidas na porta, mas rápidas e mesmo assim, Rafael dormia como uma pedra. 

-Dá para abrirem a porta! - Uma vez feminina e autoritária vinda do lado de fora acordou Rafael num susto. Seu rosto estava levemente amassado, deixando-o ainda mais fofo, junto com as pintinhas que pareciam ter se multiplicado em seu rosto. 

-Nós temos que ir embora. - Sussurrei enquanto Rafael coçava os olhos. Me ajoelhei na sua frente, para abotoar os botões da sua camisa, enquanto ele acordava lentamente. - Vamos. -  Rafael se levantou lentamente e caminhou até mim, enquanto eu destrancava a porta. 

-No banheiro, crianças? - A mulher de meia idade perguntou assim que abrimos a porta. - Vocês passaram a noite aqui? - Assenti e ela sorriu. - Vão pra casa. 

-Vem, Rafael. - Empurrei Rafael, que ainda estava sonolento. 

-Eu preciso de férias. - Rafael disse, rouco e baixo, enquanto arrastava seu corpo até a saída da boate. - Eu estou exausto. 

-Te entendo. - Falei no mesmo tom. - Vamos pegar um táxi. - Fomos até a calçada e eu fiz o sinal para o táxi que vinha ainda distante.

Entrei no carro na frente de Rafael, e assim que o garoto entrou, se jogou em meu colo, encostando a cabeça nas minhas pernas. Dei o endereço para o taxista e abaixei o olhar para observá-lo. 

Rafael não mudou nada. Seu corte de cabelo foi a menor mudança depois desse tempo. O seu rosto ainda continuava como um de bebê dormindo, a bochecha amassada, deixando seus lábios entreabertos e a franja caída em seus olhos, me lembrava os cachos angelicais, que o cobria completamente. A mesma mania de dormir agarrado a minha cintura, continuava e a respiração, mais calma do que nunca. Involuntariamente, meus dedos invadiram o monte de cabelos que Rafael ainda possuía, acariciando-os lentamente. Rafael envolveu minha cintura ainda mais forte, grudando seu corpo no meu. 

Eu estava fazendo uma burrice. 

Com esforço, peguei meu celular na minha pequena bolsa e assim que o liguei, vi as inúmeras mensagens de Paulo. Eu realmente estava fazendo uma burrice enorme. Digitei uma mensagem rápida, dizendo que dormi até agora e a enviei, voltando a observar Rafael em seguida. Levantei meu olhar, vendo que já estávamos estacionando em frente a minha casa. 

-Pode acordar seu namorado. - O taxista disse sorrindo e eu senti minhas mãos tremerem. Sorri em resposta e sacudi o ombro de Rafael, que gemeu, preguiçoso. 

-Acorda logo! - Falei, mais alto e Rafael se levantou, assustado. - Obrigada. - Paguei o táxi e saí, ainda empurrando Rafael. - Ei, pra onde você está indo? - Perguntei a Rafael, que andava na direção da minha casa e parou assim que me ouviu. 

-Ah, desculpa. Errei o caminho. - Ele disse e se encostou no muro. -Isabella, o que nós fizemos? - Rafael perguntou, ficando de frente pra mim. 

-Transamos. Só isso. Foi uma recaída... - Falei, rápida e cruzei os braços. Rapidamente, os olhos de Rafael escureceram e ele acordou. 

-Recaída? É essa a sua definição? - Assenti e Rafael cruzou os braços.

-Rafael, nós dois namoramos e erramos, ninguém precisa saber, é isso. - Dei de ombros, controlando as lágrimas. 

-Ok. - Ele disse, seco e se afastou. - Boa sorte com a culpa que você irá carregar, boa sorte pra conviver com as memórias de ontem. Se você pedisse apenas uma vez, eu largaria tudo em Nova York e ficaria com você, mas você prefere esconder e acreditar que isso foi apenas uma recaída, quando está escrito na sua testa que foi muito mais que isso. - Antes de eu falar qualquer outra coisa, Rafael saiu, indo para a sua casa. 

