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História I Saved You - Trust Me


Escrita por: bcausehamavitti

Notas do Autor


ooooooooi meus amores, estou postando agora senão eu seria morta pela Lia e pela Valéria. Então, quero dizer que este capítulo está lindo e eu estou apaixonada.
Boa leitura, amo vocês.

Capítulo 4 - Trust Me


-Esse barzinho é muito legal, a gente vem sempre aqui. - Bruna falou enquanto eu admirava cada parte daquele ambiente totalmente novo.

-Depois dos ensaios, nós no reunimos para vir. Você devia vir sempre com a gente. - Jenny falou e eu assenti, sorrindo. 

-Nossa, estou morrendo de fome. - Rafael falou, alto enquanto passava a mão na barriga. 

-Por que você tem que ser assim? - Cadu perguntou e nós rimos. - Vem, gente. Vamos comer porque eu também estou morrendo de fome. 

Nos sentamos em uma das mesas e cada um fez seu pedido. Jenny conversava com Bruna e Anaju sobre alguma de suas saídas, Cadu estava entretido numa conversa com Arthur, Gabriel, Caio e Dani conversavam sobre a banda e eu estava super entretida com meu hamburguer, já que, depois do treino, eu não tinha comido nada e estava morrendo de fome. Às vezes eles me perguntavam alguma coisa e eu apenas assentia, estava gostando de estar ali com eles, afinal, eles são super animados mas também estava me sentindo meio excluída dos assuntos. Passei todo o meu olhar no tal barzinho. Era um ambiente agradável, a música estava num volume que dava para conversar perfeitamente, era tudo extremamente limpinho, o cheiro da comida estava maravilhoso e as pessoas conversavam tranquilamente, menos o pessoal que estava comigo, dava para ouvir eles falando do outro quarteirão, o que deixava tudo muito divertido. Cada um ali tem uma característica. A Jenny é a estrela, a Bruna é toda calminha, Gabriel é realmente muito esquisito, às vezes parece que ele fuma, Caio parece ser muito inteligente, as expressões nerds dele eram muito engraçadas mas também não deixei de reparar na sua beleza e também na beleza de Cadu que era totalmente visível, ele tem um sorriso maravilhoso. A Dani é fofa porém tem um jeito todo moleque, super engraçado. A Anaju é bem detalhista e tem uma beleza de dar inveja. As meninas ali me causavam inveja, pra falar a verdade, nunca parei para me olhar no espelho por beleza, eu me olhava no espelho para ver se as marcas em meu corpo estavam sumindo, era grande a minha esperança mas a decepção era sempre maior porque quando eu chegava no espelho, mais uma marca estava ali. Nunca fui de me arrumar muito, meus cabelos loiros sempre foram desse jeito, grandes e pouco sedosos, nunca gostei de me maquiar, pra falar a verdade, nunca experimentei e também nunca me preocupei com estilo, a primeira roupa que eu pegava estava boa, já que eu saía sempre com pressa para não dar de cara com meu pai na sala com seu semblante nada culpado por ter praticamente me espancado nas últimas noites. 

POV Rafael

Chegamos no mesmo barzinho de sempre e eu me sentei ao lado da Isabella, aquela menina que eu disse que ia levar em casa. Por que eu falei isso? Não sei, foi espontâneo mas também, não custa nada, não é? Todos vão para longe, menos eu e ela, seria muito vacilo fazer isso com a menina. Ela é nova aqui e parece ser bem tímida, já que não deu uma palavra desde que chegamos aqui. Fizemos nossos pedidos assim que chegamos e paramos para conversar, como sempre, sobre assuntos totalmente aleatórios. Nossos pedidos chegaram e eu pude notar o tamanho da fome da Isabella, já que ela foi a primeira a pegar o hamburguer, notei também o quão loiro é seu cabelo, ela puxou o elástico que os prendia, fazendo com que seus cabelos caíssem pelos seus ombros como uma cascata dourada. Ela virou seu rosto e seus olhos foram contra a luz da Lua, transformando as suas íris azuis claras num azul forte e hipnotizante, não deu para não reparar nas marcas espalhadas pelos braços e não vou mentir que fiquei curioso para saber o por quê e também fiquei curioso para saber como ela conseguia ficar tão bonita sem fazer um mísero esforço. Depois de ter terminado de comer numa rapidez impressionante, ela ouviu uma palhaçada do Cadu e deu uma risada que viraria uma música facilmente.

