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História I Saved You - Afraid


Escrita por: bcausehamavitti

Notas do Autor


Oi gente, então, primeiro de tudo eu quero dedicar esse capítulo a Van e a Lia que me deram uma forcinha pra escrever esse capítulo, já que foi bem difícil. Eu espero que gostem, amo vocêssss

Capítulo 7 - Afraid


Fanfic / Fanfiction I Saved You - Afraid

Acordei totalmente sem disposição. Hoje é o dia que a assistente social virá conversar comigo e eu estou extremamente assustada, pra ser mais sincera, eu estou apavorada. Meu maior medo é de que tudo dê errado, que eu não possa ficar com o meu pai, que eu tenha que voltar para aquela vida que eu tinha ou que me mandem para um orfanato. Por mais que falem que vai dar tudo certo, o medo ainda me consome, eu estou assustada com tudo isso, eu nunca pensei que isso poderia acontecer. Me levantei e fui para o banheiro, tomei um banho quente e me vesti, peguei minha mochila e saí do quarto. 

-Bom dia, meu amor. - Meu pai falou e se sentou ao meu lado na mesa. - O que aconteceu? 

-Nada. 

-Que carinha é essa? Você pensa que não mas eu te conheço, Bella. 

-Eu estou com medo, pai. - Falei, com lágrimas nos olhos. - E se der errado? 

-Oh, minha filha. Está dando tudo certo e depois de você contar tudo o que acontecia com você, eu tenho certeza que vão nos dar todo apoio do mundo. 

-Mas e se não deixarem, pai? Se me mandarem pra longe de vocês? - Deixei uma lágrima solitária cair e a sequei rapidamente. Odeio chorar na frente dos outros. 

-Não vão mandar, eu não vou deixar. Prometo. - Nos unimos num abraço caloroso, onde eu me deixei chorar. Naquele abraço eu me sentia em casa, naquele abraço eu me sentia segura, naquele abraço eu pude sentir que eu tinha um pai. Um pai que me amava e que queria, acima de tudo, cuidar de mim. E eu o amo. 

-Bella... - Ouvi a voz da minha mãe e me levantei. - Vai dar tudo certo, meu anjo. - Ela disse, com lágrimas nos olhos e eu a abracei forte. - Ninguém vai tirar você de nós. 

-Eu amo vocês. - Falei, trêmula e sai do abraço da minha mãe. - Eu vou pra aula. Amo vocês. - Ganhei um beijo de cada um deles e saí dali rapidamente. Olhei em volta, na espera de ver aquilo sorriso contagiante de toda manhã, aquela voz alegre porém ainda rouca por causa do sono que ele tentava esconder atrás de toda aquela felicidade, que sinceramente, eu não sei de onde saí porque é muita. E é aquele sorriso que melhora as minhas manhãs tediosas e sonolentas, a sua insistência em me ensinar a andar de skate, as suas brincadeiras infantis. E infelizmente, naquela manhã, ele não estava ali. Deve ter perdido a hora ou está doente mas eu sinto falta. A única pessoa que pode entender todos os gritos atormentados na minha mente naquele momento, não estava comigo, a única pessoa que me ouviria com toda paciência não está ali e, pode parecer drama mas eu estava me sentindo completamente sozinha, aquela frase "Eu estou aqui" nunca mais irá sair da minha cabeça. Eu preciso disso, pra falar a verdade, eu preciso do Rafael e eu nem sei o por quê. 

Cheguei na sala e andei lentamente até o mesmo lugar. Joguei minha mochila no chão e apoiei o rosto na mão, observando o resto da classe chegar. A professora de filosofia entrou na sala sorrindo e eu abaixei a cabeça. Eu amo a aula de Filosofia mas estava completamente sem cabeça para pensar em qualquer outra coisa que não seja aquela tarde, naquela conversa. Esse assunto estava atormentando a minha cabeça, meus pensamentos estavam uma verdadeira bagunça. Abaixei a cabeça na esperança de conseguir dormir mas os meus pensamentos não deixavam. 

-Bom dia, Bella. - Felipe disse e se sentou ao meu lado. 

-Bom dia. - Respondi e abaixei a cabeça.

-Vai dormir? Na aula de filosofia? - Assenti. - Mas você nunca dorme na aula de Filosofia. 

-Mas hoje eu quero dormir, algum problema com isso? - Ele negou. - Ótimo, boa noite. - Abaixei a minha cabeça novamente e permaneci na mesma posição, apenas ouvindo a professora falando. Continuei ali nas últimas três aulas, tentando me acalmar mas nada adiantava. O som do sinal me assustou, fazendo com que eu levantasse a cabeça rapidamente. Peguei minha mochila e sai dali, andando em passos lentos. Quando avistei o pessoal, fui até eles e Cadu me abraçou de lado. - Oi, gente. 

