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História I smile - Capitulo único


Escrita por: HanaHikari

Notas do Autor


Oi, oi jujubas~
Aqui estou eu, trazendo mais uma fanfic. Esta é uma songfic feita com a música do Day6 e o link estará nas notas finais.
Espero que gostem ^^

Capítulo 1 - Capitulo único


 

Como todos os demais dias, estava ali deitado em seu sofá, encarando o teto branco que não tinha nada de anormal que pudesse atrair a atenção de alguém, mas seu olhar permanecia ali grudado. Pois naquela superfície passava um filme, o filme de sua trágica historia de amor.

A televisão zumbia ao fundo, porém parou de lhe dar alguma importância depois de reparar que tudo o que ali passava, lhe recordava ele. Cada filme, cada comercial que mostrava um casal feliz interagindo de algum modo ou cada maldito vídeo clipe que passava no canal de musica, que por ironia parecia ter sido esquecido naquela playlist de musicas tristes que todos temos.

Então preferiria o eletrodoméstico apenas como uma companhia, já que as vozes vindas dali diminuíam a sensação de solidão que sentia. E também porque caso aquela casa ficasse imersa em um completo silencio, acabaria sendo consumido por sua mente tão turbulenta e seu resultado seria a insanidade.

E por isto, quando aquela tortura disfarçada de memórias não estavam a alfinetarem sua mente, tentava prestar atenção em qualquer outra coisa. Acabando assim por decorar cada imperfeição daquele teto, cada cantinho daquelas paredes que começara a descascar.

Remexeu-se um pouco no estofado, sentindo seu corpo doer pelo longo tempo deitado naquele sofá não tão confortável. Mas a vontade de se levantar era nula, seu corpo pesava como se carregasse quilos e mais quilos de alguma coisa pesada, sua cabeça latejava levemente, aquela dor incomoda na têmpora que não o deixava em paz e seus olhos ardiam pelas vezes anteriores que havia chorado.

Já fazia um bom tempo que aquele simples sofá tinha se tornado quase sua moradia. Pois passava a maior parte de seu dia nele, desejando no fundo de sua cabeça que de algum modo pudesse se fundir com este e ao se tornar apenas um objeto, os incômodos, a tristeza e a dor se fossem. Então acabou que quase não se levantava dali, apenas quando era realmente necessário, mas não por desejo próprio e sim por obrigação.

Neste momento escutou um protesto manhoso vir do chão próximo ao sofá. Virou-se de forma preguiçosa até estar de frente ao lugar, vendo ali o seu pequeno amigo o encarando.

Seu pequeno cachorro de pelugem laranja estava ali, com sua coleira pendurada na boca, olhando-o com os olhos pidões. Esticou as mãos e pegou a coleira, colocando-a ao seu lado no estofado e logo esticando novamente sua palma para acariciar a cabeça de seu companheiro.

—Desculpe Moo, eu estou te deixando de lado né? —Outro resmungo manhoso soou e tomou aquilo como uma resposta. —Desculpe o seu pai idiota Moo, prometo que hoje vamos passear, hm?

Agitou a coleira e ao pequeno entender o sinal, começou a saltar e pular animadamente por todo lado.

Tao passou as mãos por seu cabelo assim que sentou ereto no sofá, tentando organizar a bagunça que este estava.

Chamou novamente o seu amigo para perto, pondo-o sua coleira e afagando outra vez suas orelhas em compensação por ficar quieto enquanto fazia todo aquele passeio.

Olhou através da janela de sua sala, vendo que do lado de fora daquelas paredes que tinham se torado seu esconderijo e refugio, o Sol da tarde já aparecia, dando inicio a um clima ameno. Aquele dia daria um passeio maior com Moo, devia isto a ele, já que ultimamente quando saiam, nem davam a volta completa em sua rua e já retornavam para sua casa.

 

Ao saírem através dos portões de sua casa, sentiu o calor do Sol tocar sua pele como não fazia há algum tempo. Não por não ter saído, pois Moo necessitava de seu passeio diário, mas daquela vez a luz solar não era apenas um detalhe que pouco lhe importava, ele real menta a sentia.

Puxou uma profunda respiração, sentindo o ar da cidade que naquela região não era tão poluído graças aos moradores que plantavam e cultivavam arvores, percorrer seus pulmões. E também tentava tomar coragem de retornar ao lugar que fazia um bom tempo que não visitava.

Pois depois que seu amigo e chefe notou a situação deplorável que estava, deu-lhe férias adiantadas. Este que virou seu período de reclusão, o que fazia quase um mês e meio.