Caralho, o que eu estou fazendo? 

Sacudi a cabeça levemente para me despertar dos pensamentos mas fui surpreendido pela voz baixa da Isabella. 

-Vamos? - Ela perguntou tímida e eu assenti. Estava tão distraído que nem notei que todos já tinham comido, menos eu. Nos levantamos e nos despedimos de todo mundo. 

-Ah, Rafa... - Cadu me chamou. - Cadê o Gui? 

-Quis ficar em casa... Sabe como ele é, não é? - Falei e nós rimos. - Mas vou arrastar ele da próxima vez... 

-Tchau, Rafa. Tchau, Bella. - Cadu se despediu e nós acenamos. Coloquei as mãos no bolso da calça e fui atrás de Isabella. Ela estava com a calça de moletom da academia de boxe e por mais que ela seja larga, marcava bastante seu corpo. A regata me permitia ver sua cintura extremamente definida e conforme ela andava, seu quadril mexia como se ela dançasse, numa sincronia e harmonia perfeita. 

-Rafael? - Ela me chamou, me tirando dos meus devaneios novamente e eu corri, para andar ao seu lado. - Pensei que tivesse ficado. - Sorri fraco. 

-Eu sou meio atrasado, desculpa. - Falei, um pouco tímido e ela sorriu. 

 POV Isabella 

Não é exagero falar que o sorriso do Rafael é lindo, sua boca era perfeitamente desenhada, como se tivesse sido feita por deuses. Enquanto ele andava, seus cabelos longos e cacheados dançavam pelo seu pescoço, ele andava um pouco na minha frente, com as mãos no bolso da calça, a rua estava um pouco escura mas as luzes do poste e a luz da lua faziam o contorno do seu corpo. Ele voltou a andar no meu lado, me fazendo notar a nossa diferença de altura, que não era tanta. 

-Você é bem tímida, não é? - Ele perguntou e eu assenti. - Não precisa ser tímida comigo... É-é... E com o pessoal. - Ele falou, nervoso e eu ri fraco. 

-Eu sou nova nessa coisa de ter amigos. - Falei e ele me olhou confuso.  

-Você não tinha amigos? - Ele perguntou e eu neguei, triste. - Mas por que? 

-Você não sabe da história, Rafael? - Perguntei pois todos já sabiam.

-Que história? 

-Todos sabem e você não... - Falei e soltei uma risada fraca. - Então... Eu te conto... -Suspirei, levemente -Eu fugi de casa... - Falei e ele me olhou incrédulo. - Minha mãe morreu quando eu tinha 7 anos e meu pai começou a se envolver com bebidas e drogas. Ele me batia todo dia... 

-E por isso você tem todas essas marcas? - Assenti e abaixei a cabeça, tentando controlar as lágrimas. 

-Meu pai tentou me estuprar. - Ele arregalou os olhos e parou de andar, me fazendo parar também. Logo notei que estávamos parados na frente dos nossos prédios. - Meu pai não... Meu pai agora é o Eriberto... - Ele assentiu e eu ri fraco, secando as poucas lágrimas que queriam cair. - Mas aí, as crianças viam as minha marcas, os pais sabiam o que acontecia e todos se afastavam de mim. Eu só tinha o Arthur. Meu Deus, por que eu estou te contando isso? - Perguntei, passando as mãos pelos cabelos.

-Agora você tem a gente e você pode confiar em mim. - Ele falou sorrindo e nossos olhos se encontraram.

