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História I See You - III - Scream


Escrita por: MahForever21

Capítulo 4 - III - Scream


Fanfic / Fanfiction I See You - III - Scream

   

I See You

Start The Game


 

  Um Grito.


 

Um grito foi o bastante para avisar a todos no navio que algo horrível havia acontecido.

 

O grito de Megan atravessou paredes e arrepiou a todos, era um grito de horror, um grito que muitos não iam esquecer.

 

Jessica e os outros correram pelas escadarias de emergência para o andar de onde foi ouvido o grito. Por causa da falta de luz, muitos tropeçaram uns nos outros. O Professor Jordan tentava manter a calma, mais era inevitável, todos só queriam saber o porquê do grito de Megan. Os adolescentes já estavam no meio da escadaria, quando Megan surgiu no topo da escada com uma expressão horrorizada. A mesma tremia e tinha os cabelos presos em um coque desarrumado.

 

      – Megan, o que aconteceu? Perguntou Jessica

    

Megan não falou nada, só continuou com uma expressão de horror na face, Jordan empurrou Megan para trás, a Garota​ foi segurada por Jessica. Em seguida o professor continuou a subir as escadarias para ver o que tinha acontecido. Mas ao chegar no começo do corredor, ele parou e então viu, no fim do corredor, o corpo de Michelle.

 

Os adolescentes surgiram logo em seguida, mas o professor Jordan se virou e abriu os braços, impedindo que os adolescentes continuassem.


 

    – Não olhem, voltem todos para o salão. AGORA! Ordenou o professor

 

Mas os gritos de horror foram inevitáveis, os alunos viram o corpo de Michelle próximo a porta de elevador, Chelsea deu um grito e caiu no chão, Christy ficou pálida e sem qualquer emoção no rosto, a garota cambaleou e caiu para trás, a multidão segurou Christy.

 

Aos gritos dados pelo professor, a multidão recuou e desceu pela a escadaria, o professor que estava com uma expressão horrorizada, desceu as escadas logo em seguida.

 

O Jogo havia começado.


 

...


 

     Chelsea não parava de chorar, Michelle havia sido como uma irmã que a garota nunca tivera, Tobias, Kim e outros dois garotos tentavam acalmar a Garota, que segurava um copo com água gelada. Já Christy, estava isolada em um canto do salão, milhões de pensamentos passavam pela a mente da morena, mas ela não havia entendido como não tinha conseguido chorar, talvez a garota ainda não tivesse acreditando que sua amiga tivesse morrido, além disso, ela estava preocupada com Oliver, que havia sumido.



 

  Mais duas pessoas choravam em silêncio, enquanto o resto estava calado, alguns tentavam entender o que havia acontecido naquela noite.

 

As luzes de emergência na parede eram a única iluminação no salão, a música havia parado e o único barulho era o do choro de Chelsea.

 

A porta do salão se abriu e Jordan com uma expressão nervosa entrou no salão, o mesmo se colocou no centro do cômodo e começou a falar.

 

     – Eu tentei avisar sobre o ocorrido para o capitão do navio, mas ele não abriu a porta! Disse Jordan aos alunos

 

Ninguém respondeu, mas o pânico era claro no rosto de todos ali.

   – Então o que fazemos agora? Vamos deixar o corpo da Michelle lá em cima? O que vamos fazer, Jordan? Perguntou Jessica de uma maneira nervosa nunca vista por todos ali 

 – E… Jordan ia falar mas foi interrompido 

   – Não estamos todos aqui! Disse Tobias notando a falta de alguém no salão

      – O que? Perguntou Jordan

   – Oliver, ele não está aqui! Disse Tobias

 

Jordan olhou em volta, viu expressões de horror na face dos alunos, viu olhos vermelhos por conta do choro, mas não viu Oliver.

   

  – Você sabe aonde ele está Christy? Perguntou Jordan

   

Christy, que estava em choque, fez que não com a cabeça.

 – Tudo bem, eu irei procurar Oliver, quero que todos fiquem nesse salão, e não saiam por nada, eu vou tentar entrar em contato com o capitão mais uma vez! Disse Jordan

  – E se você não conseguir falar com ele? O que vamos fazer? Perguntou Natalie enxugando os olhos

   

Jordan encarou os alunos e com poucas palavras e em um tom baixo,  ele disse;

   

    – Não Sei.

 

Em seguida, o mesmo saiu pela a porta e deixou os alunos lá dentro.



 



 

   Jessica carregava em seu rosto, uma expressão confusa e triste. Ela não conhecia Michelle tão bem, mas ela sabia que ninguém merecia morrer daquele jeito, Ela viu Christy, sentiu vontade de ir confortar a ex- amiga, mas então lembrou de todo o tempo que passou sem falar com a garota, e então engoliu a vontade.

 

   – Você está bem? Perguntou Dylan se aproximando de Jessica

   – Não, mas vou ficar. Disse ela em um tom triste

   – Prefere ficar sozinha? Ou posso te fazer companhia? Perguntou Dylan

   – Acho melhor ficar sozinha agora, acho que todos estão meio distantes uns dos outros, espero não ter sido grossa. Disse ela forçando um sorriso

   – Tudo bem, eu entendo, espero que você fique bem. Disse ele dando um toque carinhoso no ombro de Jessica

 

A loira encostou a cabeça na parede e sentiu o cansaço pairar sobre o seu corpo, relaxou, fechou os olhos e ignorou os choros, e o ar mórbido ali presente e então, dormiu.


 

 

  

    – O que vocês​ acham​ que aconteceu? Perguntou Kim que parecia interessada na morte de Michelle

    – Não se sabe, Kim, talvez não seja melhor falar disso agora. Disse Sidney, que estava ali perto.

    – Talvez seja melhor ouvir a Sidney, a morte foi recente, e é um assunto bem delicado, vamos evitar falar disso. Disse Peter que estava próximo

 

Sidney deitou a cabeça no ombro de Clark, Carly continuou calada, Kim calou-se e Peter fez silêncio.

