História I Still Choose You. - O Pior.

9 de fevereiro de 2516.

Depois de 500 anos, a Terra passou por inúmeras mudanças.. A tecnologia evoluiu.. o nível de pobreza diminuiu.. As pessoas estão mais felizes.. Vivendo em uma sociedade monarca. 

Mas... Será que essa é realmente a solução para uma sociedade mais organizada?

Em muitos reinos há guerras por território e poder, é uma sorte não aderirem novamente a escravidão, mesmo em um mundo tão evoluído, algumas pessoas pensam diferente, e para evitar uma nova guerra, Rei Nathan ofereceu seu próprio filho em aliança, como um tratado de paz.

XxX

– O que?! Não.... Não, não, não, não, não, não, não, não, não, não... Não, não e absolutamente... NÃO!

Essa foi a resposta desesperada do Nathaniel.

Há poucos minutos atrás, todos estavam apenas em um jantar, dois reinos completamente diferentes, reunidos para tratar de negócios... Até então, tudo normal, Nathaniel já estava acostumado com os negócios da sua família, mas assim que ouviu a frase "Então eu ofereço o meu filho para se casar com o seu herdeiro." dita pelo seu pai, Nathaniel pela primeira vez entrou em um conflito interno, perdendo suas boas maneiras e dizendo "Não" pela primeira vez em sua vida.

– "Não"? –Respondeu o Rei com um olhar desafiador– Você é um príncipe, Nathaniel. Política está acima de qualquer coisa, você não tem a opção de negar.

Nathaniel não sabia como responder, sempre que olhava para o herdeiro ruivo, tinha vontade de bater no mesmo até matá-lo com raiva que só aumentava com a tamanha facilidade que o mesmo tem para irritá-lo, mas uma pequena esperança surgiu em seu peito ao ver a expressão de desgosto de sua gêmea, o fazendo se lembrar de algo que alimentasse pelo menos um pouco suas esperanças.

– Enquanto a Ambre??? Ela é a mais velha... Pode muito bem se casar com ele... e olha, ela é uma mulher! Vai poder se reproduzir e gerar novos herdeiros! –Disse como se fosse uma proposta irrecusável com um sorriso fraco, mas seu pai apenas revirou os olhos–

– Nathaniel, não me mate de vergonha na frente dos nossos convidados. Além disso, você já devia saber que não podemos oferecer um herdeiro a aliança.

Nathaniel voltou a sentar em seu lugar com a mão na testa, desesperado.

Castiel, por outro lado, apesar de estar surpreso com a oferta, se divertia com o desespero do loiro, e mesmo que não se importasse tanto com isso, jamais iria perder uma oportunidade.

– Por que a Vossa Majestade, não faz um boneco do seu filho com um saco de batatas e oferece em troca de paz? Olha, eu acho que seria uma troca muito melhor... As batatas são mais úteis. –Disse o ruivo com um sorriso irônico, encarando o Nathaniel esperando o mesmo enfurecer–

– Cale a boca! –Retrucou o loiro– Quem é você pra falar de utilidade? Tudo que você faz é sair, festejar e pegar a primeira garota que vê pela frente! Ao contrário de você, eu tenho responsabilidade.

Nathaniel já estava exaltado, seu tom estava alto e nervoso, e só ficava pior ao ver o ruivo com um sorriso irônico demostrando perfeita calma.

– Está com ciúmes, Nath? –Disse irônico, mas aumentando o sorriso – Ou será que isso é inveja porque você não pode sequer sair do seu quarto?

– ..... Aargh, viu? Não dá pra levar esse cara a sério. Eu não vou me casar com ele. 

– Sim, você vai, e não discuta mais, isso já virou uma palhaçada. –O Rei disse irritado– Estou decepcionado com você, Nathaniel. O que está fazendo e uma falta de respeito perante ao príncipe e ao Rei. Desculpe-se!

De fato.. Nathaniel estava tão frustrado que a sua sanidade havia sido substituída pela raiva o fazendo perder a cabeça... Esse é o efeito do ruivo sobre si. 
Respirando fundo, Nathaniel se redimiu tentando manter a calma... Algo extremamente difícil ja que o Castiel só se divertia cada vez mais... Maldito.

– Peço perdão pelo meu mal comportamento, Vossa Majestade. – Diz com uma estranha calma– Conflitos pessoais e política não podem se misturar. –A boca do mesmo embrulhava com o que deveria dizer, pensava em parar de falar, mas seu pai não ia se satisfazer com tão pouco– Ofereço-me... Para ... O... S-seu filho... Em um... Acordo.