-Obrigada. - Sorri fraco e ele me puxou pela cintura, me fazendo arfar. Nossos corpos grudaram, num abraço caloroso e eu pude sentir seu coração, que batia mais forte assim como o meu. Ele me soltou e me encarou, com as bochechas avermelhadas. 

-É-é... Desculpa... - Ele falou e eu dei de ombros sorrindo. - Boa noite, Bella... 

-Boa noite... Rafa... - Finalizei e corri para o prédio, subindo correndo até o apartamento do meu pai. Peguei a chave no bolso da calça e abri a porta, me deparando com meu pai, dormindo na poltrona. Me aproximei dele e passei a mão em seu ombro. - Pai... - Ele despertou assustado e se levantou. 

-Demorou, filha... - Ele falou e eu dei de ombros. 

-Desculpa...

-Tudo bem... Se divertiu? - Assenti. - Agora vai dormir. Amanhã você tem aula. 

-Mas eu não tenho uniforme. 

-O Arthur trouxe pra cá e a Manu comprou seu material novo. - Dei de ombros e lhe dei um beijo no rosto. - Boa noite, filha. 

-Boa noite, pai. - Fui para o meu quarto e tomei um banho rápido, coloquei meu pijama e me joguei na cama. 

Nunca que eu iria imaginar que uma simples fugida de casa ia mudar a minha vida desse jeito. Eu estou feliz, estou realizada. Deus realmente tem um tempo pra tudo e todos, quando eu menos esperei, a minha vida virou de cabeça pra baixo e agora eu estou aqui com uma família completa e tenho até amigos. Será que lá de cima, a minha mãe biológica está orgulhosa de mim? Será que eu fiz a coisa certa? Eu não aguentava mais aquela vida que eu levava, eu precisava mesmo dessa mudança. Eu, realmente, não tinha mais nenhuma esperança. O meu pensamento de que a minha vida ia mudar já tinha sumido, eu já tinha até me acostumado. Me levantei e fui até o espelho. Meu cabelo estava na metade das costas, eu tinha que mudar isso. Aproveitei que a Bruna tinha colocado seu número no meu celular e peguei-o para lhe mandar uma mensagem. 

WhatsApp On
 

Bruna, preciso da sua ajuda.  22:16
 

Fale, amor.   22:20
 

Eu quero cortar meu cabelo.  22:22
 

Como assim? Cortar?  22:30
 

Sim, bem curtinho.  22:37
 

Tem certeza?  22:40
 

Claro. 22:43 
 

Amanhã cuidaremos disso, boa noite.  22:55
 

WhatsApp Off

Irei cortar o máximo que eu puder, quando cortá-lo, carregarei em meu pensamento que estarei cortando tudo de ruim que aconteceu comigo, quero esquecer do pesadelo que foi meu passado e pensar na minha nova vida, minha nova família. Tenho que focar na escola e no boxe, irei pedir pro meu pai para competir. Coloquei o celular na cabeceira da cama e me deitei, sorri fraco ao lembrar de tudo que está acontecendo e fechei os olhos para dormir. Mesmo feliz, estava muito cansada por causa dos treinos. (...)

-Vamos, Bella... - A voz suave da minha mãe me acordou. - Está na hora da aula. 

-Ok, mãe. Estou indo. - Falei e cocei os olhos. Me sentei na cama e me espreguicei. 

-Como foi ontem? - Ela perguntou. 

-Foi bom... Bem divertido... 

-Fez amizade? - Assenti. - Que ótimo. Agora vá se arrumar. Vou fazer seu café da manhã.

Me levantei e fui para o banheiro, fiz minha higiene e coloquei o uniforme da escola. Saí do quarto, vendo meu pai sentado na mesa enquanto minha mãe o servia. 

-Bom dia, pai. - Dei um beijo em seu rosto e ele sorriu. 

-Bom dia... Quer que eu te leve na escola? - Neguei com a cabeça.