      – O que vamos fazer se o Jordan não conseguir entrar em contato com o capitão? Perguntou Sidney quebrando o Silêncio

         – Ele vai conseguir, Talvez o capitão tivesse ido ao banheiro, e por isso ninguém atendeu a porta. Disse Carly com um pouco de esperança na voz.

   – É, mas e se… Sidney foi interrompida

   – “E se” nada Sidney, o Capitão não vai sumir assim, ele não pulou no mar, ele tem que estar aqui. Disse Kim

 

Sidney calou-se e continuo a martelar para si mesma o que eles iriam fazer caso o capitão tivesse realmente sumido.

 

 



 

   Uma lanterna clareava o caminho de Jordan, que procurava por Oliver, o mesmo tinha usado o alto falante para chamar o garoto e mandar o mesmo para o salão, porém não obteve respostas e por isso continuo a procurar o garoto. Vasculhou nos dois andares e então chegou no andar onde o corpo de Michelle estava. Com as pernas bambas, o professor checou um a um dos quartos, ele evitava olhar para a ponta do corredor, pois era lá que o corpo de Michelle estava. Ele então chegou no quarto onde tinha sido destinado a Oliver e então entrou. Ouviu o barulho do chuveiro na casa de banho e então deduziu que o jovem estava tomando banho.

 

    – Oliver? Chamou Jordan batendo na porta da casa de banho.

 

O professor sentiu algo molhado encostar em seus pés, e então olhou para baixo e viu que água com uma cor avermelhada saia da casa de banho, Jordan deduziu que fosse sangue e abriu a porta, pois ele temia que o garoto estivesse ferido.


 



 

   Outro grito.


 

Um grito masculino ecoou nos ouvidos dos adolescentes, que se aglomeraram em um canto do salão.

 

    – Devemos ir checar? Perguntou Jessica nervosa

    – Talvez não, Jordan pediu que ficássemos todos aqui e gritos geralmente​ não significam coisas boas. Disse Samantha, que tremia

    – Ele deve estar ferido, talvez seja melhor ir checarmos. Disse Natalie que já se apressava para sair do salão

     – Não! Aonde você pensa que vai? Você não vai sair! Disse Jessica segurando o braço de Natalie

     – Talvez seja melhor irmos vermos, ele pode estar ferido, Jessy! Disse Natalie tentando se soltar de Jessica

 

Não demorou muito para que a porta fosse aberta, assustando todos. Jordan passou pela a porta com uma expressão de horror. Todos encaravam o professor e esperavam por uma resposta.

 

    – Você o encontrou? Você achou o Oliver? Perguntou Christy

   – E-eu Sinto muito, Christy. Disse Jordan gaguejando

 

Christy demoro um pouco para entender, mas quando entendeu, cambaleou e caiu no chão de madeira do salão, a mesma colocou-se a chorar, Chelsea se aproximou para tentar ajudar Christy a se levantar, mais Christy ignorou a presença da amiga e continuou no chão chorando.


 

Duas mortes abalaram os adolescentes naquela noite, mas a de Oliver foi o que fez com que os jovens perdessem o controle de si mesmos.

 

   – CHEGA! Eu não vou ficar nesse navio mais um minuto, eu exijo voltar para a costa mais próxima. Disse Jensy com raiva na voz

 

A garota seguida por um grupo seguiu até a porta, e saiu, Jordan não impediu nada, o mesmo estava traumatizado demais para fazer algo. Em seguida, Jensy e o grupo foram até a cabine do capitão.

 

    – Jordan! Você não vai fazer nada? Não pode deixar eles saírem! Disse Jessica

 

Mas Jordan não falou nada, a loira então saiu do salão e seguiu o grupo que ia para a cabine.  

    



 

   – Jensy! Gritou Jessica parando a garota, que parecia ser a líder do grupo que estava prestes a arrombar a porta da cabine

   – O que foi Jessica? Gritou Jensy

   – Jensy! Me escuta, talvez seja melhor ficarmos todos no salão até o amanhecer, não sabemos se a morte foi acidental ou se alguém matou eles, e se a pessoa que matou eles dois, continua aqui? Talvez seja melhor voltarmos para o salão. Disse Jessica

   – Não, Jessica! Eu não vou ficar em um navio com dois corpos, e é como você disse, não sabemos se a morte foi acidental ou não, precisamos cair fora. Disse Jensy em um tom alto

 

Ela, Mel, Megan, Clark, Max, Tobias, Sidney e Carly continuaram indo para a Cabine. Jessica ficou lá parada no meio do escuro, apenas as luzes de emergência iluminavam a garota, e então, seu telefone notificou algo.


 

       “Jessica, Garota inteligente, Aposto que você se sairá bem nesse jogo. Já Não posso dizer o mesmo deles. – Desconhecido"

 

 


 

   Jessica gelou, porque ela estava recebendo aquelas mensagens? Não havia sinal telefônico, e não havia lógica para aquelas Mensagens. Jessica, assustada, voltou para o salão.



 

 

 

   Jensy batia histericamente na porta da cabine, mas ninguém ouvia a garota, Os outros atrás dela, já pensavam em voltar o salão

 

    – Talvez possamos arrombar a porta! Disse Clark

    – Só não possamos, como devemos. Disse Max com fúria na voz

 

O grupo se preparou e contaram até três, e então, com pontapés e chutes, a porta se abriu.


 

  E então foi aí que um odor de podre invadiu as narinas do grupo, e então eles viram algo no escuro da cabine, era um corpo, Todos ficaram boquiabertos, e então quando a luz vermelha da emergência iluminou o corpo, os jovens deram berros e gritos, era o corpo do capitão, o corpo lançava um odor horrível e estava pálido.