Castiel se controlava para não gargalhar da cara do loiro na quele momento. O ruivo sempre teve a sorte de ter o Rei Carlos como pai, um Rei muito mais liberal, um Rei que se importava com a opinião e a felicidade do seu filho... Já Nathaniel, sempre é o responsável por tudo, até mesmo por algo que a Ambre é encarregada de fazer como a herdeira.. mas.. O loiro nunca se importou.

Nathaniel desejava internamente que o ódio que achava que o maior sentia por sí, fosse grande o bastante para o mesmo negar a oferta de paz, e foda-se a maldita guerra.

– E então filho? –Disse Rei Carlos com um sorriso– É você quem dará a resposta... 

Me negue... Me negue.... Me negue.... Vamos, faça algo que preste ao menos uma vez... Me negue.

– Eu aceito –Respondeu Castiel com um largo sorriso– Mas, com uma condição... Eu não quero morar em meu palácio até eu tomar o posto de Rei. Providenciem uma casa confortável para eu viver com o meu noivo.

O sorriso na face do Castiel já não era mais tão irritante para o loiro, que ainda estava em choque com o que acabara de ouvir. Nathaniel se manteve calado, vendo sua vida virar um inferno aos poucos enquanto seu pai sorria satisfeito e apertava a mão do Rei Carlos, oficializando o acordo.

– Com licença.

Disse o loiro frustrado se levantando e indo até o seu quarto com uma face extremamente séria e com pensamentos avulsos, mal percebendo que um outro jovem o seguia, se assustando ao ser puxado pelo braço, e fechando a cara ao ver os olhos cinzentos e brilhantes o encarar.

Nathaniel no mesmo instante bateu na mão do outro para que não tocasse em sí.

– Por que fez isso, seu idiota!? –Disse com raiva– O que quer?? Me infernizar???

– Exatamente isso –O ruivo respondeu simples– Ainda não achei um passa-tempo melhor. 

– Não se incomoda em se casar com um homem??

– Não... Até porque, nem em sonhos eu dormiria com você. Sua bunda não é grande o bastante pra satisfazer alguém.. –Respondeu irônico sorrindo de maneira provocativa–

Nathaniel cerrou os punhos de forma extremamente irritada, mas resolveu manter a sua classe e se virar para voltar para seu quarto, ignorando o ruivo...

Mas não pôde. 

Castiel não gostou de ser ignorado, puxou o menor pelo braço e o empurrou até a parede mais próxima, deixando Nathaniel de costas para sí, sem ter por onde fugir.

– Eu ainda não terminei. – Disse irritado, aproximando a boca do ouvido do outro– Você agora é meu, Nathaniel. Seu pai o ofereceu a mim como um objeto, eu apenas aceitei o presente –sorriu– Então é melhor você pensar bem, antes de ignorar seu futuro marido. 

– Esse casamento será uma farsa. Vai ser apenas contrato, não serei fiel a você, assim como nao será a mim. Não pertenço a ninguém. 

Castiel ficou extremamente irritado, e apertou o braço do loiro para causar um pouco de dor, e em um suspiro longo, passou a gargalhar ao ver o loiro se segurar para não deixar escapulir um gemido com a dor.

– Não será fiel a mim?? Você é realmente engraçado.. Nath –Disse com o seu clássico tom sarcástico– ... Aposto que nem.. "naqueles dias"* você foi tocado.. aqui.. 

Ao dizer isso, Castiel desceu a mão pelo quadril do loiro até a região íntima do mesmo, dando um aperto no local arrancando aquele maldito gemido, enquanto o ruivo movimentava lentamente o quadril contra a bunda do outro, aumentando o ódio do loiro que reagiu ao jogar a cabeça para trás, batendo com a cabeça no queixo do Castiel que afrouxou os braços com o susto, dando a brecha para o Nathaniel se soltar.

– Não toque em mim novamente seu idiota! Você me dá nojo, Castiel. Eu espero que você morra!

Nathaniel cuspiu as palavras com ódio se afastando e voltando até o seu quarto, enquanto Castiel limpava o pouco de sangue que caía de seu nariz com pura íra. O ruivo até tentou ir atrás do mesmo... Mas não tinha muito tempo..

– Seu filho da....

O ruivo gritou, mas não foi rápido o bastante para alcança-lo. Nathaniel bateu a porta na cara do Castiel e trancou a porta, se jogando na cama enquanto pensava em uma solução.

– Ele quer fazer da minha vida um inferno... –Falava baixo, mas logo deu um sorriso– Vamos ver quem é que vai ser infernizado.

*LEIAM AS NOTAS FINAIS, É IMPORTANTE!!!!*