Era realmente grato ao outro chinês de feições delicadas, pois ter que ir trabalhar todos os dias e fingir que estava tudo bem, não estava lhe fazendo muito mal. Incrivelmente mais mal do que ficar trancafiado em sua casa, deitado em seu sofá.

Seu amigo vinha o visitar quando sua apertada agenda o permitia, já que cuidar de uma empresa sozinho demandava muito de si. E em todas as visitas que fazia, tentava animar o moreno e até o arrastava para algum lugar divertido, entretanto aquilo aparentava não estar surtindo efeito.

Mas tinha a consciência de que aquele seu período de reclusão estava acabando, pois na próxima semana teria que voltar para o trabalho.

Quando estavam caminhando pelo caminho de pedras que levava até o centro da praça, Moo logo reconheceu para onde estavam indo e os latidos contentes e o abanar de rabo freqüente delatavam sua animação.

Tao sorriu, estava realmente contente em ver seu pequeno companheiro tão feliz. Soltou-lhe a coleira e o deixou correr pela areia do parquinho da praça. Ele nunca ia muito longe, além de sempre estar de olho no cachorrinho, então estava tudo bem o deixar solto para poder aproveitar.

Sentou num banco ali perto, vendo-o correndo para lá e para cá, como não fazia há tempos. Pois a partida do maior não afetou apenas à si mas também o pobre animal, que teve que lidar com a ausência daquele que o cuidava como um filho.

E foi com aquela experiência com o animal que entendeu como as crianças sofriam com a separação dos pais. A ausência, a saudade e a tristeza o atingiam assim como faziam com seu dono que era humano.

E esperava que com aquele passeio Moo voltasse a sentir aquela alegria de antes, pois ali era o lugar que os três vinham todo dia, como uma família. Mesmo o loiro não estando com eles, as lembranças para ambos pareciam agir de forma diferente, pois se para o pequeno cachorro eram tão agradáveis quando um afago em seu pelo, para o moreno agiam como facas em seu coração.

Pois ali estavam todas as lembranças à partir do segundo ano de relacionamento, onde decidiram morar juntos e adotar Moo, indo todos juntos à aquela praça. Kris fazia questão de sair mais cedo do serviço para aquele passeio, onde tomavam sorvete, conversavam, riam, brincavam e sorriam em demasia.

Claro, isto antes de as coisas começarem a mudar.

E até aquelas malditas lembranças dos dias que o maior não aparecera para o passeio corriqueiro e ele ficava se questionando se algo ruim tinha acontecido enquanto estava sentado sozinho em um banco dali, para chegar em casa e receber a noticia que houve uma reunião, um imprevisto, horas extras.

Claro, até ele reparar que aquilo eram apenas desculpas e indagar-se o motivo de tais atitudes vindas daquele que sempre estava ali presente, dando-lhe atenção e amor. Até descobrir a verdade.

Suspirou com as lembranças que lhe doíam.

Mas antes que sua mente passasse para a próxima leva de memórias tortuosas, uma pequena mão puxou a barra de sua camiseta.

Ao olhar em busca da pessoa, viu uma garotinha de aproximadamente seis anos, com os cabelos negros presos em um rabo de cavalo, com um bico emburrado nos pequenos lábios e um olhar pidão.

—Olá. —Formou um pequeno sorriso para ela.

—Moço, seu cachorro pegou minha boneca favorita e não quer devolver. —Vendo que a pequena estava ao ponto de cair em lágrimas, prontamente se levantou e foi atrás do traquino Moo, que corria de um lado à outro.

—Moo! Volte aqui! —Gritou pela enésima vez para o pequeno que estava dando um baile nele e nas outras crianças que corriam atrás de si.

Estava pendendo entre a irritação e a vontade de cair na gargalhada, pois era hilário ver um pequeno lulu da pomerania dar tanto trabalho para eles.

Assim que um dos garotos maiores conseguiu o agarrar, Tao foi imediatamente ao seu encontro.

A primeira vez que fez foi fazer o pequeno soltar a boneca da pequena garota, que mesmo depois de toda aquela confusão, sorriu contente, o agradecendo.

E enquanto ela e as outras crianças se afastavam, ainda conversando sobre a caça ao pequeno cachorro, Tao lembrou o quanto queria ter uma criança.

Pediu inúmeras vezes à Kris para adotarem uma criança, pois mesmo que aparentasse ser uma pessoa sem paciência, ele adoraria cuidar de um pequeno ou pequena que fosse filhos dele e de seu amado. Mas aquele pedido sempre lhe fora negado e o entristecera bastante, tendo que na época se consolar com a presença do seu cachorro que tratava como filho.