 

      – Mas o que… Disse Jensy

    – Meu Deus! Disse Sidney eufórica levando a mão na boca

 

Os jovens recuaram e correram para o salão, tinha sido na verdade, uma péssima ideia ter saído do salão.




 



 

       – Morto? Como assim Morto? Falou Chelsea incrédula

 

Mas ninguém respondeu, todos estavam com os nervos à flor da pele. 

 – Jordan! O que vamos fazer? Perguntou Megan cruzando os braços

    – Eu… Jordan foi interrompido

   – MEU DEUS! O QUE VAMOS FAZER? TRÊS PESSOAS MORRERAM, E NINGUÉM AQUI SABER PILOTAR UM NAVIO! GRITOU Riley entrando em desespero

 

Uma confusão começou, choros e gritos eram ouvidos, e então Jordan deu um grito.

 

  –  Por favor! Calem a boca todos, amanhã de manhã iremos dar um jeito, mas agora estamos todos cansados e traumatizados, amanhã de manhã estaremos calmos e eu entrarei em contato com o porto usando o telefone por satélite, e tudo vai ficar bem! Agora vão todos para os quartos! Ordenou Jordan

 

Os jovens olharam uns para os outros e então Megan disse.

 

    – Jordan! Eu não volto para aquele quarto, O Corpo de … Michelle ainda está lá, Jordan. Não volto para aquele corredor, nem para aquele quarto. Disse Megan

 

    – Tudo bem, os que estavam nos quartos do andar onde Michelle está, vão ficar com as pessoas dos andares superiores. Disse Jordan

      – E o que vai acontecer? O que vai acontecer com o corpo do Oliver, do Capitão e de Michelle? Eles vão apodrecer lá? Perguntou Christy abalada

     – Eu darei um jeito, Christy. Só preciso que vão para os quartos e fiquem lá até amanhã. Disse Jordan

 

Os jovens olharam uns para outros e então começaram a sair do salão, alguns estavam extremamente abalados e então saíram em silêncio, Jordan ficou ali sozinho no salão, agora ele tinha que dar um jeito nos corpos.


 


 

  O porão foi o único local onde Jordan pensou em pôr os corpos, enrolou o corpo de Michelle em um edredom e o levou para o porão, o mesmo segurava as lágrimas, ele lembrava do jeito jovial e extrovertido de Michelle. Em seguida, fez o mesmo com o de Oliver e com o do capitão, ao acabar, Ele olhou para os corpos, todos cobertos e saiu dali.

 

Quando ia se aproximando da porta de saída, viu uma faísca, vinha da caixa de fusíveis, caminhou até ela e notou que a mesma tinha sido esmagada, abriu a portinha e viu que os fios não estavam todos danificados, fez um reparo pobre e a energia voltou. Isso foi a única coisa boa que aconteceu naquela noite.

 

A volta da energia trouxe alívio para os jovens, que já não estavam mais no escuro.


 

..




 

      A água percorreu o corpo de Christy, a garota encostou as mãos na parede do box e deixou que a água levasse toda aquela noite embora de sua memória, por mais que ela tentasse, ela não conseguia esquecer que nunca mais veria Michelle, ou ia sentir o doce beijo de Oliver, e então, ela chorou, chorou e chorou.

 

 

O barulho da água batendo no seu corpo trouxe calma e as lágrimas pararam de brotar, enrolou-se em um roupão e saiu da casa de banho, ela só queria colocar-se para dormir e esquecer​ tudo.

 

Vestiu-se e deitou na sua cama, encarou a cama de seu colega de quarto que era Michelle, e chorou.

 

Chorou até o seu corpo relaxar lentamente e ela dormir.


 



 

     Jessica acordou com o som de um grito agudo, e então, percebeu que havia sido o seu próprio grito. Não sabia o porquê de ter gritado, mas a mesma estava eufórica, o seu coração estava a mil e suor descia de sua testa, talvez um pesadelo? Ela não lembra a razão por ter acordado tão eufórica e assustada, mas o ar começou a faltar em seus pulmões, a loira levantou e saiu do quarto. Precisava de ar puro.


 

    Chegou na área externa do navio, e finalmente pode respirar o ar que tanto precisava. Caminhou até o parapeito do navio e encarou o mar, inspirou e expirou várias vezes até se sentir normal e percebe que o ar já chegava em seus pulmões.

 

Mas ela também percebeu outra coisa além disso, ela percebeu que não estava sozinha ali na área externa.

 

Cruzou o deck do navio e a água clara da piscina refletiu na pele da jovem, Continuou a seguir as vozes que pareciam ser de duas pessoas, ao chegar próximo a uma curva, pode ouvir mais claro a conversa.

 

     – Talvez seja melhor voltarmos para o quarto, estão todos em alerta, e alguém pode pegar nos dois. Disse uma das pessoas

 

   Jessica reconheceu a voz de longe, a voz de Tobias era inconfundível, qualquer pessoa reconheceria a sua voz. Jessica se espreitou mais um pouco para ouvir a voz da outra pessoa, mas acabou derrubando um vaso de planta, que assustou Tobias e a outra pessoa.

 

Jessica se apressou e saiu dali correndo, mas ao chegar no meio do deck, uma voz chamou ela.

 

 – Jessy? Chamou Tobias se apressando, o rapaz tentava esconder a expressão nervosa com um sorriso

    – Ah, Oi Tobias…estava tomando um vento, o meu quarto está muito quente. Disse ela jogando o cabelo para o lado

     – Ah sim, vim no bar pegar uma água, mas já estou voltando. Não fique aqui sozinha, é perigoso! Disse Tobias com um tom de ameaça

 

O garoto entrou no saguão das escadarias e subiu para o seu quarto, Jessica ficou ali.

 

 “Com quem Tobias estava conversando?” “Ele estava escondendo algo? O que?” Eram essas as perguntas que pairavam na cabeça de Jessica, a Garota respirou o ar mais uma vez e foi para o seu quarto.