-Idiota. - Exclamei, baixo, segurando meus cabelos. Subi rapidamente, determinada do que iria fazer. Aproveitei que todos dormiam ainda e fui para o meu quarto, organizando a minha mala rapidamente. Escrevi um bilhete para os meus pais e saí, depois de observar meu quarto pela última vez. Fui até o quarto ao lado, que pertence a Nina, que dormia tranquilamente. Me abaixei, me debruçando no berço pequeno da minha irmã, e depositei um beijo rápido na testa dela. - Eu te amo. - Sussurrei e saí, antes que eu mudasse de ideia. Senti meu celular vibrar e o peguei, vendo outra mensagem de Paulo. 

WhatsApp On

Você vem amanhã, meu amor? Espero que esteja se divertindo.  11:30 AM 
                             

                                                                           Estou indo hoje, vou pegar o vôo agora. Me espera no aeroporto. 11:34

WhatsApp Off

*

POV Rafael 

Fazia horas que eu estava na cama, olhando para o teto, por mais sono que eu tivesse, eu não conseguia dormir. A imagem de Isabella ontem não sai da minha cabeça, e junto com elas, todas as lembranças de todos os momentos que vivemos, vieram à tona me deixando ainda mais confuso e perdido. Eu não sabia o que fazer, não sabia se lutava por ela, ou desistia e deixava ela ir. Eu seria muito babaca em correr atrás, depois que ela nos descreveu como uma simples recaída mas seria muito babaca por deixar o verdadeiro amor da minha vida escapar dos meus dedos por orgulho. 

-Você é um idiota. - Minha mãe abriu a porta e eu me sentei na cama, assentindo. 

-Eu sei, obrigada. 

-Vai, Rafael. Vai logo atrás dela. - Minha mãe apontou para a porta e eu me levantei, imediatamente, descendo as escadas correndo. Corri o máximo que eu pude até a casa de Isabella e bati na porta, histérico, até Eriberto abrir a porta com a cara sonolenta. 

-Oi, desculpa te acordar. - Falei e ele deu de ombros, me dando passagem para entrar. 

-Tudo bem, eu já estava acordado. - Assenti. 

-Posso falar com a Bella? - Perguntei.

-Claro. - Ele disse mas, quando dei um passo, ele me barrou. - O que vai falar com ela? 

-Ah, Eriberto... - Me sentei no sofá e ele se sentou de frente pra mim. - É difícil... Ontem nós nos encontramos e percebemos que o que tínhamos, não acabou, sabe? Eu a amo, e ela também me ama, está nos olhos dela. Ela disse que foi apenas uma recaída, mas não. 

-E você não quer desistir dela... - Ele disse, sorrindo e eu assenti. - Você tem meu apoio. Eu acho que ela está lá no quarto, eu ouvi ela chegando... Vamos lá. - Nos levantamos e assim que abrimos a porta do quarto, nos surpreendemos pois ela não estava no quarto, na cama, tinha apenas um bilhete. - Ah, não... - Eriberto sussurrou enquanto eu me aproximava do bilhete, lentamente. 

" Pai, bom dia. Tive que ir embora, me desculpe por não esperar vocês acordar mas eu quis ir o mais rápido possível. Espero que entendam, beijos. 
Bella" 

-Ela foi embora. - Sussurrei e me sentei em sua cama. - Eu deixei ela ir embora. Acho que a perdi de vez. - Eriberto passou as mãos pelo rosto, assentindo. 

-Sinto muito. - Dei de ombros. 

-Tudo bem. Eu também já sei o que vou fazer. - Suspirei e me levantei, cumprimentando Eriberto em seguida. - Até breve. 

-Tchau, Rafa. - Emanuelle disse assim que sai do quarto. Olhei para trás, vendo-a com Nina nos braços. Eu consegui brincar com a pequena um pouco durante a festa de batizado da Júlia, então ela já me conhecia e assim que me viu, abriu um pequeno sorriso lindo, que me fez voltar e pega-lá no colo. 

-Eu volto, ok amor? - Levantei-a um pouco, ouvindo sua risada angelical. Nina começou a pronunciar coisas estranhas que me fizeram rir, junto com Emanuelle e Eriberto. Dei um beijo esmagando o rosto da pequena, que empurrou meu rosto. Entreguei-a para Manu e lhe dei um beijo. - Até, Manu. - Dei um último sorriso para Eriberto e saí dali. 

POV Isabella 

-Oi, meu amor. - Falei, enquanto me aproximava de Paulo, que me encarava, sorrindo. Abracei-o forte, sentindo suas mãos em meus cabelos. Depois de lhe dar um beijo demorado, enlaçamos os dedos e fomos para o táxi. - Você se importa de apenas me deixar em casa hoje? Eu preciso conversar sério com a Ana. 