Mas agora agradecia por isso, pois ter uma criança em meio à aquela confusão, tornaria tudo ainda mais difícil. De sofrimento já bastava o seu e o de Moo.

 Foi trazido ao presente com um protesto vindo do pequeno em seus braços, que queria voltar para o chão, mas apenas o apertou mais contra seu peito.

—Quieto Moo, agora você está de castigo. —Falou sério e houve outro protesto.

E assim decidiu retornar para a sua casa, pois aquele dia já tinha se tornado muito agitado para alguém que não tinha energia nem para si mesmo.

 

E aquele dia parecia ter sido planejado para ser completamente turbulento, pois tudo o que não deveria acontecer, estava acontecendo. Incluindo o que sucedeu depois de ter chegado em casa.

Abriu a porta de forma preguiçosa, com um Moo agitado em seus braços que nem esperou ser posto no chão direito e já saiu pulando e correndo por toda a sala. Aquele dia ele estava bem agitado, aquilo era algo anormal do animal que tinha uma personalidade calma e dócil.

Mas antes que pudesse pôs os dos pés para dentro do lugar, seu celular vibrou escandaloso sobre a mesinha no centro da Sala, chamando sua atenção.

Já fazia um bom tempo que ninguém o mandava mensagem, pois desde que entrara naquele estado de tristeza crônica, as pessoas foram se afastando pouco a pouco, inventando desculpas para não o fazer se sentir excluído. Assim como ele fazia.

O único que lhe restara fora Luhan, que o contatava para avisar que viria o visitar. E com este pensamento na cabeça, se adiantou e fechou a porta de entrada de sua residência e pegou o aparelho eletrônico, rapidamente abrindo sua caixa de mensagens.

Mas ao contrario do que esperava, não era Luhan e sim um numero já conhecido por si muito bem, porém que há muito não o mandava mensagem.

Ele queria o encontrar, pois tinham coisas para resolver. E sabia que tinham, pois havia um papel de divorcio à ser assinado, entretanto, não estava pronto para aquele baque, que foi como um soco no estomago.

Pois se as lembranças já doíam, ser contatado por mensagem, de modo tão frio e desinteressado, doía muito. Voltou a bloquear a tela do celular e retornou-o a seu local de origem, sem nenhuma disposição para responder aquilo.

Recostou-se novamente ao sofá, regressando ao seu estado quase transe, enquanto o filme que era passado que tanto prendia sua atenção era sua própria historia ao lado dele, onde se esperava que tivesse um final feliz, mas que na realidade se tornou um drama trágico difícil demais para ser assistido.

 

Aquela e as próximas noites, foram extremamente mau dormidas, rendendo ao moreno profundas olheiras e dores de cabeça. Não estava preparado para o efeito que aquela mensagem de poucas palavras surtiria em si.

 

Você disse que podemos nos encontrar

Se ocorresse tudo certo

 

Mas também sabia que não seria justo deixar o outro sem uma resposta. E dois dias depois de recebê-la, sua resposta foi enviada, eles iriam se encontrar no restaurante que já freqüentavam.

 

Como eu poderia dizer não a isso?

 

O medo e a ansiedade o corroeram pelos outros dias que se seguiram. Ao mesmo tempo que almejava o ver novamente, também tinha receio do que aconteceria quando o encarasse novamente. 

 

Metade entusiasmo

E a outra metade medo 

 

 

Aquele não seria um encontro, de modo algum. A esta altura, ele já estaria comprometido que assumira seu lugar em seu coração. E como não era um encontro, não tinha que agir ou sofrer a espera deste como se fosse.

Porém, ele era dotado de um coração e uma mente traiçoeiros, que gostavam de maltratar como diversão. Estes que faziam com que sentisse o coração acelerar toda vez que recordasse a imagem do loiro de bonitas feições, já que inegavelmente ainda o amava. E sua mente o recordava de todas as vezes que foram à aquele lugar, os jantares e alguns almoços de domingo, os sorrisos, os afagos discretos nas mãos e os olhares apaixonados que foram trocados.

Então se encontrou em uma batalha à qual não sabia lutar, o que acabava piorando sua tristeza, pois se sentia um completo imbecil onde nem superar um relacionamento que chegou ao fim fazia quatro meses ele conseguia.

Fora que nem em seus sonhos ele o deixava em paz, sonhava com o encontro, em eles se reconciliarem ou as vezes brigarem, mas sempre acordava se sentindo aliviado por ter sido apenas um sonho, pois sabia que aquilo era errado.

 

E quando o dia finalmente chegou, Tao resolveu arrumar a bagunça que ele estava.