-Eu sei o caminho, pai. E também não é longe daqui. - Ele deu de ombros e nós comemos. Ao terminar, peguei meu material, dei um beijo nos meus pais e saí. Assim que pisei na rua, o garoto de longas madeixas cacheadas, saiu de seu prédio, sorridente. Como ele consegue estar com esse sorriso a essa hora da manhã? 

-Bom dia, Bella! - Ele acenou e eu acenei de volta. Logo depois apareceu um garoto com a cara fechada ao seu lado. Ele é magrelo e mais baixo que o Rafa. - Bella, vem cá. - Ele me chamou e eu andei até ele. - Bella, esse é o Guilherme. Gui, essa é a Bella.

-E ai. - Ele falou sério e eu sorri, fraco. 

-Relaxa... É o horário... De manhã ele fica mais mau humorado que o normal. 

-Só você consegue ficar feliz a essa hora. - Ele o respondeu e eu ri fraco. 

-Realmente, Rafa... - Ele riu.

-Vejo que estuda na mesma escola que a gente. - Ele falou, apontando para o meu uniforme. - Como eu nunca te vi lá? 

-Você é um ano a mais que eu, eu era a última a chegar e a primeira a sair. - Falei e ele riu. 

-Hoje você vai comigo, então. - Assenti, sorrindo tímida e ele pegou seu skate. - Gui, ela estuda no mesmo colégio que a gente. - Ele falou para o Guilherme, que estava distraído olhando para a parede.

-Nossa, Rafael... Descobriu o Brasil... - Ele falou e nós rimos. 

-Babaca. - Rafael resmungou e eu ri. 

-Vamos... 

Eu e Guilherme íamos andando enquanto Rafael fazia manobras em seu skate pelo meio da rua. Fomos assim por todo o caminho e ao chegarmos na escola, já vimos o pessoal. 

-Bom dia, gente. - Rafael falou e todos eles responderam. 

-Bella, tem treino hoje? - Bruna perguntou e eu neguei. - Iremos fazer aquilo que me pediu hoje, então... Depois das aulas... - Ela falou e eu assenti. (...) 

Fui para a aula mais confiante, entrei na sala recebendo os olhares intrigantes dos meus colegas de classe mas ignorei e fui para o meu lugar. Tive as aulas entediantes de Física e Matemática, dormi na maior parte do tempo mas assim que o sinal tocou, eu me levantei, indo para o lado de fora do colégio. Estava ansiosa para cortar meu cabelo. Cheguei lá fora e só vi o cacheado com seu skate na mão.

-Saiu rápido. - Ele falou e eu ri. Enquanto esperava a Bruna, olhei pelo pátio da escola. Meu coração acelerou e minhas mãos suaram. 

-Rafael... - Chamei-o, trêmula e ele me olhou confuso. - Meu pai... O biológico... Ele está aqui... 

-Onde? - Ele perguntou. 

-Está parado, encostado no carro. Olha ali. - Apontei disfarçadamente e Rafael o viu. Na mesma hora, o meu "pai" direcionou o olhar pra nós e eu pulei para trás do Rafael, num ato totalmente espontâneo. Ele se virou rapidamente e me empurrou para dentro do colégio. 

-Se acalma... Você está gelada... - Ele falou e eu me encostei na parede, passando a mão na franja que caia no meu olho. Levantei a minha cabeça, olhando pra ele com os olhos molhados de lágrimas. Eu tinha medo daquele homem. - Ei, não chora. - Ele se aproximou e segurou meus ombros. - Está tudo bem, eu estou aqui. - Ele falou, olhando dentro dos meus olhos com seus olhos castanhos penetrantes e profundos. 

Meu Deus. 
 


Notas Finais


Primeiro tenho que agradecer à todos que estão lendo, nunca que eu ia imaginar que com essa quantidade de capítulos, ia ter essa grande quantidade de visualizações, sinceramente, eu espero que estejam gostando.
Obrigada por lerem, eu amo vocês sz


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