-O que aconteceu, Bella? - Anaju perguntou. 

-O que o Rafael fez? - Jenny perguntou. 

-Como o Rafael entrou nessa conversa? - Perguntei e eles riram. - Hoje a assistente social irá lá em casa. Eu estou com medo de tudo dar errado. 

-Relaxa, Bella... - Gui falou e eu sorri fraco. 

-Isso, vai dar tudo certo sim. - Cadu falou e beijou meus cabelos. 

-Qualquer coisa corre lá pra casa. - Bruna falou e eu ri. Abracei cada um deles e me despedi. 

-Tchau, gente. Amo vocês. - Falei e saí dali. Caminhei até a minha casa no mesmo silêncio perturbador. Assim que entrei, fui direto para o meu quarto e me joguei na cama. Ouvi batidas fracas na porta. -Entra. - Pedi e a porta se abriu. Era a minha mãe. 

-Vem cá. - Ela se sentou na ponta da cama e eu deitei a cabeça em seu colo. - Meu amor, você precisa ficar calma. Ela não irá falar nada demais, ela só vai te fazer perguntas. 

-Mas e se alguma das minhas respostas acabar fazendo isso dar errado, mãe? 

-Não vai, Bella... Não será um bicho de sete cabeças, eu prometo. 

-Vocês ficarão comigo lá na sala, não é? 

-Claro. - Ela falou enquanto acariciava meus cabelos curtos.

-Bella? Manu? Ela chegou. - Meu pai nos chamou e nós nos levantamos. - Eu amo você. - Ele falou e beijou meus cabelos, andei até ela, que estava sentada no sofá. Ela era jovem, bonita, os cabelos eram negros e ela carregava um sorriso simpático em seu rosto. 

-Você é a Isabella, não é? - Ela perguntou e eu assenti, ela estendeu a mão pra mim e eu a apertei gentilmente, antes de me sentar no sofá. 

-Pode me chamar de Bella. - Falei e ela sorriu. 

-Bom, então pode me chamar de Duda. - Ela disse e eu sorri fraco. - Então, Bella... Podemos começar? - Assenti. - Primeiro, quero que saiba que está tudo dando certo até agora, o Eriberto conversou comigo e eu conversei com o juiz, eu só preciso te fazer umas perguntas para poder seguir com o caso, tudo bem pra você? - Assenti. - Então, primeiro eu quero saber como você se sente agora, vivendo com a Manu e com o Eriberto. 

-Me sinto feliz. Eu nunca mais me senti feliz dessa maneira depois que minha mãe morreu. - Falei baixo e ela sorriu. 

-E por que? 

-Porque meu pai me batia. As marcas agora estão sumindo mas antes, cada dia tinha uma nova. 

-E por que ele te batia? Quando isso começou? 

-Isso começou depois da morte da minha mãe, eu tinha 7 anos. Ele nunca gostou muito de mim. 

-E como você chegou a essa conclusão? 

-Primeiro que a Ana, a minha mãe biológica, me disse que ele nunca quis que ela me tivesse, ele até tentou fazer com que ela abortasse mas ela quis que eu nascesse. Eu era feliz com a minha mãe e depois que ela morreu, as minhas noites viraram um verdadeiro inferno. 

-Isso acontecia só a noite? - Ela perguntou confusa e eu assenti. 

-Ele ia trabalhar e chegava bêbado, ou drogado. Me dizia coisas horríveis, principalmente que a morte da minha mãe era culpa minha, aí depois ele me batia, com chinelo, cinto ou com a mão mesmo. 

-E você aturou isso por nove anos? - Assenti. - Então, o que te fez fugir. 

-Ele tentou me estuprar, ou pelo menos parecia que era isso que ele queria. 

-Me conta como foi isso. 

-Eu cheguei da escola e fui pra casa com meu melhor amigo, o Arthur. Nós fomos pro meu quarto e colocamos um filme, não aconteceu nada, sério. Nós apenas dormimos durante um filme, sempre fazíamos isso e ele ia embora antes do meu pai chegar, só que dessa vez, ele chegou mais cedo, expulsou o Arthur e começou a falar que só queria que ninguém encostasse em mim. Disse que eu estava com um corpo bonito e passou as mãos na minha perna, eu o empurrei e saí correndo. 

-E como você encontrou o Eriberto e a Manu? 

-Eu estava na praça. Eu corri até aqui. Eu estava sentada em um dos bancos dali debaixo e eles passaram, logo depois a minha mãe veio conversar comigo e eu subi com ela. 