Tomou um banho longo, lavando seus cabelos com demasiado cuidado para deixá-los brilhas e sedosos, como sempre se encontravam antes dele ser consumido pela tristeza ao ponto de esquecer de si mesmo.

Ao sair do relaxante banho que tomou, escolheu suas melhores roupas, que eram uma calça jeans de lavagem escura que se mostrava confortável e uma blusa branca que ia até o meio de seus braços, olhou-se em frente ao espelho diversas vezes para ter certeza que estava bom.

Também passou um pouco de corretivo no rosto, precisava disfarçar os traços deixados pelas noites de sono perdidas e o tempo que não tratava sua pele. E o resultado disso tudo o agradou, já que quem o visse daquela forma nunca suspeitaria que passara meses quase em estado vegetativo.

Mais ainda faltava a peça final de seu conjunto. Parou em frente a superfície que refletia seu reflexo e suspirou, tentando manter seu roto o mais sem emoção o possível, aquela seria sua mascara naquele dia e ele a assumiria como um ator que vive seu personagem da forma mais dedicada o possível.

E claro, fez um sorrisinho singelo nascer em seus lábios, não era nada sincero, mas o trataria como se fosse. Não queria parecer animado demais com aquele encontro, nem antipático ou triste, então fez o possível parra que aquele sorriso parecesse o mais natural e gentil possível.

Por aquele dia, fingiria que tudo esteve bem, que nada aconteceu, nada de choros, noites perdidas, saudades, tristeza... Tudo esteve muito bem naqueles dias, vivera a vida normalmente. Também não haveria euforia e entusiasmo, ele apenas estaria ali de modo imparcial para resolverem seu divorcio.

Nunca o deixaria tomar consciência do quão frágil ficou após sua partida. Devia isso a si mesmo, manteria pelo menos um pouco de seu orgulho intacto em meio a toda aquela loucura que os dois tinham se tornado. 

 

Eu ainda sinto sua falta

E não quero que perceba isso

 

Enquanto pro seguia pelas calçadas de Seul rumo ao tal restaurante, a única coisa que conseguia pensar era em como o outro devia estar agora. Será que ainda mantinha seus fios descoloridos? Esperava que sim, sempre adorou aquele visual dele, o deixava mais másculo. Será que deixou sua barba crescer? Ele uma vez confessou que tinha este desejo, mas a idéia não o agradou muito. E claro, a mais importante indagação: Como será que ele o trataria? Provavelmente seria da mesma maneira fria que na mensagem, mas ainda mantinha a esperança de receber um olhar gentil deste.

E mentalmente se preparava para aquele encontro, repetia em sua mente várias vezes “Fique calmo, aja naturalmente e sorria”, pensava diversas vezes a mesma coisa em sua conversa interna, como um mantra que não devia ser esquecido e por lei ser seguido à risca.

Ao alcançar a calçada que levava ao estabelecimento, puxou uma grande quantidade de ar pelo nariz, assumindo seu personagem, ao qual faria da melhor maneira. Esperava que ele ainda não tivera chegado, assim teria algum tempo para se preparar ainda mais e ter absoluta certeza que tudo sairia nos conformes.

Entretanto, ao ver um loiro de face séria e sorriso sedutor olhando atento para seu celular, soube que a esperança de um tempo à mais para se preparar tinha ido por água a baixo. Então a única coisa que lhe restou foi adentrar o lugar, logo indo para a mesa próxima a janela onde este se encontrara.

 

Já faz algum tempo

Eu não sabia que você chegaria antes que eu

 

 

Saudou-o com um simples “oi” este que foi correspondido e se sentou na cadeira ali disponível. Manteve o sorriso que tanto ensaiara em casa em seus lábios e correspondeu ao  seu olhar que caia sobre si. 

 

Hoje eu sorrio

Apesar da dor, eu sorrio

 

Ficaram ali parado, ambos se encarando e se analisando mutuamente. Ele ainda mantinha seus fios loiros, estes que estavam jogados para um lado, ainda mantinha a barba bem aparada de sempre mas não tinha mais aquele sorriso que escondia diversas coisas em seus finos lábios, sabia que ele não seria mais direcionado à ele. 

 

Eu tenho que... Eu sorrio

Você ainda continua a mesma

Ainda tem um lindo sorriso

 

—Faz um bom tempo. —Ele começou a conversa, logo ajeitando o palito cinza que usava.

—Sim, faz alguns meses. Como anda as coisas? —Manteve seu tom calmo, sem mostrar demasiado interesse ou emoção.

—Andam bem, nada muito anormal acontecendo. —Mexeu o cardápio que estava sua mão.