 

Como Tobias disse, era perigoso ficar ali e Jessica não queria arriscar a sua vida.



 



 

        Estavam todos na mesa do café da manhã, com exceção de Christy – que havia preferido ficar em seu quarto durante o dia – Megan estava sonolenta, Mel comia suas panquecas calada e Jensy encarava, sem qualquer motivo, Jessica.

 

O café da manhã foi tomado em total silêncio, todos só queriam ir para suas casas e esquecer o que havia acontecido.


 

   – O que Jensy quer te olhando? Perguntou Riley para Jessica

        – Não sei, Jensy é louca, talvez seja porque eu quis dar ordens para ela ontem. Disse Jessica dando um gole em seu café. – Mas não ligo. Completou ela

     – É, mas ela é um saco. Disse Samantha amarrando os cabelos em um rabo de cavalo

     – Como será que Christy está? Perguntou Natalie mudando totalmente o assunto da conversa

     – Acho que completamente destruída, ela não quer falar com ninguém, Fui chamá-la para o café, mas ela não me respondeu. Mas entendo completamente, ela perdeu duas pessoas queridas. Disse Riley dando um gole no seu café

       –  Será que devo ir consolar ela? Perguntou Jessica que encarava agora Jensy

       – Não sei, vocês passaram tanto tempo sem se falar, mas talvez seja legal ela ver um rosto familiar e íntimo. Disse Natalie

        – Você pode tentar pelo menos. Disse Samantha

 

Riley concordou, Jessica respirou fundo.

       – Aproveito e levarei o café da manhã para ela. Disse Jessica se levantando


 

 A loira foi até a mesa onde havia as comidas, pegou um prato e colocou alguns Pães e geleia, depois pegou um copo de suco e saiu do salão de refeições.


 

    …


 

   Christy acordou com algumas batidas em sua porta, pegou uma camisola e andou até a porta.

 

    – Já te disse que não quero tomar café da manhã, Chelsea! Disse Christy

 

Ao abrir a porta, a morena se surpreendeu, não esperava que Jessica estivesse ali parada em frente ao seu quarto segurando um prato e um copo.

 

    — Jess… o que faz aqui? Perguntou Christy

      — Ah, percebi que você não foi tomar seu café e decidi trazer e ver… hum… como você estava… disse Jessica meio tímida

     — Ah sim, bom, obrigada, entre se quiser. Disse Christy adentrando para o quarto, Jessica entrou logo em seguida.


 

     As duas sentaram na cama, Jessica entregou o prato para Christy, que colocou o mesmo em cima do criado mudo ao lado de sua cama, as duas ficaram ali, em silêncio.

 

   – Olha, Sinto muito pelo Oliver e a Michelle, sei que a gente havia se distanciando após o que aconteceu… mas estou aqui, e sinto muito pela sua perda. Disse Jessica

    – Obrigado Jessica, obrigado, mas algo a mais aconteceu. Disse Christy com um tom de preocupação na voz

       – O Que?

    – Alguém sabe sobre a morte de Julie, e sabe sobre sermos as responsáveis e por esconder isso. Essa pessoa me enviou uma mensagem ontem antes da festa, alguém sabe sobre o que fizemos Jessica, alguém sabe! Disse Christy com o medo estampado na voz.


 

As palavras ecoaram na mente de Jessica como alarmes de incêndio, mas os pensamentos de Jessica foram interrompidos quando gritos e choros foram ouvidos da área externa do navio.

 

Jessica e Christy se olharam, as duas tinham muito o que conversar, mas essa não era a hora, pois algo terrível havia acontecido.

 


 

    — Como assim não temos sinal? Gritou Chelsea que estava com os nervos à flor da pele

       – O Telefone por satélite sumiu e não consigo entrar em contato com o porto. Disse Jordan passando as mãos no cabelo

     

Todos começaram a entrar em desespero, Christy e Jessica chegaram na área externa, as duas estavam eufóricas.

     

    – O que aconteceu? Ouvimos gritos. Disse Christy arfando

    – Alguém se machucou? Perguntou Jessica colocando as mãos na cintura

    – O telefone via satélite sumiu, e o Jordan não consegue entrar em contato com o porto. Disse Natalie nervosa

    – Resumindo: Estamos sem saída! Disse Clark com uma expressão apreensiva

 

Sidney agarrou o braço do namorado, a mesma tinha o rosto marcado por lágrimas. O desespero foi tomando conta dos jovens, todos estavam sem saber o que fazer.

 

Foi preciso mais de uma hora para os jovens se acalmarem. Alguns choravam, outros sofriam calados, estavam todos na área externa, e então, foi aí que Max teve uma ideia.

 

    – Todos os navios não possuem sinalizadores? Podemos talvez usar e chamar a atenção de outros barcos ou até do porto. Disse Max se pondo em pé

    – Não sabemos a qual distância estamos do porto, mas podemos tentar. Disse Jordan com esperança na voz

 

Max assentiu, ele e outras cinco pessoas foram procurar os sinalizadores, e foi aí que esperança brotou em todos.


 


 

    O primeiro sinalizador foi disparado, a chama vermelha atingiu uma determinada altura e caiu lentamente até se chocar contra a água calma do oceano, os jovens ficaram ali olhando.

 

     – Agora é só esperar. Disse Sidney

 



 

     Christy estava conversando algo com Chelsea, a mesma Mantinha um tom calmo na voz, algo nunca visto na garota arrogante.

 

    – Chris? Posso falar com você? Perguntou Jessica se aproximando

 

Christy deixou Chelsea ali no sofá próximo ao deck e seguiu Jessica até um dos banheiros do navio.

 

     – Devemos alertar as outras garotas? Sobre alguém saber do que fizemos? Perguntou Jessica checando as divisórias do banheiro e tendo a certeza que ninguém estava ali.