-Ah, você já a chama de mãe. - Ela disse encantada e eu sorri, assentindo. - Enfim, você continuou aqui durante todos esses dias? 

-Sim, eu depositei toda a minha confiança neles. No primeiro dia já senti que podia confiar neles mas obviamente, desconfiei um pouco, qualquer pessoa confiaria. Agora eu os amo. 

-Bom... Eu não tenho certeza mas acho que tudo dará certo, não tenho total certeza porque você fugiu de casa, seu pai biológico já te viu depois disso? - Neguei. - E ainda teremos que conversar com ele porque a guarda ainda é dele e você é menor de idade. 

-Mas e se eu não quiser ficar com ele? 

-Isso que eu vou ver com o juiz, teremos que torcer para que tudo dê certo. 

-Isso tem que dar certo. - Falei, alterando a voz. 

-Eu farei de tudo, Isabella mas não posso garantir. 

-Eu não ficarei com ele, não irei para outro lugar que não seja a minha casa e a minha casa é aqui. - Falei, sentindo as lágrimas caírem pelo meu rosto. - Eu não ficarei com outras pessoas que não sejam meus pais e meus pais são eles dois. 

-Bella... Se acalma... 

-Eu estou falando sério. Eu vou ficar aqui e acabou, o juíz querendo ou não. - Finalizei e saí dali. Desci correndo e saí do prédio, ainda chorando. Toda a minha angústia de hoje cedo, era um sinal de que isso podia dar errado, eu sabia! Perdi as forças dos meus joelhos e caí sentada em um dos bancos, encolhi meus joelhos e escondi meu rosto, deixando todas as lágrimas caírem. 

-Bella? - Ouvi a voz. Aquela voz. Levantei a cabeça, me deparando com o Rafael com a expressão preocupada. - Aconteceu alguma coisa? - Assenti e no mesmo instante, ele abriu os braços. Corri até ele, abraçando-o forte, sentindo seus braços me envolverem, como forma de proteção. Encostei a cabeça em seu peito, ouvindo seu coração e ele acariciou meus cabelos. - Calma... Vem cá. - Andamos até os bancos e nos sentamos. - Me conta o que aconteceu. - Depois de contar, ele acariciou meu rosto levemente, fechei os olhos, sentindo seu toque. - Eu - ele falou apontando para si - eu, eu Rafael Vitti, eu - comecei a rir - Eu estou falando sério. Eu não deixarei ninguém te tirar daqui. Eu não vou deixar ninguém tirar você de mi... É-é... De nós. A gente te ama. - Ele disse, sorrindo. - Vem cá. - Ele me puxou e eu encostei a cabeça em seu peito. 

-Por que você não foi pra aula hoje? - Perguntei quando já estava mais calma. 

-Perdi a hora. - Ele falou e eu ri. - Ei, você vai pra festa da Jenny amanhã? 

-Festa? Que festa? - Perguntei.

-A que ela vai fazer na casa dela. 

-Não. 

-Por que não? 

-Não sei. 

-Ah, você vai sim. - Ele falou e eu ri. - Você vai e acabou. 

-Ok, mas antes, eu tenho que pedir pro meu p...

-Isabella! - Ouvimos o grito firme do meu pai e nos levantamos. 

-Eu tenho que pedir pro meu pai. - Falei, sem tirar os olhos do meu pai, que nos olhava sério. - Boa noite, Rafa. Até amanhã. 

-Até amanhã, Bella. 

-Tenta não perder a hora. - Falei e ele riu. 

-Vem, Isabella. - Meu pai falou e eu fui até ele. - Nós temos que conversar, você não acha? - Assenti e nós entramos. Me sentei no sofá de frente pra minha mãe e pro meu pai.

-Primeira coisa... Você precisa se acalmar. - Minha mãe falou. 

-Eu estou calma. 

-Não parecia. - Meu pai falou. 

-Agora já estou. - Falei e ele assentiu. 

-Nós daremos um jeito. Nós temos que ter fé, ela não deu certeza de que isso não vai dar certo, não aja impulssivamente. - Ele falou e eu concordei, com a cabeça abaixada. 

-Desculpa... 

-Tudo bem, nós entendemos você. - Nos levantamos e eu os abracei. - Nós te amamos. 

-Eu também amo vocês. 

-Agora vá dormir, amanhã você tem aula. - Minha mãe falou. 

-E se acalma, esquentadinha. - Sorri e fui para o meu quarto. 
 


Notas Finais


Então, meus amores. Estão gostando? Eu espero que sim, né ahahhaha o próximo capítulo será bem engraçado, já estou dando uma prévia pra vocês se prepararem.. HAHHAAH até o próximo capítulo, amo vocês.


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