1. Spirit Fanfics >
  2. I See Fire >
  3. Un día a la vez

História I See Fire - Un día a la vez


Escrita por: jauresquad

Capítulo 4 - Un día a la vez


Fanfic / Fanfiction I See Fire - Un día a la vez

- 19h09min, Miami.
 

Lauren's POV.

Consegui chegar à casa dos meus pais a tempo do almoço. Já havia almoçado e ficado a tarde inteira lá e agora conversava somente com a minha mãe já que meu pai tinha voltado para o trabalho e Chris e Taylor tinham saido, enquanto eu assistia minha mãe lavar a louça sentada na bancada da cozinha comendo uma maça.

-Tá mãe, está tudo bem, você sabe que se houvesse algum, qualquer um problema eu falaria com vocês. -Falei com a boca cheia e a maça em uma das minhas mãos.

-Sabe, eu não sei disso não e tenho medo do que você possa aprontar. -Revirei os olhos pra insistência da minha mãe em saber se havia algo errado na minha vida.

Narrativo POV.

"Faziam 8 meses que Lauren morava sozinha, morava no apartamento que ganhou de seu avô localizado no bairro de Edgewater Midtown em Miami mesmo, em um condomínio que se podia considerar altamente luxuoso. Seu avô tem uma empresa de grande porte com duas filiais, uma em New York e outra em Miami, porém sua família não vivia com tanto luxo quantos seus avos. Seus pais Michael e Clara Jauregui levavam uma vida mais simples, seu pai Michael nunca quis se envolver em negócios da empresa, ele até prestava serviços para a empresa que era de sua família, mas nunca quis se envolver de caso adentro, alegava que queria crescer e viver por ele mesmo não nas costas de seu pai, e que já tinha o suficiente para viver bem com sua família, o que Lauren achava uma burrice já que tanto dinheiro para ser gastado e seu pai resolveu ser gerente em uma loja de carros podendo ser dono de uma das maiores empresa de peças automotivas que era de seu avô. Sua mãe, Clara era uma grande advogada e acho que por isso os argumentos de Lauren sempre foram tão bons, cresceu vendo sua mãe fazer processos, ensaiar jure e até mesmo ir ao escritório onde sua mãe trabalhava desde que Lauren era pequena. Como era de se constatar, seus pais não tinham tanto dinheiro quanto seus avos, mas ainda sim seus pais tinham boas condições. Seus irmãos Chris e Taylor eram mais novos que Lauren e ainda estavam no Ensino Médio moravam juntamente com seus pais, Lauren por ser a mais velha, também era mais mimada por seu avo e o mesmo tinha o sonho de que Lauren estudasse para que algum dia assumisse seu lugar em sua empresa, que também de certa forma a pertencia já que seu único herdeiro que era Michael, não quis se envolver nos negócios.