    – Talvez, não sei o que fazer Jessica, e se alguém contar para a polícia? Perguntou Christy insegura

    –  Era isso que devíamos ter feito Christy, Nunca devíamos ter encoberto o que fizemos, devíamos ter ido à polícia, confessado e pagado por tudo o que fizemos, foi um erro ter escondido tudo, Christy! Disse Jessica

 

Christy permaneceu calada.

 

   – E vai saber se essas mortes não têm a ver com o que fizemos? Vai saber se Oliver e Michelle não morreram por nossa culpa. Disse Jessica

    – Oliver e Michelle não tinham nada a ver com isso Jessica, o que aconteceu foi uma fatalidade. Disse Christy

     – Uma fatalidade sem sentido, talvez alguém esteja atrás de vingança e então decidiu prender todos aqui e nós matar um a um, talvez seja isso, porque isso parece ser a única coisa com sentido aqui, Christy. Disse Jessica nervosa

      – Não Jessica, o que aconteceu foi uma fatalidade, você está vendo muitos filmes de terror, não tem nenhum louco ou psicopata aqui, o porto vai receber nossos sinal e vamos todos voltar para nossas casas, vivos! E vamos esquecer tudo isso. Disse Christy


 

Jessica encarou a colega por uns instantes, e então foi na direção do banheiro. antes de sair, Jessica deu uma risada debochada e saiu do banheiro, Christy ficou ali, o único barulho era de pingos de água. O silêncio confortava a morena, que não sabia o que era conforto a bastante tempo.


 


 

   O resto do dia seguiu normal, não houve conversas e risadas, alguns ficaram na piscina, outros optaram em ver TV.

 

Todos procuraram distrações, eles só queriam sair dali, e se não se distraísse, ficariam loucos.


 

      Jessica estava na área externa do navio, Riley e Samantha conversavam na piscina, e Natalie estava no interior do navio. A loira adorava ficar só, sentia que aquilo era necessário às vezes.

 

    – Sozinha de novo? Perguntou Dylan, se aproximando de Jessica

    – É, parece que o silêncio é o único que me entende aqui. Disse Jessica

     

Dylan ficou em silêncio por uns segundos, mas o mesmo foi quebrado.

 

    – Se você quiser conversar, estou aqui, posso ser seu ouvinte. Disse Dylan, que segurava um copo de suco na mão

   

Jessica se mostrou pensativa por uns instantes, ela precisava conversar e falar para alguém sobre a morte misteriosa de Oliver e Michelle, mas ela precisava ter cuidado, nem todos eram de extrema confiança, porém ela sentia que Dylan parecia ser uma pessoa verdadeira.

 

   – Você não acha estranho? Perguntou Jessica

   – O que? Disse Dylan confuso

   – A morte de Michelle, Oliver e do capitão do navio, é tudo muito estranho, Dylan. Não tem sentido, não sabemos se eles foram assassinados ou foi uma morte acidental, mas pelo sangue que eu vi escorrendo de Michelle, não parece ter sido acidental, e se a pessoa que matou Eles ainda estiver conosco? Aqui no navio? E se o plano dessa pessoa sempre foi trazer todos para cá e nos matarmos? Disse Jessica com rapidez

  – Vai com calma, Jessy. Isso não faz sentido, porque alguém traria a gente para cá para nós matar um a um? Não fizemos mal algum, somos apenas adolescentes irresponsáveis. Disse Dylan dando uma risadinha nervosa

 

Tinha uma brecha, Talvez a teoria de Jessica tivesse certa, mas havia uma brecha, havia uma pergunta, “Porque alguém traria?”, Jessica se demonstrou pensativa mas logo viu sua teoria quebrar em milhares de pedaços, talvez Christy tivesse certa, ela estava vendo muito filme de terror.

 

  – É, você tem razão! Talvez eu esteja pensando demais. Disse Jessica

  – Tudo bem, você está cansada e estressada, isso é normal. Só fica bem, okay? Disse Dylan

 

Jessica assentiu, em seguida, viu Carly e Sidney cruzarem o deck, e então lembrou que precisava falar sobre algo com elas.

 

   – Tenho que ir Dylan, até depois. Disse Jessica saindo apressada, fazendo com que Dylan não tivesse tempo de se despedir.


 

 

A loira cruzou o deck com pressa e entrou no hall principal, Sidney e Carly pareciam estar indo ao banheiro do navio.

 

   – Carly! Sidney! Preciso falar com vocês! Disse Jessica.

 

As garotas que já estavam no meio da escadaria do hall, pararam e olharam para trás.

 

 

   – Oi Jessy, aconteceu algo? Perguntou Carly

  – Há algo que eu preciso falar com vocês! Disse Jessica

   – Tem que ser agora? Estávamos indo para a sauna, se quiser pode acompanhar a gente. Falou Sidney

   – É muito importante Sidney, por favor, isso é algo sério. Disse Jessica

 

O semblante calmo que estava nos rostos de Carly e Sidney se transformou em  semblantes nervosos e apreensivos.

 

Jessica, Sidney e Carly caminharam até o quarto de Mel, onde a garota abriu a porta e ficou assustada em ver as três amigas ali.

  

   – Jes? Sidney? Carly? O que houve? Aconteceu algo? Perguntou Mel, que tinha uma toalha em mãos, a mesma secava o seus cabelos

   – Sim! Disse Jessica entrando no quarto

 

Sidney e Carly seguiram Jessica, Mel fechou a porta e as quatro ficaram ali, caladas e olhando umas para as outras.

 

   – Então, Jessica, o que aconteceu? Perguntou Mel quebrando o Silêncio

   – Ah… Jessica carregava consigo uma expressão nervosa, a mesma brincava de um jeito nervoso com as mãos.

    – Anda, Jessica, está me deixando mais nervosa do que já estou, o que aconteceu? Perguntou Sidney jogando uma mecha do cabelo para trás.