“Só você virando minha cabeça para baixo”, pensou sarcástico, mas apenas acenou positivamente enquanto mantinha seus lábios o sorriso forçado. 

 

 

Eu tenho que...

Eu sorrio, eu sorrio

Isso só acontece às vezes, quando eu te vejo

 

—Entendo. Bom, tirando o trabalho, também nada demais acontecendo. —O olhou nos olhos, para reforçar seu ponto de vista. 

 

Apesar de doer, eu sorrio

Até o ultimo momento com você

Como se nada tivesse acontecido

Como se eu estivesse indo bem

 

—Certo. —Passou a mão por seu queixo, em uma mania que não conseguia abandonar.  —Quer pedir alguma coisa? Estamos em um restaurante afinal de contas.

—Não, não. Estou bem, apenas vim para que resolvêssemos nossas pendências.  —Apenas queria sair o mais rápido que fosse possível, pois não agüentaria tudo aquilo por muito tempo.

—Certo. Eu conversei com meu advogado e ele sugeriu que fizéssemos uma separação amigável, entrando assim em um acordo.

E a partir daí começou um monólogo do maior sobre detalhes técnicos.

—...Devemos vender a casa e dividir o dinheiro dela, além de firmar um acordo e pot fim assinar o divórcio, para que tudo seja documentado. —Terminou após alguns minutos de falatório.

—Está tudo bem, que dia podemos assinar a papelada? —Perguntou já inquieto.

—Semana que vem meu advogado já teve estar com tudo pronto. —O loiro coçou a nuca, já se sentindo incomodo com a frieza alheia.

—Por mim tudo bem. —Já se preparava para arranjar um modo de sair dali, quando o outro puxara outro assunto.

—Outra coisa, sobre o Moo você poderia... —A frase não foi concluída, pois um Tao irritado o interrompeu.

—Nem continue. Eu cedo em tudo o que for necessário para termos um divorcio amigável, mas o Moo está fora de cogitação. Sempre o tratarmos como um filho e ele sente sua falta, mas não vou abrir mão dele, ele é tudo o que me restou, então apenas vá viver a sua feliz vida com a pessoa que arranjou e nos deixe em paz.

E sem querer ouvir nem sequer uma palavra à mais, se levantou indo para a saída. E neste momento o celular do maior toucou sobre a mesa, mostrando no visor a foto daquele que ganhou seu lugar na vida do maior. Viu que aquela era sua deixa para sair dali.

E foi andando em passos firmes até a porta de vidro, logo ganhando a rua e acelerando o passos para chegar mais rápido em sua residência.

Porém, antes que pudesse andar muito, uma mão segurou firmemente seu braço, fazendo-o parar. Olhou para trás para ver quem estava em seu encalço e não ficou surpreso em ver Kris ali parado.

—Desculpe, eu não quero tirar o Moo de você, eu só queria saber se poderia o ver de vez em quando, eu também sinto falta dele. —Um olhar pidão estava em sua face.

Tao ficou alguns instantes em silencio, tentando ponderar sobre toda aquela situação, até que resolveu optar pela mais racional.

—Tudo bem, quando quiser, apareça na praça para o ver, pois vou continuar o levando lá. —Desprendeu seu braço de seu agarre e virou as costas.

Entretanto, menos de seis passos depois, seu nome foi chamado de forma alta, fazendo-o virar seu rosto para ver o que ele novamente queria.

 

 —Me desculpe, por tudo. —Foi uma frase curta, mas era sincera, concluiu.

—Está tudo bem, ninguém teve culpa. Não mandamos em nosso coração. —Também respondeu de forma Curta, desa vez seguindo de forma definitiva.

E mesmo que ninguém tivesse culpa, já que o loiro foi bem sincero em admitir que estava apaixonado por outro, isto não significava que doía menos, pois aquilo doía demasiadamente.

E enquanto deixava o outro para trás naquela rua, seguindo em frente sem mais o olhar, sabia que era o fim definitivo, só restava um papel para oficializar tudo, porém aquilo era apenas um detalhe à mais. O que realmente importava já tinha chegado ao seu final.

E o moreno vestiu novamente aquele sorriso ensaiado. E também tomou a decisão de que ali o manteria, até que um dia este se fizesse sincero. 

 

Hoje eu sorrio

Apesar de doer, eu sorrio

 

Ele sorriria, pois aquilo era o melhor que podia fazer, mesmo estando quebrado por dentro. 

 

 

 

 


Notas Finais


Hey, hey

Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=g4V36AfI4Ng

E ai, o que acharam? Muita gente querendo matar o Kris? HGHGJ

Deixem suas opiniões nos comentários ^^

Byebye~


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