-Claro, mas aconteceu alguma coisa? - Ele perguntou, assustado e eu acariciei o seu rosto. 

-Não, pode ficar tranquilo. - Sorri fraco e lhe dei um beijo no rosto. 

-E como foi? Me conta. - Ele pediu e enlaçou nossos dedos. - E a sua irmã? 

-Ela está enorme, amor! E linda! E ela me reconheceu, acredita? - Sorri, radiante ao lembrar dos pequenos olhos da Nina. 

-Acredito. Que bom que está feliz. - Paulo acariciou meu rosto e deu um beijo na ponta do meu nariz. - E a Júlia? 

-Ah, ela também é linda. - Sorri, ainda mais radiante. - Amanhã eu volto para os ensaios. - Revirei os olhos. - Eu estou exausta... - Encostei a cabeça em seu ombro e ele deu um beijo nos meus cabelos. 

-Descansa, ok? Eu vou passar na sua casa pra te buscar amanhã. - Assenti. Paulo abriu a porta do carro e eu sai, esperando que ele pegasse as minhas bolsas. 

-Pode deixar que eu levo. - Falei e peguei as bolsas, depois de lhe dar um beijo demorado e carinhosos. - Obrigada. 

-Te amo. - Sorri, nervosa e lhe dei mais um beijo. 

-Tchau. - Acenei e subi rapidamente. Assim que abri a porta, Ana se levantou sorrindo mas o sorriso logo foi apagado quando ela viu a minha expressão. 

Meus olhos já estavam carregados de lágrimas, eu precisava de um colo. Cada célula do meu corpo doía, eu estava cansada, emocionalmente e fisicamente. Os ensaios acabam com meu corpo, Rafael acaba com o meu coração, mesmo sem querer. Ele queria voltar mas Paulo não merece, ele me deu todo amor que eu precisei durante esse tempo, é uma pessoa incrível e não merece saber que eu o traí. Larguei as malas e com um chute leve, fechei a porta. Ana, imediatamente, abriu os braços. Andei até ela, deixando as lágrimas transbordarem pelo meu rosto e nós nos sentamos no sofá. 

-Chora... É bom... - Ela sussurrou, afagando os meus cabelos. 

-Eu não sei... Eu sou muito idiota. - Falei e ela me encarou. - Eu e o Rafael transamos. 

-Eu sabia que isso ia acontecer. - Ela suspirou. - E você ainda duvidou de mim. 

-Ele disse que se eu quisesse, iria largar tudo e voltar pra mim. - Solucei ao lembrar das palavras de Rafael. - Eu o amo, Ana. 

-Eu sei, eu sei. 

-Mas e o Paulo? Ele não merece isso. - Pus as mãos no rosto mas Ana as puxou, me encarando, séria. 

-Você também não merece, Isabella! Você não merece ficar com uma pessoa que você não ame, sendo que o amor da sua vida está te estendendo a mão. Você precisa apenas segurá-la. Você vai ficar sofrendo, pensando no Rafael, você vai se prender, isso só vai piorar a situação, Isabella! - Assenti. - Liga pra ele. 

-Eu vou ligar pro Guilherme... É melhor... - Ela assentiu e eu peguei o celular. - Gui? 

-Bella! Você volta pra São Paulo e nem avisa! Qual o seu problema? - Guilherme gritou, me fazendo rir, fraco. 

-Me desculpa, sério. Ainda te amo. - Ouvi ele assentindo e ri novamente. 

-Fala... O que você quer? 

-O Rafael... Ele está com você... 

-O Rafa voltou pra Nova York, Bella... - E imediatamente, meu coração se despedaçou. Eu deixei o amor da minha vida escapar pelos meus dedos. 

-Ah, ok... Obrigada, então. Te amo. 

-Também te amo, dê notícias.

-Ele foi embora. - Falei para Ana, desligando o telefone em seguida. 

-Como assim? 

-Ele voltou para Nova York. - Senti as lágrimas em meus olhos novamente. Ana me abraçou forte e eu me deitei em seu colo, deixando todo o choro preso em mim, se libertar. 
 


Notas Finais


amo vcs
n me matem


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