   – Não sei como explicar… Mas… Alguém sabe sobre o nosso envolvimento com a morte de Julie, é isso! Disse Jessica em um tom só

 

Mel, Sidney e Carly ficaram ali, em choque e paralisadas.

 

     – O que? Perguntou Mel em um tom calmo

   – Alguém enviou uma mensagem ameaçadora para Christy, e na mensagem a pessoa citava a verdade sobre a morte de Julie. Alguém sabe sobre o nosso segredo. Disse Jessica

     – O que? Gritou Carly

    – Como assim? E porque você é que está nos falando? Porque a Christy não veio nos falar? Perguntou Sidney

     – Eu não sei, ela não queria falar, mas eu achei errado, só quero que saibam que alguém sabe o que fizemos. Disse Jessica

      – O que fizemos? O que fizemos? Eu não fiz nada! Foram vocês e a mania de vocês de pisarem em todos que se envolvessem no caminho de vocês. Eu não fiz nada, vocês fizeram! Não vou levar a culpa! Disse Mel se descontrolado

     – Mel, não estamos falando que foi você! Disse Carly

       – Estão sim, Jessica acabou de dizer “o que fizemos", eu não fiz nada, Jessy. Você e as outras que fizeram, eu não vou levar a culpa, não vou! Gritou Mel

       – Mel, se acalma, Talvez a pessoa que sabe isso não deva fazer nada! Disse Sidney tentando acalmar a garota

      – Nada? Não fazer nada? Vamos todas ser presas e passar o resto das nossas vidas em uma prisão. Matamos nossa amiga! vocês sabem o quanto dura a pena para assassinato? Disse Mel

      – Foi um acidente, Mel, ninguém queria matar a Julie, foi um acidente! Disse Jessica com tristeza na voz

      –  Sim, foi um acidente, porém optamos por encobrir um crime e continuar a viver nossas vidas. Essa pessoa sabe a pior dos nossos segredos e sabe sei lá o que ela vai fazer! Disse Mel que se desesperava

     – Provavelmente Nada. Disse Carly encolhendo os ombros

     

Mel chorou, Sidney estava chocada e Carly continuou calada.

 

   – O que vamos fazer? Perguntou Mel limpando as Lágrimas

   – Quando chegarmos em Cheryfield, vamos todas ir até a delegacia e confessar o crime, assim a pessoa não terá nada para nós chantagear ou algo assim. Disse Jessica

   – E se formos presas? O que vai acontecer? Perguntou Carly nervosa

   – Eu não vou ser presa, vocês vão! E talvez vocês até mereçam. Disse Mel jogando a toalha em cima da cama e saindo do quarto

 

A garota de cachos estava destruída.

 


 

   O resto do dia prolongou devagar, Alguns decidiram dormir durante o dia, já que não estavam conseguindo dormir durante a noite, enquanto outros, como; Kim, Peter, Jensy, Megan ficaram calados e isolados dos outros. Jessica, Natalie, Samantha​, Dylan e a Riley Estavam conversando no hall principal.

 

   — Vocês acham que vão vim nos resgatar logo? Perguntou Samantha, que tinha uma expressão cansada no rosto

    — Não sei, mas não aguento mais ficar aqui, acho que nunca mais entro em uma embarcação novamente. Disse Riley

    — Tomara que venham logo, não aguento mais. Disse Natalie.

 

Jessica estava em silêncio, a mesma pensava no assunto discutido com suas ex amigas, Dylan notou o silêncio da parte da garota, mas preferiu não falar nada.

 

O silêncio predominou por alguns instantes, até Natalie falar.

   

    – Como vocês acham… Hum… que a mãe da Michelle vai reagir ao saber que sua filha morreu? Será que ela vai culpar a escola? Perguntou Natalie

    – Ah, ela vai ficar arrasada com toda certeza. Disse Dylan fazendo uma cara triste

    – Não tem sentido denunciar a escola. Quer dizer, era responsabilidade​ do professor Jordan, mas ele não sabia que ia acontecer o que aconteceu. Disse Riley

    

Os jovens continuaram a conversar, Natalie então viu o Professor Jordan cruzando o hall e subindo uma das escadarias, ela deu uma desculpa que iria ao toilette e saiu dali.

 

   

  …


 

  O professor Jordan saiu de uma das divisórias do banheiro e foi logo surpreendido por Natalie.

 

    – O que está fazendo aqui, Natalie? Perguntou ele nervoso

     – Nada, vi que você estava com uma expressão nervosa e está parecendo meio cansado, e não gosto de ver as pessoas que eu gosto assim. Disse Natalie com uma voz sedutora

 

O rapaz com aparência jovial encarou Natalie por alguns instantes, mordeu os lábios e então encostou a boca no ouvido da loira.

 

   – Depois não diga que eu não avisei. Disse ele

 

Em seguida, O Rapaz pegou a garota pela a cintura e começou a beijá-la, Jordan não queria aquilo, mas ele estava estressado e cansado, Já Natalie, Dava gemidos e um sorriso estava estampado em seu rosto, ela mordia a orelha do seu professor, os beijos continuaram, eles não se importavam, só queriam fazer sexo loucamente.

 


 

     Jessica saiu da conversa entre Dylan, Samantha, Riley e Kim, que havia chegado alguns minutos atrás, e foi até a cozinha beber um copo de água. Cruzava o corredor quando sentiu uma mão puxando com violência seu braço, a mesma pensou em gritar mas não gritou, ao olhar para a pessoa, viu que era Christy.