Lauren sempre foi a “menina popular” aquela menina bonita da escola que provoca boca aberta em todos os meninos e na maioria das meninas, ela era popular no Ensino Médio e isso não mudou quando entrou para Florida Barry University, sempre rodeada de “amigos”, é conhecida também pelo seu sobrenome e ser a herdeira preguiçosa da “Auto Jauregui” empresa que era conhecida em todo EUA por ser uma das mais populares de peças automotivas, sempre era chamada para as melhores festas e ela fazia questão de participar de cada uma delas. Mas muitas pessoas a julgavam por apenas ser a rica que só fazia besteiras e até ela mesma se sentiu assim por pelo menos um ano de sua vida, mas ela estava amadurecendo, ela queria mudar ela queria mudar verdadeiramente, ela nunca tinha considerado as propostas do seu avo de estudar para assumir a empresa. E nunca deu ouvidos aos seus pais por não acreditarem nela. Clara e Mike pregavam sempre o mesmo discurso de sempre: “Lauren não tem responsabilidade, Lauren só quer beber e sair” e ela estava bem cansada desse tipo de coisa, mas seu avô sempre acreditou na neta, tanto acreditava e a mimava que deu um apartamento a ela quando ela decidiu que seria melhor sair de casa, deu seu Mustang quando a mesma completou 18 anos, e Lauren obteve tem 9% das ações da empresa quando seu pai decidiu que ela já estava velha demais para ele continuar a sustentando e dando mesada, que ela deveria trabalhar por conta própria, e a mesma foi correndo contar ao seu avô que decidiu fazer um acordo com ela, daria 9% das ações da Auto Jauregui se ela concordasse em ser sua auxiliar na empresa pelo menos 3 vezes ao mês, e ela concordou pois 9% de uma grande empresa é bastante dinheiro pra uma jovem de 19 anos. Seu pai claro, não concordou com a vida fácil que seus avos proporcionavam a menina, ele alegava que ela não iria mudar se sempre estivesse tudo que deseja em suas mãos, mas seu avô não deu ouvidos e alegou que Lauren mudaria seus hábitos na hora certa e que acreditava no desenvolvimento da jovem quando ela certamente entraria em seu testamento para herdar sua empresa caso se mostrasse capaz. E ela queria mudar, queria mostrar aos seus pais que era digna de toda confiança que seu avô sempre teve nela, queria viver sua vida organizada da melhor maneira possível, queria ser reconhecida não por ser herdeira rica de uma empresa, mas queria ser reconhecida por coisas boas, queria ser lembrada, mas não pelas besteiras de seu passado, ela havia mudado, havia enxergado que era hora de parar apesar de ser jovem, muitas vezes viver a vida no extremo não é a melhor opção, ela havia aberto os olhos para as coisas que ela sempre fez questão de se fazer cega. E seu empurrão foi aquela noite, antes das férias aquela noite que ela perdeu um de seus grandes amigos, aquela noite que ela tanto se sentia culpada, aquela noite que ela jurou que não viveria mais dessa forma, ao extremo."

Lauren's POV.

-Minha filha, você sabe que eu e seu pai só estamos preocupados com você, Lauren três meses atrás nós tivemos que chamar os bombeiros porque o seu apartamento estava saindo fumaça, você tem noção do que é te fazer uma visita e ver aquilo como se estivesse pegando fogo enquanto você estava desacordada junto com um bando de pessoas que eu tenho certeza que você não conhecia nem a metade?! -Minha mãe não desistiria desse mesmo dialogo.

-Mãe, foi só uma festa... Porque diabos você insiste em falar disso toda vez que a gente se vê?

- Lauren Michelle, você tem noção do desespero? Você não conhece a Lei nº 2.848 Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem: Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. –Disse esbanjando seus conhecimentos juridicos, enquanto colocava um prato no escorredor e se virava para me encarandar.

-OK DOUTORA CLARA JAUREGUI, MAS NÃO TINHA NADA PEGANDO FOGO, Lucy apenas esqueceu a pipoca no fogão e tinha estourado por isso aquela fumaça e cheiro de queimado, você sabe disso. Mãe já faz três meses, supera. -Disse as palavras já quase gritando com a minha mãe. Essa história enche o saco.

-Três meses é muito pouco tempo pra eu superar isso Lauren.

-Por isso eu odeio fazer visita a vocês, parece que só me chamam aqui ou me fazem “visitas” pra me avaliar. - Já querendo ir embora dali antes que se tornasse mais uma briga, peguei minha bolsa que estava na bancada da cozinha, enquanto parei no meio da sala para respirar e continuar a falar, porem com mais calma:

–Eu estou cansada disso, eu mudei ok, eu estou tentando melhorar mas vocês não dão uma chance de enxergar isso. Estou indo embora, manda um beijo pro Chris e pra TayTay.  -Me virei e já estava saindo quando congelei na porta ao ouvir as palavras da minha mãe:

-Alexa esteve aqui.

Me virei aos poucos, mas nada disse apenas com olhar fixo nos verdes da minha mãe, apenas concedendo silenciosamente a permissão necessária para que ela pudesse prosseguir.

-Ela disse que tentou te procurar, tentou te ligar, mas você não a respondia de forma alguma. Ela acha que você se afastou dela por se sentir culpada, que ela entende, mas sente sua falta e não queria que de forma alguma as coisas fossem dessa forma. -Clarafalava calmamente, porém em um tom triste que era visivelmente perceptível. -Lauren... Está tudo bem?