 

  – Porque você contou para as outras sobre aquilo que te contei? Perguntou Christy

  – Achei necessário, Elas precisavam saber. Disse Jessica

  – Não, Não precisavam, Mel gritou comigo e Sidney quase me agrediu, parece que eu virei a vilã da história. Você por acaso disse outra história? Perguntou Christy com indignação na voz, ela fitava Jessica com um olhar raivoso

   – Você parece que sempre foi a vilã da história, Christy, não banque a certa agora, afinal, foi tudo culpa sua. Disse Jessica

 

Jessica foi interrompida por Christy, que acertou uma bofetada no rosto da loira, que cambaleou um pouco para trás com a mão no rosto.

   

    – Não era minha intenção Jessica, eu nunca queria ter matado Julie. Por um minuto, eu pensei que você entenderia, você sempre foi a mais compreensiva do grupo, mas parece que estou errada. Você é igual as outras, julga e aponta o dedo, como se fosse um juíz. Só não esqueça, você é cúmplice dessa merda toda! Disse Christy. A garota em seguida foi na direção da porta.

 

Jessica ficou ali, com a mão no rosto, que ardia como se houvesse brasa queimando a sua pele.

 

Christy saiu do quarto, e Jessica ficou ali na escuridão daquele cômodo.


 


 

   O sol já se escondia, as luzes pouco a pouco eram acesas. Com a chegada da escuridão, alguns jovens começaram a sentir que havia algo de errado, mas decidiram ignorar.


 

       


 

  Sidney estava em seu quarto, a mesma encarava o teto, ouviu batidas na porta e mandou quem tivesse ali atrás entrar.

 

    – Sid? Perguntou a pessoa quando entrou

 

Era Clark, o mesmo tinha um semblante triste e cansado estampando em seu rosto.

 

 

    – Você está bem? Perguntou o garoto se aproximando da namorada

     – Estou bem Clark, só preciso ficar sozinha. Disse Sidney sentando na cama

     – Não vai subir? Estão servindo o jantar, acho que você precisa comer algo. Está pálida como um fantasma. Disse Clark, em seguida ele deu uma gargalhada

     – Clark! Já não estou bem e você ainda fala isso. Disse Sidney ficando um pouco furiosa

     – Desculpe, só quis descontrair o ambiente. Disse Clark se desculpando

     – Tanto faz, não irei participar do jantar, você pode ir se quiser. Disse Sidney voltando a se deitar

      – Tem certeza? Perguntou Clark se levantando da cama

      – Sim, só traga algo pra mim, um sanduíche ou uma fruta, vou ficar no quarto hoje. Disse Sidney voltando a se deitar

        

Clark beijou a testa da namorada e saiu do quarto, Sidney se enrolou e colocou o rosto contra o travesseiro, tudo que ela mais queria agora era estar na sua casa.

 


 

     Quando o segundo Sinalizador foi disparado, Ele atingiu uma certa altura e clareou todo o céu escuro e nublado, Max guardou a pistola sinalizadora e andou para o salão onde estava acontecendo o jantar. O garoto não queria perder as esperanças, mais a cada demora e a cada sinalizador lançado, ele perdia elas.

 

   

     Estavam todos, com exceção de Mel e Sidney, no jantar. Comiam em silêncio, não havia risadas nem falatórios, estavam cansados demais. Jessica e Natalie estavam sentadas próximas, Natalie não parava de fitar o professor Jordan.

 

    – O que aconteceu? Você não para de fitar ele. Perguntou Jessica com uma voz calma

    – Ah, nada, estou apenas observando a paisagem. Disse Natalie mexendo no cabelo loiro de um jeito sensual.

   

Jessica deu um riso frouxo, os outros continuaram a comer. Naquele instante, o telefone de Christy, Carly e Jessica vibraram, todos olharam para as três, mas logo voltaram a se concentrar no Jantar.

 

 Jessica deslizou a tela do celular para a direita e abriu a mensagem de remetente desconhecido, um arrepio percorreu a loira quando viu do que a mensagem se tratava.

 

 Era uma imagem de alguém segurando uma faca em meio a escuridão, Jessica olhou para Christy, que já encarava a loira e logo depois olhou para Carly, que estava boquiaberta.

 

     Outra mensagem chegou, era da mesmo pessoa, aquela mensagem havia sido a gota D'água, algo de ruim estava prestes a acontecer.

  

   “Garotas Más irão morrer está noite. – Desconhecido"


 

  Jessica então percebeu, que alguém estava correndo risco de vida naquele instante. Olhou em volta, viu que Mel e Sidney não estavam ali, a loira levantou-se e com cuidado para não chamar atenção, foi até a porta de vidro e saiu do salão. Christy e Carly fizeram o mesmo que Jessica.

 

As mesmas se encontram no lado de fora do salão.

 

         – Temos que encontrar elas, ele vai matá-las. Disse Jessica apreensiva, ela andava de um lado para o outro

   – Ele quem? Perguntou Carly estremecendo

    – A mesma pessoa que matou Michelle e Oliver, vocês duas vão procurar a Sidney, e eu vou atrás da Mel! Disse Christy decida com o que havia acabado de falar.

 

Carly saiu em disparada junto de Jessica, Christy fez o mesmo, só que estava atrás de Mel.

 

 

   Sidney estava a tirar um cochilo, a mesma ouviu a porta do quarto se abrindo, mas não ligou pois pensou que se tratava de Carly, que ficava no mesmo quarto que ela.

 

   – Carly? É você? Perguntou Sidney tirando o travesseiro do rosto

 

Mas tudo que ela viu foi escuridão, mas então, a Luz da lua refletiu em algo no canto do quarto, Sidney semicerrou os olhos e tentou ver o que era aquilo que a luz refletia e então percebeu que se tratava de uma faca. Ela nem teve tempo de gritar, o assassino que segurava uma faca avançou contra a loira, Sidney rolou para o lado e a faca acertou o travesseiro. Sidney levantou da cama e saiu do quarto, agora ela precisava correr.

 

Pois alguém estava a caçá-la.

 


 

      Quando entrou no elevador, sentiu um alívio, bateu as costas contra o aço do elevador e respirou fundo, as batidas do seu coração estava a mil e seu corpo todo tremia, alguém tinha acabado de tentar lhe acertar uma faca e ela estava viva por um milagre.

 

Apertou o botão do andar do hall, ela só precisava chegar no Salão de refeições e estaria salva.

 

Não demorou muito para chegar no hall, que estava completamente escuro, Sidney cruzou o enorme salão com velocidade e chegou na porta, que para seu azar, estava trancada.

 

  A loira começou a bater contra o vidro da porta, para vê se alguém conseguia ouvi-la, mas parece que ninguém estava a ouvir seus gritos.

 

E então, Sidney viu Carly e Jessica cruzarem a área externa do navio e virem na sua direção, um momento de alívio percorreu o corpo da garota que antes estava em desespero. Mas os momentos de alívio durou pouco, pois ela ouviu a porta do elevador abrir e de lá sair o Assassino.

 

Sidney gritou e então voltou, agora com toda a força, a bater no vidro da porta.

 


 

  Quando viram os gritos de Sidney, que batia na porta do hall, Jessica e Carly correram o mais rápido possível, Ao chegarem, viram que o assassino cruzava o hall com a faca em mãos, o desespero de ambas só aumentou quando viram que a porta estava trancada.

 

     Jessica olhou em volta, a loira precisava pensar rápido, pois sua amiga estava trancafiada com um assassino em uma sala escura.

 

Ao olhar para baixo, Jessica viu um jarro pequeno, pegou o mesmo e pediu que Sidney se afastasse.

 

O assassino já perto de Sidney, já erguia a faca.

 

O jarro acertou a porta em cheio, fazendo a vidraça se quebrar, Sidney passou pelo buraco feito na porta e escapou por pouco do Assassino.

 

 os gritos, o vidro quebrado, chamaram a atenção dos outros, que saíram às pressas do salão de jantar e correram na direção hall.

 


 

   Christy andava pelo o corredor do terceiro andar, o corredor estava escuro e com pouca iluminação, a mesma ainda procurava por Mel, não tinha a menor ideia de onde a garota havia se metido.


 

  …

 

   Com os fones de ouvido ao máximo, Mel usava a esteira da academia do navio, a mesma aumentou a velocidade e fitou um jarro de plantas na sua frente.

 

Exercício ajudava Mel a se acalmar quando estava com raiva, e era disso que a garota precisava.

 

A academia do navio ficava no último andar, era bem iluminada e adotava uma decoração zen e moderna. Mel estava tão focada que só parou de correr na esteira quando a luz da da academia foi desligada


 

Parou o exercício e desceu da esteira, a única iluminação ali presente era a luz da lua que passava por uma janelinha próximo ao teto.

 

Mel andou até a porta da academia, que era de vidro e viu que a mesma estava trancada, rodou a maçaneta mas não adiantou, e então, ouviu a porta que servia como armazenamento de águas e toalhas bater, virou-se e viu que tinha alguém parado no fundo da academia, Mel não teve qualquer tempo de buscar algo para se defender, o assassino correu em disparada e em questão de segundos ele estava frente à frente com a garota. O Assassino agarrou Mel pelo pescoço, O Assassino que antes atacava Sidney, agora estava atacar Mel.

 

 O Assassino jogou Mel contra o vidro da porta, que quebrou fazendo com que a garota caísse no corredor.

 

A garota estava completamente ferida por conta dos cacos, havia um enorme em sua mão, tentou levantar-se, mas não conseguiu. A pessoa que havia feito aquilo, quebrou vidro restante no vão da porta e passou pelo espaço sem nada. Em seguida, tirou uma faca de dentro do manto que estava vestido.

 

Ao ver seu rosto refletido na faca, Mel começou a rastejar em meio ao vidro, mas não adiantou, O Assassino desceu a faca diversas vezes em suas costas, fazendo com que Mel gritasse.


 

Aquele grito foi o suficiente para chamar a atenção de Christy, que começou a correr o mais rápido que podia.

 


 

   Ao chegar na ponta do corredor, Christy avistou algo em meio ao vidro, correu e quando estava a poucos metros de distância, viu que se tratava de Mel. A morena correu e se agachou ao lado dela.

 

   – Christy… Christy… Isso Dói, por favor, isso dói. Disse Mel que tentava estancar o sangue que brotava de um enorme ferimento em suas costas

 

 

Christy não aguentou e chorou, ela não sabia o que fazer, ela sabia que Mel não iria sobreviver, ela já tinha perdido uma enorme quantidade de sangue, não havia como a Garota sair viva daquela situação.

 

   – Shh, vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem! Disse Christy pegando na mão da garota

   – Chris… Eu não posso ir agora, não me deixa, por favor! Eu não quero morrer!. Disse Mel que já estava ficando sem ar. Uma quantidade de sangue saia de seu nariz e de sua boca.

     – Não se preocupe, eu estou aqui, vou está sempre aqui, feche os olhos e relaxe. Disse Christy passando a mão na testa suada da amiga

 

Algumas lágrimas brotaram do rosto de Mel antes dela dar o seu último suspiro, suas pupilas dilataram, sua boca se abriu e ela morreu ali com a cabeça na coxa de Christy, que chorava. A Morena passou os dedos nas pálpebras de Mel e assim fechou os olhos da amiga.

 

Relaxou a cabeça de Mel no carpete do corredor, levantou-se calmamente e caminhou dali, ao chegar no meio do corredor, Jessica e os outros apareceram. Todos ficaram sem qualquer reação ao ver Christy coberta pelo sangue de Mel.

 

   – Ela está morta, Ele a matou. Disse Christy com um tom de choro na voz

 

Christy encarou os outros, e em seguida desabou-se a chorar, talvez a morena não fosse tão forte assim, talvez ela fosse fraca que nem os outros, e agora estava provado.

 

Todos eram fracos ali.








 

    




 

   


 

  


   



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