-Eu não sei, nós nos encontramos uma vez nas férias, tomamos um café no Brumm’s e nada mais, as coisas não foram estranhas mas também não foram normais, eu me afastei de tudo e todos mãe, e está sendo uma mudança boa pra mim, eu soube que Alexa deixou de frequentar as festas também, mas não tivemos contato.

-Ela foi ao Canadá com sua família, ela veio aqui uma semana depois que as férias começaram. Eu não tenho certeza se ela já voltou da viagem.

-Oh, por isso eu não tenho a visto na faculdade.

Clara deu alguns passos para se aproximar de mim até chegar em minha frente na porta da enorme casa.

–Eu só quero que você saiba que não precisa passar por tudo sozinha na vida Lauren.  -Colocou a mão no meu rosto enquanto fazia um leve carinho na minha bochecha. -Você tem essa mania de ser inconsequente e se fechar em sua própria bolha quando não consegue lidar com algo e eu só tenho medo do que você possa fazer.

-Então é por isso o cuidado excessivo?  Perguntei retirando a mão da minha mãe e já virando de costas para abrir a porta e sair.–Fique tranquila, eu não vou me drogar ou botar fogo em nada, nem pichar os muros da faculdade, muito menos bater com o carro do papai por vingança. Eu não faço mais esse tipo de coisa.

 Depois de não prolongar mais a conversa com a minha mãe decidi sair ao menos olhar para trás. Não adiantava, meu pai e minha mãe só queriam ter certeza que eu não arranjaria problemas para eles resolverem, eles nem ao menos acreditavam ou queria mostrar que se importavam comigo.

Entrei no meu carro e dirigi nervosamente até chegar em meu apartamento.

-Oi garoto, como você tá? Pegazus, a mãe não pode te pegar agora... -Ali estava eu, cariciando meu labrador retriever que fora minha unica companhia desejável esses últimos meses.

Entrei na minha suite e enquanto tomava um banho frio me senti cansada e confusa, cansada de meus pais me tratarem como uma adolescente inconsequente enquanto eu só vinha dando provas que havia realmente mudado. “-Três meses é muito pouco para eu esquecer Lauren.” Eu repetia as palavras da minha mãe num tom de deboche enquanto deixava a água gelada cair nos meus cabelos. Eu estava confusa por saber que Alexa havia procurado minha família sem eu saber ao menos o porquê, na verdade eu sabia o porquê, eu sabia que teria que encarar à minha amiga uma hora ou outra, que as coisas não poderiam ficar simplesmente desse jeito.

Decidi por fim ao banho, vesti um pijama e me contentei em não comer nada, me sentia sem apetite. Por fim achei melhor ler um de meus livros até porque já era noite e eu tinha esperanças de pegar logo no sono. 

Procurando na minha escrivaninha, eu sorri mesmo que internamente ao ver o livro "100 anos de Solidão" lembrar da tal menina invisível que eu quase atropelei hoje. “Será que ela vai estar na universidade amanha?” O pensamento foi quase que instantâneo, eu não sabia porque mas sentia uma vontade de esbarrar com a tal Camila de volta e entender todos os porquês que ela havia deixado na minha cabeça no ultimo encontro.

“C a m i l a”  eu repetia enquanto apenas me deitava na cama com somente a luz do abajur iluminando meu quarto e meu livro nas mãos, sorri quando tirei o marcador de paginas e li aonde havia parado da ultima vez.

“-Los cambios no siempre son recibidos por los demás y no siempre bien aceptados. Lo importante es vivir un día a la vez.”

E assim eu já bocejava enquanto sentia meus olhos pesados e o sono me alcançando, então me permiti relaxar o meu corpo enquanto olhava para o teto eu lia novamente a frase, mas dessa vez  eu lia em voz alta.

As mudanças nem sempre são bem vindas por outros e nem sempre bem aceitadas. O importante é viver um dia de cada vez”

Permiti fechar meus olhos já sendo vencida pelo sono, mas pronunciei em voz alta mais uma vez já de olhos fechados:

-O importante é viver um dia de cada vez.


Notas Finais


Se estiverem lendo e gostando, se pudessem por favor deixar um comentariozinho independente se for bom ou ruim eu agradeceria. Até a próxima!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...